Curso de Teatro Pandora

Grupo Pandora de Teatro abre inscrições gratuitas para a 3ª edição do Curso de Teatro Pandora

Flyer Curso Pandora
Flyer Curso Pandora

Realizado na Ocupação Artística Canhoba, em Perus, o curso envolve práticas de criação, estudo e experimentação cênica por meio das metodologias de trabalho do Grupo Pandora de Teatro, que atua há 20 anos no bairro de Perus

3ª edição do Curso de Teatro Pandora tem inscrições gratuitas e ajuda de custo para participantes. Ao final, os participantes realizarão uma peça teatral.

Até o dia 20 de julho de 2024, estão abertas as inscrições para a 3ª edição do Curso de Teatro Pandora, um curso de teatro gratuito, ministrado por integrantes Grupo Pandora de Teatro (@grupopandoradeteatro ), coletivo que atua há vinte anos no bairro de Perus, Zona Noroeste de São Paulo.

Curso de Teatro Pandora

Com duração de 07 meses, o Curso de Teatro Pandora envolve estudos teóricos, experimentação cênica e criação coletiva de um experimento teatral. O público alvo são pessoas com idade a partir de 16 anos, integrantes de coletivos artísticos, estudantes, pesquisadores e interessados no fazer teatral com ou sem experiência.

Serão oferecidas 10 (dez) vagas gratuitas, além de ajuda de custo durante realização da formação na sede do grupo, a Ocupação Artística Canhoba ( @ocupacaoartisticacanhoba ) em Perus.

Edições anteriores do Curso - Crédito para Grupo Pandora de Teatro
Edições anteriores do Curso – Crédito para Grupo Pandora de Teatro

As inscrições serão realizadas por meio de formulário virtual disponível no link. O resultado será divulgado no dia 03 de agosto de 2024, e as aulas serão realizadas a partir do dia 10 de agosto de 2024, até fevereiro de 2025 (07 meses), com encontros semanais às terças-feiras e sábados das 14h às 18h

O Curso de Teatro Pandora propõe uma vivência das práticas de criação, estudo e experimentação cênica por meio das metodologias de trabalho do Grupo Pandora de Teatro

O curso será composto por 50 encontros, com 04 horas de duração cada, no período de 07 meses, totalizando uma carga horária total de 200 horas. Visando introduzir noções básicas do fazer teatral, o curso abordará técnicas vocais, corporais, jogos teatrais, interpretação e será finalizado com apresentações públicas de um espetáculo criado ao longo do curso. 

As ações são do projeto “Pandora 20 Anos – Firmeza Permanente” contemplado na 41° Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura, com o qual o grupo comemora 20 anos de pesquisa contínua no bairro de Perus – SP. 

Com intensa produção artística, o coletivo aborda em suas criações temáticas pertinentes à história do Bairro de Perus e do Brasil, suas injustiças sociais e suas problemáticas, através de uma invenção poética que exalta a força da teatralidade.

Informações: www.grupopandoradeteatro.com.br, www.facebook.com/grupopandora.deteatro e

www.instagram.com/grupopandoradeteatro

SERVIÇO:
3ª edição do Curso de Teatro Pandora 

Com Grupo Pandora de Teatro

Sinopse:
Uma vivência das práticas de criação, estudo e experimentação cênica por meio das metodologias de trabalho do Grupo Pandora de Teatro, que atua há 20 anos no bairro de Perus. 

Inscrições: de 20 de junho à 20 de julho de 2024 

Publicação da lista de selecionados: 03 de agosto de 2024

Quantidade de vagas: 10 vagas 

Inscrições: Por meio de formulário virtual e carta de interesse

Link para inscrição: https://bit.ly/curso-pandora-2024

Início: 10 de agosto de 2024 – duração de 07 meses (De Agosto/2024 a Fevereiro/2025)

Horários: Terças-feiras e Sábados das 14h às 18h – Frequência: 02 vezes por semana

Público-alvo: A partir de 16 anos. Integrantes de coletivos artísticos, estudantes, pesquisadores e interessados no fazer teatral com ou sem experiência.

