Artigo de Vinicius Valio: 'Coerência Técnica'

 

Vinicius Mori Valio (*)  Coerência técnica

Vinicius Mori VálioDo Governo Federal aos municípios, sempre fui um crítico ferrenho da prática muito comum de sere, nomeadas pessoas para cargos de confiança, sem qualquer tipo de apreço às suas competências técnicas. Pelo menos em tese, um nomeado deveria possuir gabarito técnico para ocupar um cargo.

Também sempre defendi a posição de que é necessário reconhecer, – e apontar -, não só os erros, mas também os acertos de outras gestões, independentemente do partido.

Esses posicionamentos já foram por mim expostos em outras ocasiões, como em programas da TV local e comentários em jornais impressos.

Deste modo, tratando-se de Itapetininga, minha cidade natal, e em especial da minha área de atuação, o meio ambiente, não poderia deixar ‘passar em branco’ dois fatos ocorridos recentemente na gestão do prefeito Hiram Ayres Monteiro Junior.

  • Criação da Secretaria de Meio Ambiente, a qual era antes apenas um departamento da Secretaria de Agricultura.

2- Nomeação de um secretário com capacitação técnica para o referido cargo.

Itapetininga é o terceiro maior município em extensão territorial do Estado e com isso possui uma extensa malha de estradas rurais, com dezenas de pontes de madeira, sendo que ambas precisam de frequente manutenção.

Quando o meio ambiente estava atrelado à secretaria de Agricultura, ainda como departamento, não havia margem para fazer muita coisa, pois além ficar em segundo plano, o orçamento da Secretaria de Agricultura tinha a maior parte de seu valor já comprometido com a manutenção das referidas estradas. Restava ao departamento cumprir funções burocráticas…

Por esses e outros motivos técnicos a criação da secretaria de Meio Ambiente era tão necessária. A nomeação de um engenheiro ambiental para o recém-criado cargo também foi uma decisão acertada e coerente, por motivos óbvios que dispensam maiores explicações.

 

 

(*) O autor é mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, graduado em Engenharia Ambiental pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Estágiou no Departamento de Controle e Gestão Ambiental da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente da prefeitura de Itapetininga, foi professor de cursinhos, fez vários cursos de extensão universitária, já publicou diversas matérias na área de Meio Ambiente no jornal Correio de Itapetininga, apresentou trabalhos em simpósios internacionais e foi um dos vencedores do Prêmio ‘Professora Dra. Dejanira Franceschi de Angellis’ como melhor painel apresentado no II Workshop de Ecotoxicologia Aplicada, realizado na UNESP de Rio Claro em 2007.




Um novo colunista do ROL: Vinicius Mori Valio

Vinicius Mori VálioApresentação do novo colaborador: ele nasceu em Itapetininga, é mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, graduado em Engenharia Ambiental pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, e

estágiou no Departamento de Controle e Gestão Ambiental da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente da prrefeitura de Itapetininga, foi professor de cursinhos, fez vários cursos de extensão u niversitária, já publicou diversas matérias na área de Meio Ambiente no jornal Correio de Itapetininga, apresentou trabalhos em simpósios internacionais e foi um dos vencedores do Prêmio ‘Professora Dra Dejanira Franceschi de Angellis’ como melhor painel apresentado no II Workshop de Ecotoxicologia Aplicada, realizado na UNESP de Rio Claro em 2007. Trata-se portanto de um expert no assunto Meio Ambiente e que certamente enviará matérias de grande utilidade para nossos leitores (Helio Rubens, editor).

Este é o seu primeiro texto enviado para publicação:

RETRATO DE ALGUNS POLÍTICOS BRASILEIROS

Vou contar aqui uma “estória” ou “história” do que passam os técnicos e/ou intelectuais ao debater obras de infraestrutura, políticas públicas e afins, com políticos que não tem um conhecimento mínimo para ocuparem o cargo.
É POSSÍVEL que tal história tenha ocorrido, todavia é pouco PROVÁVEL que essa estória seja verdadeira, ainda assim, não deixa de ser representativa da realidade acima citada, apesar de demasiadamente exagerada para muitos.

Uma pequena cidade do interior iria construir um novo reservatório de água em função do crescimento populacional e do surgimento de novos bairros mais distantes do atual reservatório e em locais mais altos que a localização deste (não explicarei o porquê, pois não constitui a priori o objetivo deste texto).
O prefeito, político que era, no sentido mais pejorativo da palavra, disse ao engenheiro que queria o novo reservatório no centro da cidade. O engenheiro, ciente dos vastos conhecimentos de seu chefe, tentou simplificar, não falou de perda de carga – necessidade de manutenção da pressão mínima interna na rede – carga hidráulica, etc, e simplesmente disse que o reservatório não podia ser construído nesse local devido à lei da gravidade, o chefe do executivo considerando ipsis litteris a declaração do engenheiro, respondeu:

“E quem é que aprovou essa lei? Vou revogá-la e pronto!”