‘Uma Noite em Hollywood’ celebra os Melhores do Teatro em Sorocaba
Card da 7ª edição do prêmio ‘Uma Noite em Hollywood’
No dia 12 de abril, às 19h30, o Teatro Pedro Salão será palco de uma noite inesquecível para os amantes das artes cênicas. A 7ª edição da premiação ‘Uma Noite em Hollywood’ promete reunir os maiores talentos do teatro para celebrar suas conquistas e contribuições ao cenário cultural.
Criado em 2013 pelo ator e diretor Júnior Mosko, o evento bienal reconhece o trabalho de atores, diretores, autores e produtores que se destacaram no teatro ao longo de 2023 e 2024. Os indicados são escolhidos por críticos e jornalistas, garantindo uma seleção criteriosa dos melhores da cena teatral.
A cerimônia será marcada pelo encanto do tapete vermelho, onde os artistas chegam com trajes deslumbrantes para uma noite de gala repleta de emoção. Os vencedores, escolhidos em diversas categorias, subirão ao palco para receber seus prêmios e compartilhar discursos apaixonados.
Além da premiação, o público poderá prestigiar apresentações de trechos de peças que encantaram plateias nos últimos anos, incluindo títulos como ‘Há Tempo’, ‘Minha Mãe Mandou Escolher Esse Daqui’, ‘Vidas Cruzadas’ e ‘A Verdadeira Estória de Romão e Julinha’.
Categorias Premiadas
Adulto:
• Melhor Ator
• Melhor Atriz
• Melhor Ator Coadjuvante
• Melhor Atriz Coadjuvante
• Ator Revelação
• Atriz Revelação
Infantil:
• Melhor Ator
• Melhor Atriz
• Melhor Ator Coadjuvante
• Melhor Atriz Coadjuvante
• Ator Revelação
• Atriz Revelação
• Melhor Comunicação (Ator)
• Melhor Comunicação (Atriz)
Para Júnior Mosko, o prêmio é essencial para dar visibilidade aos artistas, incentivando a continuidade e o crescimento do teatro. “Essa premiação legitima o talento dos artistas e reforça a importância do teatro como uma das formas mais poderosas de expressão”, afirma o criador do evento.
Com brilho, emoção e atuações inesquecíveis, ‘Uma Noite em Hollywood’ promete ser um marco na cena teatral de Sorocaba, reafirmando o valor da arte na sociedade.
A Associação Fazer Arte, por meio de seus projetos, tem sido um poderoso instrumento de transformação pessoal e social para a sociedade sorocabana
Junior Mosko
No próximo dia 15 de março, a Associação Fazer Arte, entidade de utilidade pública, sem fins lucrativos e sem vínculos partidários ou religiosos, criada em 2009 por iniciativa do ator e diretor-artístico Júnior Mosko, para promover atividades artísticas e culturas como instrumento de transformação social, empossará a sua próxima diretoria para o biênio 2025-2026.
A Associação Fazer Arte, por meio de seus projetos, tem sido um poderoso instrumento de transformação pessoal e social para a sociedade Sorocabana.
Junior Mosko, com o apoio do Diretor Financeiro Adriano P. da Silva Rodrigues, trabalha incansavelmente para cumprir seu propósito de transformar vidas por via do teatro, da dança, e da música, criando uma conexão entre culturas, gerações e contextos diversos, favorecendo a construção de uma identidade coletiva, promovendo nas pessoas desenvolvimento pessoal e o fortalecimento do senso de pertencimento.
Ao reunir pessoas, promover diálogos e provocar reflexões sobre questões humanas e sociais, o teatro se revela uma poderosa arma de construção de identidade e transformação pessoal e social.
Foto: arquivo pessoal
Através de suas atividades a Associação Fazer Arte vem desempenhando um crucial papel na inclusão e desenvolvimento pessoal se revelando como um importante espaço de acolhimento, onde indivíduos de diferentes contextos sociais, econômicos e culturais podem se encontrar, se expressar e se fortalecerem, desempenhando um fundamental papel educativo tanto para os atores participantes como para quem assiste às apresentações.
Foto: arquivo pessoal
Dentre os valiosos projetos desenvolvidos pela Associação Fazer Artepodemos destacar:
O ABRACADABRA – Que busca promover a valorização e o desenvolvimento de crianças e jovens, incentivando-os a reconhecer sua identidade e a lutar por seus objetivos e direitos.
