Ceiça Rocha Cruz“Meu deserto, meu oásis. E neste deserto o olhar de todas as saudades”. Imagem gerada por IA do Bing – 23 de outubro de 2024, às 4:41 PM
Bela a tarde de um sol que finge não querer se pôr. Canto o tempo que existe, a vida que se vai, a arte de amar e de poeta ser. DE UM SER POETA.
Canto e penso em ti, nas rabiscadas laudas do amor sentido. A livre ideia livre na doçura dos versos dos mistérios do instinto.
Meu deserto, meu oásis. E neste deserto o olhar de todas as saudades.
Sonhos longínquos… Solidão. E num profundo universo, sem forma, nem nome, a realidade, no silêncio obscuro disperso.
Desconheço o que não vejo, se o coração não sente, e neste abismo, qual Descartes. “Penso, logo existo”, insisto, sou poeta.
Ceiça Rocha CruzImagem gerada por IA do Bing – 9 de outubro de 2024 às 1:34 PM
Na tarde que fenece, no macio azul do rio, navega feliz desliza ligeiro vai além de águas afora, um barquinho.
Abre as pálpebras do entardecer, desperta no silêncio ensurdecedor a solidão.
No limiar da tarde, debruça-se solitário às margens, amamentado de saudades.
Na varanda do tempo, na placidez do vento, um lamento. Um rumorejo dos lábios ecoa à beira do rio silencioso.
Enfim, sob a névoa dos olhos da tarde, o barquinho vai, navegando vai… Fustigado pela solidão do eterno tempo, vai… Assiste o Sol que morre no fim do dia e vai.
Ceiça Rocha Cruz“Das serenas tardes de estio, aves planavam ao sabor do vento” Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer
O Sol despontou… cobriu o dia de brilho, encanto e magia, despertando no silêncio a saudade.
Das serenas tardes de estio aves planavam ao sabor do vento e gorjeavam sorridentes, sob um céu azul de setembro.
Saudades das majestosas palmeiras, da voz desatada do sabiá, cristalina flauta, debruçada na janela, modulava o doce canto e num descortinar reverberava.
Da Lua venusta… um vestido de sonhos, num céu de estrelas, rasgando a madrugada.
Saudades dos viçosos campos, serras e bosques, que se despojavam na paisagem dourada, das paredes alaranjadas de ocaso, de um pôr do Sol deslumbrante, que sorria.
Da minha terra quando a tarde caía, mas o azul do céu coloria o rio/mar e espumas desertas, solitárias, resvalavam na areia nua.
Saudades do silêncio da tarde, na alta palmeira onde cantava o sabiá e da quietude sorrateira do suave arrebol. (En)cantos d’amor.
Na solidão do tempo, o sonho da volta para vê-la outra vez, pisar seu chão num matar saudades. Saudades da minha terra!
Jairo Valio“A serenidade do rio descendo, Calmo no leito que escolheu,” Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer
Observo o seu descansar A serenidade do rio descendo, Calmo no leito que escolheu, E as matas sentindo brisas, Da tarde que vem chegando, E eu, contemplativo, olho Como a natureza tem nuances, Do alvorecer com o Sol despertando, Emitindo raios no horizonte distante, E vidas sonolentas adquirem sonoridades, Como os alaridos dos pássaros, Que em revoadas emitem lindos gorjeios, Buscando alimentos para filhotes famintos, E cachoeiras borbulhantes buscam remansos, Mostrando entre folhagens lindos arco-íris, Como se fossem pintados por hábeis artesãos, E das matas um brotar de vidas, Despertam todas formas de seres viventes, Como céleres animais descendo dos troncos, E numa magia que até me encantou, Flores silvestres mostram cores extasiantes, Num amarelo claro da cor do girassol, E cores brancas que se misturam ao azul, E nessas tonalidades o verde das folhas tem predominância, Por serem volumosas e brotarem dos galhos, E entre essas magias que a natureza prepara, Perfumes tão suaves a brisa vai espalhando, Em dimensões infinitas até se diluir nos espaços, E quem os aspiram entram em encantamentos, Com amores sublimes que surgem num repente, Causados pelas magias que a natureza é protagonista.