Furgão do CineSolar e Unipaz estacionam em Porto Feliz

Furgão do CineSolar e Unipaz estacionam em Porto Feliz com sessão de cinema movido a energia solar, pipoca e atrações de graça para as famílias

Furgão do CineSolar, com a idealizadora projeto Cyntia Alario
Furgão do CineSolar, com a idealizadora projeto Cyntia Alario

O primeiro cinema itinerante movido a energia solar do Brasil será montado na EMEF Profª Vilma Fernandes Antônio, com evento único na quinta-feira (24/10), a partir das 18h

Imprensa: Fotos/Vídeos
https://drive.google.com/drive/folders/1nFnZ98N7av4FtGuOmp-F0MBYeDB2cj1O?usp=sharing

CineSolar - Danilo Ramos
CineSolar – Danilo Ramos

Cinema ao ar livre, pipoca, diversão em família, tudo de graça, com sustentabilidade, ciências e tecnologia. O encanto do CineSolar, o primeiro cinema itinerante movido a energia solar do Brasil, poderá ser vivenciado em Porto Feliz (SP) – cidade que abriga o PEP (Porto Ecológico da Paz) da Unipaz -, na quinta-feira (24/10), a partir das 18h, na EMEF Profª Vilma Fernandes Antônio, com várias atividades para todas as idades. Na telona serão exibidos curtas-metragens, com recursos de acessibilidade, a entrada é livre, não precisa de ingresso e tem distribuição de pipoca.

Esse projeto é viabilizado pela Lei Paulo Gustavo, com apoio da Unipaz e do Grupo Escoteiro Alpha, e é realizado pela Brazucah Produções, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Governo do Estado de São Paulo, Ministério da Cultura e Governo Federal.

“O CineSolar, que tem a cultura de paz em sua essência, ao unir-se à Unipaz neste evento, fortalece a missão da instituição de formar indivíduos conscientes de seu papel como agentes de paz e transformação social e ambiental. Juntos, promovem o bem-estar coletivo e o desenvolvimento sustentável por meio do cinema, oferecendo uma programação cultural gratuita e ao ar livre, acessível a todos” afirma Cynthia Alario, idealizadora do CineSolar e diretora da Unipaz São Paulo.

CineSolar - Lucas Rosendo
CineSolar – Lucas Rosendo

O furgão, uma estação móvel de ciências, arte, tecnologia, sustentabilidade e cultura de paz, é o protagonista responsável pela magia do CineSolar. O veículo é adaptado com as placas fotovoltaicas no teto e carrega todo o cinema: as cadeiras e banquetas, os sistemas de conversão de energia e armazenamento, de som e projeção, incluindo a tela. Suas luzes coloridas, a decoração de material reciclado e os objetos com princípios de magnetismo e eletricidade (laser e bola de plasma) ensinam, de forma lúdica, como a luz do sol se transforma em energia elétrica.

A curadoria dos curtas-metragens que compõem a programação foi realizada pelo Midiativa (Centro Brasileiro de Mídia para Crianças e Adolescentes), responsável pelo Festival comKids, que comemora sua 15ª edição, sempre trabalhando para promover a qualidade, a diversidade do audiovisual e a cultura da infância na América Latina. As sessões divertidas, repletas de cores e aventuras, apresentam filmes que despertam a curiosidade das crianças sobre o mundo animal e a natureza, e que promovem a resiliência e a diversidade em todas as suas dimensões.

Além disso, o Midiativa está à frente do SFF Brasil (Festival de Filmes de Ciência), considerado o maior festival de cinema científico do mundo, com a participação de 22 países. Sua 6ª edição no Brasil, de outubro a dezembro, tem como tema “NET Zero e a Economia Circular”, ressaltando o papel fundamental desempenhado pelo conceito de emissões zero e  economia circular no combate aos desafios impostos pelas crises climáticas. Por meio da parceria com o CineSolar, será exibido o curta brasileiro ‘Teo, o Menino Azul’.

Com ações em conjunto com a UNESCO no Brasil, o CineSolar também ajuda o planeta cumprindo 10 dos 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) propostos pela ONU (Organização das Nações Unidas). E também colabora na iniciativa #EDUCASTEM2030, realizada de forma pioneira no país para a mobilização de meninas e mulheres nas áreas de STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática). O CineSolar proporciona à comunidade acesso a filmes relacionados às temáticas e debate nas sessões de cinema, tendo alcançado mais de 5 mil estudantes em nove estados.

