O sono

COLUNA INTEGRAL

Joelson Mora: Artigo ‘O sono’

Joelson Mora
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O sono. Imagem criada por IA do Bing - 23 de março de 2025, 
às 21:15 PM
O sono. Imagem criada por IA do Bing – 23 de março de 2025,
às 21:15 PM

A enxaqueca, o cisto aracnoide na cisterna quadrigeminal, o bruxismo e os distúrbios do sono estão frequentemente interligados, com implicações significativas para a saúde física e mental de quem sofre com esses problemas. Embora esses fenômenos possam parecer distintos, suas interações podem criar um ciclo vicioso que compromete a qualidade de vida. 

Enxaqueca: A Dor de Cabeça que Afeta a Qualidade de Vida

A enxaqueca é uma condição neurológica caracterizada por dores de cabeça intensas e recorrentes, geralmente acompanhadas de náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som. Seus episódios podem durar de horas a dias, prejudicando a rotina diária de quem sofre com ela. Embora as causas exatas da enxaqueca não sejam totalmente compreendidas, fatores como estresse, alterações hormonais, alimentação inadequada e distúrbios do sono são conhecidos por desencadear crises.

Cisto Aracnoide na Cisterna Quadrigeminal: Um Fator Oculto

O cisto aracnoide é uma formação cística benigna no cérebro, frequentemente encontrada na cisterna quadrigeminal, uma área próxima ao tronco encefálico. Embora na maioria das vezes seja assintomático, esse tipo de cisto pode causar sintomas, como dores de cabeça (inclusive enxaqueca), distúrbios visuais e problemas de equilíbrio. A presença de um cisto aracnoide pode complicar quadros de enxaqueca, potencializando a intensidade e frequência das crises. Além disso, o impacto na pressão intracraniana pode afetar o sono, outro fator crucial para a recuperação e bem-estar.

Bruxismo: O Mordedor Noturno

O bruxismo, que é o ato involuntário de ranger ou apertar os dentes, pode ocorrer durante o dia ou à noite. Quando acontece durante o sono, está intimamente relacionado ao estresse e à ansiedade. O bruxismo noturno não só causa desgaste dentário, como também pode desencadear dores de cabeça, especialmente em indivíduos que já sofrem de enxaqueca. A tensão muscular na mandíbula e na região temporomandibular pode irradiar para a cabeça, exacerbando o quadro de enxaqueca. Esse ciclo de tensão física pode piorar a qualidade do sono, criando um efeito domino de problemas de saúde.

Alteração na Fase Beta das Ondas Cerebrais: O Impacto no Sono

Durante o sono, nosso cérebro passa por diferentes fases, sendo a fase do sono profundo (ou sono de ondas lentas) a mais restauradora. No entanto, a fase beta das ondas cerebrais, associada a estados de alerta e alta atividade mental, é caracterizada por frequências mais rápidas. Normalmente, a fase beta não deve predominar enquanto estamos dormindo. Quando há uma alteração nessa dinâmica, ou seja, quando a fase beta não “desliga” durante o sono, o corpo não consegue alcançar um descanso reparador adequado. Isso pode ocorrer em pessoas com altos níveis de estresse ou ansiedade, fatores comuns para quem sofre de bruxismo e enxaqueca.

Essa alteração pode ser identificada por meio de estudos de eletroencefalograma (EEG), que monitoram a atividade cerebral durante o sono. Quando o cérebro permanece em um estado de alerta constante (com predominância das ondas beta), o sono se torna superficial e não permite a recuperação física e mental necessária. Isso agrava os sintomas de enxaqueca, aumenta a tensão muscular (incluindo o bruxismo) e interfere em uma boa qualidade de sono.

