No Jornal ROL, a alma fluminense de Augusto Damas!
Augusto Damas fecha, com Chave de Ouro, o Quadro de Colunistas do Jornal Cultural ROL!
Augusto Antonio Carvalho Barreiros Damas, mais conhecido no meio cultural como Augusto Damas, natural de Petrópolis (RJ), e residente atualmente em Teresópolis (R), é escritor, poeta e jornalista.
Fundador do extinto Jornal Projeto Solução; criador do Projeto Meta-Coeso; presidente de honra do Comitê de Imprensa de Teresópolis; presidente do tradicional e honorífico ‘Troféu Mulher de Pedra Jubileu de Ouro’ e membro fundador da Oficina de Poesia & de Criação.
Autor do livro ‘Expoentes Teresópolis’.
Recebeu Votos de Congratulação da Câmara Municipal de Teresópolis por seus relevantes serviços prestados à comunidade teresopolitana.
Foi agraciado pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes – FEBACLA – com as seguintes honrarias: Título de Comendador pelas causas humanistas; Diploma de Paladino da Cultura; Diploma alusivo aos 150 anos de Migração Italiana ao Brasil e a Medalha Alusiva aos 150 anos de Nascimento de Santos Dumont.
Augusto Damas se apresenta aos leitores do Jornal ROL com uma verdadeira declaração de amor à cidade de ‘Teresópolis’.
José Ngola Carlos: do sol literário angolano para o Jornal ROL!
José Ngola Carlos traz para o Jornal Cultural ROL as jovens e cálidas letras da literatura angolana!
José Ngola Carlos, 30, natural de Luanda (Angola) e morando atualmente em Malanje (Angola), mais conhecido no meio literário como Kamuenho Ngululia, é Mestre em Educação na especialidade de Gestão de Centros Educacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanidades da Universidade Europeia do Atlântico, licenciado em Língua e Literaturas em Língua Inglesa pela Faculdade de Humanidades da Universidade Agostinho Neto (FHUAN) e 2020 e professor de Língua Inglesa.
José Ngola inicia a sua trajetória literária ROLiana com o texto ‘Necroprofilia – Professores, uma classe que ama a morte!, uma reflexão crítica sobre a educação, centrada na figura do professor.
Necroprofilia – Professores, uma classe que ama a morte!
O que é que as práticas educativas e letivas dos professores e professoras revelam sobre o seu ideal didático-pedagógico? Um olhar atento e feito de perto revela que, como um todo, a classe de professores é uma que ama a morte.
A morte, de forma geral, é a designação que damos às coisas sem vida ou que não desenvolvem, não crescem, não produzem etc. Conforme é possível observar, pelos modos operandos dos fazedores da educação, é somente normal afirmar, e isto sem qualquer exagero, que o modo como se faz educação está para aquilo que é contrário à vida, contrário ao desenvolvimento, contrário ao crescimento, contrário à produção etc. A educação é concebida sob os moldes da reprodução e da imitação.
Esta atitude mental dos professores e professoras, que aqui designamos como o seu ideal pedagógico, torna estes agentes, indubitavelmente, ´necroprófilos´. A palavra necroprófilo advém da palavra necrofilia, esta, por sua vez, provém do Grego. Tendo em consideração a sua etimologia, a palavra necrofilia pode ser entendida como contendo dois (2) elementos constituintes, que são: ´necro´ e ´filia´. O primeiro elemento significa morto ou cadáver e o segundo elemento, amor. Neste sentido, necrofilia corresponde ao amor por aquilo que é morto.
Tendo como base a definição apresentada para necrofilia, traça-se dali, um meio caminho para a compreensão da palavra ´necroprófilo´. Esta, diferente da primeira, é composta de três (3) elementos que obedecem ao processo de formação de palavras por aglutinação. Os elementos são: ´necro´, ´professor´ e ´filia´. Pelo que, o ´necroprófilo´é a designação que descreve o professor e, quando mudado o gênero da palavra, a professora que, intencional ou não intencionalmente, mostra-se, pelo seu proceder, amante daquilo que é morto.
Uma prática didático-pedagógica que está a serviço da morte apresenta as seguintes características: ela é unilateral, não permite a interação, é monocentrada, fundamentalmente reprodutora e reprova a livre iniciativa, reprova a criatividade, desestimula a inovação e irrita-se com a crítica.
A classe de professores, como um todo, é uma classe de necrófilos porque, considerada a sua concepção de educação, amam mais a morte do que a vida, são pela reprodução e não pela produção, amam o conformismo e não o reinventar ou reinventar-se e são mais pelo monólogo e não pelo diálogo quando se considera o seu fazer didático-pedagógico.
Então, desrespeitamos a classe de professores quando assim os criticamos? Só o necrófilo pensaria desta forma porque vê na crítica um ato destrutivo e não construtivo!