Grátis – Os participantes receberão ajuda de custo durante toda a realização do curso

Onde: Ocupação Artística Canhoba – Cine Teatro Pandora – Endereço: Rua Canhoba, 299 – Vila Fanton, Perus, Zona Noroeste de São Paulo – SP 

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Florilégio

Grupo Pombas Urbanas estreia temporada de circulação do espetáculo ‘Florilégio’ 

Florilégio - Grupo Pombas Urbanas - Foto: Ricardo Avelar
Florilégio – Grupo Pombas Urbanas – Foto: Ricardo Avelar

Impulsionado pelo verbo ‘esperançar’ de Paulo Freire e inspirado nas histórias de vida dos integrantes do grupo Pombas Urbanas e de outros moradores do bairro Cidade Tiradentes, o espetáculo convida o público a uma viagem esperançosa ao futuro, refletindo sobre como a luta coletiva pode fortalecer as comunidades

No mês de junho de 2024, o Grupo Pombas Urbanas ( @grupopombasurbanas) estreia uma temporada do espetáculo teatral ‘Florilégio’ com apresentações gratuitas em cidades do interior que se destacam pela permanência de comunidades que mantêm vivas as tradições culturais paulistanas: Iporanga, Ilha Comprida, Cananéia, São José dos Campos, Piquete, Valinhos e São Luiz do Paraitinga

No dia 14 de junho (sexta-feira), às 18h, a apresentação acontece na Associação dos Remanescentes de Quilombo do Bairro Porto Velho, em Iporanga. No sábado, dia 15 de junho, às 19h, o grupo se apresenta no Namastê Portal Ecocultural Lagamar, em Ilha Comprida. E no domingo, dia 16 de junho, às 18h, na Comunidade Quilombola do Mandira, em Cananéia.

Florilégio - Grupo Pombas Urbanas - Foto: Ricardo Avelar
Florilégio – Grupo Pombas Urbanas – Foto: Ricardo Avelar

O espetáculo ‘Florilégio’ mostra o quão potente pode ser a luta e a transformação de um ser, ressaltando que, apesar dos desafios em nossa existência, ainda podemos acreditar mais na sabedoria da vida, buscando soluções para os momentos de crise com sensatez.

Através do projeto ‘Pombas Urbanas: comunidade nas comunidades‘ contemplado no edital PROAC Teatro/Circulação de Espetáculo, o grupo realizará apresentações seguidas de um workshop sobre teatro comunitário, difundindo a linguagem teatral e promovendo a troca de saberes e histórias com comunidades do interior paulista.

Florilégio - Grupo Pombas Urbanas - Foto: Ricardo Avelar
Florilégio – Grupo Pombas Urbanas – Foto: Ricardo Avelar

Criado e consolidado na periferia, o Grupo Pombas Urbanas foi um dos precursores da produção do teatro comunitário e teatro de rua em São Paulo. Reconhecido entre os grupos mais longevos da cidade, o coletivo possui 34 anos de trabalho artístico, caracterizado pelo teatro comunitário: criado, produzido e feito para, com e na comunidade. 

Seguindo o mesmo direcionamento, o espetáculo ‘Florilégio‘, sua mais recente produção, traz à cena as vozes e histórias de vida de integrantes do grupo e de moradoras e moradores do bairro Cidade Tiradentes, localizado na periferia da Zona Leste da capital e região de atuação do coletivo. Uma reflexão sobre as condições e relações humanas neste território, visibilizando as dores e violências que assolam esta comunidade, mas também a força das relações comunitárias, capazes de transformar vidas e realidades.

Florilégio - Grupo Pombas Urbanas - Foto: Ricardo Avelar
Florilégio – Grupo Pombas Urbanas – Foto: Ricardo Avelar

O espetáculo é guiado pelo verbo “esperançar” de Paulo Freire, aproximando o público de memórias, sonhos, obstáculos a serem superados e de desejos esperançosos para um amanhã possível.

A montagem nasceu a partir do diálogo com muitas vozes de ontem e de hoje, na busca por poetizar o cotidiano, mas também ultrapassar diversos tipos de opressões tantas vezes impostas. 

Florilégio - Grupo Pombas Urbanas - Foto: Ricardo Avelar
Florilégio – Grupo Pombas Urbanas – Foto: Ricardo Avelar

“Tratamos sobre o acender dos vagalumes em meio a escuridão, que logo atraem outros vagalumes para brilharem juntos e em sintonia. A resistência necessária para viver (inspirado no filósofo Didi-Huberman).

Se olharmos para os vagalumes com o olhar que tínhamos na infância podemos encarar a vida de outra maneira, para compreender que não estamos sozinhos. Existe sempre uma luz no fim do túnel, apesar dos desafios em nossa existência”, explica a diretora Vanéssia Gomes

Propondo um espaço de resgate da memória e da identidade, este projeto tem a  intenção de conectar as narrativas de uma comunidade popular da capital às comunidades populares do interior. 

Informações: www.facebook.com/GrupoPombasUrbanas e www.instagram.com/grupopombasurbanas

FICHA TÉCNICA

Direção: Vanéssia Gomes.