Sono: A Base para a Recuperação e Prevenção

O sono de qualidade é essencial para a recuperação do corpo e da mente. Em pessoas com enxaqueca, bruxismo ou cisto aracnoide, o sono inadequado pode intensificar os sintomas e prolongar os períodos de dor. Distúrbios do sono, como a apneia do sono ou a insônia, também estão associados a um aumento da frequência e intensidade das crises de enxaqueca. A privação de sono pode alterar os níveis hormonais e aumentar a percepção da dor, criando um ciclo difícil de interromper.

Prevenção e Tratamento

1. Diagnóstico Médico e Monitoramento: Se você sofre de enxaqueca recorrente e apresenta sintomas como dores de cabeça intensas e bruxismo, é fundamental procurar um neurologista para diagnóstico preciso. No caso de um cisto aracnoide diagnosticado, o acompanhamento médico é essencial para monitorar sua evolução.

2. Terapias para Bruxismo: O uso de placas de mordida durante o sono pode ajudar a proteger os dentes e aliviar a pressão na mandíbula, reduzindo os episódios de bruxismo. Técnicas de relaxamento, como meditação e ioga, também podem ser eficazes para reduzir o estresse e a ansiedade que desencadeiam o bruxismo.

3. Melhora da Qualidade do Sono: Investir em hábitos saudáveis de sono, como a manutenção de uma rotina regular, evitar o uso excessivo de telas antes de dormir e criar um ambiente de sono adequado (escuro, silencioso e confortável), pode melhorar significativamente a qualidade do descanso. Além disso, práticas como a meditação antes de dormir podem ajudar a reduzir o estresse e a favorecer a transição para o sono profundo, ajudando o cérebro a diminuir as ondas beta e entrar nas fases mais restauradoras do sono.

4. Tratamento para Enxaqueca: Além de medicamentos específicos para alívio da dor, terapias como acupuntura e técnicas de relaxamento também podem ser úteis no manejo da enxaqueca. A identificação e eliminação de gatilhos específicos, como alimentos ou estresse, também são estratégias eficazes.

Enxaqueca, cisto aracnoide, bruxismo e distúrbios do sono são condições que, embora distintas, possuem interações que afetam significativamente a qualidade de vida. A alteração na fase beta das ondas cerebrais, resultante do estresse e da ansiedade, impede que o cérebro atinja um descanso completo, piorando os sintomas desses distúrbios. A abordagem integrada, com diagnóstico preciso e tratamentos adequados, pode romper esse ciclo vicioso e melhorar a saúde geral dos indivíduos. Priorizar o sono, reduzir o estresse e buscar tratamento adequado são passos fundamentais para restaurar o equilíbrio do corpo e da mente.

“O sono é a corrente de ouro que prende a saúde ao nosso corpo.” Thomas Dekker

“O sono é necessário para restaurar a saúde do corpo e da mente.” Aristóteles

“O sono é o descanso da consciência, mas também a porta para o inconsciente.” Sigmund Freud

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O movimento é o elo entre o corpo e a mente

SAÚDE INTEGRAL

Joelson Mora: ‘O movimento é o elo entre o corpo e a mente’

Joelson Mora
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Imagem criada por IA no Bing - 16 de março de 2025,
 às 11:20 PM
Imagem criada por IA no Bing – 16 de março de 2025,
às 11:20 PM

Vivemos em uma época em que corpo e mente são frequentemente tratados como entidades separadas, mas a verdade é que eles formam uma unidade inseparável. O movimento é justamente o elo vital que conecta essas duas dimensões da nossa existência. Quando nos movimentamos, não apenas estimulamos os músculos e as articulações, mas também despertamos a mente, as emoções e o espírito.

Corpo que se move, mente que desperta

Um simples passeio ao ar livre, uma prática de yoga ou uma sessão de exercícios resistidos na academia geram efeitos quase imediatos em nossa saúde mental. Isso ocorre porque o movimento físico ativa a produção de neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e a endorfina – responsáveis pela sensação de bem-estar, prazer e foco. Esse processo fisiológico explica por que muitas pessoas dizem se sentir “mais leves” ou “mais felizes” após um treino ou uma caminhada.