No Jornal ROL, as letras contundentes de Osvaldo Manuel Alberto
Mestre em Terminologia e Gestão de Informação e professor, as letras de Osvaldo Manuel são vozes que não se calam!
Osvaldo Manuel Alberto nasceu nos complexos becos do Cazenga, em Luanda, na então República Popular de Angola, no vigésimo quarto dia, do terceiro mês, do terceiro ano, da década de oitenta, do século XX, às 13 horas de uma sexta-feira mini.
É mestre em Terminologia e Gestão de Informação e licenciado em Relações Internacionais, e, atualmente, exerce a função de professor de Matemática e Gestor Escolar.
Começou a dar os primeiros passos na literatura em 2001, escrevendo crónicas, contos e poemas.
Escreveu no Jornal Nova em Folha, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em Portugal.
Tem vários textos na sua página do Facebook, e obras no prelo, entre científicas, ligadas à gestão escolar [Guia prático do (sub)director pedagógico], e literárias (Paixão perdida no Golungo e A Resistência ao fruto proibido).
Osvaldo Manuel inicia sua colaboração no Jornal ROL com o contundente artigo ‘Os aliados mortíferos do sistema de ensino’, não deixando ‘pedra sobre pedra’ em relação ao sistema de ensino angolano.
Os aliados mortíferos do sistema de ensino
Um sistema de ensino de qualidade não pode ser visto como um privilégio para uns, poucos quantos, ou outros, quantos tantos. Não pode ser percebido como um direito reservado aos filhos de Deus e aos do diabo raios que os partam.
Muitos pensam com alguma nostalgia o ensino no tempo de outra senhora, onde com a famosa quarta classe, caligrafia e aritmética não constituíam problemas, pese embora o nível gritante de violência física.
Actualmente, ‘acabou-se’ com a violência física nas escolas e parece que com ela foi o rigor e a vontade de aprender. Não que seja a favor da violência, nem que ache que violência e rigor/ vontade de aprender seja directamente proporcional, mas o que constatámos e com muita tristeza é verificar que o sistema de ensino foi tomado de assalto por uma quadrilha: os que se preocupam com números para dar show off; os que fazem balanços orientadores sobre graus de aproveitamento antes da correcção de provas; os vendedores de vagas que se aproveitam das suas posições privilegiadas; os que confundem rigor com brutalidade e arrogância; os que corrompem e são corrompidos para transitar de classe; os que oferecem e são oferecidos corpos em troca de notas; os que vendem e compram certificados; os que adulteram os resultados finais; alunos ‘descompromissados’ por ausência clara e inequívoca de modelos saindo do povoado; professores sem agregação pedagógica, sem vocação, empurrados ao ensino como única e exclusiva fonte de rendimento para o pobre que não quer ver chicoteado os seus filhos com os porretes coloniais; gestores desqualificados e desclassificados, ‘olhudos’ no dinheiro e gananciosos.
Estes altamente perigosos condenam gerações e gerações ao fracasso. Até parece um crime organizado com um único propósito de mutilar intelectualmente os filhos do plebeu.
Com um sistema de ensino doentio, o plebeu está forçado à inconsciência e até inconsequência. Quando ouve caros compatriotas, acredita que o dito cujo, aquele que nunca resolveu o seu problema, resolverá desta vez. Trata-se de uma questão de fé. Sim, acreditam que a fé (esperança nas coisas não vistas) é solução para os seus anseios. Mas que anseios? Se ele nem sequer sabe o que espera, mas espera o que não sabe, por esta razão tudo que recebe e se recebe, recebe só. Só e só e só como cantou Teta Lágrimas um dia.
Há muito pouca gente interessada em criar país. Uns tantos perdem-se em política partidária, outros poucos quantos perdem-se em ideologias insustentáveis. Há ainda os intransigentes e inconsequentes que nem sequer se perdem porque nunca se tinham achado.
Se quisermos fazer algo verdadeiramente útil para o país, temos de investir seriamente no sector da educação, privilegiando os COMs. Os com vontade de aprender, com vocação para ensinar e com mérito para dirigir. Pois os SEMs, sem vontade de aprender, sem vocação para ensinar e sem mérito para dirigir, quando actuam em tripla ou dupla já mostraram serem uns verdadeiros assassinos de gerações e até mesmo quando actuam unilateralmente os vestígios de podridão destes verdugos são incomensuráveis.
Deve-se sim, evitar que políticos doentios e comerciantes, insensatos, no ensino tomem decisões sobre política educativa, quer a nível macro como micro, se preferir a nível nacional como ao nível das escolas.
Ainda vamos a tempo de pensar país. Quando não aprovarmos medidas que condicionem as gerações futuras, nem quando nos preocuparmos única e exclusivamente com o fruto do nosso ventre. Pois todos os outros, também são frutos de ventre e resultados de ‘relações sexuais’.
