De Tupã (SP) para o Jornal ROL, Márcio José Zacarias!

Um educador-escritor, Márcio José Zacarias, com o giz e o teclado, ensina crianças e adultos a pensarem e sentirem!

Márcio José Zacarias
Márcio José Zacarias

Márcio José Zacarias, natural de Tupã (SP), conhecido no meio literário pelo pseudônimo Arthur Souto, construiu uma trajetória marcada pelo compromisso com a educação, a arte e a palavra como instrumento de transformação social.

Possui formação multidisciplinar, sendo graduado em Pedagogia, Letras, Artes, Educação Física e História, além de especializações em Alfabetização e Letramento, Neuropsicopedagogia, Matemática, Educação Inclusiva e Produção Textual. Ao longo de sua carreira, atuou na Educação Infantil, no Ensino Superior e, atualmente, é professor efetivo do Ensino Fundamental I pelo Estado de São Paulo e pela Prefeitura Municipal de São Paulo.

Como escritor, Arthur Souto é autor de diversas obras que transitam entre a literatura infantil, a poesia e o romance, com destaque para Pé de Menina, A Fada do Pix — vencedora do Prêmio Ecos da Literatura 2024 como melhor livro original —, O Tumbeiro — eleito Melhor Romance de 2024 pelo Prêmio Book Brasil e finalista do Prêmio Pluma de Ouro—, Minha vida em versos e flores, Tonha, a Barraqueira, além de participações em diversas antologias.

Seu trabalho literário e educacional já lhe rendeu homenagens pela Câmara de Vereadores das cidades de Tupã e Sorocaba. É membro da Academia Independente de Letras e da NAISLA – Núcleo Accademia Italiano di Scienze, Lettere e Arti, além de colaborar como escritor da Revista Adupé.

Márcio José Zacarias acredita na palavra como ponte entre saberes, emoções e realidades. Em seus textos, transforma experiências humanas em sentimento, crítica e poesia, oferecendo ao leitor uma visão sensível, profunda e única do mundo. Para além do educador e escritor, é pai dedicado de Juninho e Arthur e avô orgulhoso da pequena Maria, suas maiores inspirações.

Márcio se apresenta aos leitores do ROL com poema regionalista ‘Cordel das Mulheres Brasileiras’

Cordel das Mulheres Brasileiras

Cordel das Mulheres Brasileiras
Cordel das Mulheres Brasileiras

No canto dessa viola
Eu venho aqui declamar,
A força das brasileiras
Que o mundo vive a admirar.
Mulheres que são coragem,
Raiz, futuro e luar.

Começo por Carmelita,
Mulher de fibra e valor,
Que faz da vida batalha
E vence seja onde for.
Seu passo firme ensina
Que o medo não vence o amor.

Ionete segue ao lado,
Com seu jeito decidido,
Feita de riso e de luta,
De afeto bem repartido.
É daquelas que, no tropeço,
Levanta e segue o caminho.

Isabel é luz acesa,
É mapa, é direção;
Tem palavra que aconchega
E firmeza no coração.
Onde ela pisa brota força,
Onde ela fala há razão.

Sheila é vento valente,
Tempestade que constrói.
Não se curva ao impossível,
Não aceita o “depois”.
Se o mundo fecha janelas,
Ela mesma as abre e repõe.

E Maria… ah, Maria,
Nome que o Brasil carrega,
Presente em cada esquina,
Em cada história que alegra.
Maria que é mãe, é filha,
É raiz que nunca nega.

Mas não paro por aqui,
Pois a lista é sem fim:
Tem Dandara guerreira,
Tem Chiquinha no bandolim,
Tem Zélia, Ruth e Carolina,
Escrevendo o país assim.

Tem Anita que foi soldado,
Tem Tarsila que fez cor,
Clarice que fez mistério,
Nise que plantou amor.
Cada uma abriu estradas
Pro Brasil ser o que for.