Exemplos:

Comece o dia com alongamentos e respiração consciente: 5 minutos de alongamento logo pela manhã, combinados com respirações profundas, já são suficientes para reduzir a tensão muscular e preparar a mente para um dia mais equilibrado e produtivo.

Caminhada durante o expediente: Ao invés de passar horas seguidas sentado, pratique o conceito de “pausas ativas”. Uma caminhada rápida de 10 minutos após o almoço melhora a digestão, oxigena o cérebro e ajuda a afastar a sonolência e o estresse.

Exercícios de força e flexibilidade ao final do dia: atividades como pilates, musculação ou uma simples rotina de treino funcional ajudam a descarregar o acúmulo de tensões emocionais do dia e favorecem um sono mais reparador.

Quando nosso corpo está condicionado, fortalecido e flexível, temos uma sensação de autonomia, autoconfiança e disposição que se estende para todas as áreas da vida. Estudos mostram que pessoas fisicamente ativas têm menos episódios de ansiedade e depressão e apresentam maior capacidade de lidar com desafios e pressões cotidianas.

Da mesma forma, uma mente sobrecarregada e ansiosa tende a gerar tensões físicas e até dores crônicas. É o clássico “peso nas costas” ou “nó no estômago” que muitos sentem em períodos de estresse. O movimento é a ponte que ajuda a quebrar esse ciclo vicioso, pois libera o corpo dessas tensões e proporciona à mente momentos de presença e leveza.

Incorporar o movimento de maneira consciente e regular é uma das formas mais eficientes de promover saúde integral. Pequenas mudanças como optar pelas escadas ao invés do elevador, caminhar ou pedalar para resolver tarefas diárias e adotar atividades prazerosas como dançar, nadar ou praticar esportes, fazem uma grande diferença a longo prazo.

O movimento nos ensina sobre equilíbrio, autoconhecimento e disciplina. Ele nos conecta com o momento presente e com as necessidades reais do nosso corpo. Como elo entre corpo e mente, o movimento é, na verdade, uma ferramenta de prevenção de doenças físicas e emocionais.

Como dizia Hipócrates, o pai da medicina: “Que seu alimento seja seu remédio, e que seu remédio seja seu alimento”. Podemos complementar: “Que seu movimento seja sua cura, e que sua cura seja o movimento”.

Ao cultivar o hábito do movimento diário, fortalecemos não apenas músculos e articulações, mas também a mente e as emoções. O corpo ativo inspira uma mente serena e resiliente. E, por fim, o bem-estar que irradiamos a partir dessa integração influencia positivamente as nossas relações, nossa produtividade e nossa qualidade de vida.

Movimente-se. Sua saúde integral agradece.

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Reflexões no Dia Internacional da Mulher

Joelson Mora

COLUNA SAÚDE INTEGRAL

‘Reflexões no Dia Internacional da Mulher’

Joelson Mora
Joelson Mora
Imagem criada por IA no Bing – 07 de março de 2025,
às 12:00 PM

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é mais do que uma data comemorativa. É um marco da luta feminina por igualdade, dignidade e respeito. O que começou como uma reivindicação por direitos trabalhistas no início do século XX se tornou um símbolo global da resistência contra a opressão, da conquista de direitos civis e da incessante busca pela liberdade feminina.

Mas, ao mesmo tempo em que celebramos as conquistas, também precisamos olhar para as cicatrizes dessa jornada. Quantas mulheres ainda vivem em sociedades que as silenciam, mutilam e subjugam? Quantas ainda carregam fardos que não escolheram?

Em 1911, o primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em vários países, inspirado pelos movimentos trabalhistas que exigiam melhores condições e direito ao voto. A tragédia do incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, onde 146 mulheres morreram presas nas chamas devido à negligência dos patrões, impulsionou ainda mais essa luta. Desde então, mulheres ao redor do mundo se mobilizaram para garantir direitos básicos como educação, trabalho digno e participação política.