O PROJETO NÓS EM CENA – Que visa conectar pessoas carentes com o poder do teatro, da dança, da arte e da música, como meio de transformação pessoal e social.
PONTO CEGO – Projeto de acolhimento cujo principal objetivo é estimular pessoas com deficiência visual a expandir suas habilidades, ampliando as oportunidades de interagirem com a sociedade através da arte, da música e da dança. Esse projeto também abrange pessoas com síndrome de Down.
60+ – Belíssimo projeto que visa proporcionar as pessoas com 60 anos ou mais a terem uma nova oportunidade de interagirem com seu mundo ao redor, abrindo novas oportunidades de conexões e lazer, criando uma grande oportunidade de reconexão com seus laços emocionais e psicológicos, tanto consigo mesmo quanto com os outros, ao estimular o sentimento de ‘pertencimento social’ daqueles que devido a ‘bela idade’, se sentem excluídos da sociedade.
ESPETÁCULOS TEATRAIS – A Associação Cultural Fazendo Arte também é um ponto de referência para a produção de espetáculos teatrais. JUNIOR MOSKO o idealizador da Associação e grande Ator e Diretor Artístico, comprometido com a qualidade e a criatividade de cada montagem artística, faz questão de cuidar, pessoalmente, de todas as etapas de construção e promoção das criações teatrais da associação
PASSEIOS TURÍSTICOS – Através da organização de passeios turísticos culturais, a Associação Fazer Arte busca estimular a cultura de valorização e preservação dos patrimônios históricos e culturais. Cada passeio é uma oportunidade única para explorar pontos artísticos e históricos, imergir o participante no mundo da arte e da cultura, e para o enriquecimento do conhecimento e preservação da identidade artística e cultural da sociedade.
PROJETO LIBRAS – Projeto libras para surdos e ouvintes.
Participe desse belíssimo trabalho de transformação de vidas. Seja uma Voluntário-apoiador doando qualquer quantia para a Associação Fazer Arte através do PIX (CNPJ): 11.503.616/0001-00.
A Associação também aceita doações de produtos de limpeza que poderão ser entregues diretamente na Sede cultural, situada na Av. Eugênio Salerno, 428 – Centro, Casa/2 – Sorocaba (SP), CEP 18035.430.
Participe! Venha fazer parte deste grande projeto.
Ítala Nandi: uma atriz brasileira de Primeira Grandeza!
Ítala Nandi está sendo indicada ao Prêmio Shell de Teatro 2025, por sua atuação no espetáculo ‘A Visita da Velha Senhora’, do autor e dramaturgo suíço Friedrich Durrenmatt
A atriz Ítala Nandi, indicada ao Prêmio Shell de Teatro 2025
Acadêmica Imortal da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA, a atriz brasileira Ítala Nandi, vencedora de prestigiados prêmios cinematográficos nacionais e internacionais na categoria Melhor Atriz (Palma de Ouro, do Festival de Cannes, em 1972, o Prêmio Molière, em 1975, e a Coruja de Ouro, em 1976, bem como a indicação ao Urso de Prata no Festival de Berlim, em 1974), em 2024 brilhou como protagonista do espetáculo ‘A Visita da Velha Senhora‘, sendo, por esse trabalho, indicada ao Prêmio Shell de Teatro 2025.
O Prêmio Shell de música, criado em 1981, foi o primeiro instituído por uma empresa brasileira para a música nacional. Tradicional patrocinadora do Festival de Música Popular Brasileira da década de 1960, a Shell inicialmente concebeu-o para incentivar tanto a música erudita nacional quanto a popular. Atualmente, a grande premiação é voltado apenas para a categoria popular. Um júri composto por cinco personalidades da MPB julga a produção anual, selecionando nomes e avaliando o conjunto da obra dos artistas escolhidos. O prêmio é entregue em mãos num evento musical comemorativo; o premiado recebe uma quantia de R$ 15 mil e um troféu desenhado pelo joalheiro Caio Mourão.
O Prêmio Shell de teatro foi criado em 1988, para contemplar, ano a ano, os artistas e espetáculos de melhor desempenho nas temporadas teatrais do Rio de Janeiro e de São Paulo
Ítala Maria Helena Pellizzari Nandi (Caxias do Sul, 4 de junho de 1942), é uma atriz, produtora e diretora teatral brasileira. É considerada uma das grandes damas do teatro brasileiro, com uma extensa carreira nos palcos iniciada em 1959. Também é diretora da Escola Superior Sul-Americana de Cinema e TV (CINE TV-PR). Ver Biografiacompleta.
