Sou sombra

Irene da Rocha: Poema ‘Sou sombra’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
“Um retrato da eternidade, que avança sem hesitar, mesmo na dança do tempo, sempre hei de continuar”
Imagem gerada por IA do Bing –  8 de novembro de 2024
às 10:58 AM

Sou sombra do que era; nem a memória resistiu,
pedaços do meu passado que o tempo de novo esculpiu.

As marcas no rosto contam histórias que o ontem teceu,
no meu coração, sem mágoas, que o tempo não desfez nem esqueceu.

Sou o reflexo de ontens que nas sombras se dividiram,
mas também o desconhecido, por caminhos que sempre surgiram.

Um eco de possibilidades que o futuro há de transformar,
sou a passagem dos dias, que lentamente volta a girar.

No espelho, a verdade se esconde, o momento se dilui,
um rosto que segue em frente, ousando ser o que sempre fui.

Um retrato da eternidade, que avança sem hesitar,
mesmo na dança do tempo, sempre hei de continuar.

Irene da Rocha

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Arrivederci, Itália!

Pietro Costa: Poema ‘Arrivederci, Itália!’

Pietro Costa
Pietro Costa
Imagem gerada com IA do Bing - 4 de novembro de 2024 às 4:41 PM
Imagem gerada com IA do Bing – 4 de novembro de 2024 às 4:41 PM

Briosos egressos de seu amado torrão
150 anos de luta, no ímpeto do coração
Apostaram tudo nas asas da esperança
Fascínio ao vivenciar a inaudita dança

Arrivederci, Italia!
Bem-vindo, Brasil

Na arte, na cultura, o perfil altaneiro
E nas novas terras, um digno reduto
Alicerçando-se a este solo brasileiro
Enriquecendo-o em perfeito usufruto

Cultivo de uvas, produção de vinhos
Fabricação de massas e de embutidos
Ravioli, molho à bolonhesa, Arancino
Os paladares em puro êxtase, sorrindo

Portadores de fé, virtude e coragem
Lídimos anseios na vasta bagagem
Conexão, traços fortes de amizade
Propondo ideias, moldando cidades

Há charmosas colônias e comunidades
No Rio Grande do Sul, Espírito Santo
Também em São Paulo e Santa Catarina
Integração, sentimento, força, encanto
Valoroso legado para nossa identidade
Festivais, tradições, herança forte e rica

Pietro Costa

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Quanta riqueza desconhecida há em cada um de nós!

Lina Veira:

‘Quanta riqueza desconhecida há em cada um de nós!’

Lina Veira
Lina Veira
Imagem gerada por IA do Bing - 1 de novembro de 2024 às 12:41 PM
Imagem gerada por IA do Bing – 1 de novembro de 2024 às 12:41 PM

Na saga intelectual do povo grego, há uma história que enseja lições preciosas. Os deuses do Olimpo estavam preocupados com a evolução do homem por causa de seu intenso desenvolvimento, obtido pelo uso da inteligência. De forma como o homem aprendia sobre ele mesmo e sobre a natureza, poderia, em breve, alcançar os deuses imortais. Então, Zeus, senhor dos deuses do mundo vociferou: “Vamos reagir! Vamos esconder do homem o seu talento e ele jamais nos alcançará”. Mas onde esconder o talento do homem?

Poseidon deus dos mares, sugeriu que fosse escondido nas profundezas dos oceanos; Apolo, deus da luz no topo do Himalaia; Deméter, deusa da agricultura, nas areias movediças do Saara; Hefesto, deus do fogo nos magmas vulcânicos do Vesúvio. Ares, deus da guerra, sugeriu que o talento do homem fosse escondido no desfiladeiro das Termópilas.

Impávido, o poderoso Zeus levanta-se do trono e dá o veredito: “Nada disso! O melhor esconderijo para o talento do homem é no interior dele mesmo. Ele jamais há de procurar o talento que está dentro de si”.

(Texto da revista Linha Direta – fev. de 2015 – edição 203)

Nada no mundo se compara à persistência que gera o talento que cria o desafio da ação, de ser melhor na sua arte, na dança, de aprender música ou tocar um violão, por exemplo; atividades desenvolvidas pelo treino e dedicação. Dizem até ser uma aptidão incomum que, natural ou adquirida, leva alguém a fazer alguma coisa com maestria. Já pensou em quantos talentos você tem? Ou quanto outros podes desenvolver? Já pensou que o seu propósito de vida pode ser o que você quiser.

