Coragem do tempo (parte 2)

Ismael Wandalika: Poema ‘Coragem do tempo’ (parte 2)

Soldado Wandalika
Soldado Wandalika
"... Teatro foi a terapia dos nossos dias..."
“… Teatro foi a terapia dos nossos dias…”
Imagem gerada pela IA do Bing – 13 de setembro de 2024
às 1:24 PM

A gente cresce
A criança em nós rejuvenesce
A criança que saí de nós envelhece
Visualizamos o entardecer dos dias paulatinamente
A vida ganha um rumo diferente

Somos magoados e magoamos também
Deixamos sonhos por realizar
Priorizamos quem decidimos amar
Nos tornamos país donos de um lar

No tempo
Sorrimos com saudade da lembrança de outros sorrisos
Nossos familiares e amigos tombados da jornada
Deixaram nossos corações partidos
Nos dividimos entre a realidade e a ficção da vida

O tempo traz um remédio que cura a alma
Há gente que se separa de nós mas continua presente mesmo distante
No tempo aprendemos que o amor e o respeito
São ponte que une pessoas independentemente da distância
O tempo tem a audácia de retificar rabisco
Engavetados na memória de um passado

O amor
vence
Valoriza
Entende
Respeita

No tempo choros são lembrados com sorriso nos olhos
Escrevemos nossa história olhando para dentro
Ficam no tempo os momentos que partilhamos na fase de convivência mútua
Os ensaios teatrais e de coreografia
O hino desajeitado do grupo coral
Aquele culto de avivamento espiritual
As pregações, os jejuns, os sábados jovens, os cultos aos segundos domingos de cada mês, as sextas feiras de culto de dramaturgia
Era tudo tão especial, tão divinal.
Nossas brigas, nossas brincadeiras, era tudo tão surreal

Ficou para a história do tempo
Os momentos vividos entre irmãos(as), primos(as) e sobrinhas(os) únicos momentos.
Hoje um novo tempo vivemos

Por mais que Anselmo Ralph cante
Jamais recuaremos o tempo
Pois, cada um(a) foi para o seu aprisco
Cuidar do seu novo mundo novo abrigo
Ser pai, ser mãe, ser madrasta ser padrasto fazer a vida no seu tempo.

Coragem do Tempo
O tempo ensina reeduca
Só os de verdade permanecem em nossa vida
Por mais que seja o tempo
Só os de verdade ficam quando tudo perde o sentido
Só os de verdade nos olham com esperança
Quando a gente perde o foco e a beleza da vida
Só os de verdade acreditam
Quando os caminhos ficam fechados para nós.

Uns nos deixam com o tempo
Outros ficam no tempo
O tempo leva e lava os males
Lembramos dos que foram com saudades
Coração aperta a dor aumenta as vontades
Olhos num retrato de lembranças
Imagens timbradas no peito do tempo

Dá saudade
Dá vontade
A gente não volta mas recorda a trilha antiga que guiava a matina os nossos dias infinitos
Cada vigília fortalecia o espírito
Cada ensaio era como respaldo
Teatro foi a terapia dos nossos dias

No tempo
Aprendemos a amar a família e a valorizar o perdão
De coração para os corações mansos
A palavra poética fala com verdade e compaixão.

Soldado Wandalika

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A flor do entardecer

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘A flor do entardecer’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
"entardecer nostálgico entre as névoas alaranjadas do arrebol"
“entardecer nostálgico entre as névoas alaranjadas do arrebol”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Pálida a luz da tarde sombria.
Sobre o leito da flor debruçada
um entardecer nostálgico
entre as névoas alaranjadas
do arrebol.

No silêncio da varanda do ocaso
o pôr do sol desmaia,
incensa o crepúsculo,
pinta de dourado o entardecer
de lume à penumbra,
desenhando imagens
na lívida solidão.

Você surgiu em meio do tempo
com olhos ávidos de sedução,
chamas de amor,
mãos deslizavam com volúpia
em ardente desejo.

Na doce bruma
dos vitrais das janelas do ocaso,
enlaçados ao caminho
de desvario veementemente,
ao fogo do carnal amor,
nossos corpos sedentos incendeiam
de prazer e emoção
no poente fecundo de mistério
que se cala,
à flor do entardecer.

Ceiça Rocha Cruz

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Entardecer na praia

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Entardecer na praia’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
Entardecer na praia
Microsoft Bing – Imagem criada pelo Designer

Na tarde sombria

busco a quietude 

no Sol que fenece

de mansinho.

