Grito silencioso

Loide Afonso: Poema ‘Grito silencioso’

Loid Portugal
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Imagem criada por IA da Meta - 12 de dezembro de 2025, às 08:14 PM
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às 08:14 PM

O sol, sempre brilha

Pra os grandes e pequenos

Pretos

E brancos

Amarelos e vermelhos

Putos e kotas

Altos e baixos

Frescos e secos

Aqui, o brilho é o mesmo

O céu sempre sereno

Os raios, oh! Os raios… Os raios aqui não se

partem e nem se deixam partir, porque lhes foi

dito que aqui é pra prosseguir, seguir, com os

olhos vendados, mas sempre em frente e na frente, e na

frente, com os combatentes, não os

angolanos, africanas,, Guiné, Ghana, Botswana, ou Nigéria?

Viajei através de

Memórias do subsolo

Pra procurar um sentido da vida, paz, luz,

E encontrei a escuridão, que por muitos é temida,

esquecida, dorida

Em vez de ser explorada, da melhor forma e

polida..| o que sentes quando o sol brilha?

Loid Portugal

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Dia feio

Loide Afonso: Poema ‘Dia feio’

Loid Portugal
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Foram passos largos
E rápidos
Batimentos cardíacos
Sem velocidade definida

Corpo suando
Adrenalina a mil
Olhos embaçados
Musica alta do vinil

Maldito é o dia em que te conheci!
Maldito
Gritava alto dentro de mim, pra mim, com olhos cheios de lágrimas, lábios roxos, dedos trémulos

Depois de ter passado mil litros de água no rosto, voltei
Com o mesmo olhar que trocamos, o último
Firme e carinhoso

A realidade encarei levantei a cabeça
Meus olhos a ele fitei
Quis gritar mais calei, menos rápido andei e comecei a chorar, praguejei aquele dia, aquela hora, aquele lugar
Que outrora era o nosso favorito. Esperei nossos olhares cruzarem e por dentro gritei: por que trouxeste outra pessoa na nossa casa?

Loid Portugal




Morte antes da vida

Loide Afonso: Poema ‘Morte antes da vida’

Loid Portugal
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Com quantos paus se constrói uma canoa, afinal?

Os tais faróis
Da cidade
Quase não brilham
Piscam

Cima
Baixo afinal
Eles não são obrigados
A nos eluminar

Os fios corridos
De cores variadas
São a prova
De que a vida
Também tem sua
Vida

Eu não fico calada
Por querer falar pouco
Aprendi a gostar
Da voz do silêncio

Quem falou que a vida termina quando alguém morre?

Loid Portugal

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Vazia

Loide Afonso: Poema ‘Vazia’

Loid Portugal
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A dor era tudo que
Eu sentia
Mesmo tentando fugir dela
Ela doía

Eu não quero ser o tipo de ser humano
Que chora
Sem uma pedra nas mãos

Não quero estar vazia
Não
Quero que as pedras se multipliquem
Minhas mãos se encham

Mais sem peso
Sem sentir raiva
Ou vontade de chorar
Só de mãos cheias

Não quero correr com
As mãos cheias
Quero caminhar tranquilamente

Como se nada tivesse nas minhas mãos
Quero voar também
Sentir o vento batendo forte

Não quero correr vazia
Nem sentindo peso
Quero estar em paz!

Loid Portugal

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Querer não é poder

Loide Afonso: ‘Querer não é poder’

Loid Portugal
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Imagem criada por IA do Grok

Eu não quero muito
Só um pouco de paz
Nesta minha vida caótica

Passam ventos
Chuvas
E mesmo assim
Eu não vou

Não saio
Nem caio
Às vezes
Rola um pequeno desmaio

Quando me jogo na
Piscina
Tudo vai
Cai
Me sinto limpa
E leve

Não quero ser nadadora
Às vezes o peso
A sujeira
É boa

Gosto de mergulhar
Em mim
No que penso
E sinto

Gosto de ouvir que me amam
Quero que me venerem

Ah, eu quero tanta coisa!

Loid Portugal

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Morte adiada

Loide Afonso: Poema ‘Morte adiada’

Loid Portugal
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Chuva forte
Ventos soprando
E o leste abanando
É difícil não pensar em você

No seu desinteresse
Por mim
Pelo amor
Pela vida
Na sua morte indevida

Eu desisti de entendê-lo
E mesmo assim
Tento
Às vezes

Quando estou sozinha
À noite
Com luar
Ainda o desejo

Desejo ficar com você
Na calada
Do dia
No escuro
Na beira

Eu só queria que soubesse que
Ainda não o matei.

Loid Portugal

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Resistência

Loide Afonso: Poema ‘Resistência’

Loid Portugal
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Tum tum
Tum tum
Dois batimentos por vez
Foi assim que
Eu senti
Meu coração bater

Sabes quantos segundos tem um milésimo?

Não.
Ou talvez saibas
Será que Pitágoras sabia?

Pode ser que sim
Pode ser que sim
Que não
Ou meio sim
Meio não

Só lembro das batidas
Como se eu fosse
Ter um ataque
Ataque de realidade
Isto existe?

Tabom, vou ser mais prática
Talvez foi
De pânico
Mais não senti medo
Dor
Nem angústia

Foi seco
Sem cheiro
Cor
Ou sistemático

Alguém aquí já esteve num terramoto?

Se nunca esteve, nunca saberá
Bem, não vou me revelar contra
O sistema.

Já passou.

Loid Portugal

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