Programação do aniversário dos 38 anos de Capim Grosso

Entre as atrações estão a Banda Didá e Filhas de Gandhy, além de vários stands que estão montados na Praça com mesas de discussões e apresentações

Da esquerda para a direita: Jorge Vercilo, Tony Garrido, Luiz Caldas, Sandra de Sá e Leandro Borges
Da esquerda para a direita: Jorge Vercilo, Tony Garrido, Luiz Caldas, Sandra de Sá e Leandro Borges

A cidade de Capim Grosso completará 38 anos de emancipação política no próximo dia 09 de maio, para comemorar a data a Prefeitura Municipal programou uma série de eventos e apresentações, começando no dia 06 com a Feira Literária de Capim Grosso, e shows com artistas locais.

Entre as atrações estão a Banda Didá e Filhas de Gandhy, além de vários stands que estão montados na Praça com mesas de discussões e apresentações.

PROGRAMAÇÃO

Programação do dia 06 de maio
Programação do dia 06 de maio

Já no domingo,07, o dia começa com a corrida Otaviano Ferreira, com mais de 350 inscritos. No período da tarde a Prefeitura faz a entrega de várias obras no município, como Cantina Escola, Praça Professora Edineia  Costa no Bairro São Luiz, entre outras, ainda haverá a exposição e oficina com o grande artista Plástico capim-grossense Eduardo Lima e espaços para debates e apresentações na Feira Literária FICG, fechando à noite show de Jorge Vercillo.

Programação do dia 07 de maio
Programação do dia 07 de maio

Na segunda-feira, 08 a exposição do artista plástico Eduardo Lima continua, juntamente com as mesas de debates no espaço da Feira Literária, além disso, o poeta Bráulio Bessa fará uma apresentação à noite e logo após os artistas Luiz Caldas, Tony Garrido e Sandra de Sá fechando a noite de poesia e MPB.

No dia 09 de maio, dia do aniversário a programação será voltada para o público gospel, uma tradição dos últimos anos, artistas locais e o cantor Leandro Borges será atração da noite finalizando assim os festejos de aniversário de Capim Grosso.

Fonte: https://frnoticias.com
Redação FR Notícias

A comemoração dos 38 anos de Capim Grosso, no Instagram

https://www.instagram.com/reel/CsRBmtJJlsh/?igsh=eHBlcjhsZWIxOWk3

Voltar

Facebook




Alfarrábio nordestino

Natália Tamara: ‘Alfarrábio nordestino’

Natália Tamara
Natália Tamara
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

A memória é arrimo da alma 

Livro aberto para o sonhador 

Que busca regalos e agalma

Nas belezas nordestinas do trovador.

Viajar nas páginas do nordeste

É encontrar tesouro escondido 

Arrasta pé, forró da peste

Berço brasileiro resplendido. 

Na literatura desse povo 

Ariano Suassuna pula fogueira

Castro Alves defende o escravo novo

Gregório de Matos satiriza a cegueira. 

Abre-se o livro da irmandade poética 

E o filho de Januário da enxada lança mão 

Fazendo combinação de sanfona sincrética 

Com o sapateado alemão. 

Forrozeiro da gota esse tal de Gonzagão

Figura emblemática da música popular brasileira

Dezembro, numa sexta-feira treze brotou o Rei do Baião

Imortalizando sua obra musical no coração dessa gente forrozeira. 

Natália Tamara

Voltar

Facebook




O que ‘te’ faz Negro? O que não te faz?

Natália Tamara: ‘O que ‘te’ faz Negro? O que não te faz?

Natália Tamara
Natália Tamara
Deuses negros, segundo a tradição africana
Microsoft Bing – Imagem criada pelo Designer

O que te faz negro mano,

O que te faz negro mina,

O que te faz negro – mona,

O que te faz negro tupi? …

Se a tua epiderme se veste da noite,

Se as tuas cicatrizes foram feitas de açoites,

Se teus deuses são negros como você,

E dançam o culto da negritude nacional

Me diz – que te faz negro?

Então me diz – O que não te faz?

Dos teus algozes esculpidos nos troncos,

Dos teus contos e tradição popular,

Dessa nossa etnia multifacetada,

Das nossas raízes nas tuas enraizadas…

Me diz- o que faz negro país?

Então me diz – o que não te faz?!

Tuas histórias no decorrer da História,

Banhada com sangue negro,

Sempre fora contada,

A partir dos olhos de brancos!

De brancos, que para meterem seus ‘paus’

a força em negras, fizeram-se pretos!

O que te faz negro – nação,

O que não te faz miscigenação?