Porém, enquanto algumas mulheres conquistam espaço no mercado de trabalho e na política, outras continuam aprisionadas por costumes arcaicos. No Afeganistão, meninas são proibidas de estudar. Na Somália, a mutilação genital feminina é uma prática comum. Na Arábia Saudita, até pouco tempo atrás, mulheres não podiam dirigir.

O mundo evolui, mas a opressão feminina ainda é real e brutal.

A saúde da mulher sempre foi um campo de batalha. Durante séculos, seus corpos foram controlados, explorados e silenciados. No passado, mulheres que sofriam de depressão ou ansiedade eram rotuladas como “histéricas” e submetidas a tratamentos desumanos. Hoje, muitas ainda enfrentam diagnósticos tardios por serem desacreditadas em suas queixas médicas.

Dados alarmantes demonstram essa desigualdade:

Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre mulheres, mas pesquisas médicas ainda são majoritariamente baseadas em corpos masculinos.

A endometriose afeta 10% das mulheres em idade fértil, mas leva em média 7 anos para ser diagnosticada.

O câncer de mama é o mais letal entre as mulheres, mas em muitas regiões pobres, o acesso à mamografia é quase inexistente.

Além disso, as violências psicológicas e físicas impactam diretamente a saúde mental da mulher. Depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático são mais comuns entre elas, muitas vezes resultado de relacionamentos abusivos e violência doméstica.

A sociedade moldou a imagem da mulher como um objeto. Desde a publicidade até as redes sociais, há uma exigência contínua para que a mulher seja bonita, magra, sensual, mas sem ser “vulgar”. A sexualização precoce é normalizada, ao mesmo tempo em que a liberdade sexual feminina ainda é julgada.

Quem definiu que o corpo da mulher pertence ao olhar dos outros e não a ela mesma?

A resposta está enraizada na cultura patriarcal, que por séculos ditou regras sobre como a mulher deve se vestir, se comportar e até sentir prazer. A pornografia industrializou esse conceito, transformando a mulher em um produto a ser consumido.

Mas mulheres não são objetos. São donas de seus corpos e de suas histórias.

Muitas culturas defendem a circuncisão masculina como um rito de passagem ou uma questão de higiene. Embora polêmica, essa prática não impede a função sexual do homem.

Já a mutilação genital feminina (MGF) é um ato de brutalidade. Realizada em meninas entre 5 e 15 anos, a MGF envolve a remoção parcial ou total dos órgãos genitais femininos, causando dor insuportável, infecções, problemas sexuais e traumas psicológicos irreversíveis. O objetivo? Controlar a sexualidade da mulher, negando-lhe prazer e autonomia sobre seu corpo.

Essa prática ainda acontece em países como Somália, Sudão, Egito e Etiópia. Segundo a ONU, mais de 200 milhões de meninas e mulheres foram submetidas à mutilação genital.

Enquanto isso, em algumas sociedades ocidentais, há debates sobre cirurgias estéticas invasivas em meninas, como a labioplastia, para que seus corpos se enquadrem em padrões estéticos impostos. A diferença entre tradição e imposição cultural é tênue – e o impacto, devastador.

Ser mulher é carregar histórias, dores, conquistas e uma força ancestral. É saber que, apesar dos obstáculos, há uma voz que resiste, que se impõe e que grita por liberdade.

Mas o que ser livre significa para cada mulher?

É poder escolher sua carreira sem ser desmerecida?

É decidir sobre seu próprio corpo sem ser julgada?

É andar na rua sem sentir medo?

É ter espaço na política, na ciência, no esporte, sem ser questionada?

Cada mulher carrega sua própria resposta. O mais importante é que nenhuma mulher se cale diante do que lhe fere.

