Reflexões e realidades em contos
Trasmonte, um olhar sensível sobre as disparidades sociais

O ESCRITOR E SUA OBRA
Silvio Antônio de Almeida, natural de Guaratinguetá, São Paulo, completará 65 anos no próximo julho, sendo um veterano da radiologia médica, com 45 anos dedicados à profissão.

Suas mãos, que ao longo de décadas ajudaram a diagnosticar e compreender o corpo humano, agora se voltam para um novo projeto: a literatura.
Em seu segundo livro, ele apresenta não apenas uma obra de ficção, mas um olhar crítico e sensível sobre as disparidades sociais que ainda perpetuam a desigualdade e a opressão.
Em seu livro repleto de reflexões, Silvio se inspira nas experiências da infância, nos reflexos da realidade política e nas dores de uma sociedade que insiste em marginalizar os menos favorecidos.
Ao longo de suas páginas, ele aborda as desigualdades sociais, revisitando uma visão crua, mas necessária, das feridas que ainda teimam em sangrar. As palavras que compõem seus contos são duras, porém imprescindíveis.
A realidade que ele descreve é muitas vezes difícil de encarar: um retrato de miséria, de sofrimento, e de um Brasil que, embora evolua, carrega em si um legado de injustiças.
Diferente do seu primeiro livro, onde havia um resgate emocional, das mais profundas lembranças de sua infância, muito bem vivida, este livro não se limita a simples narrativas, mas se transforma em uma reflexão profunda sobre os caminhos que a sociedade vem trilhando.
A crítica é evidente quando ele expõe a imensidão das diferenças sociais, contrastando com a ideia distorcida do que são os valores de convivência.
Os personagens de seus contos vivem o medo, o isolamento e a desconfiança. Há uma constante sensação de que o outro é uma ameaça iminente, como se todos estivessem armados exageradamente, prontos para se defender.
Contudo, essa dureza também é um convite à mudança.
O autor aponta para a necessidade de um novo paradigma, de uma forma mais humana de viver em sociedade. Ele acredita que é possível criar um caminho, baseado no compartilhamento, na compreensão e no respeito.
Seu livro é uma convocação para a reflexão, um pedido silencioso para que a sociedade repense suas prioridades e, quem sabe, construa um futuro mais justo e equilibrado.
As palavras de Silvio Antônio de Almeida, em sua crueza e intensidade, são um grito por transformação. Um grito que ecoa não apenas nas páginas do livro, mas no coração de todos aqueles dispostos a ouvir as verdades que não podem mais ser ignoradas.
RESENHA
Os contos deste livro nos levam a Serra da Mantiqueira, num vilarejo de um povo ligado à natureza, suas histórias, lendas e conexões com o ecossistema.
Os contos se entrelaçam, nos levando a profundas reflexões sobre o meio ambiente, a união das pessoas para o bem comum, a ambição e a miséria.
Mesmo nas lendas este livro traz um olhar mais profundo e cotidiano.
Reflexões profundas e necessárias para todos.
Assista à resenha do canal @oqueli no YouTube
SINOPSE
Trasmonte é uma coletânea cujos contos se entrelaçam como as raízes de uma figueira imponente, formando uma teia intricada de narrativas interconectadas.
Cada conto, como uma raiz, contribui para a complexidade desta árvore de narrativas, explorando os diferentes aspectos da destruição da natureza, das disparidades sociais e das misérias humanas, configurando uma denúncia que precisa ser escutada com atenção, na ação imediata do tempo que urge sem rodeios.
À medida que os personagens de um conto emergem, suas histórias se entrelaçam, organicamente, com as vidas delineadas nos contos vizinhos, criando uma rede de relações e significados.
Trasmonte não é apenas testemunha da degradação do meio ambiente e das desigualdades, também oferece uma visão multifacetada das experiências humanas diante destas adversidades.
Neste universo literário entrelaçado, as raízes representam os fios invisíveis que conectam as histórias, transmitindo a essência compartilhada da condição humana, diante dos desafios impostos pela destruição ambiental e pelas disparidades sociais.
Trasmonte convida os leitores a explorarem não apenas os contos individuais, mas uma tapeçaria complexa em que as histórias se nutrem, mutuamente, criando um panorama completo e reflexivo das buscas de harmonia social.
REDES SOCIAIS DO AUTOR
OBRAS DO AUTOR


ONDE COMPRAR
O amor é tudo
Dorilda Almeida: Poema ‘O amor é tudo’


às 2:37 PM
Não tenho nenhum espaço vazio
Todos preenchidos dentro de mim
Por amor
Sintonizo
Com todos os seres da natureza
Com toda forma de criação
Os meus sonhos
Realidade
Sou capaz de vencer
Obstáculos, dificuldades
Confrontos, desamor
Confiante em ti,
Amor,
Não existem medos
Ansiedade, insegurança
Só gratidão
Por tudo que existe
O amor é tudo
Mesmo este mundo difícil.
Eu sinto paz dentro de mim
O amor está em nós
Em profundidade.
Dorilda Almeida
CONTATOS COM A AUTORA
Com você caminho na vida
Ale Abdo: Poema ‘Com você caminho na vida’