“A UNESCO considera fundamental promover o acesso das meninas e das mulheres às carreiras científicas. O projeto #EDUCASTEM2030 busca combater a exclusão de meninas e mulheres nas áreas de STEM para construir um futuro mais democrático, justo e sustentável. A parceria com o CineSolar é essencial para levar conteúdo de qualidade, por meio do audiovisual, para populações com dificuldades de acesso à cultura e, ao mesmo tempo, promover a educação nas áreas de STEM”, afirma a Diretora e Representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.

O PEP em Porto Feliz

A Unipaz oferece uma educação-terapêutica transformadora, fundamentada nos paradigmas transdisciplinar e holístico, integrando diversas áreas do conhecimento, como ciências, artes, filosofia e espiritualidade. O PEP (Porto Ecológico da Paz), localizado em Porto Feliz, ocupa uma área de 53.105 m², em uma região de proteção ambiental (APA). O espaço conta com dois salões, acomodações para 15 pessoas, horta, quadra, piscina e amplas áreas ao ar livre.

Com foco na regeneração da floresta nativa e dedicado a experiências socioambientais, o PEP proporciona uma profunda integração entre o ser humano e a natureza. Sua programação inclui cursos e vivências voltadas para o autoconhecimento, desenvolvimento integral do ser humano, saúde socioemocional e socioambiental, além de arte-educação e bem-estar. As atividades são direcionadas a diversos públicos, incluindo crianças, adolescentes, mulheres, homens, LGBTQIAPN+, e idosos.

“Através de formações inovadoras como Psicologia Transpessoal, Eneagrama, A Arte de Viver em Paz, A Arte de Viver a Vida, Autogestão, entre outras, a Unipaz São Paulo fortalece a Cultura de Paz e oferece soluções transformadoras para os desafios contemporâneos. Conectando indivíduos à natureza, a instituição impulsiona o desenvolvimento de um futuro mais harmonioso, inclusivo e sustentável,” afirma Cynthia Alario.

O CineSolar

O CineSolar

Lançado pela Brazucah Produções, há 11 anos o CineSolar (linktr.ee/cine.solar) transforma espaços públicos e abertos em salas de cinema e já realizou cerca de 2300 sessões (com exibição de 220 filmes) e 690 oficinas para 341 mil pessoas de 700 cidades, de 23 estados e do Distrito Federal. O projeto, que cumpre 10 dos 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), já percorreu – com seus furgões Mahura e Tupã – mais de 302 mil quilômetros pelo país e atua com o objetivo de democratizar o acesso às produções audiovisuais (principalmente as nacionais), promover ações e práticas sustentáveis, a inclusão social e difundir a tecnologia da geração de energia solar. E, no mês de julho, a Linda 3.0 estreou nas estradas brasileiras.

O CineSolar realiza compensação de 55 toneladas de CO2e, em parceria com a Ecooar, através do plantio de 262 árvores e da certificação de créditos de carbono, com a manutenção de florestas, em áreas de preservação permanente, no município de Garça (SP). E também promove ações em conjunto com a Unesco Representação Brasil e a Unipaz (Universidade Internacional da Paz). O projeto integra a Solar World Cinema, uma rede internacional de cinemas itinerantes movidos a energia solar, conta com a parceria institucional da Mercedes-Benz – Cars & Vans Brasil e parceria solar da Clarios – com a bateria Heliar e a Freedom Estacionária, da EnergySeg Engenharia e da Ecori Energia Solar. 

PROGRAMAÇÃO

Porto Feliz/SP

Sessões de Cinema

(filmes com recursos de acessibilidade)

Data: Quinta-feira (24/10)

Horário: 18h – sessão de curtas-metragens

Entrada: livre – não precisa de ingresso

Atração: pipoca de graça e visita ao furgão do CineSolar

Local: EMEF Profª Vilma Fernandes Antônio – Alameda das Sibipirunas, 265 – Jardim Vista Alegre – Porto Feliz/SP

SINOPSES

Filmes com recursos de acessibilidade

‘Teo, o Menino Azul’ – Direção: Hygor Amorim – Brasil/2022 – 10 min

Curta do SFF Brasil (Festival de Filmes de Ciência)

Teo enfrenta as injustiças do mundo de frente, buscando maneiras de efetuar mudanças

significativas. Ao longo de sua jornada transformadora, Teo chega à conclusão de que a verdadeira capacidade de transformação social não reside fora, mas dentro de si mesmo.