País acima de tudo e amor ao próximo não pode ser sinónimo de transição automática cega, nem fluidez. De tanta fluidez, talvez tenhamos descoberto que água pode estar em quatro estados (líquido, sólido, gasoso e pó). Sim, pó, como é que não nos apercebemos antes se todos nós viemos do pó e lá voltaremos? Apesar de lá voltarmos e pelo facto do nosso corpo ser constituído em 70 por cento de água, será que é facto bastante para cientificamente apurar-se que há água em pó? Que o leite não é água isso é irremediavelmente seguro, mas quanto ao resto deixemos para o resto pois sabemos o seu lugar.
Envergonhemo-nos quando as nossas instituições fiquem parasitariamente dependentes de nós e devemos nos orgulhar quando as coisas avançam com o pensar de cada um e de todos para que os aliados mortíferos do sistema de ensino tenham os dias contados!
De Angola para o ROL, o professor Venâncio Chambumba!
Venâncio Chambumba traz para as páginas do ROL as letras educacionais e literárias de Angola!
Venâncio Domingos Sicana Chambumba, natural de Luanda (Angola) e residindo em Lisboa (Portugal), mais conhecido no meio educacional e literário como Venâncio Chambumba, é Mestre em Terminologia e Gestão de Informação de Especialidade, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Licenciado em Ensino do Português, pelo ISCED/Luanda.
Professor de Língua Portuguesa e Metodologia do Ensino de Português, revisor linguístico e coorientador de trabalhos de pesquisa científica ligados à Língua Portuguesa.
Coautor do livro ‘O que o Professor de Português não Ensina’, sob a chancela da Imprensa Nacional e jornalista freelancer.
Áreas de Investigação:
a. Terminologia da Lexicologia e áreas afins;
b. Metodologia de Ensino do Português- Língua Materna e Língua não Materna;
c. Terminologia de documentos administrativos e/ ou oficiais.
O professor Venâncio Latim inaugura sua participação no ROL com uma minuciosa exposição sobre o objetivo das aulas de Língua Portuguesa, abordando o conjunto de competências que os professores devem desenvolver no aluno de modo o processo de aprendizagem ser proveitoso, e, em especial, uma reflexão em torno da dimensão escrita do processo de ensino-aprendizagem e, particularmente, no quesito ‘cópia’.
A Cópia na Aula de Língua Portuguesa
Introdução
As aulas de Língua Portuguesa têm como objectivo, de forma geral, abrir a mente do aluno, ou seja, levar a que o aluno, por meio das palavras, reflicta sobre determinado assunto.
E, para se dar conta dessa situação de reflexão, há um conjunto de competências que os professores devem desenvolver no aluno de modo o processo de aprendizagem ser profícuo. Tais competências são as seguintes:
Oralidade: compreensão do oral
expressão oral
Leitura
Escrita
Conhecimento da língua
Aspectos ligados à educação literária
Do conjunto de competências apontadas e que devem obviamente ser presentes em sala de aulas, poucas se verificam com a acutilância que deveriam merecer.
Todavia, para o contexto em causa, importa proceder a uma reflexão em torno da dimensão escrita do processo de ensino-aprendizagem e, particularmente, no quesito «cópia», uma actividade frequentemente feita, sobretudo, por alunos do Ensino Primário[1], a partir da 2.ª classe, e do I Ciclo do Ensino Secundário[2].
Para tal, abordamos a questão com professores de escolas de convénio, de escolas particulares, de instituições públicas, bem como professores e alunos de escolas do Ensino Secundário Pedagógico, todos de Luanda.
Em primeiro lugar, importa referir que a actividade em referência tem sido presente nas aulas de leitura e aplicada na última fase didáctica, que é a tarefa. Ou seja, grande parte dos professores, depois de uma aula sobre «leitura e interpretação escrita de um texto», deixa uma tarefa sobre a feitura de uma cópia da página x ou y do manual da classe.
Em segundo lugar, têm reflectido tais professores sobre a necessidade ou importância de se mandar tal tipo de trabalho? Ou seja, para que é que depois de o aluno ter analisado ideologicamente um texto tem de se lhe mandar fazer cópia? Para mudar a letra? Para que ele aprenda a escrever correctamente do ponto de vista ortográfico? Ou haverá outro motivo que leva a que se mande isso ao aluno?
Em terceiro lugar, o que é a cópia? Sabemos que consiste numa reprodução (manuscrita ou por outro meio) do texto original.
Como podemos vislumbrar na definição acima, a cópia não leva o aluno à produção, mas sim à reprodução textual, por isso é que, ao copiarmos um texto, um número de telefone, ou outra coisa, não é permitido extrapolar o que nele encontramos, tais como: frases, letras, pontos, vírgulas etc.
