Neuroaprendizagem e Neurodidática
Márcia Nàscimento: ‘Neuroaprendizagem e Neurodidática
Ao ser gerado, todo ser humano carrega dentro de si um potencial máximo de realização, o que está intrinsicamente relacionado à sua genialidade pessoal, que é latente em sua essência. Com o passar dos anos e as vivências de suas experiências de referências, as vias de informações do sistema mental vão se obstruindo, ocasionando as dificuldades de aprendizagem.
Frente a esta problemática, a Neuroaprendizagem e a Neurodidática surgem como duas vertentes indispensáveis para o êxito no quesito aprendizagem. Por uma lado o aluno aprende o pleno funcionamento do seu cérebro e como ele é capaz de absorver todo conteúdo e transformá-lo em conhecimento e sabedoria, por outro lado estão os professores, como peças fundamentais para que o ensino aconteça de forma plena e eficaz.
A Neuroaprendizagem é o processo que envolve os aspectos neurológicos da aprendizagem e os caminhos da cognição, que segundo RELVAS (2017), consiste na obtenção de conhecimento e o processo percorrido pela informação adquirida, destinada então, a ser guardada, modificada ou resgatada e a Neurodidática busca a aproximação dos conhecimentos neurocientíficos ao processo de ensino e aprendizagem de modo a valorizar o indivíduo não apenas como ser social e cultural, mas também, como um ser biológico, tendo o cérebro como órgão que possibilita a aprendizagem humana.
O autoconhecimento é a chave para todo aprendizado. Ao conhecer como o cérebro funciona e quais as estratégias adequadas para que o aprendizado aconteça de forma excelente, simultaneamente ocorrem os processos de Neuroaprendizagem e Neurodidática, tão indispensáveis para o êxito na aquisição do conhecimento.
Com o avanço das Neurociências a Educação deu um salto no que tange à qualidade do ensino e a expansão dos saberes em decorrência da compreensão sobre o funcionamento do cérebro humano e como se dão os processos de aquisição do conhecimento.
As neurociências podem ser classificadas com referência ao seu nível de enfoque. LENT, (2010) de modo genérico, classifica cinco tipos de abordagens que se dividem em outras disciplinas: a neurociência molecular, a neurociência celular, a neurociência sistêmica, a neurociência comportamental e a neurociência cognitiva, sendo essa última, o foco deste artigo, pois “[…] trata das capacidades mentais mais complexas, geralmente típicas do homem, como a linguagem, a autoconsciência, a memória, etc. ” (LENT,2010, p.33).
Esta abordagem neurocientíficas interage em estudos que trabalham a organização, planejamento, aprendizagem e uso da linguagem, além do comportamento da memória (RELVAS, 2017).
Instigar no aluno o desejo constante em aprender, aplicando as metodologias hábeis é uma das ferramentas utilizadas na Neurodidática. A Educação da atualidade requer novas táticas e parâmetros, e mais do que isso, professores que de fato amem a sua nobre profissão para serem mais que meros transmissores de conteúdos e sim os profissionais que irão despertar o desejo em aprender, conhecer para transformar tudo isso em sabedoria que os acompanharão pelo restante de suas vidas.
O ser humano foi criado para as alturas e quanto mais conhecer de si mesmo e das leis que regem todo universo maior será sua compreensão do todo e de tudo aquilo que o compõe, enquanto indivíduo constituído de corpo, mente, (espírito) consciência, lhe trazendo a clareza de que é simultaneamente parte deste todo. VIEZZER e NÀSCIMENTO (2020 P.82).
Márcia Nàscimento
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LENT, Roberto. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de Neurociência. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2010.
RELVAS, Marta Pires. Neuroaprendizagem na Educação Inclusiva. In: RELVAS, Marta Pires.(org.). Que cérebro é esse que chegou à escola?: As bases neurocientíficas da aprendizagem. 3. ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 201.
VIEZER, M.; NÀSCIMENTO, M. A consciência do amor. Cerqueira César. Filos Editora, 2020.
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