Homens e mulheres têm um papel nessa mudança. Precisamos questionar padrões, apoiar movimentos femininos, educar meninos para respeitarem as mulheres, criar ambientes seguros e oferecer apoio àquelas que ainda vivem sob o peso da opressão.

E você?

Você se respeita?

Você se permite ser quem realmente é?

Você fortalece outras mulheres ou as julga?

A liberdade feminina não é apenas um direito – é um chamado para que todas as mulheres vivam sua essência plena, sem medo, sem correntes e sem silenciamentos.

Neste Dia Internacional da Mulher, celebremos a luta, mas também a reflexão. Porque um mundo verdadeiramente livre só existirá quando todas as mulheres forem livres.

Joelson Mora

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O sistema muscular

SAÚDE INTEGRAL

Joelson Mora: ‘O sistema muscular’

Joelson Mora
Joelson Mora
O sistema muscular
Imagem criada por IA do Bing – 29 de janeiro de 2025, às 9h30

O sistema muscular é a base da mobilidade humana.

O sistema muscular é composto por aproximadamente 650 músculos que permitem o movimento, a sustentação postural e a estabilidade do corpo. Ele trabalha em conjunto com o sistema esquelético para possibilitar deslocamentos e ajustes posturais essenciais à vida cotidiana. Além disso, tem papel fundamental no metabolismo, regulação térmica e até na expressão emocional.

Os músculos podem ser classificados em três tipos principais:

Músculos Estriados Esqueléticos: Controlados de forma voluntária, são responsáveis pelos movimentos corporais.

Músculo Estriado Cardíaco: Encontra-se apenas no coração e se contrai involuntariamente.

Músculos Lisos: Presentes nos órgãos internos, como intestinos e vasos sanguíneos, atuam de forma autônoma.

Cada músculo é formado por fibras musculares organizadas em feixes e envolvidas por tecido conjuntivo. A unidade funcional do músculo é o sarcômero, composto por proteínas contráteis chamadas actina e miosina, que geram força e movimento.

A estrutura de um músculo inclui:

Epimísio – Camada externa que envolve todo o músculo.

Perimísio – Camada intermediária que agrupa feixes de fibras.

Endomísio – Camada mais interna que envolve cada fibra muscular.

Os músculos podem ser classificados quanto à forma e função:

Longos (como o bíceps braquial)

Curtos (como os da face)

Planos (como os do abdômen)

Circulares (como os orbiculares dos olhos e da boca)

Peniformes (como o gastrocnêmio da panturrilha) 

Os músculos são divididos em regiões para facilitar seu estudo:

Músculos da Cabeça e Pescoço

Occipitofrontal (expressão facial)

Temporais (mastigação)

Masseter (forte na mastigação)

Orbicular dos olhos (movimento das pálpebras)

Orbicular da boca (movimento dos lábios)

Esternocleidomastoideo (movimentação do pescoço)

Músculos do Tronco

Trapézio (movimenta e estabiliza os ombros)

Peitoral maior e menor (movimento dos braços)

Serrátil anterior (estabilização da escápula)

Reto abdominal (sustentação do tronco)

Oblíquos internos e externos (rotação do tronco)

Latíssimo do dorso (movimentos do braço e tronco)

Músculos dos Membros Superiores

Deltoide (movimentação dos ombros)

Bíceps braquial (flexão do cotovelo)

Tríceps braquial (extensão do cotovelo)

Braquiorradial (flexão do antebraço)

Flexores e extensores do antebraço e da mão

Músculos dos Membros Inferiores

Glúteo máximo, médio e mínimo (movimentação do quadril)

Quadríceps femoral (extensão do joelho)

Isquiotibiais (flexão do joelho)

Gastrocnêmio e sóleo (movimentos da panturrilha)

Tibial anterior (elevação do pé)

A cinesiologia estuda os movimentos do corpo e sua eficiência biomecânica. O sistema muscular age por meio da contração muscular, que pode ser de três tipos:

Isométrica: Sem alteração no comprimento do músculo (exemplo: prancha).