A cópia: um pouco de história
De acordo com Paulina (2010: 3), antes da invenção da tipografia, em 1449, pelo mestre gráfico alemão Johannes Gutenberg (1400-1468), a cópia era uma actividade imprescindível. Era graças aos manuscritos, feitos por monges e frades, chamados copistas ou escribas, que os livros se difundiam.
Segundo Terezinha Oliveira, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), citada por Paulina (ibidem), “se hoje conhecemos os escritos de grandes pensadores, como o filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), foi porque os copistas os conservaram”. No mesmo diapasão, Oliveira afirma que “eles não precisavam ser necessariamente grandes leitores, [apesar disso], eram considerados artistas, pois para os homens medievais a preservação do livro era vital para difundir o conhecimento e a sabedoria.”
Outrossim, Paulina (2010:4) diz que o ofício de copista, tal como relatam os historiadores Guglielmo Cavallo e Roger Chartier, no livro História da Leitura no Mundo Ocidental, era extenuante. O referido livro descreve que o escriba lia em voz alta o texto para activar a memória imediata, enquanto transcrevia.
Entretanto, segundo a autora, por volta do século XIII, começaram a surgir equipamentos e móveis feitos para ajudá-los a reproduzir as páginas dos livros de maneira mais mecânica, sem terem de recorrer à leitura em voz alta.
A autora faz ainda referência de que, no livro atrás referido, “iluminuras e gravuras de madeira, com scriptoria da fase medieval tardia, mostram copistas com a boca fechada, sentados em mesas equipadas com apoios para livros e utilizando uma variedade de novos marcadores de linha operados mecanicamente para guiar os olhos na acção de seguir o texto a ser copiado”.
Funções da cópia nas nossas escolas
Das conversas mantidas com professores dos ciclos referenciados, bem como com professores, alunos pré-finalistas e finalistas do Secundário Pedagógico em Luanda, tem sido reiterada a feitura da cópia por parte do aluno, cumprindo as seguintes funções:
Melhorar a letra/ grafia. Os professores admitem que, por meio dela, o aluno melhora a sua performance no que toca à disgrafia e/ou disortografia.
Memorização da grafia correcta de uma palavra. Por meio da cópia, os professores crêem que os alunos vão passar a escrever correctamente.
Recurso por meio do qual o professor transmite e faz circular diversos géneros textuais. Por isso, em certas escolas, de acordo com os nossos interlocutores, os professores mandam fazer cópia como prenúncio do texto a ser estudado na semana seguinte, no dizer desses professores “ é para que o aluno se familiarize com o texto”, embora o aluno tenha o manual no qual se encontra tal texto.
Preenchimento de tempo. Neste caso, a cópia ocorre na situação em que o professor vai, por exemplo, para uma reunião emergente ou mesmo não tenha preparado a aula e de modo os alunos não fazerem barulho o professor escreve algo no quadro ou pede para abrirem o manual de leitura numa determinada página para aqueles copiarem o conteúdo.
Asseguramento da prática de escrita. Os professores foram unânimes em afirmar que, de modo o aluno não perder a prática da escrita durante as férias, é necessário mandar um número considerável de cópias. Mas, no dizer desses agentes de ensino, é preciso não exagerar.
Meio de punição. Neste contexto, a cópia serve para disciplinar e /ou castigar o aluno prevaricador de qualquer situação em sala de aulas. Como não se faz recurso ao “chicote”, então, os professores tendem a aplicar esse tipo de correctivo.
De acordo ainda com aqueles agentes do ensino, por meio da cópia, avalia-se a grafia, a incorrecção ortográfica, o respeito à margem e à abertura de parágrafo.
Convém fazer˗se algumas considerações em torno do argumento segundo o qual a cópia « ajuda a melhorar a competência de leitura do aluno.»
A leitura implica a decifração e a compreensão, ou seja, é necessário que o aluno saiba em primeira instância descortinar fonologicamente cada palavra de um texto para as poder compreender a seguir. Para tal, tem de existir estratégias próprias e na aula de leitura para que o aluno possa colmatar o problema da leitura nos níveis acima apresentados.
Portanto, uma avaliação rigorosa e habitual da leitura, através de uma grelha de observação, com critérios previamente delineados pode ser a solução do problema da leitura em si e não propriamente a cópia.
Esses agentes de ensino acham que uma simples cópia muda imediatamente a letra do aluno. Porém, na prática de ensino do português, tem˗se estado a verificar dificuldades específicas de aprendizagem[1], tais como a disgrafia[2] e disortografia[3].
Por isso, devia haver da parte dos professores de português a utilização do método preventivo[4], no sentido de, conhecendo os tipos, as causas, os sinais de alerta e o modo de intervenção das dificuldades suprarreferidas, se poder debelar os problemas dos alunos nessa questão.