Elenco: Paloma Natacia, Adriano Mauriz, Marcelo Palmares, Paulo Carvalho, Ricardo Big e Giovani Di Ganzá.

Figurino: Juliana Naju.

Cenário: Marcelo Larréa e Débora Gomes Silvério.

Trilha sonora: Giovani Di Ganzá.

Músicos: Giovani Di Ganzá, Rebeca Gomes da Silva (Reblack), Rafael de Barros

Música Guerreiro: Mestra Margarida, Guerreiras Santa Joana D`arc.

Designer Gráfico: Francis Lima e Matheus Botosso.

Fotografia: Ricardo Avellar. Iluminação: Fernando Alves. Vídeo: Vibrante Filmes.

Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini.

Produção: Grupo Pombas Urbanas, Karina Nadaletto e Andrea Mauriz. 

Serviço: Espetáculo ‘Florilégio’ 

Com Grupo Pombas Urbanas

Sinopse: O espetáculo parte do território do real, ancestral e dos sonhos, em um espaço/tempo que nos aproxima de pessoas e histórias. Entre poesias, músicas, danças, lutas, mas também entre encontros e desencontros próprios de nosso tempo, transita por narrativas que envolvem a construção de uma comunidade, construindo uma tessitura em torno dos sentidos do esperançar, inspiração vinda do educador Paulo Freire. Duração: 60 minutos

Grátis – Classificação Livre

Quando: 14 de junho de 2024 (sexta-feira) – Horário: 18h

Onde: Quilombo Porto Velho – Associação dos Remanescentes de Quilombo do Bairro Porto Velho  –  Cozinha Comunitária – Endereço: Ramal do Bairro Fazenda do Município de Itaoca ao Bairro Anta Gorda, S/N Km 04 do Bairro Anta Gorda – Iporanga  – SP

Quando: 15 de junho de 2024 (sábado) – Horário: 19h

Onde: Namastê Portal Ecocultural Lagamar – Endereço: Avenida Intermares, 435 – Boqueirão Sul – Ilha Comprida – SP

Quando: 16 de junho de 2024 (domingo) – Horário: 18h

Onde: Comunidade Quilombola do Mandira – Endereço: Estrada do Ariri s/n – Mandira – Cananeia – SP

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Escola de Teatro Cria

Escola de Teatro Cria promove educação e inclusão para crianças do Caju e zona portuária. Atividades são gratuitas e acontecem em escolas públicas

Escola de Teatro Cria
Escola de Teatro Cria. Divulgação

A Escola de Teatro Cria está transformando a vida de 1.000 crianças e jovens do bairro do Caju e zona portuária, utilizando o teatro como ferramenta de educação e inclusão. Por meio  do Método Cria, que combina elementos do teatro com a Pedagogia Waldorf, o projeto está presente em seis polos teatrais espalhados pela região e se tornou disciplina eletiva em escolas públicas da região. 

Nas oficinas, as turmas são organizadas por faixas etárias, garantindo que as técnicas teatrais e os conteúdos educacionais sejam adequados ao desenvolvimento de cada grupo. A abordagem visa estimular o conhecimento, o raciocínio lógico, o equilíbrio emocional e a iniciativa para a ação. 

“A metodologia do Método Cria é projetada para atender as necessidades específicas de cada faixa etária, proporcionando um ambiente de aprendizado que é ao mesmo tempo divertido e profundamente transformador,” destaca Laura Campos Braz, idealizadora e diretora artística do projeto. “Nosso objetivo é gerar um impacto direto nas escolhas de vida das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, possibilitando uma mudança significativa em sua comunidade.”

Escola de Teatro Cria
Escola de Teatro Cria. Divulgação

O público-alvo principal do projeto são crianças e jovens com idades entre 3 e 21 anos, residentes no Caju e arredores, em situação de vulnerabilidade social e que são estudantes da rede pública de ensino.

Com o trabalho realizado, o Projeto Cria foi certificado como o primeiro Ponto de Cultura do Caju, um reconhecimento de sua importância na promoção da cultura e da arte na região e conquistou o primeiro lugar na categoria Arte Educação no edital de Retomada Cultural realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec).

“O reconhecimento como o primeiro Ponto de Cultura do Caju é uma prova do trabalho árduo e dedicação de toda a nossa equipe”, acrescentou Jaura . “Estamos comprometidos em continuar oferecendo oportunidades educacionais e culturais que façam a diferença na vida de nossos jovens”. 

Para mais informações sobre a Escola de Teatro  Cria e como apoiar esta iniciativa acesse https://projetocria.org.br/ 




E Vocês, Quem São?