Ítala Nandi fala sobre o espetáculo ‘A Visita da Velha Senhora’ – TVE Revista – 12/09/2024
Grupo Pandora de Teatro abre inscrições gratuitas para a 3ª edição do Curso de Teatro Pandora
Flyer Curso Pandora
Realizado na Ocupação Artística Canhoba, em Perus, o curso envolve práticas de criação, estudo e experimentação cênica por meio das metodologias de trabalho do Grupo Pandora de Teatro, que atua há 20 anos no bairro de Perus
3ª edição do Curso de Teatro Pandora tem inscrições gratuitas e ajuda de custo para participantes. Ao final, os participantes realizarão uma peça teatral.
Até o dia 20 de julho de 2024, estão abertas as inscrições para a 3ª edição do Curso de Teatro Pandora, um curso de teatro gratuito, ministrado por integrantes Grupo Pandora de Teatro (@grupopandoradeteatro ), coletivo que atua há vinte anos no bairro de Perus, Zona Noroeste de São Paulo.
Curso de Teatro Pandora
Com duração de 07 meses, o Curso de Teatro Pandora envolve estudos teóricos, experimentação cênica e criação coletiva de um experimento teatral. O público alvo são pessoas com idade a partir de 16 anos, integrantes de coletivos artísticos, estudantes, pesquisadores e interessados no fazer teatral com ou sem experiência.
Serão oferecidas 10 (dez) vagas gratuitas, além de ajuda de custo durante realização da formação na sede do grupo, a Ocupação Artística Canhoba (@ocupacaoartisticacanhoba ) em Perus.
Edições anteriores do Curso – Crédito para Grupo Pandora de Teatro
As inscrições serão realizadas por meio de formulário virtual disponível no link. O resultado será divulgado no dia 03 de agosto de 2024, e as aulas serão realizadas a partir do dia 10 de agosto de 2024, até fevereiro de 2025 (07 meses), com encontros semanais às terças-feiras e sábados das 14h às 18h.
O Curso de Teatro Pandora propõe uma vivência das práticas de criação, estudo e experimentação cênica por meio das metodologias de trabalho do Grupo Pandora de Teatro.
O curso será composto por 50 encontros, com 04 horas de duração cada, no período de 07 meses, totalizando uma carga horária total de 200 horas. Visando introduzir noções básicas do fazer teatral, o curso abordará técnicas vocais, corporais, jogos teatrais, interpretação e será finalizado com apresentações públicas de um espetáculo criado ao longo do curso.
As ações são do projeto “Pandora 20 Anos – Firmeza Permanente” contemplado na 41° Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura, com o qual o grupo comemora 20 anos de pesquisa contínua no bairro de Perus – SP.
Com intensa produção artística, o coletivo aborda em suas criações temáticas pertinentes à história do Bairro de Perus e do Brasil, suas injustiças sociais e suas problemáticas, através de uma invenção poética que exalta a força da teatralidade.
Sinopse: Uma vivência das práticas de criação, estudo e experimentação cênica por meio das metodologias de trabalho do Grupo Pandora de Teatro, que atua há 20 anos no bairro de Perus.
Inscrições: de 20 de junho à 20 de julho de 2024
Publicação da lista de selecionados: 03 de agosto de 2024
Quantidade de vagas: 10 vagas
Inscrições: Por meio de formulário virtual e carta de interesse
Início: 10 de agosto de 2024 – duração de 07 meses (De Agosto/2024 a Fevereiro/2025)
Horários: Terças-feiras e Sábados das 14h às 18h – Frequência: 02 vezes por semana
Público-alvo: A partir de 16 anos. Integrantes de coletivos artísticos, estudantes, pesquisadores e interessados no fazer teatral com ou sem experiência.
Grátis – Os participantes receberão ajuda de custo durante toda a realização do curso
Onde: Ocupação Artística Canhoba – Cine Teatro Pandora – Endereço: Rua Canhoba, 299 – Vila Fanton, Perus, Zona Noroeste de São Paulo – SP
Grupo Pombas Urbanas estreia temporada de circulação do espetáculo ‘Florilégio’
Florilégio – Grupo Pombas Urbanas – Foto: Ricardo Avelar
Impulsionado pelo verbo ‘esperançar’ de Paulo Freire e inspirado nas histórias de vida dos integrantes do grupo Pombas Urbanas e de outros moradores do bairro Cidade Tiradentes, o espetáculo convida o público a uma viagem esperançosa ao futuro, refletindo sobre como a luta coletiva pode fortalecer as comunidades
No mês de junho de 2024, o Grupo Pombas Urbanas ( @grupopombasurbanas) estreia uma temporada do espetáculo teatral ‘Florilégio’ com apresentações gratuitas em cidades do interior que se destacam pela permanência de comunidades que mantêm vivas as tradições culturais paulistanas: Iporanga, Ilha Comprida, Cananéia, São José dos Campos, Piquete, Valinhos e São Luiz do Paraitinga.