Toda lágrima de dor e angústia,

Toda lágrima de fé e esperança,

Todas as marcas, todos os ritos,

Todos os mitos, gritos! Todos os orixás!

O que te faz Afro – cidadão,

Me diz – O que não te faz?

Natália Tamara

Contatos com a autora

Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/




AICLAB condecora acadêmicos com a Comenda ‘Ulysses Guimarães’

A outorga da Comenda ‘Ulysses Guimarães deu-se em comemoração aos 35 anos da ‘Constituição Cidadã’

Comenda 'Ulysses Guimarães'
Comenda ‘Ulysses Guimarães’

Ulysses Silveira Guimarães – político e advogado brasileiro, um dos principais opositores à ditadura militar. Foi o presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1987–1988, que inaugurou a nova ordem democrática, após 21 anos sob a ditadura militar

Ulysses Guimarães foi um defensor incansável na luta pela democracia e pela liberdade. Ele nasceu em 16 de outubro de 1916 e, quando jovem, sonhava em ser artista. Estudou piano. Foi poeta premiado pela Academia Paulista de Letras nos tempos de estudante e escreveu diversos livros. Foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

     Ulysses também foi professor, advogado e até presidente de clube de futebol! Mais tarde, abraçou outro sonho: ser político. Foi o parlamentar que mais tempo ficou à frente do Legislativo Federal, por mais de quatro décadas. Venceu 11 eleições seguidas para deputado federal! Exerceu a Presidência da Câmara dos Deputados por três vezes.

      Desde cedo, Ulysses mostrava talento como orador. Cada vez que tinha uma ideia, onde quer que estivesse, anotava em tiras de papel, que carregava nos bolsos do paletó. Dessas anotações, saíram documentos, discursos e frases que hoje ocupam lugar de destaque na história brasileira.  Em 1987, acumulou a Presidência da Câmara dos Deputados e a da Assembleia Nacional Constituinte, para elaboração da nova Constituição do Brasil. Ulysses conduziu os trabalhos da Constituinte de forma brilhante. Entregou o novo texto em pouco mais de um ano, após análise de mais de 60 mil emendas que alteravam os artigos originais. No dia da promulgação, chamou a nova Carta Magna de “Documento da Liberdade”.

         Promulgada em 05 de outubro, a Constituição de 1988 representou um marco central na redemocratização do país e na inauguração de um Estado democrático de direito, fundado na cidadania e na dignidade da pessoa e destinado, conforme seu preâmbulo, a assegurar o exercício de direitos sociais e individuais  a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça.

       Para além do progresso que representou no que diz respeito ao reconhecimento formal

dos direitos fundamentais e sociais, a Constituição marcou também a abertura de uma nova

visão acerca do papel da Administração Pública, que consagra a supremacia dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade e afirma a necessidade de concurso para acesso aos cargos e empregos públicos, numa clara rejeição ao patrimonialismo e clientelismo que predominavam em determinados setores públicos. 

       Diante a longa odisseia pela Democracia, e toda trajetória marcante de Ulysses Guimarães para implementar a ‘Constituição Cidadã’, e para comemorar os 35 anos desta data tão importante a Academia Internacional de Ciências, Letras e Artes, Brasilis – AICLAB condecorou em 2023 os seus acadêmicos com uma Comenda em nome de Ulysses Guimarães, o homem que lutou pela redemocratização do Brasil.

Natália Tamara
Natália Tamara

Matéria enviada pela Correspondente do ROL Natália Tamara, da cidade de Capim Grosso (BA)

Contatos com a autora

Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/




Ópera da morte

Natália Tamara: Poema ‘Ópera da morte’

Natália Tamara
Natália Tamara
Ópera da morte
Microsoft Bing – Imagem criada pelo designer

Chanceler da fúnebre despedida,

Estranho dueto – finito ao infinito!

Afônico grito da saudade infinda

Vibra em Dó maior o sopro do tenor.

Defesas abandonadas, alma em pedaços

Pulsa sem pausa as harpas do coração!

Canção execrável, consternados abraços

Ópera vibrante! Contrafagotes de ‘celebração’.

Excelsa transcendência para paz espiritual,

Flautins ecoam versos trépidos e roucos

Algozes de um adeus rubro e sacramental

Suspiros profundos, olhos úmidos e opacos.

Mistério milenar! Silêncio fatal,

Violinos retinem o badalar das horas mortas

O romântico beijo da morte é letal,

Música obscura para audições distintas.

Natália Tamara

Obs.: Poema que obteve 1º lugar no I Festival de Poesias Contemporâneas. 

