Academia de Letras marca nova era cultural em Indaiatuba

Brasão da Academia de Letras de Indaiatuba

Indaiatuba celebra a posse dos membros da Academia de Letras em noite histórica para a cultura

A cidade de Indaiatuba viverá, no próximo dia 29 de outubro de 2025, um dos momentos mais marcantes de sua trajetória cultural, a posse oficial dos membros da Academia de Letras de Indaiatuba (ALI).

A solenidade será realizada na Secretaria de Cultura de Indaiatuba e reunirá autoridades, escritores e personalidades do meio artístico em uma celebração à literatura e ao conhecimento.

O evento contará com a presença ilustre do prefeito Dr. Custódio Tavares Dias Neto, da secretária de Cultura, Profa. Tânia Castanho Ferreira, e do presidente da Câmara Municipal, Dr. Túlio José Tomass do Couto, entre outras figuras públicas e culturais da região.

A cerimônia empossará 31 membros efetivos, 5 membros correspondentes e 7 membros honorários, que passam a integrar oficialmente a instituição. Mais do que um momento simbólico, a posse representa o fortalecimento da identidade literária da cidade e o reconhecimento dos talentos que nela florescem.

Fundada em 18 de março de 2025, a Academia de Letras de Indaiatuba nasceu com o propósito de valorizar a produção literária, incentivar a leitura e promover o intercâmbio cultural entre escritores locais e de outras regiões.

A primeira diretoria foi constituída em 3 de maio de 2025, tendo como presidente José Henriques Martins, vice-presidente Jacimara Martins Siqueira de Miranda, 1ª secretária Analma Queiroz Moura, 2ª secretária Adriana Silva Barbosa, 1º tesoureiro Marcelo Castro Bonfim, 2ª tesoureira Maria José Amgarten Rodolfo Gonella, e a comissão fiscal composta pela Prof.ª Sueli de Sá Giovanni, Cíntia Henriques e Dárcio Calligaris.

Membros da Academia de Letras de Indaiatuba

Para o presidente da Academia, José Henriques Martins, a criação da ALI é um marco para a cidade.

Indaiatuba sempre foi rica em talentos e expressões artísticas. A Academia surge como um espaço de encontro, reflexão e estímulo à palavra escrita, uma casa que acolhe o passado, o presente e o futuro da literatura em nossa cidade”, afirma o presidente José Henriques Martins.

Durante a cerimônia, estão previstas homenagens, lançamento do livro Ecos da Escrita feita pelos 17 fundadores da Academia e discursos que reforçam a importância da literatura como instrumento de identidade, sensibilidade e transformação social.

Com a posse dos acadêmicos, Indaiatuba consolida sua vocação cultural e dá mais um passo no fortalecimento de suas tradições intelectuais.

A Academia de Letras de Indaiatuba nasce para permanecer — guardando em suas cadeiras o brilho e a memória dos que fazem da palavra uma forma de eternidade.

Redes Sociais da Academia

Instagram: https://www.instagram.com/academiadeletrasdeindaiatuba/

E-mail: academiadeletrasdeindaiatuba@gmail.com


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Academia de Letras de Indaiatuba (ALI)

Indaiatuba (SP) ganha academia e fortalece a cultura literária

Logo da Academia de Letras de Indaiatuba
Logo da Academia de Letras de Indaiatuba

A instituição, fundada por 17 escritores, promete valorizar a produção literária da cidade e homenagear grandes nomes da literatura brasileira

Indaiatuba, maio de 2025 – A cidade de Indaiatuba acaba de escrever um novo capítulo em sua história cultural com a fundação da Academia de Letras de Indaiatuba (ALI), oficializada no último mês de março. A iniciativa, idealizada pela escritora Jacimara Martins Siqueira de Miranda em 2024, surgiu da percepção da necessidade de um espaço institucional que promovesse e valorizasse a literatura local.

Com o apoio da escritora Mariane Gomes Sievert Naschenweng, Jacimara reuniu um grupo de 17 escritores engajados, que trabalharam na elaboração do Estatuto e do Regimento da nova entidade. Após meses de planejamento, os documentos foram aprovados em 18 de março de 2025, marcando a criação oficial da ALI.

Primeira Diretoria Eleita

No dia 3 de maio de 2025, a Academia realizou a eleição de sua primeira diretoria, que será presidida por José Henriques Martins, tendo Jacimara Martins Siqueira de Miranda como vice-presidente. A equipe administrativa também conta com:

  • Secretárias: Analma Queiroz Moura e Adriana Silva Barbosa
  • Tesoureiros: Marcelo Castro e Maria José Amgarten Rodolfo Gonella
  • Comissão Fiscal: Sueli de Sá Giovani, Darcio Calligaris e Cintia Henriques

Membros Fundadores e Suas Cadeiras

A ALI é composta por 17 cadeiras, cada uma ocupada por um escritor fundador e dedicada a um patrono de destaque na literatura brasileira. A escolha dos homenageados reflete a diversidade e a riqueza da produção literária nacional, incluindo nomes como Machado de Assis, Cora Coralina, Clarice Lispector e Guimarães Rosa.

