O leitor participa: Vanor Barreiros, de São Paulo (SP): 'conversa com o Criador'

Vanor Barreiros

Conversa com o Criador

Quando daqui eu for embora,

Quero chegar ao encontro do Criador,

Olhar fixamente nos seus olhos, cumprimenta-lo,

Sentar ao seu lado e, lógico,

Registrar minhas queixas que, aliás, não são poucas.

Quero saber, em primeiro lugar, qual a razão de ter me dado tantas lutas.

Tive que passar por diversos perrengues, pobreza extrema, inconformismo com a situação precária em que vivia.

Ah, mas também quero agradecê-lo, afinal de contas, colocou em meu caminho muito mais pessoas boas do que más.

Conheci pessoas sinceras, gente humana, que se preocupa com o semelhante.

Tive o prazer de ter verdadeiros amigos, os quais sempre estiveram por perto, como anjos, nos momentos mais difíceis da caminhada.

Quando com Ele me encontrar, quero conversar como se fosse com um grande amigo,

Porque juntos estivemos por toda a minha existência e até naqueles momentos em que achava que caminhava sozinho,

Na verdade, Ele me levava em seus braços.

Quando com Ele me encontrar, vou me curvar à Sua presença e, num grande e caloroso abraço, dizer que valeu a pena ter seguido seus conselhos!

 

Vanor Barreiros

vanorbarreiros@gmail.com




O leitor participa: Vanor Barreiros, de São Paulo (SP): 'Brumadinho: uma cidade marcada pela dor'

Vanor Barreiros

Brumadinho: uma cidade marcada pela dor

Imagem extraída da internet

Há cerca de 01 ano, todos assistimos, atônitos, a notícia do rompimento da barragem da Cia Vale que acabou com Brumadinho-MG.

De repente, toda uma cidade teve sua rotina modificada e inúmeros moradores tiveram suas vidas e suas rotinas completamente alteradas.

Foram obrigados, os sobreviventes, a deixar suas propriedades para morarem noutros lugares emprestados, alugados, cedidos, mas que não são seus.

A vida de cada cidadão daquela localidade que, aos olhos das “Autoridades” não possuem qualquer valor, radicalmente foram atingidas, ao ponto de não poderem acordar de manhã, sair no quintal de sua casa, olhar seus animais ou, simplesmente, dar um beijo no filho e na esposa e seguir para sua lida diária.

A alegria dos cidadãos daquela cidade nunca mais voltará com a mesma intensidade em seus rostos, assim como, nunca mais terão o mesmo prazer de lidar com a terra e os animais como antes, exatamente porque a ferida deixada na alma de cada habitante, pelo horror do ocorrido, jamais se apagará.

De repente, a vida de toda uma cidade é modificada, alterada, ceifada pela ganância de alguns homens que se permitiram cegar para a dor e respeito ao semelhante, nenhuma importância dando aos danos que suas atitudes causaram.

Um ano após a tragédia, com tantos mortos, com impactos socioambientais e não se ouve de nenhuma “autoridade” nenhuma resposta para a sociedade, assim como não há responsabilização e prisão de absolutamente nenhum dos assassinos.

Aos nossos irmãos a nossa solidariedade.

 

Vanor Barreiros 

vanorbarreiros@gmail.com




O leitor participa: Vanor Barreiros: 'E se fosse você?'

Vanor Barreiros

Crônica: E se fosse você?

Imagem extraída da internet

Bater no peito e ignorar a dor e sofrimento alheio é muito fácil.

A indiferença que domina cada ser humano, o faz cada vez mais insensível à causa do outro.

Passar por alguém que, na rua, implora por uma doação, por um sem teto que dorme sobre
um papelão sob uma marquise de uma rua qualquer, de uma pessoa brutalmente assassinada,
nenhuma comoção é capaz de provocar nas pessoas.

A criança que no farol passa entre os carros pedindo um trocado, a mulher que é espancada e
morta por seus companheiros, o idoso que é assaltado, nada disso incomoda ou preocupa
mais.

A “idiotização” do ser humano o torna insensível e egoísta, perdendo o grande ensinamento
de amor ao próximo, de modo a não conhecer o sofrimento alheio, esquecendo-se que poderá
ser a próxima vítima deste sistema cruel.

E se for você que precisará estar num farol mendigando por um trocado, na mira de uma arma
de um roubador?

É se for você que esteja na condição da mulher agredida pelo companheiro ou o morador de
rua que adormece no frio, sobre um papelão?

E se for você?

Ainda é possível e há tempo de mudar tudo isso. Basta dar o primeiro passo no sentido
contrário à indiferença.

 

Vanor Barreiros

vanorbarreiros@gmail.com