Contatos com a autora

Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/




Quasímodo literário

Natália Tamara: Poema ‘Quasímodo literário’

Natália Tamara
Natália Tamara
"Um herói suicida em seu ato falho! Um poeta ultrajado!"
“Um herói suicida em seu ato falho! Um poeta ultrajado!
Criador de imagens do Bing

Junto ao meu leito, minha obra
Horrenda escritura do ‘corcunda do amor’
Sineiro enamorado da Lua! Badalos de alto clamor
Disforme literatura em sua alma se desdobra.

Junto ao seu leito, meu espírito enobrece
Cigana litúrgica, tua dança emana desejos…
Na torre catedrática do meu algoz grafo ensejos,
Bandido escriturário, no silêncio opaco emudece.

Quasímodo literato, das paixões um aleijado
Horror inigualável a primazia da escrita impecável,
Graciosa imagem implícita das emoções de um rejeitado
Desventura velada, sombras de solidão e angústia inefável.

Literato Quasímodo, do seio contemporâneo um excluído
Na festa dos loucos, o último romântico fora coroado,
Das gárgulas recebe carícias plenas em seu ímpeto cálido
Um herói suicida em seu ato falho! Um poeta ultrajado!

Natália Tamara

Contatos com a autora

Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/




A matriarca de toda manifestação cultural

Natália Tamara
Artigo: ‘A matriarca de toda manifestação cultural’

Natália Tamara
Natália Tamara
"A Literatura nos oferece um saboroso banquete"
“A Literatura nos oferece um saboroso banquete”
Criador de imagens do Bing

Considerando que a Literatura é uma manifestação artística humana, entende-se então que suas ramificações permeiam de forma objetiva e subjetiva toda uma unidade ‘sígnica’ representativa, que compreende desde um indivíduo, grupo, comunidade, até o conceito de sociedade.

A Literatura nos oferece um saboroso banquete, põe à nossa frente uma mesa audaciosa, que nos remete a cores e sabores, levando-nos a sensações extraordinárias. Tal gula, quando saciada, deixa o ser humano em sério perigo de adquirir uma doença rara, denominada de ‘senso crítico’. Segundo Todorov, em Literatura em Perigo: “Assim como a filosofia e as ciências humanas, a literatura é pensamento e conhecimento do mundo psíquico e social em que vivemos”. (2009-p. 77); compreende-se então que a Literatura não diz respeito apenas a um mero componente curricular do ensino médio, ela vai muito além do que sua nomenclatura pode contemplar.

A Literatura esteve na Taverna com Álvares de Azevedo e os seus, esteve no Navio Negreiro, bradou no peito do poeta dos escravos, dançou ofegante a valsa de Casimiro de Abreu, chorou a solitude de Florbela Espanca, conheceu a intimidade de Cecília Meireles, olhou pela fechadura da dúvida a traição de Capitu. Degustou com Dionísio/Baco os melhores vinhos, amou e morreu nos braços apaixonados de Shakespeare, e, modesta que é, fingiu ser quem não é pelos olhos de Fernando Pessoa, carregando nas costas todo o sentimento do mundo, que já não cabia mais no peito de Drummond.

A literatura está nos bares, nas calçadas do dia a dia, está nos lares, no beijo dos enamorados, está na poesia marginal de Sérgio Vaz, se mostra esplendorosa na escultura ‘escriturária’ do mestre Olavo Bilac. Podemos evidenciar esta postulação em O Demônio da Teoria de Compagnon, onde o autor expõe: “No sentido restrito, a (Literatura, fronteira entre o literário e o não literário) varia consideravelmente segundo as épocas e as culturas” (199-p. 30).

A senhora Literatura, outrora vista apenas como fonte de deleite, por vezes sacramentada no papel de instruir o leitor, tem por sua verdade um poder moral perante a sociedade. Compagnon vem reafirmar tal conceito em Literatura Para Quê?: “Uma segunda definição do poder da literatura, surgida com o Século das Luzes e aprofundada pelo romantismo, faz dela não mais um meio de instruir deleitando, mas um remédio. Ela liberta o indivíduo de sua sujeição às autoridades, pensavam os filósofos; ela o cura, em particular, do obscurantismo religioso. A literatura instrumento de justiça e de tolerância, e a literatura (leitura), experiência de autonomia contribuem para liberdade e para responsabilidade do indivíduo” (2009-pp.33,34).

Contudo, é de extrema naturalidade que a visibilidade de literatura esteja atrelada a todos os moldes de uma sociedade; interligada diretamente com o campo artístico e cultural. Desta forma, podemos conceber a Literatura como a Matriarca de todas as manifestações culturais.

Natália Tamara

Contatos com a autora

Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/