Como consequência da avaliação suprarreferidas, os alunos não conseguem aplicar noutras situações de escrita o que é corrigido numa cópia porque o fazem mecanicamente. Associado a isso, está o facto de o professor não explicitar a regra ortográfica de uma palavra ou levar o aluno a fazê-lo por meio de comparação ou outro método.
Por isso, há alunos que, mesmo copiando um texto três ou mais vezes, se repararmos com atenção, cometem diversos erros ortográficos. Ora, o aluno está num processo de reprodução fiel daquilo que se encontra no livro, ainda assim comete erros. Então, por que comete tais erros?
O aluno tem gravado no seu subconsciente a escrita de determinada palavra e ao realizá-lo, ou seja, ao copiar tal palavra, reproduz aquilo se encontra no seu subconsciente. Dando erros como: «atensão*, simeira* etc.». Ou seja, não é meter o aluno a copiar páginas e páginas que se vai elevar a sua competência ortográfica. É necessário intervir de outra maneira para acabar com o problema de escrita na dimensão ortográfica, dominando-se as diversas formas do alfabeto, a fim de se utilizar uma grafia legível, para além da disgrafia e disortografia, aspectos já referenciados acima.
Uma análise aos manuais do Ensino Primário e do I Ciclo do Secundário evidenciou que nenhum deles explicita a actividade em estudo. O que se verifica em sala de aula é que os professores orientam os alunos a procederem à cópia do texto lido ou do texto a ser lido.
Uma possibilidade de tirar partido desta actividade é inseri-la numa situação em que essa reprodução cumpra uma função clara para o aluno.
Elevar a competência ortográfica por meio da cópia funcional
Proposta 1- (Baptista, Viana & Barbeiro, 2011)
A atribuição de uma função ao texto copiado responsabilizará o aluno pela correcção do produto final, levando-o a realizar mais frequentemente o confronto com o original.
[2] Perturbação de tipo funcional que afeta a qualidade da escrita do sujeito, no que se refere ao seu traçado ou à grafia(Torres e Fernández, 2001: 127); prende-se com a “ codificação escrita(…), com problemas de execução gráfica e de escrita das palavras.”(Cruz, 2009: 180).
[3] Dificuldade manifestada por um conjunto de erros da escrita que afetam a palavra , mas não o seu traçado ou grafia (Vidal, 1989, citado por Torres e Fernández , 2001:76), pois uma criança disortográfica não é forçosamente disgráfica.
Se, por exemplo, os alunos tiverem um tema ligada à saúde ou ao meio ambiente, deverão efectuar cópias relativamente a esses temas, a fim de serem afixados em cartazes. Isto levará a que se preste atenção à maneira como se escrevem as palavras, pois, caso se verifiquem incorrecções, vai ser necessário copiar de novo o texto.
Proposta 2 (Teberosky citada por Paulina, 2010)
O professor pode integrar a cópia numa perspectiva em que o aluno dita parte do texto com o qual se está a trabalhar na semana. E a professora deixa claro que vai anotar tudo quanto se disser.
À medida que o aluno vai ditando, a professora escreve no quadro e ao fazê-lo introduz de forma propositada erros, como neste enunciado: “As sete cabrinhas era uma vez uma mãe ai que comprido a mãe foi embora”.
Após isso, procede à leitura e deixe que os alunos se manifeste a ver se terão percebido o que se leu.
Em função da contestação dos alunos, o professor pergunta o que deve ser retirado e porquê. Depois de justificarem, então pode pedir-lhes para copiar do quadro o que eles corrigiram.
Nessa situação, a cópia tem razão de ser porque conserva um fragmento de uma história que vai ser retomada noutra ocasião e as crianças produziram o texto copiado. Ademais, não o copiaram de forma mecânica, pois activaram o sentido reflexivo.
A actividade de cópia, em vez de se limitar à reprodução do texto, pode ser combinada com a intervenção sobre o texto, designadamente através da reescrita.
Deste modo, entrega-se aos alunos um texto para efectuarem a cópia, mas em vez de se limitarem a fazer a sua reprodução, deverão realizar algumas intervenções de reescrita, segundo as indicações previamente preparadas pelo professor e que se adeqúem ao texto em causa e às capacidades dos alunos. Essas intervenções poderão incluir, entre outras propostas:
1. – substituir os nomes das personagens por nomes de pessoas conhecidas do
aluno: familiares, amigos, etc.;
– substituir as palavras assinaladas, pelo professor, por sinónimos;
– substituir as palavras assinaladas, pelo professor, por antónimos;
– acrescentar um adjectivo para caracterizar os nomes assinalados;
-substituir um conector por outro de sentido equivalente.
Após a realização da tarefa, as soluções encontradas por cada aluno poderão ser confrontadas e partilhadas na turma.
A verificação ortográfica poderá ser realizada pelo professor e pelos colegas, em hetero-correcção ou então o professor regista os erros ortográficos de cada aluno numa tabela ou grelha para este os corrigir.
