Centro universitário realiza Oficina de Literatura gratuita para jovens e adultos que estão cursando o Ensino Médio

Curso promovido pela Uninter tem carga horária de 100 horas, dá direito a certificado e está disponível para todo o país

Desenvolver e aprimorar o letramento literário é um desafio para muitos professores e alunos; e fazer isso no meio de uma pandemia, que exige distanciamento social, é ainda mais desafiador. Para despertar e desenvolver a leitura e as produções textuais de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do Ensino Médio, a Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter está promovendo um curso gratuito e online, uma Oficina de Literatura.

“As mudanças originárias da pandemia não podem impossibilitar a interação e a aprendizagem, mesmo porque, os alunos que estudam a distância já possuem certa autonomia e disciplina perante os ambientes virtuais”, explica Maria Tereza Cordeiro, coordenadora do EJA da Uninter.

Durante o curso, diversos autores cânones da literatura – como Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector – são apresentados para os alunos. “A apresentação de visões mais clássicas abre novos horizontes e rompe com a cultura de massa que pode vir a moldar nossos comportamentos e as nossas escolhas num processo de projeção e identificação”, explica Renata Burgo Fedato, professora na área de Educação de Jovens e Adultos do Centro Universitário Internacional Uninter.

Alunos do Ensino Médio, da EJA e demais interessados em literatura de todo o país podem participar. O curso tem carga horária de 100 horas, dá direito a certificado e a inscrição pode ser realizada pelo link: https://extensaocommerce.uninter.com/cursos-de-extensao/OFICINA-DE-LITERATURA-EJA-30.10/681

 

   Lorena Oliva

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O leitor participa: Florinda Cerdeira Pimentel: 'Música Solidária – no palco de casa'

Forinda Cerdeira

“Existe uma definição para música, do compositor italiano Paschoal Bona, que diz: ‘A música é a arte de manifestar os diversos afetos da alma mediante o som’.”

Em março de 2020 e em meio a tantas notícias trágicas, eis que algo belíssimo estampava quase todos os jornais do mundo: “italianos em quarentena cantam e tocam em suas janelas e sacadas”. Pronto, deu-se início a um movimento que eu me atrevo humildemente a chamar de Música Solidária.

É certo que estamos vivendo tempos difíceis, mas neste movimento solidário de mostrar aquilo que se tem de melhor aos vizinhos, de repente veio a ideia de mostrar ao mundo o que temos de melhor, aquilo que podemos fazer para que este distanciamento social se torne mais suportável.

Mas algo que me faz refletir sobre estes dias são as lives. São tantas e para todos os tipos de público, todos os estilos musicais, todos os gostos: sertanejo, clássico, rock, pop, música para dançar, chorar ou curtir. Nossos ídolos, de shows caríssimos, movidos a megaproduções, com grandes equipes, infraestrutura, estão ali na tela do nosso celular e muitas vezes na tela do celular deles, com uma maquiagem improvisada, equipamentos de som portáteis, talvez alguns ajustes de edição (ou não). Os artistas, assim como todos nós, também estão em casa, e se você prestar atenção poderá ver ao fundo uma foto, uma cama bagunçada, uma imagem de algum santo, um bicho de estimação, uma rede… Mas o que será que tem levado tantos famosos a realizar essas lives?

Existe uma definição para música, do compositor italiano Paschoal Bona, que diz: “A música é a arte de manifestar os diversos afetos da alma mediante o som”.

O artista sem o seu público não tem voz e, com tantos shows cancelados, a utilização da tecnologia e das redes sociais para alcançar o público em casa tem sido algo incrível, pois se criou a possibilidade de alcançar os fãs mesmo em tempos de distanciamento social. Inclusive, para muitos desses músicos tem sido inspiração para compor músicas inéditas com a temática do que estamos enfrentando, com intuito de incentivar e homenagear àqueles que estão na linha de frente batalhando pelas vidas e também levar um pouco de alegria aos lares das pessoas que sofrem em meio a tantas notícias tristes. A música tem sido para muitos uma terapia, uma forma de expressão, de comunicação, como se através das lives os artistas rompessem as fronteiras distância para dizer às pessoas que tudo ficará bem.

Uma grande lição que podemos tirar disso tudo é que, famosos ou não, nessas horas somos todos iguais, somos humanos, temos uma vida privada, sentimos medo, insegurança, vivemos incertezas e quando tudo isso passar, com certeza, os shows apoteóticos voltarão a acontecer e os estádios e teatros voltarão a ficar lotados de fãs que jamais se esquecerão do dia em que viram seus artistas favoritos no palco mais improvável em que poderiam estar: em casa.

Florinda Cerdeira Pimentel é professora tutora no curso de Licenciatura em Música do Centro Universitário Internacional Uninter.

 

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