Concêntrica: O músculo encurta ao gerar força (exemplo: subir em um agachamento).

Excêntrica: O músculo alonga enquanto mantém a contração (exemplo: descer no agachamento).

A biomecânica muscular estuda como a força, alavancas ósseas e vetores de movimento influenciam no desempenho físico. O conhecimento desses princípios é essencial para otimizar treinos e prevenir lesões.

A regeneração muscular ocorre por meio das células satélites, que reparam fibras danificadas após o exercício. Hormônios como testosterona, GH e insulina são fundamentais para o crescimento muscular.

Outro ponto essencial é a relação do músculo com o metabolismo energético. Os músculos armazenam glicogênio e utilizam triglicerídeos como fonte de energia, influenciando diretamente a saúde metabólica.

Manter o corpo em movimento vai muito além da estética. A atividade física impacta diretamente a saúde mental/emocional. O sistema muscular influencia:

✅ Produção de endorfinas – combate ao estresse e ansiedade.

✅ Melhoria na circulação sanguínea – maior oxigenação cerebral.

✅ Fortalecimento ósseo – prevenção da osteoporose.

✅ Aceleração do metabolismo – controle do peso corporal.

✅ Ajuste postural – redução de dores crônicas.

O Movimento é Vida

O sistema muscular é a base da nossa funcionalidade diária. Ele nos permite nos expressar, realizar tarefas simples e praticar esportes, além de desempenhar um papel vital na nossa saúde integral. Ao cuidar da musculatura com exercícios regulares, alimentação adequada e descanso reparador, garantimos não apenas um corpo forte, mas também uma mente equilibrada e uma vida plena.

O corpo humano foi feito para o movimento. Quanto mais nos mantemos ativos, mais nos aproximamos do verdadeiro equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

Joelson Mora

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Relacionamentos. O casamento

SAÚDE INTEGRAL

Joelson Mora: ‘Relacionamentos. O casamento’

Joelson Mora
Joelson Mora
Imagem criada por IA do Bing – 23 de janeiro de 2025, às 12h19

O casamento é uma das mais antigas e universais cerimônias da humanidade, representando a união de duas pessoas que decidem trilhar um caminho de vida juntas. Desde tempos remotos, essa união transcende culturas, religiões e épocas, simbolizando a fundação de um núcleo familiar e a continuidade de gerações.

A história do casamento remonta às primeiras civilizações. Na antiguidade, ele era muitas vezes um contrato social, econômico ou político, unindo famílias e fortalecendo alianças. Entre os romanos, o casamento já possuía um caráter de compromisso público, enquanto, na cultura judaica, a cerimônia envolvia profundas tradições religiosas, celebrando a aliança diante de Deus.

Com o passar dos séculos, o casamento ganhou dimensões espirituais e emocionais, sendo associado ao amor e à cumplicidade. No cristianismo, ele foi elevado à posição de sacramento, considerado uma representação do relacionamento entre Cristo e a Igreja.

O casamento é a união de duas partes que se complementam. Tradicionalmente, o homem era visto como o provedor, aquele que protege e lidera a família, enquanto a mulher assumia o papel de cuidadora, zelando pelo lar e pelos filhos. Entretanto, essas definições têm evoluído, e hoje falamos de uma parceria em que ambos compartilham responsabilidades, sonhos e desafios.

O verdadeiro papel de cada um não está em funções predefinidas, mas na capacidade de ambos em se apoiar mutuamente, com respeito e amor, construindo uma relação equilibrada e saudável.

O casamento exige mais do que apenas paixão inicial. Ele é sustentado pelo amor verdadeiro, que se manifesta em atitudes diárias de respeito, paciência, perdão e compreensão.

“Quem ama é paciente e bondoso; não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso; não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Não fica alegre quando alguém faz alguma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Nunca desiste, porém, suporta tudo com fé, esperança e paciência.”