No dia 14 de junho (sexta-feira), às 18h, a apresentação acontece na Associação dos Remanescentes de Quilombo do Bairro Porto Velho, em Iporanga. No sábado, dia 15 de junho, às 19h, o grupo se apresenta no Namastê Portal Ecocultural Lagamar, em Ilha Comprida. E no domingo, dia 16 de junho, às 18h, na Comunidade Quilombola do Mandira, em Cananéia.
Florilégio – Grupo Pombas Urbanas – Foto: Ricardo Avelar
O espetáculo ‘Florilégio’ mostra o quão potente pode ser a luta e a transformação de um ser, ressaltando que, apesar dos desafios em nossa existência, ainda podemos acreditar mais na sabedoria da vida, buscando soluções para os momentos de crise com sensatez.
Através do projeto ‘Pombas Urbanas: comunidade nas comunidades‘ contemplado no edital PROAC Teatro/Circulação de Espetáculo,o gruporealizará apresentações seguidas de um workshop sobre teatro comunitário, difundindo a linguagem teatral e promovendo a troca de saberes e histórias com comunidades do interior paulista.
Florilégio – Grupo Pombas Urbanas – Foto: Ricardo Avelar
Criado e consolidado na periferia, o Grupo Pombas Urbanas foi um dos precursores da produção do teatro comunitário e teatro de rua em São Paulo. Reconhecido entre os grupos mais longevos da cidade, o coletivo possui 34 anos de trabalho artístico, caracterizado pelo teatro comunitário: criado, produzido e feito para, com e na comunidade.
Seguindo o mesmo direcionamento, o espetáculo ‘Florilégio‘, sua mais recente produção, traz à cena as vozes e histórias de vida de integrantes do grupo e de moradoras e moradores do bairro Cidade Tiradentes, localizado na periferia da Zona Leste da capital e região de atuação do coletivo. Uma reflexão sobre as condições e relações humanas neste território, visibilizando as dores e violências que assolam esta comunidade, mas também a força das relações comunitárias, capazes de transformar vidas e realidades.
Florilégio – Grupo Pombas Urbanas – Foto: Ricardo Avelar
O espetáculo é guiado pelo verbo “esperançar” de Paulo Freire, aproximando o público de memórias, sonhos, obstáculos a serem superados e de desejos esperançosos para um amanhã possível.
A montagem nasceu a partir do diálogo com muitas vozes de ontem e de hoje, na busca por poetizar o cotidiano, mas também ultrapassar diversos tipos de opressões tantas vezes impostas.
Florilégio – Grupo Pombas Urbanas – Foto: Ricardo Avelar
“Tratamos sobre o acender dos vagalumes em meio a escuridão, que logo atraem outros vagalumes para brilharem juntos e em sintonia. A resistência necessária para viver (inspirado no filósofo Didi-Huberman).
Se olharmos para os vagalumes com o olhar que tínhamos na infância podemos encarar a vida de outra maneira, para compreender que não estamos sozinhos. Existe sempre uma luz no fim do túnel, apesar dos desafios em nossa existência”, explica a diretora Vanéssia Gomes.
Propondo um espaço de resgate da memória e da identidade, este projeto tem a intenção de conectar as narrativas de uma comunidade popular da capital às comunidades populares do interior.
Elenco: Paloma Natacia, Adriano Mauriz, Marcelo Palmares, Paulo Carvalho, Ricardo Big e Giovani Di Ganzá.
Figurino: Juliana Naju.
Cenário: Marcelo Larréa e Débora Gomes Silvério.
Trilha sonora: Giovani Di Ganzá.
Músicos: Giovani Di Ganzá, Rebeca Gomes da Silva (Reblack), Rafael de Barros
Música Guerreiro: Mestra Margarida, Guerreiras Santa Joana D`arc.
Designer Gráfico: Francis Lima e Matheus Botosso.