Com atuação e direção de Samuel de Assis, monólogo ‘E Vocês, Quem São?’ tem nova temporada no Centro Cultural São Paulo a partir de junho

Crédito: Caio Lirio
Crédito: Caio Lirio

Baixe aqui mais fotos de divulgação

Espetáculo escrito por Jonathan Raymundo é um grito de liberdade de pessoas pretas ao questionar o lugar ocupado pela branquitude em nossa sociedade extremamente desigual

Ao propor uma releitura da história brasileira, o monólogo E Vocês, Quem São?, com direção e atuação de Samuel de Assis e dramaturgia de Jonathan Raymundo, discute a responsabilidade pela realidade brutal e violenta vivida pelas pessoas pretas. O solo, que estreou em 2023, tem uma nova temporada no Centro Cultural São Paulo, de 14 a 30 de junho, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h.

Definida pelo próprio Samuel de Assis como um texto forte, reflexivo e agressivo, para reverberar na cabeça de todos, a peça nasceu de um desabafo. “Eu pedi um texto ao Jonathan e ele me mandou a primeira versão em três horas. Acho que tudo já estava na cabeça dele e ele derramou o texto na tela. Então, peguei o texto proseado dele e fiz um trabalho de dramaturgismo para criar uma história. Como eu não sabia se isso ia dar certo, fiquei receoso de chamar alguém para dirigir, por isso todo o processo de ensaio fiz em frente ao espelho”, conta.

O solo parte de alguns questionamentos recorrentes e debates bem atuais sobre raça, gênero, classe e outros temas fundamentais, como “O que é lugar de fala?”, “Quem detém o direito de construir a narrativa verdadeira sobre a realidade?” e “Qual é o valor da vida?”.

“É um relato do que precisamos, infelizmente, mais do que nunca, falar. É um desabafo de dor, desespero, de basta e de liberdade. É um questionamento para aqueles que nunca foram questionados: os brancos! Nós, negros, ainda precisamos gritar pra eles: E vocês, quem são? O que merecem? Eu espero que a peça faça com que eles comecem a se perguntar!”, revela Assis.

Em cena, Samuel vive um personagem que está sendo condenado por um crime. O público acompanha o relato que traz um apanhado histórico do Brasil, contando a verdadeira versão de um país racista e inquisidor. E o texto ainda é acompanhado por uma reflexão sobre Machado de Assis, um dos maiores autores negros brasileiros, que foi “embranquecido” pela história oficial. 

“Costumo dizer que esse espetáculo mudou minha vida, porque ele me ensinou muita coisa. Sou um homem preto que foi criado no mundo branco. Eu me reconheci, me aceitei e passei a reconhecer o mundo com um olhar de um homem preto já na vida adulta. Só aí comecei a entender de verdade o mundo real e comecei a lutar. E eu acredito que sou um homem melhor e mais forte depois desse espetáculo, que é feito pra todo mundo – pra quem é branco, preto, amarelo e quem está vivo”, reflete o ator e diretor.

A direção de arte do espetáculo é assinada por Marcio Macena, que criou uma cenografia minimalista composta apenas por um coração humano. “O Marcio é meu parceiro desde que comecei a fazer teatro. Quando eu disse que queria botar tudo o que estava guardado no meu peito para fora nesta peça, ele logo disse que a cenografia deveria refletir isso. Ela simboliza o fato de que eu estou colocando o meu coração nas mãos de todas as pessoas que estão ali assistindo à peça”, comenta Assis.

Já os figurinos foram criados pela marca de roupas Meninos Rei, de Junior Rocha e Céu Rocha, que marcam sua estreia no teatro. A confecção baiana, que estreou na São Paulo Fashion Week em 2021, foi escolhida por representar a ancestralidade e a autenticidade da população preta. 

E a trilha sonora, tocada ao vivo pelos músicos Cauê Silva e Leandro Vieira, reúne músicas de cantores e compositores pretos famosos, incluindo uma canção original do rapper Coruja BC1 e outra de Larissa Luz, que ainda assina a direção musical ao lado do coletivo Os Capoeira.

“Fico muito feliz ao ver que a trilha sonora da peça caminha junto com o texto e fala por si só. Acho que ver essas duas forças poderosas se complementando e falando juntas é muito bonito de se ver”, acrescenta Samuel de Assis. 