Mulheres da feira e da roça,
Da sala e do batente,
Mulheres que guiam a vida
Com mão firme e alma quente.
Mulheres que levantam outras
E seguem sempre em frente.

Por isso faço estes versos
Com honra e gratidão:
A todas que vieram antes
E às que ainda virão.
Se o Brasil tem esperança,
É no pulso de cada mulher,
É no brilho que elas carregam,
É no mundo que elas querem.

E que o cordel se espalhe
Em cada canto e lugar:
Mulher é força que move
O tempo, o sonho e o mar.
E quem aprende com elas
Jamais deixa de lutar.
Márcio José Zacarias

Márcio José Zacarias

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No Quadro do Jornal ROL, Eduardo Martínez!

De leitor entusiasmado pelo Jornal ROL ao Quadro de Colunistas, a carioquice literária de Eduardo Martínez!

Eduardo Martínez. Foto por Irene Oliveira
Eduardo Martínez – Foto por Irene Oliveira

“Carioquice é o estado de espírito do Rio de Janeiro. Basta pisar na Cidade Maravilhosa para transbordar em alegria, esperança, orgulho e prazer. Carioquice é o sorriso permanente nos lábios. É o acolhimento às pessoas e o encantamento pela pluralidade cultural.” (https://carioquice.insightnet.com.br/sobre/#:~:text=Carioquice%20%C3%A9%20o%20sorriso%20permanente%20nos%20l%C3%A1bios.)

Eduardo Martínez, sempre “com um sorriso permanente nos lábios¨, é um premiado escritor carioca, atualmente radicado em Porto alegre, cidade pela qual é apaixonado. Seu primeiro livro, o romance ‘Despido de ilusões’, 2004, figurou entre os mais lidos do Centro Cultural Banco do Brasil. 

Em 2025, foi o vencedor do Prêmio Literário Clarice Lispector, na categoria livro de contos com ’57 Contos e crônicas por um autor muito velho’, que saiu pela Joanin Editora.

Seus contos e crônicas, que já ultrapassaram a incrível marca de 1.000 publicações, são utilizados por escolas no Rio de Janeiro, em Brasília e em Brodowski-SP. É cronista/contista do jornal Notibras (https://www.notibras.com/site/) e do Blog do menino Dudu (https://blogdomeninodudu.blogspot.com/).

Divide a editoria Café Literário do Notibras com o poeta e escritor Daniel Marchi e a jornalista e poeta Cecília Baumann.

Eduardo estreia como colunista do ROL com a saborosa crônica ‘O pai do rock foi um péssimo caçador’.

O pai do rock foi um péssimo caçador

Eduardo Martínez e o amigo Márcio Petracco. Foto por Irene Oliveira
Eduardo Martínez e o amigo Márcio Petracco. Foto por Irene Oliveira

Um dia desses, quando estava jogando conversa fora com o meu amigo Marcio Petracco lá no cachorródromo do Tesourinha, aqui na aprazível Porto Alegre, eis que ele diz algo que me deixou com um monte de pulgas atrás da orelha: “Dudu, o pai do rock and roll foi um péssimo caçador lá das savanas africanas”. 

      A princípio, imaginei que o meu amigo estivesse digerindo mais uma ressaca, até que ele prosseguiu com a sua tese de doutorado ao longo de mais de 40 anos de virtuose sobre os palcos da vida. Eu, um mero apreciador de música, decidi prestar atenção na fala do Marcio, mesmo porque estava com aquela tarde livre. Afinal, artista mais que tarimbado, o meu amigo entende muito mais de música do que eu. 

        — Dudu, o lance é o seguinte. Saca berimbau?

        — Sim, sei o que é. Aquele instrumento usado na capoeira.

        — Exato! Tire a cabaça. O que dá?

        — Um arco?

        — Sim, muito bem, meu garoto!