Outrossim, a realização da cópia poderá também ser feita em articulação com o estudo do funcionamento da língua, designadamente as classes de palavras. Ao efectuarem a cópia, escrevendo a base textual a azul, os alunos poderão escrever os nomes a verde e os adjectivos a vermelho; também, no mesmo texto ou noutras ocasiões, os verbos poderão ser destacados, sendo escritos a preto.
Conclusão
Os professores do Ensino Primário, a partir da 2.ª classe, bem como os do I Ciclo Ensino Secundário, podem apropriar-se das propostas acima apresentadas e, de acordo com a realidade de ensino de cada um, introduzirem emendas de modo que o processo de ensino e aprendizagem surta em evolução não só para os professores como também para os alunos.
Bibliografia
Azevedo, F. (2000). Ensinar e aprender a escrever – Através e para além do erro. Porto: Porto Editora.
Baptista, A; Viana, F & Barbeiro, L. (2011). O Ensino da Escrita: Dimensões Gráfica e Ortográfica. Lisboa: DGIDC.
Carbonari, R. & Silva A. (2001). Cópia e leitura oral: estratégias para ensinar? In: Chiappini, L. (coord.). Aprender e ensinar com textos didáticos e paradidáticos. São Paulo: Cortez.
Cavallo, G & Chartier, R.(s/a). História da Leitura no Mundo Ocidental– Volume 1,Ed. Ática.
Coelho, T. (2013). Dificuldades de aprendizagem específicas (dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia). Porto: areal editores.
Cruz, V. (2009). Dificuldades de Aprendizagem Específicas. Lisboa: LIDEL-Edições Técnicas, Lda.
Horta, I. & Martins, M. A. (2004). Desenvolvimento e aprendizagem da ortografia: Implicações educacionais. Análise Psicológica, I (XXII), 213-223.
Da Siena (Italia) per il Jornal ROL, Bianca Agnelli!
De Siena (Itália) para o Jornal ROL, Bianca Agnelli!
Attrice e filmmaker, con una passione per il cinema e le storie non convenzionali!
Atriz e cineasta com uma paixão pelo cinema e histórias não convencionais!
Bianca Agnelli, naturale di Siena (Italia), è uma attrice e filmmaker con una passione per il cinema e le storie non convenzionali. Dopo aver studiato riprese e recitazione cinematografica a Firenze, ha seguito il suo amore per il design e la creatività, fino a gestire un bed & breakfast letterario tra le colline del Chianti. Un rifugio dove scrittura, arte e vita si incontrano, con un’estetica che mescola nostalgia e modernità.
Scrive per chi ama scoprire piccole meraviglie tra le pieghe della quotidianità.
Bianca Anelli, natural de Siena (Itália) é uma atriz e cineasta com uma paixão pelo cinema e histórias não convencionais. Depois de estudar filmagem e atuação cinematográfica em Florença, seguiu seu amor pelo design e criatividade, até gerenciar um bed & breakfast literário nas colinas do Chianti. Um refúgio onde escritura, arte e vida se encontram, com uma estética que mistura nostalgia e modernidade.
Escreve para quem gosta de descobrir pequenas maravilhas nas dobras do cotidiano.
Bianca si presenta ai lettori di ROL con un mega consiglio per gli amanti della Settima Arte:
Bianca se apresenta aos leitores do ROL com uma mega dica para os amantes da Sétima Arte:
5 motivi validi per non perdersi assolutamente Beetlejuice al cinema questo settembre!
Chi l’ha detto che i morti non si divertono? Ed è proprio così. Il primo film iconico di Tim Burton uscito nel 1988, Beetlejuice, parla di quello che succede dopo la vita – e lo fa con un’irriverenza totale che non può che strapparci molti sorrisi.
Sì, è vero, la morte può essere terribile – ma non nell’immaginario di Burton. Nei suoi film, è qualcosa di fantastico, bizzarro e veramente sorprendente. Una stravaganza come un’altra, un destino a cui è impossibile sfuggire e soprattutto una dimensione non priva di drama e di complicazioni fastidiose. Ma tra attese atroci, confusione sottile e corpi in decomposizione – il divertimento è possibile, anzi, assicurato.
Nelle sale cinematografiche dal 5 settembre tornano i fantasmi a raccontarci le loro buffe faccende – Beetlejuice Beetlejuice – con un cast fantasmagorico e nostalgico, e delle interpretazioni da paura!
Quindi cosa aspetti per prenotare il tuo biglietto? La fila del cinema non può essere più lunga di quella della reception dell’aldilà! Ed io ho 5 ottimi motivi per cui dovresti davvero considerare la visione di questo film.
1. La de-stigmatizzazione della morte come evento terribile ed irrecuperabile
Per la cronaca: sì, è un evento terribile ed irrecuperabile, ma le cose sono davvero come sono o sono come noi decidiamo di vederle? E se potessimo guardarle con altri occhi, più sognanti e audaci, non sarebbe forse una salvezza?