Tão lindo isso no homem, o despertar dos seus talentos na sua vivência social, as possibilidades. Logo, não é possível encontrar o talento sem possível desenvolvimento de nossas potencialidades. Falamos pouco, lemos quase nada…

E quantos talentos ainda escondidos são perdidos sem o desenvolvimento de estímulos e uma disciplina pessoal nas próprias escolas, em família, ou grupos de amigos? Quantos adultos crescem sem perceberem seus talentos? Acredite, nada é mais comum do que gente talentosa malsucedida, já dizia Calvin Coolidge. Estimule desde cedo as crianças, elogie e presenteie mais livros físicos em suas mãos. Talvez o motivo de tanta baixa autoestima, e indivíduos carentes apesar da boa educação.

Olhar o outro sem perceber sua luz, sua estrela, é possível para a maioria das pessoas vazias, frias e egoístas, num mundo rico de potencialidades talentosas, mas pobre de realizações, apoios, autoconfiança. Porém, será que toda estrela tem talento? A poetisa Helena Kolody diz: “Todos nós temos uma estrela, alguns fazem dela um sol e outros nem conseguem vê-la”.

Que estrela é sua?

  1. Pense nas coisas que mais gosta de fazer

  • Foque nas coisas que melhor sabe fazer

  • Observe quais são seus pontos fortes e fracos

Identifique assim seus talentos. Nisso está sua excelência.

O interessante de tudo é que você tomou uma providência de ler este texto até aqui. Agora, tens um desafio, um novo pensar.

E foi naquele dia 31 de outubro de 1917 – um belo dia de primavera que ela lançou seu primeiro livro. Em voz aguda e emocionada leu sua temática, e pensou: “Como a vida, de uma hora para outra, pode virar de cabeça pra baixo, ou melhor de cabeça para cima”.

Lina Veira

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A Dama

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘A Dama’

(Poesia sobre tela – Monalisa)

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
Monalisa - Imagem do Canva
Monalisa – Imagem do Canva

Cai a tarde,
e aos olhos despojados do ocaso,
um quadro desvela
uma discreta ponte em arcos,
a névoa no cume das montanhas,
e um rio em seu entorno vagueia
o olhar descortinando
sobre a imagem de uma mulher
braços encruzados,
cabelos ondulados
que se mistura à paisagem.

No desenho a face
a pintura mostra a ternura infinda
e sob o olhar sereno,
revela beleza num lampejo,
traduz arte e segredo.

Desse modo, a boca delineada
sorriso tímido enigmático
desmancha-se em doçura,
na expressão do saber desmedido.

No quadro a obra,
célebre retrato,
descreve a formosura,
na visão renascentista do dom,
e a magnitude de suas emoções
e ideias.

Enfim, no mundo do talento,
o padrão de beleza da musa
ao olhar artístico do pintor;
harmonia entre o ser humano
e a natureza,
retrata,
o ícone da arte e da humanidade.
A dama, esplêndida Monalisa!

Ceiça Rocha Cruz

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O Pacto de Joana Rocha

Resenha do livro ‘O Pacto de Joana Rocha’, de Djalma Marquesani

Djalma Marquesani

RESENHA

Joana Rocha não é nada do que aparenta ser.

Usa o dom da hipnose para conseguir tudo que deseja.

E de golpe em golpe ela fica cada vez mais gananciosa.

Um livro que tem a mistura certa de suspense, terror, trama policial e cenas bem impressionantes.

Excelente!!

Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube

SINOPSE

E se uma mulher, de maneira inacreditável, controlasse a mente de determinados homens?

E se ela os usasse para enriquecer sem muito esforço?

Joana Rocha se aproveita do seu dom de hipnose para enganar as pessoas.

De golpe em golpe, construiu uma vida de luxos, atingindo um patamar com o qual nunca sonhara.

Entretanto, toda a sua fortuna não é suficiente para satisfazê-la.Ela vive em Barreiras, uma pequena cidade do Vale do Brasil, que está um caos, aterrorizada por um assassino cruel, que desmembra suas vítimas.