        A tal tese do Marcio era sobre o berimbau ter surgido de um arco e flecha. Faz sentido, pelo menos para mim, logo que o meu amigo me disse que o primeiro instrumento de cordas nasceu depois que um caçador, aquele mesmo lá das longínquas savanas africanas, estava caçando, digamos, um antílope. Eis que ele erra o alvo, mas se surpreende com o som da corda, a única corda, que ecoa em seus ouvidos privilegiados. 

        Pois bem, para tornar a história mais interessante aos meus ouvidos, eis que o Marcio alcunhou aquele caçador malsucedido de Sol, uma das sete notas musicais. E lá estava o Sol, curioso como ele só, quando começou a tocar a corda do seu arco e flecha. Toca daqui, toca dali, começa a tirar ritmos e sons diversos, até que, usando sua capacidade criativa, resolve colocar a corda entre os lábios. Ele se surpreende com o som que ecoa por sua cavidade bucal. 

        Provavelmente o nosso amigo caçador precisava comer para sobreviver. Não dava para ele viver apenas de música. Isto é, até que um outro caçador, este muito bem-sucedido, gostou daqueles sons tirados pelo Sol. Vamos apelidar esse grande caçador de Talib.

        De tão bom caçador que era, Talib resolveu fazer um banquete para todo o povoado. Obviamente que precisava de música para o rega-bofe. Então, o Talib chamou o Sol, que, a essa altura, já havia incrementado seu arco com uma cabaça. Estava criado o berimbau!

        O sucesso foi tamanho, que a notícia daquela festança correu toda a savana africana. Sol ficou tão famoso, que a linda Zuri se interessou por ele. Casaram-se e tiveram seis filhos; Dó, Ré, Mi, Fá, Lá e a pequena Si. 

        O Marcio disse também que o nosso querido Sol deve ter incrementado seu berimbau com mais uma corda. Depois com três, quatro e assim por diante. E, se não foi o Sol, com certeza foi algum dos seus descendentes. Seja como for, o fato é que todos os instrumentos de corda são herdeiros do arco e flecha daquele péssimo caçador de antílopes lá das longínquas savanas africanas. 

        Confesso que gostei tanto da teoria do meu amigo, que hoje em dia não consigo ouvir Johnny B. Goode sem imaginar o velho Sol animando toda aquela gente há milhares de anos lá na África. Se isso aconteceu dessa maneira, não posso afirmar. Mas tenho certeza de que o Marcio, além de músico fantástico, é um excelente contador de histórias. Ele inclusive me confessou: “Dudu, isso que te contei não está documentado, mas é baseado em causo venéreo”. 

Eduardo Martínez

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Da Nicarágua para o ROL, Carlos Javier Jarquín!

Jarquín é um poeta que se distingue por um profundo e constante compromisso com a valorização da diversidade cultural e a promoção da integração global

Carlos Javier Jarquín

Carlos Javier Jarquín, 35, natural de Rancho Grande, município do Departamento de Matagalpa, república da Nicarágua, é escritor, poeta, colunista, gestor cultural, compilador e produtor musical nicaraguense radicado na Costa Rica.

Seus artigos foram publicados em diversos meios de comunicação impressos e digitais, tanto nacionais quanto internacionais.

A obra e as atividades culturais de Jarquín se distinguem por um profundo e constante compromisso com a valorização da diversidade cultural e a promoção da integração global. Em seu trabalho editorial, destaca-se como compilador de duas antologias de grande relevância, disponíveis ao público por meio da plataforma Amazon: Antologia do Bicentenário da América Central (Ayame Editorial México/EUA, 2021) e Canção Planetária: Irandade na Terra (H.C Editores, Costa Rica, 2023).

É este Irmão das Letras latino-americano, com uma visão universalista, que o Jornal ROL tem o prazer de apresentar aos leitores.