Ficha Técnica 

Atuação e Direção Geral: Samuel de Assis

Texto: Jonathan Raymundo

Direção Musical: Larissa Luz e Os Capoeira (Felipe Roseno, Mestre Dalua, Cauê Silva e Leandro Vieira)

Direção Coreográfica: Tainara Cerqueira

Direção de Arte: Márcio Macena

Figurino: Meninos Rei por Junior Rocha e Céu Rocha

Arte do Cenário: Carol Carreiro

Iluminação: César Pivetti

Músicos: Cauê Silva, Leandro Vieira, Rogério Roggi, Marcinho Black 

Op. Som: Silney Marcondes 

Op. Luz: Ari Nagô, Ian Bessa 

Camareira: Jacque Vilar 

Designer Gráfico: Pietro Leal

Direção de Produção: Morena Carvalho

Co-Produção: Estapafúrdia Produções 

Realização: Samukaju Produções

SERVIÇO

E Vocês, Quem São?, de Jonathan Raymundo, com Samuel de Assis

Sala Jardel Filho

Temporada: 14 a 30 de junho

Às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h

Centro Cultural São Paulo – Rua Vergueiro, 1000, Liberdade

Ingressos: Grátis

Retirada de ingressos online

https://rvsservicosccsp.byinti.com/#/ticket

Retirada de ingressos na bilheteria do teatro

Terça-feira a sábado, das 13h às 22h 

Domingos e feriados, das 12h às 21h00

Duração: 60 minutos 

Classificação indicativa: 14 anos 

Capacidade: 321 lugares

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Sonhos, quintais e coisas desimportantes

O grupo de teatro ‘Os Companheiros’ apresenta o espetáculo ‘Sonhos,  quintais e coisas desimportantes’

Cena do espetáculo ''Sonhos,  quintais e coisas desimportantes'
Cena do espetáculo ‘‘Sonhos,  quintais e coisas desimportantes’

Um sonho foi o disparador para o encontro e a linguagem, majoritariamente, corporal foi a escolha para este trabalho. O espetáculo ‘Sonhos, quintais e coisas  desimportantes’ traz à cena três jovens atores, três corpos carregados de memórias,  sentimentos e sobrecarregados de questões, num convite à suspensão do tempo para a  escuta da vida. 

“A gente torce para não cair da corda bamba, para chegar em algum lugar em  segurança. No passado vimos tanta gente que não conseguiu se equilibrar, pessoas da  nossa família, e a vida segue depois que eles nos deixam. O nosso espetáculo eu  acredito ser sobre estar no meio dessa corda que vai pra lá e pra cá.“ 

Celso Stefano – Ator do espetáculo. 

Em um mergulho no passado eles exploram memórias e segredos e convidam a  experimentar a vivência de um tempo não linear, um passeio pela corda bamba e um  convite à sobrevivência. Abismos, lacunas, e esperança entrelaçados na fluidez do tempo  fazem parte desse enredo onírico, carregado de referências do poeta Manoel de Barros.  Uma viajem entre sonho e realidade, territórios que se fundem na fronteiras que se  dissolvem neste mundo distópico. 

Cena do espetáculo ‘‘Sonhos,  quintais e coisas desimportantes’

“ Quando se é criança, é muito legal ver uma formiga levando sua comida ou parar e  ficar olhando as estrelas no céu. A gente parou de olhar, Manoel de Barros ensina a  gente a voltar e enxergar as coisas de mais importância. “ 

Maria Helena – Diretora da peça. 

Obs.: texto chave de resumo sobre as discussões que o espetáculo se propõe abarca: Um  convite à um outro olhar para com a vida e o tempo, o que foi subtraído, o que fica e o  que ressignifica. 

Ficha técnica 

DIREÇÃO: Maria Helena Barbosa

ELENCO: Celso Stefano, Fabiano Amâncio e Jee México  

TRILHA SONORA: Wellington Ravazoli e Fernando Ravazoli 

FIGURINOS, ILUMINAÇÃO E CENOGRAFIA: Grupo Os Companheiros  PRODUÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA: Lelis Andrade  

PROVOCAÇÃO CORPORAL: Felipe Alduina 

FOTOGRAFIA E DESIGN GRÁFICO: Alexandre Valentim 

OFICINAS: “Práticas corporais em dinâmicas cênicas”, coordenado por Felipe Alduina , e “O teatro visual do objeto/imagem”, coordenado por Julio Scandolo. 

APRESENTAÇÕES: 

• 18 e 19/05 – Teatro Escola Mario Pérsico – 20h; 

• 25 e 26/05 – Espaço Cultural Du’ Arts – 20h; 

• 01 e 02/06 – Teatro de Bolso Tatiana Belinkg – 20h; 

• 08 e 09/06 – IGESC – Espaço Cultural – Sindicato dos Rodoviários Sorocaba e  Região – 20h 

Classificação: 14 anos. 

