O professor em desserviço
José Ngola Carlos: ‘O professor em desserviço’


às 8:25 AM
Nenhum professor é autoexistente, ou melhor, nenhum professor existe por si. A existência do professor depende principalmente de que este tenha algo para ensinar e para quem ensinar.
A palavra professor deriva do verbo professar. Pelo que, um professor é alguém que professa, confessa, apregoa ou reconhece publicamente alguma coisa. Afinal, como podem existir professores sem terem algo para ensinar? Como podem existir professores sem que haja pessoas a quem professar?!
Queiramos ou não, a verdade é que todo professor está a serviço dos seus alunos. Estando a serviço dos alunos, é imperativo que este faça tudo ao seu alcance de modos a suprir as necessidades de aprendizagem de seus alunos no domínio cognitivo, afetivo e psicomotor em relação à vida e em relação ao seu meio envolvente.
Um professor a serviço dos alunos:
- Planifica as suas aulas;
- É assíduo e pontual;
- Ensina com destreza;
- Educa com paciência;
- Motiva com amor e
- Avalia sem preconceitos.
Estar a serviço dos estudantes é um dever por parte do professor, mas o anómalo, e não somente o inverso, pode ocorrer. Assim como o professor pode estar a serviço dos alunos, não pode fechar os olhos ao fato de que é possível, percebendo ou não, estar a desserviço da comunidade estudantil.
Um professor a desserviço dos estudantes:
- Não planifica as suas aulas ou planifica mal;
- Não é assíduo, muito menos pontual;
- Ensina sem nada ensinar de fato, antes atrapalha;
- Não educa, senão deseduca;
- Desmotiva e raramente motiva;
- Avalia como um fim em si;
- mesmo e não como um meio para alcançar a um fim.
No exercício das suas funções, por favor, diga não ao desserviço!
Kamuenho Ngululia
Malanje, 20 de janeiro de 2025
Como citar este artigo: Ngululia, K. (2025:1). O Professor em Desserviço. Brasil: Jornal Cultural ROL.