No vislumbre crepuscular

olhares se cruzam, 

tece o amor na sombra

da paisagem

e no fundo dos teus olhos

encontro-me.

As névoas enveredam,

derramam-se pelo crepúsculo,

o amor segreda. 

Transfigura-se em sussurros,

em sorrisos,

em emoções.

No silêncio soturno da tarde

amantes vagueiam na areia

da praia nua

sob a lucidez da vidraça

que se desenrola à flor do arrebol.

Canções de amor,

versos poéticos,

tu e eu,

no entardecer da praia.

Ceiça Rocha Cruz

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Atrás da montanha

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Atrás da montanha’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
"Cai o tempo... névoa nos ombros da montanha. O pôr do sol renasce e espreita silencioso o entardecer."
“Cai o tempo… névoa nos ombros da montanha. O pôr do sol renasce e espreita silencioso o entardecer.”
Microsoft Bing – Imagem criada pelo designer

Cai o tempo…

névoa nos ombros

da montanha.

O pôr do sol renasce

e espreita silencioso

o entardecer.

O sol fecha os olhos do dia

na solidão da tarde

e na cidade,

o silêncio silencia,

e no meu poema,

uma canção ao vento.

No debrulhar de

segredos do horizonte,

afloram,

cantam o amor e a saudade,

na infecunda solitude do tempo.

Cortinas douradas contrastam

ao entardecer,

e pelas escarpas da tarde,

o sol se despede,

traz-me você.

Enquanto isso,

a sombra sepulta o silêncio

do outro lado do poente,

atrás da montanha.

Ceiça Rocha Cruz

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A alma em folhas

Valdina Augusto Souza: Poema ‘A alma em folhas’

Valdina Augusto de Souza
Valdina Augusto de Souza
"Vento toca as folhas, que parecem voar. E voam, moldando no ar a alma"
“Vento toca as folhas, que parecem voar. E voam, moldando no ar a alma
Criador de imagens do Bing

Tarde fria!
Vento suave
Toca o rosto
No entardecer
Vento…suave
Toca a vida
Que segue
Folhas Secas
Caem…
Caem aos montes
Coloridas
Mas Secas
Vento Toca
As folhas
Que parecem
Voar
E voam
Moldando
No ar
A alma
Ganhando forma
Formas variadas
Muitas vezes alegres
Outras tristes
Tarde gelada
Vento suave
Parece cantar
Em quanto
A alma
Moldada em folhas
Dança
Ao soar
Do Vento

Valdina Augusto de Souza

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A colina

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘A colina’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
"No silêncio, entre a tarde e o anoitecer, saudades e na sua solidão, eis o pôr do sol por trás da colina"
“No silêncio, entre a tarde e o anoitecer, saudades e na sua solidão, eis o pôr do sol por trás da colina”
Criador de imagens do Bing

Atrás das serras e montes,

desmaia a tarde,

incensa o ocaso,

pinta em versos

o entardecer.

Cala-se o vento,

espreita as escarpas,

voam as nuvens,

e no murmurejo do mar,

aceno à flor da janela aberta,

um plácido cenário.

Sozinha no tempo

a tarde agoniza

e a colina solitária

veste-se de sonhos,

poesia e lembranças.

No entardecer,

põe-se o sol em calmaria,

e no silêncio,

pela varanda entreaberta

do crepúsculo,

debruça-se aos olhos do mar

e do vento,

canta o amor,

num entoar sorridente.

No silêncio,

entre a tarde e o anoitecer,

saudades

e na sua solidão,

eis o pôr do sol

por trás da colina.

Ceiça Rocha Cruz

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Irene da Rocha: 'Entardecer'

Irene da Rocha

Entardecer



No entardecer

O Sol se despede da tarde

Olhares se cruzam

Lacrimejando de emoção.

Na despedida do dia…

No silêncio solitário

No resto de esperança

Você chegou.

Ao olhar do acaso ao amor

Sorrisos se derramam

No entardecer do dia

Desenrola a flor da noite.

Com seu perfume de enlouquecer

No escurecer do tempo

O brilho do seu olhar fala de amor

Vertem-se das pálpebras sorridentes.

No canto dos lindos versos

Sussurram ao olhar da alma

O meu amor a lhe esperar

Inspiro-me em outros dias a lhe abraçar.

Irene da Rocha

irenerochafono@hotmail.com