Os caminhos que enfrentamos sozinhos é muito mais difícil
Somos juntos fortes e resilientes
Somos unidos na vida antes e no agora
Temos mais a certeza de que enfrentaremos o destino traçado
—
Com tudo que suportamos e ultrapassamos
Vencemos os terrenos árduos desta vida
Superamos limites juntos na realidade
E desejamos e sonhamos por momentos na eternidade
—
Sabemos unidos pular os obstáculos
Voamos alto como águias em vales inexplorados
Reconhecendo o quanto teremos que superar
Mas com a certeza que juntos iremos nos amar e suportar
—
Não há quem possa atrapalhar nosso destino
Por Deus traçado e confirmado na fé eterna
Dá-me tuas mãos para juntos alcançarmos
Os momentos infinitos de um amor a dois eternizado.
Ale Abdo
Direitos reservados a Ale Abdo (C) 2024
With you I walk in life
The paths we face alone are much more difficult
We are strong and resilient together
We are united in life then and now
We are more certain that we will face the destiny set
—
With everything we endure and overcome
We overcome the arduous terrain of this life
We overcome limits together in reality
And we wish and dream for moments in eternity
—
We know how to overcome obstacles together
We fly high like eagles in unexplored valleys
Recognizing how much we will have to overcome
But with the certainty that together we will love and endure each other
—
There is no one who can hinder our destiny
By God traced and confirmed in eternal faith
Give me your hands so that together we can reach
The infinite moments of an eternal love for two.
Ale Abdo
Contatos com o autor
Inspiração
J.H. Martins: poema ‘Inspiração’


Inspirar é como respirar
Uma necessidade sem igual
É o ar que faz a alma voar
E torna a vida tão especial
A inspiração vem de dentro
E nos leva a lugares sem fim
É a chamada que acende o talento
E nos faz criar do começo ao fim
Ela está no Sol que brilha
No mar que se estende no horizonte
No verde que a natureza trilha
E o amor que é a sua grande fonte
A inspiração é a força a considerar
Para transcender da realidade ao oculto
Nos levando a sonhar e realizar
O inimaginável com todo indulto.
J.H.Martins
Contatos com o autor
Questão de pele, por quê?
Sandra Albuquerque: Poema ‘Questão de pele, por quê?’


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O tempo passa
A vida passa
Existem desumanos que não têm jeito.
Tem pessoas que parecem viver numa bolha:
Alienadas, fora da realidade.
Pretas, ruivas, loiras, mulatas, amarelas
Do oriente ao ocidente
Todo sangue é vermelho
Todo mundo precisa de oxigênio
Ninguém é melhor que ninguém.
Porque a morte não escolhe
E nem as doenças pandêmicas
Ou hereditárias.
Até quando?
Questão de pele por quê ?
Oh! Gente sem noção!
Morre hoje, amanhã decompõe.
Todas as pessoas são preciosas
Cada uma tem o seu valor
E a sua particularidade.
Cada ser é ímpar.
Que morra o preconceito
Que viva a empatia!
Somos seres viventes.
Aprendamos com os irracionais
Que em certas situações
São seres bem melhores
Muito superiores que nós.
Eles adotam
Enquanto humanos escolhem
Fazendo distinção.
Mas…
Ainda podemos mudar esta realidade
Tão dura, dolorosa e cruel.
Pensemos em uma nova era
Onde todos os seres
Mereçam respeito, dignidade
Amabilidade e confiança
Onde o amor deve ser incondicional
Onde os valores essenciais
Vivam em constante dinamismo
Onde as oportunidades são as mesmas
E a questão de pele por quê?
Já não será necessária questionar.
Comendadora Sandra Albuquerque
Contatos com a autora
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Uma poetisa perdida na cidade Realidade
Amanda Quintão: Poema
‘Uma poetisa perdida na cidade Realidade’


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– Moço, você pode me informar,
Como faço pra chegar,
Lá no bairro Euforia,
Na rua da Alegria,
Da cidade Fantasia?
Era lá que eu morava,
Eu sai e me perdi ,
Lá eu era bailarina das letras,
Escritora de contos e poesias.
Minha mente voava,
Eu quase nunca chorava,
Meu espelho era encantado,
Eu era criança quando eu queria.
Agora estou peregrina.
– Moça eu não conheço, esse lugar é só seu!
Você deve ser uma louca que fica inventando coisas pra sobreviver,
inventa um portal.
vou ali inventar o meu.
Amanda Quintão
Contatos com a autora
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