Entrada Gratuita. 

O espetáculo “sonhos, quintais e coisas desimportantes” é fruto do projeto “Corpo  Jardim” contemplado pelo edital Linc Sorocaba/2023 – Lei de incentivo à cultura do  município em 2023.  

Sinopse 

O espetáculo ‘sonhos, quintais e coisas desimportantes’ traz à cena três corpos jovens  carregados de inseguranças e abismos. Ávidos de um olhar de aconchego como nos  poemas, eles convidam à suspensão do tempo para a escuta, expõem suas memórias,  desejos e questões pertinentes ao desequilíbrio atual. Utilizam a palavra sem pronúncia  ou a despalavra como manifesto e potência para se reinventarem na solidão da era digital,  na pressão em se encaixar, na prisão do neoliberalismo e no mundo em guerra, numa  frágil fronteira entre sonho e realidade.

Teaser

https://drive.google.com/file/d/1LFlSj4wHCJrj4ewTcVay_cvu9C7PbPIW/view

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Festival Yesu Luso

Ciclo de leituras dramáticas encerra Festival Yesu Luso no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc

Crédito: Danilo Ferrara
Crédito: Danilo Ferrara

Com curadoria da atriz brasileira Arieta Corrêa e do produtor português Pedro Santos, evento chega à quarta edição promovendo um intercâmbio entre Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal

Depois de apresentar três espetáculos, a 4ª edição do festival  “Yesu Luso – Teatro e Outras Expressões Lusófonas” chega ao fim após cinco leituras dramáticas idealizadas pelo grupo teatral paulista Núcleo Educatho. As atividades são gratuitas e acontecem entre os dias 4 e 5 de junho, às 19h30, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.

Desta vez, o público tem acesso a textos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal, reforçando a necessidade de aproximação entre as nações falantes de português. Esta edição tem o tema “Oralidade e Expressão Oral”.

Com curadoria da atriz brasileira Arieta Corrêa e do produtor português Pedro Santos, o Yesu Luso surgiu em 2015, na forma de um projeto-piloto no Sesc Bom Retiro, e sua última edição aconteceu em 2018, com apresentações sempre lotadas. Desde então, os idealizadores têm lutado para tornar o festival uma programação permanente na cidade. 

O nome do evento é derivado de um dialeto moçambicano, no qual o termo “yesu” significa “nosso”; já a palavra “luso” é usada em referência ao próprio idioma. E o tema da atual edição vem justamente ressaltar essa questão da oralidade que promove uma verdadeira união solidária entre todos os falantes da mesma língua. É o que propõe a Profª Dra. Nilza Laice, da Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP), natural de Moçambique, no texto-manifesto da edição: “Quando combinadas, a oratória e as artes se tornam um veículo poderoso para transmitir mensagens de solidariedade. Canções, peças teatrais, pinturas e outras formas artísticas possuem a capacidade intrínseca de despertar empatia, provocar reflexões e instigar ação. Elas transcendem as limitações da linguagem verbal, atingindo um nível emocional mais profundo, e oferecem uma plataforma para a expressão coletiva de ideias solidárias e a busca por soluções colaborativas para questões sociais”, explica a pesquisadora sobre o tema do festival. 

As leituras dramáticas 

Núcleo Educatho tem como diretor Juliano Barone, que desenvolveu diversas ações em parceria com Vinícius Piedade, Núcleo Sem Querer e com o Projeto Colibri, além de realizar a gestão de espaços culturais. 

As obras selecionadas pelo grupo discutem questões diversas, como fake news, homofobia, violência de gênero, xenofobia, feminismo, construção de uma nação e a necessidade de as pessoas marginalizadas terem voz.   

Confira abaixo a programação completa:

4 DE JUNHO, ÀS 19H30

Sequeira, Luís Lopes ou O Mulato dos Prodígios, de José Mena Abrantes (Angola) 

Sinopse: O texto da peça de teatro histórica Sequeira, Luís Lopes ou o Mulato dos Prodígios, de José Mena Abrantes, escrita em 1991 e levada à cena em Luanda pelo grupo Elinga-Teatro em 1993, começa por enunciar, logo abaixo das dedicatórias, a seguinte informação:

“A atormentada, trágica e desconcertante trajetória de um mulato filho de escrava que, ao ajudar a destruir, em pleno século 17, os três principais reinos de Angola (Congo/1665, Ndongo/1671 e Matamba/1681), não sabia (?) ainda que preparava já a existência futura de uma Nação” (ABRANTES, 1999, página inicial não numerada).