Jarquín inaugura sua colaboração ROLiana com o texto ‘Em meio ao barulho do mundo, esquecemos o essencial’, por meio do qual, registrando que “A vida é uma tela de contrastes, onde cada experiência — dolorosa ou luminosa — nos esculpe com fogo e ternura”, apresenta o livro ‘O Voo do Meu Pôr do Sol’, da poetisa uruguaia Gaby Saltorio (Gabriela Saltorio).

Em meio ao barulho do mundo, esquecemos o essencial

Capa do livro ‘O Voo do Meu Pôr do Sol’, de Gaby Saltorio

A vida é uma tela de contrastes, onde cada experiência — dolorosa ou luminosa — nos esculpe com fogo e ternura. Ela nos define, nos transforma e, em sua fugacidade, nos oferece o mais belo paradoxo: somos eternos enquanto durarem os momentos que ousamos viver. Mas, muitas vezes, em meio ao barulho do mundo, esquecemos o essencial: crescer, amar, nos perder nos mistérios do universo e, acima de tudo, voar sem medo em direção aos nossos sonhos.

Hoje você tem em suas mãos mais do que um livro. É um coração aberto em versos, um pôr do sol transformado em asas. ‘O Voo do Meu Pôr do Sol’, da poetisa uruguaia Gaby Saltorio (n. 1960), não é apenas uma coletânea de poemas; é um mapa de emoções que tecem a geografia humana: amor que queima, ausência que dilacera, esperança que ilumina até a noite mais escura. Gaby não escreve à distância, mas das profundezas de sua vida. Cada palavra é uma batida de coração, cada verso, uma confissão que ressoa no eco de sua própria história.

Quem nunca procurou na Lua por um amor perdido? Em ‘Espera Impaciente’, a autora clama: “Você sempre foi quem me deu confiança, quem silenciosamente e sem preconceitos me aceitou como sou… só você conhece meu interior”. Não há metáforas vazias aqui; há uma verdade nua e crua, daquelas que machucam e curam ao mesmo tempo.

Quem nunca tentou sobreviver à distância? Em ‘Amor à Distância’, o poema atinge com a dureza da realidade: “Sua partida apagou as estrelas… meu mundo agora é um céu sem Lua.” Mas Gaby não se limita a lamentar. Como um farol na tempestade, seus versos também clamam: Viva! Em “Gritos Silenciosos”, ela desafia o mundo e seus preconceitos: “Não deixe que o que as pessoas dizem te impeça… Aceite o presente da vida, mesmo que chegue tarde!”

Meus queridos, tenho absoluta certeza de que em ‘O Voo do Meu Pôr do Sol’, que Gaby nos entrega nesta bela prosa poética, sua mensagem tocará nossas almas e nos fará refletir sobre diferentes perspectivas da vida. No entanto, o convite claro em cada página deste livro é para ser feliz. Com este livro, os jovens aprenderão que devem viver a vida ao máximo, ousando expressar seus sentimentos e não os deixando para depois, pois o “depois” acabará nos decepcionando. A mensagem para os adultos é que, antes que o pôr do sol se despeça, eles devem ser felizes. Eles são convidados a olhar para o passado com um leve sorriso no rosto.

Em suma, nesta obra, a autora capturou a essência dos sentimentos que vivenciou nos voos irregulares de sua vida.

Convido você a adquirir outros livros de Saltorio, nos quais provavelmente você também explorará poesias sobre temas delicados que todos nós vivenciamos como seres humanos, onde cada um os aprecia da melhor maneira possível em seu próprio universo. Você cortará minhas asas, jamais meus sonhos (2021) e Asas da Liberdade (2023). Lendo esta poeta uruguaia, você poderá compartilhar aquelas emoções que, às vezes, conseguem despertar memórias que pareciam perpetuamente anestesiadas.

Carlos Javier Jarquín

Prólogo do livro:

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No quadro do ROL, as letras argentinas de Orlando Valdez!

Orlando Valdez abrilhanta o quadro de colunistas do ROL, com sua destacada carreira literária!