PATRONO DA ACADEMIA
Escritor e advogado Rubens de Campos Penteado

lista dos membros fundadores, sua cadeira e patrono

Um Marco para a Cultura de Indaiatuba

A criação da ALI representa um avanço significativo para a cena literária da cidade, oferecendo um espaço de reconhecimento, debate e incentivo à escrita local.

A Academia planeja promover eventos, palestras e publicações que fortaleçam o diálogo entre autores e a comunidade.

Para o presidente José Henriques Martins, a instituição é um sonho realizado:

“A ALI nasce com a missão de preservar e difundir a literatura,
inspirando novas gerações de escritores e leitores em Indaiatuba.”

A expectativa é que, nos próximos anos, a Academia se consolide como um polo cultural ativo, contribuindo para o enriquecimento artístico e educacional da região.

Serviço:

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Artigo de Guaçu Piteri: 'Float like a butterfly and sting like a bee'

Guaçu Piteri
Guaçu Piteri

Guaçu Piteri – “Float like a butterfly and sting like a bee”

“Float like a butterfly and sting like a bee”
Você, caro leitor, que tantas vezes se emocionou com as proezas de Cassius Marcellus Clay bailando no ringue enquanto demolia, um a um, os gigantes do pugilismo da sua geração, não deve perder tempo lendo esta crônica.

Com todo respeito, pode virar a página porque não é para você que ela é escrita.

Concordo que a performance do gênio do boxe é inigualável. Mas eu seria tolo se não tivesse o alcance de compreender que esta narrativa nada acrescenta à estupenda biografia do grande atleta do século vinte.

Tampouco tenho a pretensão de explicar o significado do título deste post, que traduzo: “Flutua como uma borboleta e agride como uma abelha”.

Quem teve a oportunidade de vê-lo em ação tem plena consciência da felicidade dessa inspirada metáfora.

Sem qualquer pretensão de saber literário, que reconheço não ser minha seara, ouso aludir à genialidade de Fernando Pessoa que, para expressar a universalidade do seu pensamento, teve que imortalizar três heterônomos.

Cassius Clay, por sua vez, para consolidar o compromisso em defesa da sua causa, enveredou por caminho análogo: Renunciou ao nome de batismo, marcado pelo estigma da sociedade escravagista em que foi criado e, corajosamente, assumiu nova identidade para denunciar as injustiças e humilhações atávicas sofridas pela sua raça. As consequências do seu compromisso foram devastadoras.
Muhammed Ali – nome escolhido pelo próprio personagem desta narrativa – preferiu renunciar à liberdade e à posição de prestígio e conforto para manter fidelidade ao combate em defesa da igualdade racial.

Quando se negou a lutar na guerra do Vietnam, sob a alegação de fidelidade a princípios e convicções, foi despojado dos títulos de campeão mundial, condenado a cinco anos de prisão e acusado de covardia e traição à pátria.

Ali respondeu com uma frase simples que acabou despertando a opinião pública dos Estados Unidos: “Não tenho nada contra esses vietcongues”.

Ao voltar aos ringues, anos mais velho, desacreditado e amargando penoso processo de ostracismo social, o gigante recuperou a heróica e inacreditável energia para surpreender o mundo e reconquistar o protagonismo como lenda do esporte.

Ele próprio deve ter duvidado do seu extraordinário feito ao declarar que seu maior êxito fora a reconquista de seus três títulos mundiais. No ringue, sem dúvida, esse foi seu feito mais glorioso.

Mas, na sua trajetória randômica, marcada por acertos, erros e contradições entre os extremos da paixão pelo boxe e do compromisso com as bandeiras sociais, o campeão escolheu seu lado: “O boxe não era nada. Não tinha importância. O boxe foi apenas o meio para me introduzir no mundo”.

O compromisso social, a seu juízo, foi a missão que veio cumprir na Terra.

Embora nunca tivesse parado de lutar, Muhammad Ali perdeu a batalha contra o mal de Parkinson.

Morto aos 74 anos, foi sepultado em Luisville, Kentucky, como queria.

No cortejo fúnebre, havia casais de diferentes raças e até crianças mestiças, mas o sonho da igualdade racial está longe de ser realizado.

Não asseguro que, grandes ativistas como Martin Luther King, Mandela e Muhammad Ali, deram a vida pela causa da igualdade, em vão.

Prefiro acreditar que os versos de Bob Dyllan anunciem os ventos da esperança: ” The answer my friend, the answer’s blowin’ the wind.”

Missão cumprida guerreiro, vai em paz!