O pôr do Sol descortina atrás da montanha silenciosa, e a vida triste sem ti, vê o tempo passar, numa saudade incontida, debruçada na janela do poente.
Na quietude, rasgo do entardecer, e na casa encolhida debaixo do cimo da colina, ao acaso, lembranças insepultas onde tudo se mistura: solidão e saudade. Tal qual, geme em segredo o vento, uma voz regouga: volte, eu não sei viver sem ti!
O crepúsculo despede-se da tarde na tua solidão, e no coração a dor dilacerada pela saudade.
Enfim, no silêncio da noite escura, entre olhares e sorrisos, tu a tristeza ouviu o meu pedido… e no aconchego do teu abraço ao sabor do afago, sussurros… não posso mais sofrer, chega de saudade… amo-te!
Pálida a luz da tarde sombria. Sobre o leito da flor debruçada um entardecer nostálgico entre as névoas alaranjadas do arrebol.
No silêncio da varanda do ocaso o pôr do sol desmaia, incensa o crepúsculo, pinta de dourado o entardecer de lume à penumbra, desenhando imagens na lívida solidão.
Você surgiu em meio do tempo com olhos ávidos de sedução, chamas de amor, mãos deslizavam com volúpia em ardente desejo.
Na doce bruma dos vitrais das janelas do ocaso, enlaçados ao caminho de desvario veementemente, ao fogo do carnal amor, nossos corpos sedentos incendeiam de prazer e emoção no poente fecundo de mistério que se cala, à flor do entardecer.