A Peça (Ou Os Escafandristas), de Vinícius Piedade (Brasil)
Sinopse: Os atores do conceituado grupo “Os Escafandristas” voltam a se reunir depois de um longo hiato para pensar em um novo trabalho teatral, porém o que poderia ser um promissor reencontro acaba de maneira surpreendente.

5 DE JUNHO, ÀS 19H30

Tudojunto Sepa rado, de Lisa Reis (Cabo Verde)
Sinopse: a peça traz três problemáticas: homofobia, violência baseada no gênero e xenofobia. O texto, que se torna uma crítica social a alguns dos valores considerados básicos para a nossa existência, faz com que cada uma das três mulheres represente estes três problemas, cuja tendência primeira é esconder ou marginalizar. 

Uma muçulmana, uma mulher trans e uma adolescente lésbica são as vítimas. Acabam por falar e é o teatro que lhes dá um palco e o direito de falar sobre o que foi a sua vida e como é que se sentiram enquanto vítimas.

Simbiose, de Nilza Laice (Moçambique)
Sinopse: a obra busca desvendar e amplificar as histórias de pessoas marginalizadas, utilizando o método da história oral para colher memórias e experiências que precisam ser ouvidas. A narrativa central gira em torno de uma entrevista com uma mulher da etnia makua, de 53 anos, casada há 35 anos. Através das histórias dessa mulher e da sabedoria transmitida por sua avó, o texto desconstrói a ideia tradicional makua de que o sucesso conjugal depende da mulher possuir “matunas” (lábios vaginais alongados).

6 DE JUNHO, ÀS 19H30

Fake News Naked Fews, de Ricardo Cabaça (Portugal)
Sinopse:
 na trama, três pessoas convocam o público para uma assembleia secreta, onde a fronteira entre a mentira e a verdade é tão frágil que até a própria identidade é colocada em causa. É urgente cortar radicalmente o contacto com o exterior para que as palavras sejam reais. Dois dos detetives problematizam com o público o sentido das palavras, a essência ou a necessidade humana de desvirtuar, esse vício inaudito de procurar outra realidade. O terceiro detetive dialoga musicalmente com a assembleia, ele é uma baleia que espalha na profundidade a frequência exata do disfarce. Os três criam as Naked fews para pôr a nu quem se veste de mentiras.

FICHA TÉCNICA
Direção: Juliano Barone e Vinícius Piedade

Atores: Cris Eifler, Evas Carretero, Marcos Veríssimo, Pedro Casali, Fernanda Mariano e Priscilla Dieminger

SERVIÇO

Leituras dramáticas do Festival Yesu Luso – Teatro e Outras Expressões Lusófonas

Quando: 4 a 6 de junho, das 19h30 às 21h30

Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo – Rua Dr. Plínio Barreto, 285, – 4º andar – Bela Vista

Ingressos: Grátis | Distribuição de ingressos 1h antes do início de cada apresentação, sendo até 2 ingressos por pessoa.

Acessibilidade: o teatro e toda a unidade são acessíveis a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

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O MARINHEIRO

Encenação de Elias Andreato transforma obra vanguardista em uma experiência intensa

Cena do espetáculo 'O Marinheiro
Cena do espetáculo ‘O Marinheiro’

Fotos de Rafa Américo

 Peça minimalista e vanguardista foi escrita pelo poeta lusitano em dois dias, na mesma época em que ele criou seus três principais heterônimos. 
Estreia no dia 18 de junho no Espaço Ateliê Cênico

Escrita em 1913, a peça O Marinheiro, do poeta e escritor português Fernando Pessoa (1888-1935), é considerada o marco inicial do movimento modernista em Portugal. E essa obra provocadora será dirigida por Elias Andreato e estrelada por Cristina Mutarelli, Michele Matalon e Muriel Matalon. O espetáculo tem curta temporada no Espaço Ateliê Cênico, entre 18 de junho e 18 de julho, com apresentações às quartas e quintas, sempre às 20h. 

Escrita quando ele tinha apenas 23 anos, a obra pré-anuncia o que viria a ser a vida de Fernando Pessoa, seus tormentos e sofrimentos. A trama traz três personagens, que velam uma morta durante toda a madrugada. Seus corpos semi-estáticos nesse ambiente funesto levam seus mais profundos pensamentos a um ambiente onírico no curso dos diálogos. E são nestas conversações que surgem as angústias que as atormentam; conflitos que nascem e se instalam na mente e nos pensamentos das três. 