‘Eu me chamo Darwin’ – Direção: Wellington Darwin da Silva (Well Darwin) – São Paulo/2020 – Documentário – 11min15s

Curta da DGT Filmes

A escola nem sempre é um lugar agradável e divertido para uma criança. “Eu me chamo Darwin” é uma reflexão sobre a identidade a partir da memória. Quem somos, como somos vistos e como os pequenos gestos podem estar carregados de sentidos e intenções, às vezes ocultas, às vezes nem tanto. A questão racial tratada de uma forma incomum e inesperada.

Curtas do Festival comKids

‘Trudi e Kiki’ – Direção: Arnaldo Galvão – São Paulo/2011 – Animação – 7 min

Duas crianças completamente diferentes são trocadas por acidente. Conhecer um novo universo irá mudar a vida delas!

‘Meninos e Reis’ – Direção: Gabriela Romeu – São Paulo/2016 – Documentário – 16 min

No Reisado, um dos folguedos mais populares do Cariri cearense, crianças aprendem a

jogar espada com destreza e meninas crescem como rainhas. Mas Maria, a rainha de um

dos Reisados mais tradicionais da região, está no último ano de reinado e encara o drama

de passar a coroa para a irmã mais nova, vivendo um verdadeiro rito de passagem.

‘Coelhitos e Gambazitas’ – Direção: Thomas Larson – São Paulo/2022 – Animação – 10 min

Um pai coelho e uma mãe gambá tentam educar seus filhos em uma era mediada pelos

eletrônicos. O tablet na mesa de jantar disputa a atenção com o prato de comida. Os

coelhitos estão entediados, gambazita está birrenta e os pais, cansados.

Universidade Internacional da Paz (Unipaz)
Universidade Internacional da Paz (Unipaz)

Sobre a Unipaz

A Universidade Internacional da Paz (Unipaz), fundada em 1987 em Brasília, é uma organização sem fins lucrativos que se destaca como pioneira na promoção da Cultura de Paz. Desde sua criação, a Unipaz tem sido um centro global de referência na educação para a paz, sucedendo iniciativas como a Universidade das Nações Unidas (UNU – 1975) e a Universidade para a Paz da ONU (UPEACE – 1980). Ao longo de mais de três décadas, a Unipaz promove uma abordagem integral e inovadora, capacitando indivíduos a enfrentar os desafios contemporâneos de maneira colaborativa e pacífica.

Com presença internacional e 14 unidades, sendo 12 no Brasil, 1 em Portugal e 1 na França, a Unipaz já formou milhares de pessoas ao redor do mundo. Seu objetivo é a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e pacífica, por meio de uma educação que valoriza o desenvolvimento integral do ser humano. Redes: www.instagram.com/unipazsp/; www.facebook.com/unipazsp; www.unipazsp.org.br.

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Joker: Folie à Deux

Bianca Agnelli:
‘Ecos de loucura: Mergulhando na fragilidade humana em 
Joker: Folie à Deux’

Bianca Agnelli:
‘Note di Follia: Esplorando la Fragilità Umana in Joker: Folie à Deux’

Bianca Agnelli
Bianca Agnelli
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O filme mais comentado, odiado, desvalorizado e subestimado do momentoJoker: Folie à Deux. Dirigido por Todd Phillips, é a tão aguardada sequência do universo cinematográfico, com Lady Gaga no papel de Harley Quinn e um Joker, interpretado por Joaquin Phoenix , que aparece realmente massacrado e maltratado.

Podemos falar sobre os problemas de roteiro que esta película evidentemente tem – especialmente em relação ao personagem de Harley Quinn – mas isso não é suficiente para tornar o filme ‘decepcionante’. Fui ao cinema no último sábado e deixei minhas emoções decantarem, para que a parte racional do meu cérebro não fosse muito influenciada pelo fato de que, sim, este filme realmente me agradou. Tentarei, portanto, falar sobre ele de maneira equilibrada e sincera.

A cena inicial apresenta um pequeno curta-metragem animado, com um estilo retrô e deliciosamente agradável. What the World Needs Now Is Love, o que o mundo precisa agora é amor. É assim que o filme começa, e o amor, com sua aceitação e seu tormento, é um tema pulsante ao longo de toda a narrativa.