Fotografia: Ricardo Avellar. Iluminação: Fernando Alves. Vídeo: Vibrante Filmes.
Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini.
Produção: Grupo Pombas Urbanas, Karina Nadaletto e Andrea Mauriz.
Serviço: Espetáculo ‘Florilégio’
Com Grupo Pombas Urbanas
Sinopse: O espetáculo parte do território do real, ancestral e dos sonhos, em um espaço/tempo que nos aproxima de pessoas e histórias. Entre poesias, músicas, danças, lutas, mas também entre encontros e desencontros próprios de nosso tempo, transita por narrativas que envolvem a construção de uma comunidade, construindo uma tessitura em torno dos sentidos do esperançar, inspiração vinda do educador Paulo Freire. Duração: 60 minutos
Grátis – Classificação Livre
Quando: 14 de junho de 2024 (sexta-feira) – Horário: 18h
Onde: Quilombo Porto Velho – Associação dos Remanescentes de Quilombo do Bairro Porto Velho – Cozinha Comunitária – Endereço: Ramal do Bairro Fazenda do Município de Itaoca ao Bairro Anta Gorda, S/N Km 04 do Bairro Anta Gorda – Iporanga – SP
Quando: 15 de junho de 2024 (sábado) – Horário: 19h
Escola de Teatro Cria promove educação e inclusão para crianças do Caju e zona portuária.Atividades são gratuitas e acontecem em escolas públicas
Escola de Teatro Cria. Divulgação
A Escola de Teatro Cria está transformando a vida de 1.000 crianças e jovens do bairro do Caju e zona portuária, utilizando o teatro como ferramenta de educação e inclusão. Por meio do Método Cria, que combina elementos do teatro com a Pedagogia Waldorf, o projeto está presente em seis polos teatrais espalhados pela região e se tornou disciplina eletiva em escolas públicas da região.
Nas oficinas, as turmas são organizadas por faixas etárias, garantindo que as técnicas teatrais e os conteúdos educacionais sejam adequados ao desenvolvimento de cada grupo. A abordagem visa estimular o conhecimento, o raciocínio lógico, o equilíbrio emocional e a iniciativa para a ação.
“A metodologia do Método Cria é projetada para atender as necessidades específicas de cada faixa etária, proporcionando um ambiente de aprendizado que é ao mesmo tempo divertido e profundamente transformador,” destaca Laura Campos Braz, idealizadora e diretora artística do projeto. “Nosso objetivo é gerar um impacto direto nas escolhas de vida das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, possibilitando uma mudança significativa em sua comunidade.”
Escola de Teatro Cria. Divulgação
O público-alvo principal do projeto são crianças e jovens com idades entre 3 e 21 anos, residentes no Caju e arredores, em situação de vulnerabilidade social e que são estudantes da rede pública de ensino.
Com o trabalho realizado, o Projeto Cria foi certificado como o primeiro Ponto de Cultura do Caju, um reconhecimento de sua importância na promoção da cultura e da arte na região e conquistou o primeiro lugar na categoria Arte Educação no edital de Retomada Cultural realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec).
“O reconhecimento como o primeiro Ponto de Cultura do Caju é uma prova do trabalho árduo e dedicação de toda a nossa equipe”, acrescentou Jaura . “Estamos comprometidos em continuar oferecendo oportunidades educacionais e culturais que façam a diferença na vida de nossos jovens”.
Para mais informações sobre a Escola de Teatro Cria e como apoiar esta iniciativa acesse https://projetocria.org.br/
E Vocês, Quem São?
Com atuação e direção de Samuel de Assis, monólogo ‘E Vocês, Quem São?’ tem nova temporada no Centro Cultural São Paulo a partir de junho
Espetáculo escrito por Jonathan Raymundo é um grito de liberdade de pessoas pretas ao questionar o lugar ocupado pela branquitude em nossa sociedade extremamente desigual
Ao propor uma releitura da história brasileira, o monólogo E Vocês, Quem São?, com direção e atuação de Samuel de Assis e dramaturgia de Jonathan Raymundo, discute a responsabilidade pela realidade brutal e violenta vivida pelas pessoas pretas. O solo, que estreou em 2023, tem uma nova temporada no Centro Cultural São Paulo, de 14 a 30 de junho, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h.