Porém, isso não a impedirá de planejar o seu maior golpe, que a enredará numa teia de acontecimentos que podem ser fatais.

O Pacto está feito, não há como desistir e seu preço será cobrado!

SOBRE A OBRA

Djalma nos conta que, como funcionário da segurança pública, teve uma ocorrência envolvendo uma estelionatária, e isso acabou despertando a ideia para o pacto de Joana Rocha.

Tudo começou a partir dessa ocorrência com uma golpista, que acabou sendo a semente para o enredo, então o autor começou a imaginar como seria se uma golpista tivesse o dom da hipnose e as infinitas possibilidades que isso poderia abrir.

Com a ajuda de Juliana Frank, escritora e amiga do autor, ele desenvolveu os primeiros desdobramentos da trama, e o doutor Bruno, também um grande amigo, contribuiu em algumas partes essenciais da história.

Seu livro de estreia foi Conectados, publicado no início de 2023 e explora bastante o suspense com elementos paranormais.

Além disso, Djalma tem alguns contos em coletâneas e em revistas, geralmente dentro do mesmo gênero, que é o que mais gosta de trabalhar: suspense com toques de paranormal, terror e ficção científica.

E para nossa total felicidade ele está finalizando um novo projeto que mistura suspense policial, ficção científica e terror, que tem como meta concluir até o final deste ano.

Atualmente está trabalhando de forma independente, e o próximo lançamento seguirá o mesmo caminho, com produção e distribuição feitas pelo próprio autor.

Quem tiver interesse em seus livros pode entrar em contato diretamente pelo Instagram do autor, que os enviará pessoalmente. As versões digitais estão disponíveis na Amazon.

Djalma acredita que tem de haver um olhar de mais atenção para os autores independentes e para a nova safra da literatura nacional, que está cheia de talentos incríveis, especialmente no suspense.

SOBRE O AUTOR

O escritor Djalma Marquesani Junior tem 44 anos e nasceu em Santo André (SP), mas vive desde os 10 anos de idade em Itanhaém.

Imagem de Djalma Marquesani
Djalma Marquesani

Graduado em Música e Artes, pós-graduado em Criminologia, Análise Criminal e Gestão em Segurança Pública, também possui em seu currículo o curso de Parapsicologia.

Escritor de Suspense e Terror, Djalma coloca em seus textos uma atmosfera sombria e cheia de mistérios, para que o leitor se sinta envolvido para mergulhar com sua alma nas descobertas que envolvem o Vale do Brasil, região fictícia onde desenrolam suas histórias.

O autor mescla a sua experiência profissional na segurança pública, junto com o extraordinário, para dar mais veracidade em suas fantásticas histórias.

OBRAS DO AUTOR

Conectados
Conectados

O pacto de Joana Rocha
O Pacto de Joana Rocha

ONDE ENCONTRAR


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Resenhas da colunista Lee Oliveira




Seres secos

Ella Dominici: Poema ‘Seres secos’

Ella Dominici
Ella Dominici
" ideias secas não atravessam outono são como trovões sem chuvas"
” ideias secas não atravessam outono são como trovões sem chuvas”
Imagem gerada por IA do Bing –  28 de outubro de 2024 às 07:47 PM

cada vez me encontro menos
com secos desencontros

sem virtuosidade de videiras

cada vez escrevo menos
ao desinteresse
e me desinteresso destes

o amor é o tema dos felizes
dos aprendizes
dos mal sucedidos arrependizes

não dá oportunidades
aos secos

que nunca se deparam com lagunas
na volta das campinas
que não sonham flores, novas
primaveras

em seus Jardins não há frutos
vermelhos

ideias secas não atravessam outono
são como trovões sem chuvas
o espírito, golfo amargo

mar não lhe é espelho d’água
sóis não alumiam mais
almas profundas abissais

E por conta disto solidão

Cada vez me encontro menos
com secos desencontros sem virtuosidade de videiras
cada vez escrevo menos ao desinteresse
e me desinteresso

destes

São sem seiva
e mesmo inseridos
dela não se servem
não são sedentos de nada
se soltam do caule do caule se soltam
sozinhos tem por escolha,

a escolha

Tristemente somos água
que nutre e irriga,
molha o seco sem cura
vez, converso no menos
com seca história e vida
de pífias folhas

Ella Dominici

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