Esse texto nos lembra que o amor não é apenas um sentimento, mas uma decisão constante de priorizar o outro, de construir uma vida baseada na cumplicidade e no sacrifício mútuo.

Casamento é uma escola onde aprendemos a amar na prática, a lidar com diferenças, a crescer como indivíduos e como casal. É um desafio, mas também uma das maiores alegrias da vida. A base de um relacionamento duradouro está na capacidade de cultivar uma comunicação aberta, priorizar o tempo juntos e manter o foco no que realmente importa: a construção de um lar onde o amor é o alicerce.

No fim, o casamento não é sobre perfeição, mas sobre duas pessoas imperfeitas que escolhem, todos os dias, amar uma à outra. É a base de uma família e, muitas vezes, o reflexo de um compromisso maior, que ecoa valores como o respeito, a empatia e a união. O amor é o elo que tudo une, e é por meio dele que construímos relações que perduram por toda a vida.

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Pilares da evolução pessoal

Joelson Mora: ‘Pilares da evolução pessoal’

Joelson Mora
Joelson Mora
Imagem criada por IA do Bing - 16 de janeiro de 2024 às 8h30
Imagem criada por IA do Bing – 16 de janeiro de 2024 às 8h30

A busca por evolução pessoal exige mais do que o simples desejo de mudança. É um processo que envolve três pilares fundamentais: comprometimento, autorresponsabilidade e autoconhecimento. Esses elementos, alinhados, formam a base para uma transformação genuína e sustentável.

Comprometer-se significa assumir um propósito com firmeza. Estudos da psicologia positiva mostram que indivíduos com alto grau de comprometimento apresentam maior resiliência e satisfação na vida (Seligman, 2011). O comprometimento vai além de querer algo; ele exige ação diária e constância, mesmo diante das adversidades.

Para incorporar o comprometimento em sua rotina:

Estabeleça metas claras e alcançáveis. Divida grandes objetivos em pequenas etapas.

Registre seu progresso. Use um diário ou aplicativo para acompanhar sua evolução.

Reforce sua motivação. Lembre-se dos benefícios que a mudança trará para sua vida.

Autorresponsabilidade é a capacidade de reconhecer que somos os principais responsáveis por nossas escolhas e resultados. O psiquiatra Viktor Frankl, em seu clássico Em Busca de Sentido, destaca que, mesmo em circunstâncias extremas, podemos escolher nossa atitude frente à adversidade.

Para praticar a autorresponsabilidade:

Evite culpar terceiros. Identifique o que está ao seu alcance para mudar.

Reflita sobre suas decisões. Pergunte-se: “Quais ações me trouxeram até aqui?”

Tome iniciativas. Não espere que alguém resolva seus problemas por você.

O autoconhecimento é o ponto de partida para a evolução. Ele permite identificar pontos fortes, fraquezas, valores e crenças. Segundo Carl Jung, “quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”.

Estratégias para aprofundar o autoconhecimento:

Meditação e mindfulness. Reserve ao menos 10 minutos diários para observar seus pensamentos e sentimentos.

Escrita reflexiva. Anote o que sente, pensa e aprende com suas experiências.

Feedback externo. Pergunte a pessoas confiáveis como elas percebem você.

Exemplos de Exercícios Diários para Aplicação:

Gratidão Consciente: Liste três coisas pelas quais você é grato diariamente. Estudos demonstram que a prática da gratidão melhora o bem-estar emocional (Emmons & McCullough, 2003).

Planejamento Noturno: Antes de dormir, revise seu dia e planeje as prioridades para o dia seguinte.

Exercício do Espelho: Olhe-se no espelho e repita afirmações positivas sobre si mesmo.

Diálogo Interno: Substitua pensamentos negativos por perguntas como “O que posso aprender com isso?”