2. Il ritorno di Tim Burton e delle sue ambientazioni adorabilmente gotiche
Avevamo bisogno di un film del genere – specialmente a settembre, specialmente quando Halloween è alle porte. Quale modo migliore di festeggiare i misteri della vita? Attraverso una fotografica creativa e dal tocco artigianale, con l’immancabile stop-motion tipico dei suoi film e una stravaganza stilistica grottesca e dolcemente spooky!
3. La sensualità fatale di Monica Bellucci
Che, per inciso, non apre bocca e spiccica sì e no due parole; ma di certo non è diventata un’icona per quello che ha detto e noi l’amiamo così com’è sempre stata, con i suoi occhi (in)espressivi e la sua bellezza mediterranea.
4. Winona Ryder è ancora la ragazzina stramba di trent’anni fa
Soltanto che nel frattempo è cresciuta – ma è rimasta confusa un po’ come tutti noi mentre il tempo è passato alquanto ingiustamente. La sua interpretazione è ancora brillante e unica, rendendola la sposa perfetta per il nostro spiritello porcello. Ti capiamo Beetle, anche noi vorremmo sposarla!
4.Winona Ryder ainda é a garota estranha de trinta anos atrás
Só que, no meio tempo, ela cresceu – mas continuou confusa um pouco como todos nós, enquanto o tempo passou um tanto injustamente. Sua atuação continua brilhante e única, tornando-a a noiva perfeita para o nosso espírito travesso. Entendemos você, Beetle, nós também gostaríamos de nos casar com ela! 5. Beetlejuice Beetlejuice… Beetlejuice
E, naturalmente, Beetlejuice – Michael Keaton – nella sua gloriosa eccentricità. Il personaggio che ridefinisce il concetto di caos è il cuore pulsante del film. Il suo ritorno promette un turbine di risate e momenti assurdi, dimostrando che, nel mondo di Burton, il vero divertimento sta nell’abbracciare il bizzarro.
Pertanto, non perdere l’opportunità di vivere uno spettacolo che combina il fantastico con il filosofico. Assicura il tuo biglietto e preparati per un viaggio cinematografico dove l’aldilà si trasforma in un parco giochi per la creatività e l’umorismo. Se Beetlejuice è sulla scena, puoi essere certo che l’esperienza sarà tanto indimenticabile quanto, alla fine, incantevolmente inquietante.
5 motivos imperdíveis para assistir Beetlejuice Beetlejuice ‘Os Fantasmas Ainda se Divertem‘ no cinema em setembro!
Quem disse que os mortos não se divertem?
É exatamente isso. O primeiro filme icônico de Tim Burton, lançado em 1988 – Beetlejuice – traduzido em português como ‘Os Fantasmas se Divertem’, fala sobre o que acontece após a vida – e faz isso com uma irreverência total que só pode arrancar muitos sorrisos.
Sim, é verdade, a morte pode ser terrível – mas não no imaginário de Burton. Em seus filmes, é algo fantástico, bizarro e realmente surpreendente. Uma extravagância como qualquer outra, um destino do qual é impossível escapar e, acima de tudo, uma dimensão não isenta de drama e complicações incômodas. Mas entre esperas atrozes, confusão sutil e corpos em decomposição – a diversão é possível, e na verdade, garantida.
A partir de 5 de setembro, os fantasmas voltam às telonas para contar suas histórias engraçadas – Beetlejuice Beetlejuice – “Os Fantasmas Ainda se Divertem” – com um elenco fantasmagórico e nostálgico, e atuações de arrepiar!
Então, o que você está esperando para garantir seu ingresso? A fila do cinema não pode ser mais longa do que a da recepção do além! E eu tenho 5 ótimos motivos para você considerar assistir a esse filme.
1. A desestigmatização da morte como um evento terrível e irreversível
Nota-se que: sim, é um evento terrível e irreversível, mas as coisas são realmente como são ou são como decidimos vê-las? E se pudéssemos olhar com outros olhos, mais sonhadores e audaciosos, não seria talvez uma salvação?
2. O retorno de Tim Burton e de suas ambientações adoravelmente góticas
Precisávamos de um filme assim – especialmente em setembro, especialmente quando o Halloween se aproxima. Qual a melhor maneira de celebrar os mistérios da vida? Através de uma fotografia criativa e artesanal, com a indispensável stop-motion típica dos seus filmes e uma extravagância estilística grotesca e suavemente spooky!
3. A sensualidade fatal de Monica Bellucci
Que, para constar, não diz muito e mal pronuncia duas palavras; mas certamente não se tornou um ícone pelo que disse, e nós a amamos exatamente como sempre foi, com seus olhos (in)expressivos e sua beleza mediterrânea.