Orlando Valdez
Orlando Valdez

Orlando Valdez nasceu em Ramallo (1961), Província de Buenos Aires e reside em Rosário, Argentina, desde 1986.

Publicou as coletâneas de poesia: O Profundo Silêncio de Toda Loucura (2001/2001), O Mezquino Trazo del Act (2012), A Feroz Covardia do Silêncio (2007/2017), A Simetria Inusitada (2019), Setenta Vezes Sete Mais Que Três Vezes (2019) e Zedlav (2020).

Foi jurado duas vezes no Concurso Internacional de Poesia Acebal, na Província de Santa Fé (2002 e 2022).

Sua obra foi publicada em 14 antologias e em revistas de poesia nacionais e internacionais. Participou com sua obra em mesas de leitura em festivais internacionais no Chile (2005), Cuba (2014), México (2017) e na Argentina, ao nível internacional, nacional e provincial. É membro ativo do Colégio de Escritores e Poetas do Sudeste (CEPSURE International Friends) e correspondente da revista mexicana de poesia Blanco Móvil.

Orlando Valdez inaugura sua colaboração no ROL com o poema ‘Nas Ruas à Noite’ (do livro: O Silêncio Profundo de Toda Loucura)

Nas Ruas à Noite

Imagem criada por IA do Bing. 20 de junho de 2025, às 14:12 PM
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às 14:12 PM

O frio nas ruas piora à noite

Folhas de inverno como animais

Gritam pela urgência do amanhecer

E a Lua além de seu minguante

Então me pergunto sobre mim e sobre mim

Do acontecimento

E da descoberta

Da luz de velas

O estigma

E sua sombra

Orlando Valdez

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De Buenos Aires, Argentina, para o Brasil, Marta Oliveri!

No Quadro do ROL, as letras de Marta Oliveri, cuja escrita representa a realidade completa de uma geração sobrevivente

Marta Oliveri

Marta Oliveri, 66, natural de Buenos aires, é escritora, poetisa, romancista, docente e ensaísta argentina, com destaque na literatura argentina contemporânea.

Neta do poeta húngaro Vèr Ändor, abordou o problema de seu tempo a partir de uma postura poética e existencial. Sua busca por escrita representa a realidade completa de uma geração sobrevivente, sendo reconhecida por seu compromisso com os direitos humanos.

Publicou mais de 20 livros, incluindo poesia, novela e ensaio. Na poesia, destaca ‘Antologia do Desamparo’, que reúne nove coletâneas de poemas e reflete a busca poética ao longo dos anos. Na ficção, o romance ‘O Homem no Copo d’Água’ é uma de suas obras mais notáveis ​​e pessoais. E nos ensaios, ‘A Outra Visão’ é uma obra que lhe permite refletir sobre temas pelos quais é apaixonada. Esses três livros, embora de épocas diferentes, são, sob a ótica de Marta Oliveri, os que melhor a refletem como escritora, representando a completa realidade de uma geração sobrevivente, e, com isso, ensejando-lhe elogios por intelectuais como Leonardo Senkman.

Por sua expressiva carreira literária, foi indicada ao Prêmio Nobel de Literatura em diversas ocasiões, pela Sociedad Argentina de Periodismo Médico (SAPEM) e a Asociación Latinoamericana de Poetas (ASOLAPO).

SaibaMais sobre Marta Oliveri:

https://biblioteca-virtual.fandom.com/es/wiki/Marta_Oliveri

Marta Oliveri inaugura sua colaboração no ROL com o poema ‘O Poeta deu à luz o desamparo’.

