Chama do amor

Nilton da Rocha: Poema ‘Chama do amor’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
Imagem criada pela IA do Grok
Imagem criada pela IA do Grok

Amor é chama oculta em madrugada,
um sopro que queima e não se vê,
é dor serena, doce e disfarçada,
ferida aberta que insiste em viver.

É ter no peito a paz e a tempestade,
querer distância e, ainda assim, buscar,
é carregar o peso da saudade
e nela, em silêncio, se encontrar.

É se render à força de um desejo,
mesmo sabendo o risco da ilusão,
é dar a vida inteira num só beijo,
e receber do nada a perdição.

Mas se é tormento e graça em uma só cor,
que mistério rege, em nós, tal favor,
se o próprio coração chama de dor
o que os lábios pronunciam como amor?

Nilton da Costa

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Presente palpita

Nilton da Rocha: Poema ‘Presente palpita’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
Imagem criada por IA da Meta – 10 de setembro de 2025, às 08:21 PM

No passado, memórias tecidas,
Histórias vivas, sombras perdidas.
Presente palpita, pulsante instante,
O agora dança, eterno amante.

Passado sussurra, ecoa em silêncio,
Caminhos trilhados, tempo dispensado.
No presente, a dança é vibrante,
Cada momento, um quadro pulsante.

Passado e presente entrelaçados,
Fios do destino, destinos traçados.
Na tapeçaria da vida a tecer, o ontem
O agora se reconhecem, vêm renascer.

Nilton da Rocha

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Salve o mundo

Nilton da Rocha: Poema ‘Salve o mundo’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
Imagem criada por IA do Bing – 06 de agosto de 2025,
às 15:55 PM

Há um lugar em que o amor nos chama,
Onde a paz encontra o coração,
É lá que, juntos, mãos se entrelaçam,
Na esperança de uma nova estação.

Se cada gesto for sincero,
Se cada olhar for de compaixão,
O amanhã será mais belo,
Livre da dor e da solidão.

Salve o mundo com sua bondade,
Abrace o que é puro, o que é real,
Pois somos parte desta humanidade,
Que busca o caminho do ideal.

E se acreditarmos no poder do bem,
O mundo brilhará com nova luz,
Um futuro de paz será refém,
Do amor que a todos nos conduz.

Nilton da Rocha

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Clamor deste povo na guerra

Nilton da Rocha: Poema ‘Clamor deste povo na guerra’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
Imagem criada por Ia do Bing - 18 de junho de 2025, às 17:49 PM
Imagem criada por Ia do Bing – 18 de junho de 2025,
às 17:49 PM

Eu clamo ao Sol que não quer nascer,
Procuro a chuva, o mar, a flor,
Promessas feitas que vi morrer,
Resta ao mundo só dor e clamor,
Em silêncio se esvai o amor.

Vejo a Terra que sangra e chora,
Campos vazios, mares sem cor,
Toda a esperança que se foi embora,
O homem esquece o que tem valor,
E o céu se esconde do sonhador.

Cadê a paz que nos prometeram?
Cadê os frutos, o lar, o bem?
Só vejo os campos que se perderam,
E a dignidade que já não vem,
Tudo se apaga e não resta ninguém.

Quero os meninos nos rios, nas matas,
Vendo as estrelas, sentindo o ar,
Brincando livres nas madrugadas,
Sem medo algum de se apaixonar,
Vivendo o mundo a se renovar.

Chega de guerra, morte e mentira,
Que a voz da Terra se faça ouvir,
Que o homem aprenda, que nunca fira,
Que ao diabo não possa resistir,
E a paz renasça a nos redimir.

Nilton da Rocha
(18/06/25)

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Luz da resignação

Nilton da Rocha: Poema ‘Luz da Resignação’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
Imagem criada por IA do Bing - 05 de junho de 2025, às 11:13 PM
Imagem criada por IA do Bing – 05 de junho de 2025,
às 11:13 PM

Resigna-te em silêncio ante a dor que não se entende,
A alma que ainda tomba, mas que a luz um dia acende.
Mesmo o gesto mais sombrio tem seu berço na fraqueza,
E o perdão é o caminho que conduz à fortaleza.

Não julgue quem se perde, nem condene a imperfeição,
Pois também tens teus abismos guardados no coração.
Ser fraterno é ser ponte sobre o abismo da ignorância,
É doar-se em paciência, é amar com esperança.

