Fui uma miúda rebelde:
Não fazia estripulia,
Questionar era a minha ousadia.
Matutava demais,
Sentia demasiadamente.
Entretanto, o tempo passou
E a timidez silenciou
O clamor da minha mente.
Se eu pudesse voltar atrás,
Haveria feito diferente:
Golpearia a hesitação,
Não seria escrava dos ‘nãos’.
Encararia o reflexo no espelho,
Buscando reencontrar
O meu amor pioneiro:
Eu, apenas eu, por inteiro.
jeanetertuliano@gmail.com
Procuro um assunto importante,
Algo que me toque nesse instante,
O verdadeiro sentido pra vida, o AMOR…
O amor na sua forma mais sublime,
Dentre tantas lágrimas caídas,
Tantos pesadelos vividos,
Sentimentos destruídos,
Mas ao mesmo tempo esquecidos…
O tempo é nosso mestre,
Mas nada é tão forte
quanto o amor e a morte…
A morte de quem está vivo,
A morte de quem já se foi,
O amor de quem sobrevive
A tanta dor….
Muitas pessoas que amamos já perdemos,
Que farão falta;
Outras, ainda vivas, parecem que seguiram outros caminhos,
Traçaram outros destinos;
Por onde anda o verdadeiro amor nesse mundo,
Que nos sufoca lá no fundo?
Momentos que foram vividos intensamente
Mas, de repente, é como se nada fosse verdadeiro;
tudo mentira, tudo imitação;
Sim, o amor ainda é a solução
Para o egoísmo que povoa o coração.
Voltar a vida, aos sorrisos contagiantes,
Lembranças perdidas,
Infância querida,
Momentos divididos,
Hoje esquecidos,
Momento de amar
E de novamente ORAR;
Pedi para Deus iluminar
Os pensamentos de quem não aprendeu a AMAR…
O amor é a força que move nosso ‘’eu’’ interior;
É o sentimento mais puro que nos faz lutar
Sem nenhum temor.
O amor é o que nos impulsiona a vitória;
O sentido de nossa longa trajetória
E de conquistar nossa glória…
Por onde anda o AMOR?
Nas estradas dos sentimentos,
Onde há alegrias e lamentos,
Está em nosso coração,
Mesmo após nossa decepção…
O amor ainda está no ar
E precisamos persistir;
Precisamos insistir e sorrir,
Pois o verdadeiro amor não nos deixa desistir…
Carolina122305@gmail.com
No mundo dos homens muitos perdem e poucos ganham… Perdemos dinheiro, peso, tempo, paciência, oportunidades, felicidade…Ah! Essa felicidade que tanto demoramos a encontrar, e quando menos esperamos passa entre nossos dedos e nos desesperamos…
Ganhamos amigos, filhos, presentes, peso, oportunidades e anos de vida… Perdemos tempo dedicando-nos às palavras? Talvez, o ser humano pense assim, pois para alguns, escrever não vale à pena, fazer as coisas é que vale, porém, muitos vivem da escrita, não pelo dinheiro, mas por ser a melhor maneira de passar aos outros o que se pensa, embora tenhamos dificuldades de aceitar certas opiniões.
Não faz mal se não ganharmos na primeira, ou seja, se não formos aceitos na melhor sociedade, em grupos de escritores, escolares, de ’amigos’ ou de gente que ’sabe’.
Sabemos perder? Sabemos ganhar sem ferir aqueles que perderam , mas sempre nos apoiaram?
Perder, ganhar; afinal, o que tanto temos perdido e ganhado? O que a humanidade perdeu ou ganhou até agora?
Violência, corrupção, perturbação, alegria, fobia… ganhamos o medo. Medo de perder quem amamos, de morrer, de ficarmos sem trabalho, sem dinheiro, sem o próprio espaço. Perdemos a força para suportarmos as más fases da vida, vendo o ‘bom tempo’ passar pela janela e o que fazemos?
Nada! Sabem?! Penso que ainda não perdemos, apenas momentaneamente não ganhamos, pois no fim é que saberemos, enquanto isso, perder ou ganhar é só ‘caminhar’ e sonhar;, além disso, temos que procurar algo para nos ocupar, para não nos abater e sim, fazer nossa vida crescer e enternecer…
carolina122305@gmail.com
Trancafiariam o meu eu faminto
que em histeria verte o que sinto
em tempos funestos de grandes delitos.
À mulher, desejo exposto é errado,
alegam ser um hediondo pecado
sucumbir às suculências do fado.
Não se pode fugir do inevitável;
há muito temos renegado
a real natureza dos nossos atos.
O ser humano é, por si só,
intrinsecamente erótico.
Então, por que trazer à tona o caótico
Se há tanta anuência no exótico
Que engloba a nossa existência?!
jeanetertuliano@gmail.com
Eu não me rendo ao cansaço
E não serei refém da sorte,
Porque sei que isto é um laço.
Eu escrevo para desabafar:
Rimando no mar do verso,
Me esquivo do vil naufragar
Ao mergulhar no universo.
A escrita me faz resistir!
Através dela, eu renasço;
Ressuscito, volto a florir.
Ser escritora é desabrochar,
intrínseca e vorazmente,
A cada novo despertar.
jeanetertuliano@gmail.com
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Emaranhadas,
São luzentes:
Ela e a Lua,
Desnudas,
Frementes.
Poeta e musa
Em rima dúbia:
Fecundam o breu
E concebem, enfim,
O verdadeiro Eu.
jeanetertuliano@gmail.com