O Poeta deu à luz o desamparo

Imagem criada por IA do Bing - 07 de junho de 2025, às 11:11 PM
Imagem criada por IA do Bing – 07 de junho de 2025,
às 11:11 PM

O poeta deu à luz o desamparo.
O século lançou uma sombra sobre a grande comédia onírica, uma cronologia de infâmias férreas.
Antologista do vento, tua terra é sempre diferente.
Tu emerges das profundezas onde o anjo começa, onde o monstro se esconde em profunda beleza.
E o indizível e a metáfora são um só.
O significado da nomeação está no ar.
E não há história em suas páginas, nem minúsculos escribas preenchendo a beleza com miséria.
É o navio intangível: ele balança entre as árvores, entre o céu e a terra estava o paraíso.
Hoje, o silêncio no oco da palavra é outro lugar; o deserto a ama em sua miragem; o pária em seu exílio lhe dá terra, e um Deus não nascido se refugia em seu berço.

Marta Oliveri

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No Jornal ROL, a alma fluminense de Augusto Damas!

Augusto Damas fecha, com Chave de Ouro, o Quadro de Colunistas do Jornal Cultural ROL!

Augusto Damas
Augusto Damas

Augusto Antonio Carvalho Barreiros Damas, mais conhecido no meio cultural como Augusto Damas, natural de Petrópolis (RJ), e residente atualmente em Teresópolis (R), é escritor, poeta e jornalista.

Fundador do extinto Jornal Projeto Solução; criador do Projeto Meta-Coeso; presidente de honra do Comitê de Imprensa de Teresópolis; presidente do tradicional e honorífico ‘Troféu Mulher de Pedra Jubileu de Ouro’ e membro fundador da Oficina de Poesia & de Criação.

Autor do livro ‘Expoentes Teresópolis’.

Recebeu Votos de Congratulação da Câmara Municipal de Teresópolis por seus relevantes serviços prestados à comunidade teresopolitana.

Foi agraciado pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes – FEBACLA – com as seguintes honrarias: Título de Comendador pelas causas humanistas; Diploma de Paladino da Cultura; Diploma alusivo aos 150 anos de Migração Italiana ao Brasil e a Medalha Alusiva aos 150 anos de Nascimento de Santos Dumont.

Augusto Damas se apresenta aos leitores do Jornal ROL com uma verdadeira declaração de amor à cidade de ‘Teresópolis’.

Teresópolis

Imagem criada com IA do Bing - 3 de outubro de 2024 às 12:51 AM
Imagem criada com IA do Bing – 3 de outubro de 2024 às 12:51 AM

Em meu torrão a temperatura oscila,

pode trazer todas as estações,

no mesmo mês, semana ou dia.

Magia e fenômeno,

paz que contagia.

De bem querer,

maravilhoso lugar para se viver.

Pais, na vida que tem aqui,

um sonho a discorrer,

ver os filhos a brincar.

Em seu pular forte e alegre,

há juventude e vigor,

felicidade cotidiana,

almejada e permanente.

Teresópolis, do seu palco multicor,

das suas florestas,

dos seus rios,  

fauna e flora coordenadas

na mais perfeita harmonia.

No balé dos beija-flores,

parafraseando o grande poeta:

“Roçando as asas brejeiras,

por entre as roseiras,

em jardins de ninguém!”

Eles estão em suas rosas,

orquídeas e azaleias,

dentre outras tantas  

belas e perfumadas flores,

Vem das suas paisagens,

nas matas o gorjear,

dos seus pássaros canoros.  

São tantas as suas belezas,

seu nome alude a Teresa,

Princesa Teresa Cristina

do Reino das duas Sicílias,

a Imperatriz do Brasil.

“Desvelada mãe da infância desvalida,   

amparadora dos pobres,

terna mãe dos brasileiros.”

Encerra-se a sua flâmula,

em suas vibrantes cores,

o vermelho do nosso sangue,  

o azul do nosso céu

e o branco de nossa paz,  

o magnífico Dedo de Deus,

do Caminho Teixeira,

de Teixeira e Carneiro

e dos irmãos

Acácio, Alexandre

e Américo de Oliveira,

seus cinco primeiros conquistadores.

Hoje, outros a montanha conquista,

como o querido amigo Zico,

o Zico Mendigo. Mendigo?