A primeira coisa que notei assim que o filme começou foi a extrema degradação e o mal-estar que pesam sobre o personagem principal. Este não é um filme celebrativo. É um filme que quem nunca enfrentou ou quis enfrentar a miséria humana – aquela que, em partes, toca cada um de nós – não conseguirá apreciar. Empatizar com um perdedor sem redenção, abatido pelos eventos e pelas pessoas, exige esforço. Assim como exige esforço olhar de frente para a dureza da realidade sem esperar qualquer prêmio ou compensação.

A narrativa é intencionalmente fragmentada, um reflexo do protagonista. A escolha de Phillips de abandonar a estrutura tradicional do gênero de super-heróis em favor de uma trama mais intimista e reflexiva é arriscada, mas necessária. Aqui, a história não segue o herói em ascensão ou o vilão em busca de vingança: Folie à Deux explora a ideia do colapso da identidade, da fragilidade humana e do fracasso como condição permanente, quase impossível de redimir.

As performances dos atores são o coração pulsante do filme. Joaquin Phoenix, com sua intensidade habitual, não interpreta apenas o Joker: ele molda um Arthur Fleck esvaziado, sem esperança, e, ainda assim, surpreendentemente capaz de sentir um amor desesperado. Lady Gaga, no papel de Harley Quinn, acrescenta uma dinâmica singular: seu personagem é um contraste de ternura e manipulação, uma figura complexa e multifacetada que se afunda em um amor doentio e obsessivo.

O filme estará disponível em streaming em breve, e gostaria de avisar aos leitores do Jornal ROL que, se decidirem assisti-lo, não devem esperar o anti-herói rebelde e icônico do primeiro filme. A escolha aqui foi contar a história sem grandes sensacionalismos. Estamos diante de um ser humano totalmente despedaçado, que conhece de repente um sentimento salvador: o amor. Que o amor, sentido por uma pessoa com evidentes distúrbios mentais, seja algo bizarro, descontrolado e sem lógica é, no fundo, compreensível.

O enamoramento rápido, ou melhor, o incêndio repentino desse sentimento, é narrado com uma fotografia extremamente poética e músicas icônicas, entre as quais se destaca For Once in My Life), cuja letra ressoa em sintonia com o que o Joker sente: “Por uma vez, eu tenho algo que sei que não vai me abandonar, não estou mais sozinho. Por uma vez posso dizer: ‘Isto é meu, você não pode tirar.’”

E ainda assim, mais adiante no filme, veremos o quanto o amor pode elevar a alma humana, mas também quanto Joker se tornou vítima desse sentimento. O amor de Harley não é sincero. Como muitos de nós, ela se apaixonou por uma imagem, por um ícone, não pelo homem real, imperfeito e frágil que se esconde por trás da maquiagem de palhaço.

A complexidade emocional desse Joker reside exatamente em sua ambivalência: queremos amá-lo como ícone, mas temos dificuldade em ver Arthur pelo que ele realmente é. Não há redenção, não há salvação. Apenas uma tentativa de coexistir entre o caos de uma identidade destruída e um amor igualmente destrutivo.

A nível técnico, Phillips brinca bem com as luzes e sombras, ampliando as dualidades do protagonista. A montagem, deliberadamente fragmentada, reflete a instabilidade psicológica de Arthur, e a trilha sonora – que oscila entre tons melancólicos e explosões de alegria enganosa – sublinha magistralmente esse contraste. Mas o ritmo, em certos momentos lento, pode desorientar quem busca uma narrativa mais adrenalínica ou linear.

O filme não é para todos. Não busca entreter, mas refletir a condição humana arruinada, e é aqui que se cria um distanciamento entre o público que esperava por vingança e quem, em vez disso, está pronto para enfrentar a crua fragilidade do ser humano. Não haverá tiroteios insanos, nem uma glorificação do anti-herói. Este Joker é um homem cansado, esvaziado pela vida e pelo sistema que o jogou por terra. E, ainda assim, nessa obscuridade, há uma beleza rarefeita, uma estética sutil que pulsa nos detalhes e nas pequenas evasões oníricas que o filme oferece.

O final, assim como as reviravoltas, não vou contar, porque acredito que devem ser vistos e vividos com os próprios olhos, no silêncio denso das suas emoções. Este filme não precisa de um guia ou de um manual para ser compreendido. É preciso apenas se deixar cair, sem rede, naquela escuridão emocional que nos deixa desconfortáveis, mas que, justamente por isso, tem o poder de nos transformar.