Deixa a luz do Cristo em ti como um sol resplandecer,
E com ela, tua sombra aprenderá a se render.
A intolerância é prisão de quem teme o diferente,
Mas o amor é chave viva, que liberta docemente.

Faz da tua alma um templo onde o Pai possa habitar,
E que tua entrega humilde seja a forma de orar.
Pois se resignar é alto, é servir sem ostentação,
É cumprir a santa lei com coragem e compaixão.

Nilton da Rocha

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Rotary e a paz

Nilton da Rocha

‘Rotary e a paz: um compromisso que rima com esperança’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
Imagem criada por IA do Bing - 19 de maio de 2025,  às 20:07 PM
Imagem criada por IA do Bing – 19 de maio de 2025,
às 20:07 PM

Em tempos tão turbulentos, em que o som da intolerância insiste em abafar a melodia da esperança, ainda há quem caminhe com flores na mão e bons propósitos no coração. Entre esses, está o Rotary.

Sim, o Rotary — essa roda que gira há mais de um século, movida por ideais de servir, unir e transformar. Fundado por Paul Harris, não é só um clube. É uma trincheira sem armas, onde o combate é feito com livros, vacinas, poços de água e diálogo. É onde a guerra perde força e a paz ganha voz.

Sou rotariano há mais de cinquenta  anos. Vi crianças sorrindo ao receberem cadernos. Vi comunidades inteiras se erguerem após tragédias, amparadas por mãos que carregavam o símbolo de uma engrenagem, mas agiam como anjos.

Na luta pela paz, o Rotary não fala alto. Ele age. Constrói pontes onde havia muros. Planta árvores onde restava cinza. Forma líderes, promove o entendimento entre culturas e investe em educação. A paz, para nós, não é utopia. É projeto.

E no meio desse mundo barulhento, há também palavras. Palavras que, como esta crônica, carregam o poder de tocar o outro, de lembrar que a paz não é um silêncio vazio, mas uma melodia compartilhada.

Se cada um fizer a sua parte — e o Rotary faz a sua com afinco — então talvez um dia possamos dizer: o mundo girou, sim. Mas girou para o bem.

Nilton da Rocha

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Reflexões em alto-mar: horizontes em risco

Nilton da Rocha

‘Reflexões em alto-mar: horizontes em risco’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
Imagem criada por IA no Bing. 31 de março de 2025, às 16:51 PM
Imagem criada por IA no Bing. 31 de março de 2025,
às 16:51 PM

Foi navegando em alto-mar, a caminho de Salvador (BA), que esta reflexão me alcançou. O cruzeiro deslizava pelo Atlântico como um gigante tranquilo, cercado por uma imensidão azul que parecia não ter fim. Ali, em meio ao silêncio cortado apenas pelas ondas e pelo vento, tive a clara sensação de que somos pequenos diante da natureza — e, paradoxalmente, capazes de causar estragos imensos.

Vivemos como se fôssemos os donos do mundo. Esquecemos que estamos inseridos em uma teia viva, complexa, onde tudo está conectado. Cada árvore derrubada, cada tonelada de carbono lançada ao ar, cada rio poluído, cada ser extinto… tudo isso é como uma gota caindo em um lago calmo. O impacto se espalha, cresce, afeta o equilíbrio de todo o sistema.

Chamam esta era de Antropoceno — um tempo em que o ser humano passou a ser a principal força de transformação (e destruição) da Terra. E não é por acaso. Na busca desenfreada por crescimento e lucro, ignoramos os limites do planeta. Alteramos o clima, a biodiversidade, a oferta de recursos naturais e, inevitavelmente, a nossa própria qualidade de vida. E o mais impressionante é que, mesmo sendo os únicos seres capazes de perceber e compreender isso, seguimos como se nada estivesse acontecendo.

Mas talvez ainda dê tempo. Talvez, como aquela gota no lago, possamos iniciar uma nova onda — não de destruição, mas de renovação. Precisamos repensar nossos hábitos, nossos modelos de produção e consumo, nossa relação com o planeta e com os outros seres que o habitam.

Não se trata de um sonho distante. É uma necessidade urgente. A natureza não negocia. Ela apenas reage. E a conta que ela cobra não é apenas ambiental — é social, econômica e, sobretudo, humana.
Se somos a causa, podemos — e devemos — ser parte da solução.

Nilton da Rocha

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