Fiat voluntas mihi

Julián Alberto Guillén López: ‘Fiat voluntas mihi

Armafuerte
Armafuerte
Imagem criada por IA da Meta

Los clavecines de Bach
se trocarán en pequeños,
las modulaciones
que soberbio
tocaba Scarlatti desvanecerán como siluetas.

La muerte será apenas
una brizna
rozando las sienes.

El destino
dejará de ser
la guillotina
que amenaza el cuello,
para suavizarse dulce.

No habrá hazaña
que no logres
bajo el licor del anhelo.

Superarás
a los espíritus antiguos,
si tan solo bebes
la ambrosía
de la confianza.

La fuente inalterable,
te digo,
vive en la cúpula
de tu cabeza.

Anda con prudencia
por los bordes estrechos
de tu cornisa.

Aquel
que tome sus pensamientos
y se decida a lavarlos
en hisopo
podrá levantarse ufano.

No le envidiarás nada
a los hombres ilustres
del pasado, pues con fe
construirás tu presente.

Harás calzadas más fuertes que las romanas,
si te enarbolas
de las opresiones mundanas.

No te abandones.

Las humaredas huirán
si eres en tiempo presente
y no fuiste
en tiempo pasado.

Serás semejante al azor
que avista al águila lejos.
Si recuperas al hombre
no habrá ya más imposibles.

Armafuerte

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Partenope

Julián Alberto Guillén López: Poema ‘Partenope’

Julián Alberto G. López
Julián Alberto G. López
Imagem criada por IA da Meta – 29 de julho de 2025,
às 17:28 PM

Você cura a lepra,
oh, minha senhora,
causando espasmos
na face das águas.

Você é como um anjo
que desce
com rosto luminoso
às ondas inquietas
da margem do lago.

Você cura as doenças mais mortais,
aflições
como o tédio.

Em seu odre, meu amor,
você carrega o remédio mais doce.

Minha Partenope,
dentro de você você guarda
a energia sagrada
da Natureza.

Tudo em você
é um exercício
de harmonia.
Seus lábios são estrelas
e sua voz uma amostra profunda
de melodia.

Eu me enraizo em você
para curar minha alma.
Só você tem
essa panaceia.

A chave
para remodelar
os cômodos
do meu coração.

Senhora do Lago
se você olhar para mim
a névoa se dissipa
e eu caio em êxtase completo.
Pura beleza,
pedra fundamental.

Com seu caduceu
você move as células mortas
para uma nova virtude.
Minha Flora,
seu rosto
é o rosto da primavera.

O amanhecer surge em minha vida
quando você chega.

A ampulheta
regenera seus grãos
de areia.

Encarna em mim mais uma vez
uma atitude mais otimista
porque você é
a representação mais fiel
da vida.

Julián Alberto Guillén López

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Desenterrar o poético

Julián Alberto Guillén López: Poema ‘Desenterrar o poético’

 J.  A. Guillén Gonzalez - Rino Specchio
J. A. Guillén Lópes – Rino Specchio
Imagem criada por IA no Bing - 17 de março de 2025, 
às 12:38 PM
Imagem criada por IA no Bing – 17 de março de 2025,
às 12:38 PM

Desenterrar
o poético das minhas entranhas,
sentir que conflui
pela estrada
das minhas veias,
que se faça
para mim todos os dias
semelhante ao néctar
que me injeta
da juventude,
parir feitiços
palavras sagradas,
explosões de eternidade
que me aproximam
tateando para o real.
Um encontro
que me prevê
estar chegando
ao significado primário
das palavras. Desenterrar
o poético das minhas entranhas,
adicionar um pouco
levedura para a massa.
Compreender o significado
de uma rosa,
não como se o etéreo tivesse apenas uma forma.
Mas como uma metáfora palpável
que bate e muda
de corpos.
Encontrar-se
diante do tipo
maior prazer
e agarrar-se a ele
para achar sentido
a uma vida que é cruenta quando se despe
com os olhos humanos.
A poesia é um passo além
do divino.
Aproximando-se do sangue,
aquilo que nos mantém vivos.
Desenterrar o poético
e encontrar o remanso
onde você pode descansar
a alma sentindo-se viva, enxugar
suas lágrimas
e erguer-se de pé contra toda tempestade.
Desenterrar o poético,
ser vidente e ter consciência
que apenas
abrimos os olhos
diante da maioria
de intuições,
encontrar-lhe fio
ao estame em que estamos envolvidos.
Resolver através
do silêncio do tempo
o enigma que chamamos de ser cheio,
se isso fosse suficiente
para nos entendermos.
Desenterrar o poético,
ficar de frente
no limiar dos mistérios
e exalar: “Vida, nada me deves”. Sair com roupas novas da lavanderia
de mortes.
Cândido e vitorioso.
Abrindo as asas
como um pintassilgo.
Escrever um poema
que cure
a doença da terra.

Rino Specchio
16/03/25 – México

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