Definida pelo próprio Samuel de Assis como um texto forte, reflexivo e agressivo, para reverberar na cabeça de todos, a peça nasceu de um desabafo. “Eu pedi um texto ao Jonathan e ele me mandou a primeira versão em três horas. Acho que tudo já estava na cabeça dele e ele derramou o texto na tela. Então, peguei o texto proseado dele e fiz um trabalho de dramaturgismo para criar uma história. Como eu não sabia se isso ia dar certo, fiquei receoso de chamar alguém para dirigir, por isso todo o processo de ensaio fiz em frente ao espelho”, conta.
O solo parte de alguns questionamentos recorrentes e debates bem atuais sobre raça, gênero, classe e outros temas fundamentais, como “O que é lugar de fala?”, “Quem detém o direito de construir a narrativa verdadeira sobre a realidade?” e “Qual é o valor da vida?”.
“É um relato do que precisamos, infelizmente, mais do que nunca, falar. É um desabafo de dor, desespero, de basta e de liberdade. É um questionamento para aqueles que nunca foram questionados: os brancos! Nós, negros, ainda precisamos gritar pra eles: E vocês, quem são? O que merecem? Eu espero que a peça faça com que eles comecem a se perguntar!”, revela Assis.
Em cena, Samuel vive um personagem que está sendo condenado por um crime. O público acompanha o relato que traz um apanhado histórico do Brasil, contando a verdadeira versão de um país racista e inquisidor. E o texto ainda é acompanhado por uma reflexão sobre Machado de Assis, um dos maiores autores negros brasileiros, que foi “embranquecido” pela história oficial.
“Costumo dizer que esse espetáculo mudou minha vida, porque ele me ensinou muita coisa. Sou um homem preto que foi criado no mundo branco. Eu me reconheci, me aceitei e passei a reconhecer o mundo com um olhar de um homem preto já na vida adulta. Só aí comecei a entender de verdade o mundo real e comecei a lutar. E eu acredito que sou um homem melhor e mais forte depois desse espetáculo, que é feito pra todo mundo – pra quem é branco, preto, amarelo e quem está vivo”, reflete o ator e diretor.
A direção de arte do espetáculo é assinada por Marcio Macena, que criou uma cenografia minimalista composta apenas por um coração humano. “O Marcio é meu parceiro desde que comecei a fazer teatro. Quando eu disse que queria botar tudo o que estava guardado no meu peito para fora nesta peça, ele logo disse que a cenografia deveria refletir isso. Ela simboliza o fato de que eu estou colocando o meu coração nas mãos de todas as pessoas que estão ali assistindo à peça”, comenta Assis.
Já os figurinos foram criados pela marca de roupas Meninos Rei, de Junior Rocha e Céu Rocha, que marcam sua estreia no teatro. A confecção baiana, que estreou na São Paulo Fashion Week em 2021, foi escolhida por representar a ancestralidade e a autenticidade da população preta.
E a trilha sonora, tocada ao vivo pelos músicos Cauê Silva e Leandro Vieira, reúne músicas de cantores e compositores pretos famosos, incluindo uma canção original do rapper Coruja BC1 e outra de Larissa Luz, que ainda assina a direção musical ao lado do coletivo Os Capoeira.
“Fico muito feliz ao ver que a trilha sonora da peça caminha junto com o texto e fala por si só. Acho que ver essas duas forças poderosas se complementando e falando juntas é muito bonito de se ver”, acrescenta Samuel de Assis.
Ficha Técnica
Atuação e Direção Geral: Samuel de Assis
Texto: Jonathan Raymundo
Direção Musical: Larissa Luz e Os Capoeira (Felipe Roseno, Mestre Dalua, Cauê Silva e Leandro Vieira)
Direção Coreográfica: Tainara Cerqueira
Direção de Arte: Márcio Macena
Figurino: Meninos Rei por Junior Rocha e Céu Rocha
Arte do Cenário: Carol Carreiro
Iluminação: César Pivetti
Músicos: Cauê Silva, Leandro Vieira, Rogério Roggi, Marcinho Black
Op. Som: Silney Marcondes
Op. Luz: Ari Nagô, Ian Bessa
Camareira: Jacque Vilar
Designer Gráfico: Pietro Leal
Direção de Produção: Morena Carvalho
Co-Produção: Estapafúrdia Produções
Realização: Samukaju Produções
SERVIÇO
E Vocês, Quem São?, de Jonathan Raymundo, com Samuel de Assis
Sala Jardel Filho
Temporada: 14 a 30 de junho
Às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h
Centro Cultural São Paulo – Rua Vergueiro, 1000, Liberdade