Comprometimento, autorresponsabilidade e autoconhecimento são ferramentas poderosas para a evolução pessoal. Psicólogos, psiquiatras e terapeutas integrais concordam que o caminho do autodesenvolvimento exige prática, paciência e perseverança. Ao adotar esses pilares e incorporá-los em sua vida, você estará construindo uma base sólida para alcançar todo o seu potencial.

Que tal começar agora? Dedique cinco minutos para refletir sobre suas metas, comprometa-se com pequenos passos e observe como sua vida pode se transformar. Afinal, a jornada para uma versão melhor de si mesmo começa com a decisão de dar o primeiro passo.

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Sistema esquelético

SAÚDE INTEGRAL

Joelson Mora: ‘Sistema esquelético’

Joelson Mora
Joelson Mora
Sistema esquelético
Gerado com IA do Bing ∙ 4 de janeiro de 2025 às 8:56 AM
Sistema esquelético
Gerado com IA do Bing ∙ 4 de janeiro de 2025 às 8:56 AM

O corpo humano é uma obra-prima da engenharia biológica, e o sistema esquelético está no centro dessa estrutura, fornecendo suporte, proteção e mobilidade. Composto por ossos, cartilagens, ligamentos e articulações, este sistema desempenha um papel fundamental na nossa saúde integral.

O sistema esquelético humano é composto por 206 ossos, que se dividem em duas partes principais:

Esqueleto axial: formado pelos ossos do crânio, coluna vertebral, costelas e esterno. Ele protege órgãos vitais, como o cérebro, coração e pulmões.

Esqueleto apendicular: inclui os ossos dos membros superiores e inferiores, além das cinturas escapular e pélvica, que conectam os membros ao tronco.

Os ossos apresentam diferentes formas e tamanhos, como os ossos longos (fêmur), curtos (vértebras), planos (escápula) e irregulares (mandíbula), adaptados às suas funções específicas.

O sistema esquelético funciona em conjunto com o sistema muscular para proporcionar movimento. As articulações, classificadas em móveis, semimóveis e fixas, permitem desde os movimentos simples, como dobrar um dedo, até os mais complexos, como correr ou pular. Além disso, os ossos atuam como alavancas, amplificando a força gerada pelos músculos.

As principais doenças associadas ao sistema esquelético incluem:

Osteoporose: afeta cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, especialmente mulheres após a menopausa, aumentando o risco de fraturas.

Artrite: uma condição inflamatória que impacta mais de 350 milhões de pessoas no mundo, comprometendo a mobilidade e a qualidade de vida.

Escoliose: curvatura anormal da coluna que afeta 3% da população global.

Outras condições incluem hérnias de disco, fraturas e tumores ósseos.

A prática regular de exercícios físicos é essencial para manter os ossos saudáveis e prevenir doenças. Benefícios incluem:

1. Fortalecimento ósseo: exercícios de impacto, como corrida e saltos, estimulam a formação de massa óssea.

2. Manutenção da densidade mineral óssea: atividades resistidas, como musculação, ajudam a prevenir a osteoporose.

3. Melhoria da postura: atividades como yoga e pilates fortalecem os músculos posturais, prevenindo dores e deformidades.

4. Prevenção de quedas: exercícios que trabalham equilíbrio e coordenação reduzem o risco de fraturas em idosos.

Segundo a OMS, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima dos 50 anos sofrerão uma fratura osteoporótica.

No Brasil, as fraturas por osteoporose geram custos superiores a R$ 1 bilhão anualmente.

Estudos mostram que exercícios físicos regulares podem reduzir em até 50% o risco de fraturas em idosos.

O sistema esquelético é muito mais do que uma estrutura rígida: é o alicerce da nossa saúde integral. A manutenção da sua funcionalidade depende de uma combinação de fatores, como uma dieta rica em cálcio e vitamina D, boa postura e, sobretudo, uma rotina de exercícios físicos. Cuidar dos ossos é investir em uma vida longa, ativa e saudável.

Joelson Mora

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