4. Winona Ryder ainda é a garota estranha de trinta anos atrás
Só que, no meio tempo, ela cresceu – mas continuou confusa um pouco como todos nós, enquanto o tempo passou um tanto injustamente. Sua atuação continua brilhante e única, tornando-a a noiva perfeita para o nosso espírito travesso. Entendemos você, Beetle, nós também gostaríamos de nos casar com ela!
5. Beetlejuice Beetlejuice… Beetlejuice
E, claro, Beetlejuice – Michael Keaton – em toda sua gloriosa excentricidade. O personagem que redefine o conceito de caos é o coração pulsante do filme. Seu retorno promete um turbilhão de risadas e momentos absurdos, provando que, no mundo de Burton, a verdadeira diversão está em abraçar o bizarro.
Portanto, não perca a oportunidade de vivenciar um espetáculo que combina o fantástico com o filosófico. Garanta seu ingresso e prepare-se para uma jornada cinematográfica onde o além se transforma em um playground para criatividade e humor.
Se Beetlejuice está em cena, você pode ter certeza de que a experiência será tanto inesquecível quanto, no final, encantadoramente perturbadora.
No Quadro do ROL, as letras cearenses de Lina Veira!
Engenheira Sanitária e Ambiental, escritora, cronista, contista e romancista: as várias faces de Lina Veira!
Lina Veira, como é mais conhecida na área literária Maria Andrelina Oliveira BentoLina Veira, natural de Fortaleza (CE), é formada em Engenharia Sanitária e Ambiental, escritora, cronista, contista e romancista.
Tem projetos literários no Instagram, como Sábado com Poesia, saraus on-line e presenciais, feiras de livros, lançamentos e divulgação de autores na sua região.
É autora dos livros ‘Um de meus Olhares’, Editora Motres, que explora questões profundamente humanas e deixa a utilidade da motivação e desapego, influenciando homens e mulheres e ‘Outras Flores se Abrem’, pela mesma editora, um livro altamente feminino, que deixa uma proposta calma e consciente do reinventar-se, e marca sua trajetória na escrita, deixando suas crônicas e versos como instrumento de liberdade.
É coautora em algumas revistas e coletâneas literárias.
Lina Veira, que acredita que “Tudo tem a hora certa e o seu tempo”, ingressa nas Letras ROLianas com a crônica ‘No ônibus’.
No ônibus
Tudo tem a hora certa e o seu tempo.
O ônibus só demora para quem chega cedo no ponto.
Para ver poesia na vida, basta abrir os olhos e estar disposto a observar o divino entre nós.
Passo o cartão e a mensagem ‘liberado’ me condicionam a buscar um lugar para sentar-se.
O som da catraca é o único agora sem assédio nos últimos dias, que relaxa minha mente no mergulhar dos pensamentos, enquanto o trocador realiza a cobrança das tarifas e repassa o troco, prestando informações e observando os passageiros do veículo.
Ele tem sua importância e não deveria ser trocado por catracas eletrônicas. Sem saber da vida e história de cada um dentro do ônibus vejo que estamos ilhados sobre um asfalto frio e acelerado, alimentando um ciclo vicioso de abrir o celular, colocar fones no ouvido e se tornar rapidamente um estúpido humano sem permitir o despertar da inteligência, do conhecer e amar.
– Moço
– Desculpe, não ouvi, estava com fones.
Lembrei das tantas idas e vindas do tempo de Universidade, o nascer e pôr do sol, meu sair e chegar em casa.
A vida é passageira(o). Mas você precisa pegar o ônibus certo. Toda janela se despede de nós, enquanto outros sobem e descem, ou nos fazem companhia até a próxima parada, sem o interesse da inteligência e vontade de viver, de conviver. Procuro relaxar um pouco entre estranhos olhares, irritados rostos sem lucidez, com uma imagem visual enraizada nas suas preocupações, sonhos, dores e paixões.
– Onde anda a poesia na vida dessas pessoas?
O trocador ali sentado, é um intelecto passivo que representa a paciência com certo entusiasmo sem muito a dizer para o destino de cada um.
A vida é circulante na despedida e na chegada, no barulho da chuva e dos carros que aceleram o coração com o silêncio de passageiros já acima da capacidade do veículo.
O trocador avisa:
– Tem gente na porta motorista. Enquanto a vida lá fora disfarça o tédio e muitas solidões, eu observo as ações humanas e concluo: nem todas são humanas
Ali sentada, tenho o melhor tempo para permanecer em mim, lembrar e pensar em você, debruçada nas duas bolsas que sempre carrego, como se fosse tudo que tenho na vida para viver: meu colo.
Na realidade inerente e peculiar do sentir o sentido de tudo que tem um sentido sem fazer sentido, os destinos mudam a vida de muitos que estão dispostos a entrar no ônibus, mas ser mais inteligente e humano nas suas relações é um convite.