Em um mundo que nos empurra continuamente para as aparências, Joker nos convida a sentar com nossa dor, a olhá-la nos olhos, sem filtros, sem piedade. Não há nada de reconfortante nesta história, mas é exatamente ali, na crua e devastadora vulnerabilidade de Arthur, que emerge uma beleza que não pode ser explicada. Não é uma beleza feita para ser compreendida ou agarrada; é um sopro que escapa, uma centelha que se apaga na escuridão, mas que por um breve instante ilumina tudo o que somos.

E, talvez, no final, a verdade seja esta: nem sempre somos feitos para a vitória, para a glória ou para a redenção. Somos feitos para ser humanos, em nosso caos e em nossa graça, em nosso amor que queima e nos consome, mas que, de algum modo, nos torna vivos.

Não esperem respostas fáceis, nem um senso de completude. Joker: Folie à Deux é como a própria vida: maravilhosa e dolorosa em igual medida. Nem todos estarão prontos para vê-lo, mas quem estiver, sairá diferente, com o coração um pouco mais pesado e o olhar um pouco mais lúcido. E isso, meus caros leitores, já é algo extraordinário.

Bianca Agnelli

Note di Follia: Esplorando la Fragilità Umana in Joker: Folie à Deux

Il film più chiacchierato, odiato, svalutato e sottovalutato del momentoJoker: Folie à Deux. Diretto da Todd Phillips, è l’attesissimo sequel dell’universo cinecomico, con Lady Gaga nel ruolo di Harley Quinn e un Joker, interpretato da Joaquin Phoenix, che appare veramente massacrato e malconcio.

Potremmo parlare dei problemi di sceneggiatura che questa pellicola evidentemente ha – soprattutto riguardo al personaggio di Harley Quinn – ma ciò non è abbastanza per rendere il film “deludente”. Sono andata in sala sabato scorso e ho lasciato decantare le mie emozioni, in modo che la parte razionale del mio cervello non fosse troppo condizionata dal fatto che, sì, questo film mi è davvero piaciuto. Cercherò quindi di parlarne in maniera equilibrata e sincera.

La scena iniziale introduce un piccolo cortometraggio animato, dallo stile retrò e deliziosamente godibile. “What the World Needs Now Is Love”, ciò di cui il mondo ha bisogno ora è l’amore. È così che il film prende il via, e l’amore, con la sua accettazione e il suo tormento, è un tema pulsante lungo tutta la narrazione.

La prima cosa che ho notato appena il film è iniziato è l’estremo degrado e il malessere che gravano sul personaggio principale. Questo non è un film celebrativo. È un film che chi non ha mai affrontato o voluto affrontare la miseria umana – quella che, a tratti, tocca ognuno di noi – non riuscirà ad apprezzare. Empatizzare con un perdente senza riscatto, schiacciato dagli eventi e dalle persone, richiede impegno. Così come richiede impegno guardare in faccia la bruttezza della realtà senza aspettarsi alcun premio o contentino.

La narrazione è volutamente frammentata, specchio del protagonista. La scelta di Phillips di abbandonare la struttura tradizionale del genere cinecomico a favore di una trama più intimista e riflessiva è rischiosa, ma necessaria. Qui, la storia non segue l’eroe in ascesa o il villain in cerca di vendetta: Folie à Deux esplora l’idea del collasso dell’identità, della fragilità umana e del fallimento come condizione permanente, quasi impossibile da redimere.

Le performance degli attori sono il cuore pulsante del film. Joaquin Phoenix, con la sua consueta intensità, non interpreta solo Joker: plasma un Arthur Fleck svuotato, privo di speranza, eppure sorprendentemente capace di provare un amore disperato. Lady Gaga, nel ruolo di Harley Quinn, aggiunge una dinamica singolare: il suo personaggio è un contrasto di tenerezza e manipolazione, una figura complessa e sfaccettata che affonda in un amore malato e ossessivo.

Il film sarà presto disponibile in streaming, e vorrei avvisare i lettori del Jornal Rol che, se decideranno di guardarlo, non dovranno aspettarsi l’antieroe ribelle e iconico del primo film. La scelta qui è stata quella di raccontare la storia senza grandi sensazionalismi. Ci troviamo davanti a un essere umano del tutto spezzato, che conosce improvvisamente un sentimento salvifico: l’amore. Che l’amore, provato da una persona con evidenti disturbi mentali, sia qualcosa di bizzarro, sregolato e privo di logica è, in fondo, comprensibile.

