Diáspora Negra
Da minha cor
Grita, negro!
Teus pulmões
Desacato
Desata mulato
O teu rancor
Tua pele
Urde a dor
Que ulcera
Mulato
Ulcera
O anonimato
Mulato
Da minha
Cor
Minha voz
Na tua boca
Meu negro
Mulato
Notícia
Simulacro
Meu pai
Meu parente
Meu amor
Teu corpo
Tem peso
Tua morte
Perfurada
O degredo
A arma afiada
Estupor
Tem peso
O teu corpo
Tem!
Na letra negra
Necro- notícia
No jornal
Teu corpo
Quem?
Sem calor
Morre o negro
O mulato
E seu grito
No asfalto
No anúncio
De domingo
O carro
Do ano
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Teu nome
Mulato
Negro hiato
Tua sombra
Esguia e forte
Meu norte
Segue-me
Pelas veias
E artérias
De vermelha cor.
Tânia Orsi
taniaorsi1@gmail.com
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