O Marinheiro nos mostra um Pessoa influenciado pelos simbolistas e pelo movimento saudosista português, inspirado pelo dramaturgo, poeta e ensaísta belga Maurice Maeterlinck (1862-1949). No entanto, a partir dessas influências, Pessoa desenvolveu o que ele chamou de “sensacionismo integral”, culminando na criação de seus três heterônimos mais conhecidos. 

A presença das três “veladoras” ao lado da morta não é mera coincidência. Elas também representam uma só entidade, embora se apresentem como distintas em alma. Unidas, compartilham a vida e o ofício.

Com uma abordagem concisa e meticulosa, Andreato coloca a palavra como protagonista, preservando a pulsação das atrizes e mantendo uma suspensão que intensifica a emoção ao longo de toda a representação. Cada palavra, gesto e o ambiente cênico são cuidadosamente elaborados para proporcionar uma imersão profunda na narrativa. 

O elenco dá vida às personagens com uma entrega visceral, capturando a essência dos conflitos internos e das angústias presentes na obra.

Presas na trama de suas próprias existências, as personagens se encontram diante de um cenário composto por mais de 12 mil metros de corda, no qual surgem imagens projetadas, delineando a jornada em busca de seus sonhos e do encontro com O Marinheiro. A luz, recortada em um jogo de luz e sombras, complementa a atmosfera. 

O drama se desenvolve gradualmente até atingir um momento de terror e dúvida, onde, petrificadas, as três almas que falam anseiam pelo novo dia que está prestes a nascer. Esses elementos combinados criam um ambiente teatral singular, permitindo que o público mergulhe nas profundezas das emoções retratadas por Fernando Pessoa. 

Sobre Fernando Pessoa

Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 – Lisboa, 30 de novembro de 1935) foi um poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político português. Ele é o mais universal poeta português. Por ter sido educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa, chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português, ao ponto de escrever os seus primeiros poemas nesse idioma. 

O crítico literário Harold Bloom considerou Pessoa como “Whitman renascido” e o incluiu no seu cânone entre os 26 melhores escritores da civilização ocidental, não apenas da literatura portuguesa, mas também da inglesa. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa, além disso traduziu várias obras em inglês (e.g., de Shakespeare e Edgar Allan Poe) para o português, e obras portuguesas (nomeadamente de António Botto e Almada Negreiros) para o inglês. 

Fernando Pessoa criou várias personalidades literárias conhecidas como heterônimos, sendo os mais estudados Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro. Entre suas principais obras estão MensagemLivro do DesassossegoPoemas de Alberto CaeiroOdes de Ricardo Reis Poemas de Álvaro de Campos. Robert Hass, poeta americano, diz: “outros modernistas como Yeats, Pound, Eliot inventaram máscaras pelas quais falavam ocasionalmente… Pessoa inventava poetas inteiros”.

Sinopse 

Sem a exata noção das horas no arrastar da noite negra, três figuras velam uma morta, seus corpos quase imóveis neste ambiente funesto. No entanto, suas mentes, libertas das amarras do real, vagam por um reino onírico conduzidas pelo fluxo dos diálogos. Da palavra surgem as angústias que as atormentam; conflitos que nascem e se instalam nas mentes e pensamentos das três. 

Durante a vigília, a segunda irmã narra um sonho sobre um marinheiro perdido em uma ilha deserta, que cria uma vida ilusória para si mesmo, imaginando um mundo inteiro para escapar da solidão e do desespero. Essa metáfora da condição humana reflete sobre o isolamento, a necessidade de criar significados e a fragilidade das percepções. 

À medida que a noite avança, as reflexões sobre a efemeridade da vida, a natureza dos sonhos e a busca por sentido dominam a conversa.

Ficha Técnica 

Direção: Elias Andreato 

Atrizes: Cristina Mutarelli, Michele Matalon e Muriel Matalon 

Assistência de direção: Roberto Alencar 

Cenário e Figurino: Simone Mina 

Assistente de Cenografia: Annick Matalon 

Música Original: Jhonatan Harold 

Direção Vocal Interpretativa: Lucia Gayotto 

Direção de movimento: Roberto Alencar 

Iluminador: Wagner Freire 

Projeto Gráfico: Ciro Girard

Social Mídia: Rafa Américo 

Produção: “Muriel Matalon ” e “4 ever produções artísticas”

Direção de produção: Zé Guilherme Bueno

SERVIÇO

O Marinheiro, de Fernando Pessoa, com direção de Elias Andreato

Temporada: 18 de junho a 18 de julho, às quartas e quintas-feiras, às 21h

Espaço Ateliê Cênico – Rua Fortunato, 241, Vila Buarque

Ingressos: R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia-entrada)

Classificação: 12 anos

Duração: 50 minutos 

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