Não, um rapaz rico

em todas as suas conquistas.

Augusto Damas

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José Ngola Carlos: do sol literário angolano para o Jornal ROL!

José Ngola Carlos traz para o Jornal Cultural ROL as jovens e cálidas letras da literatura angolana!

Kamuenho Ngululia
Kamuenho Ngululia

José Ngola Carlos, 30, natural de Luanda (Angola) e morando atualmente em Malanje (Angola), mais conhecido no meio literário como Kamuenho Ngululia, é Mestre em Educação na especialidade de Gestão de Centros Educacionais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanidades da Universidade Europeia do Atlântico, licenciado em Língua e Literaturas em Língua Inglesa pela Faculdade de Humanidades da Universidade Agostinho Neto (FHUAN) e 2020 e professor de Língua Inglesa.

José Ngola inicia a sua trajetória literária ROLiana com o texto ‘Necroprofilia – Professores, uma classe que ama a morte!, uma reflexão crítica sobre a educação, centrada na figura do professor.

Necroprofilia – Professores, uma classe que ama a morte!

“A educação é concebida sob os moldes da reprodução e da imitação”
Imagem gerada com IA do Bing – 1 de outubro de 2024 às 5:17 PM

O que é que as práticas educativas e letivas dos professores e professoras revelam sobre o seu ideal didático-pedagógico? Um olhar atento e feito de perto revela que, como um todo, a classe de professores é uma que ama a morte.

A morte, de forma geral, é a designação que damos às coisas sem vida ou que não desenvolvem, não crescem, não produzem etc. Conforme é possível observar, pelos modos operandos dos fazedores da educação, é somente normal afirmar, e isto sem qualquer exagero, que o modo como se faz educação está para aquilo que é contrário à vida, contrário ao desenvolvimento, contrário ao crescimento, contrário à produção etc. A educação é concebida sob os moldes da reprodução e da imitação.

Esta atitude mental dos professores e professoras, que aqui designamos como o seu ideal pedagógico, torna estes agentes, indubitavelmente, ´necroprófilos´. A palavra necroprófilo advém da palavra necrofilia, esta, por sua vez, provém do Grego. Tendo em consideração a sua etimologia, a palavra necrofilia pode ser entendida como contendo dois (2) elementos constituintes, que são: ´necro´ e ´filia´. O primeiro elemento significa morto ou cadáver e o segundo elemento, amor. Neste sentido, necrofilia corresponde ao amor por aquilo que é morto.

Tendo como base a definição apresentada para necrofilia, traça-se dali, um meio caminho para a compreensão da palavra ´necroprófilo´. Esta, diferente da primeira, é composta de três (3) elementos que obedecem ao processo de formação de palavras por aglutinação. Os elementos são: ´necro´, ´professor´ e ´filia´. Pelo que, o ´necroprófilo´é a designação que descreve o professor e, quando mudado o gênero da palavra, a professora que, intencional ou não intencionalmente, mostra-se, pelo seu proceder, amante daquilo que é morto.

Uma prática didático-pedagógica que está a serviço da morte apresenta as seguintes características: ela é unilateral, não permite a interação, é monocentrada, fundamentalmente reprodutora e reprova a livre iniciativa, reprova a criatividade, desestimula a inovação e irrita-se com a crítica.

A classe de professores, como um todo, é uma classe de necrófilos porque, considerada a sua concepção de educação, amam mais a morte do que a vida, são pela reprodução e não pela produção, amam o conformismo e não o reinventar ou reinventar-se e são mais pelo monólogo e não pelo diálogo quando se considera o seu fazer didático-pedagógico.

Então, desrespeitamos a classe de professores quando assim os criticamos? Só o necrófilo pensaria desta forma porque vê na crítica um ato destrutivo e não construtivo!

Kamuenho Ngululia
Malanje, 1.º de outubro de 2024

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