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Pedro Novaes: 'Animais Amigos'

colunista do ROL

 Pedro Israel Novaes de Almeida: ‘ANIMAIS AMIGOS’

 

Quem convive com animais não admite a ideia de que sejam seres irracionais, movidos a instintos de mera sobrevivência.

A convivência estabelece um diálogo que dispensa palavras e submissões, e o mútuo amparo desafia solidões e carências. A fidelidade é a marca do relacionamento.

Cada pessoa possui um animal ou ave favorita. Pode ser um cavalo,  cabra, jiboia e até mesmo lagartos.

A preferência, contudo, é, mundialmente, exercida por cães e gatos. Ambos parecem dividir a humanidade, pois são raros os que gostam igualmente de ambos.

Situamo-nos dentre os que gostam de cachorros, e não sentem a mínima afinidade com gatos. Como castigo, amargo a desventura de ver que meus cães sequer latem para os gatos, com que convivem em harmonia.

Crianças adquirem responsabilidade e respeito, convivendo com animais domésticos. Idosos encontram amigos dependentes, que estimulam a sobrevida, e afugentam a sensação de serem estranhos no meio onde vivem.

Cães exercem vigilância, apontam drogas e salvam vidas, em ações espetaculares. Conduzem cegos, manejam rebanhos e até diagnosticam, ao primeiro contato, pessoas com quem não devemos conviver.

É incrível a personalidade canina, comum aos indivíduos da mesma raça. Um Labrador sempre será, por natureza, dócil, e um Pastor Alemão necessariamente fiel.

Vira-latas, especialistas em sobrevivência, mostram, vez ou outra, as raças de que descendem, na quase sempre longínqua e ignorada origem.

Assim como as pessoas, os cães demonstram os estímulos e estresses tidos durante a vida. Respeitados, dificilmente assumirão atitudes imprevistas ou violentas.

A humanidade sempre buscou moldar os cães às suas necessidades, gerando raças com tendências à ferocidade e combate. Também gerou miniaturas destinadas ao sofá e colo.

Na verdade, a função protetora integra a natureza dos cães. Compete ao cão latir, e ao dono morder.

O respeito aos animais, ainda distante, integra nosso ordenamento legal, e qualquer maltrato é criminoso. Houve um tempo em que as populações de rua eram, às escondidas, levadas ao município vizinho.

Atualmente, os poderes públicos atuam em centros de zoonoses, auxiliados por voluntários que castram, curam e promovem campanhas de adoção. Não raro, tais voluntários não recebem o necessário apoio, oficial ou privado.

A ação oficial ainda engatinha, no acompanhamento da qualidade das rações e produtos destinados aos animais. Rações desbalanceadas comprometem todo o desenvolvimento e o próprio bem-estar dos domesticados.

A saúde pública humana depende da saúde dos animais domésticos, e são raros os prontos-socorros a eles destinados.

pedroinovaes@uol.com.br

O autor é engenheiro agrônomo e advogado, aposentado.

Helio Rubens
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