L’innamoramento rapido, anzi, l’incendio improvviso di questo sentimento, ci viene raccontato con una fotografia estremamente poetica e brani iconici, tra cui spicca “For Once in My Life”, il cui testo risuona in perfetta sintonia con ciò che Joker prova: “For once, I have something I know won’t desert me, I’m not alone anymore. For once I can say, ‘This is mine, you can’t take it.’”

Eppure, più avanti nel film, vedremo quanto l’amore possa sollevare un animo umano, ma allo stesso tempo, quanto Joker sia divenuto vittima anche di questo sentimento. L’amore di Harley non è sincero. Come molti di noi, si è innamorata di un’immagine, di un’icona, non dell’uomo reale, imperfetto e fragile che si cela dietro il trucco da clown.

La complessità emotiva di questo Joker risiede proprio nella sua ambivalenza: vogliamo amarlo come icona, ma fatichiamo a vedere Arthur per ciò che è davvero. Non c’è riscatto, non c’è redenzione. Solo un tentativo di coesistere tra il caos di un’identità spezzata e un amore altrettanto distruttivo.

A livello tecnico, Phillips gioca bene con le luci e le ombre, amplificando le dualità del protagonista. Il montaggio, volutamente frammentario, riflette l’instabilità psicologica di Arthur e la colonna sonora – che si sposta da toni melanconici a esplosioni di gioia ingannevole – sottolinea magistralmente questo contrasto. Ma il ritmo, a tratti lento, potrebbe disorientare chi cerca una narrazione più adrenalinica o lineare.

Il film non è per tutti. Non cerca di intrattenere, ma di riflettere la condizione umana spezzata, e proprio qui si crea un distacco tra il pubblico che aspettava vendetta e chi, invece, è pronto a confrontarsi con la cruda fragilità dell’essere umano. Non troverete sparatorie folli, né una glorificazione dell’antieroe. Questo Joker è un uomo stanco, svuotato dalla vita e dal sistema che lo ha piegato. Eppure, in questo buio, c’è una bellezza rarefatta, un’estetica sottile che pulsa nei dettagli e nelle piccole evasioni oniriche che il film regala.

Il finale, così come i colpi di scena, non ve li racconto, perché credo debbano essere visti e vissuti con i propri occhi, nel silenzio denso delle vostre emozioni. Questo film non ha bisogno di una guida o di un manuale per essere compreso. Bisogna solo lasciarsi cadere, senza rete, in quell’oscurità emotiva che ci mette a disagio, ma che, proprio per questo, ha il potere di trasformarci.

In un mondo che ci spinge continuamente verso l’apparenza, Joker ci invita a sedere con il nostro dolore, a guardarlo dritto negli occhi, senza filtri, senza pietà. Non c’è nulla di rassicurante in questa storia, ma proprio lì, nella cruda e devastante vulnerabilità di Arthur, emerge una bellezza che non si può spiegare. Non è una bellezza fatta per essere compresa o afferrata; è un soffio che sfugge, una scintilla che si spegne nel buio, ma che per un breve istante illumina tutto ciò che siamo.

E forse, alla fine, la verità è proprio questa: non sempre siamo fatti per la vittoria, per la gloria o per il riscatto. Siamo fatti per essere umani, nel nostro caos e nella nostra grazia, nel nostro amore che brucia e ci consuma, ma che, in qualche modo, ci rende vivi.

Non aspettatevi risposte facili, né un senso di compiutezza. Joker: Folie à Deux è come la vita stessa: meravigliosa e dolorosa in egual misura. Non tutti saranno pronti a vederlo, ma chi lo sarà, ne uscirà diverso, con il cuore un po’ più pesante e lo sguardo un po’ più lucido. E questo, miei cari lettori, è già qualcosa di straordinario.

Bianca Agnelli

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Estômago – Uma viagem pelos apetites, impulsos e fantasias

COLUNA CINEMA E PSICANÁLISE

Marcus Hemerly e Bruna Rosalem:

‘Estômago – Uma viagem pelos apetites, impulsos e fantasias’

Card da Coluna Cinema e Psicanálise: 'Estômago – Uma viagem pelos apetites, impulsos e fantasias'
Card da Coluna Cinema e Psicanálise: ‘Estômago – Uma viagem pelos apetites, impulsos e fantasias’

“A fome é eterna, como a vida e como a morte”.
Machado de Assis

A interação entre indivíduo e seu espaço de vivência já foi tratada de forma recorrente no simulacro das artes. Não raro, o ambiente atua como um personagem coadjuvante que realça as experiências do main character, seja no ponto de intensidade, seja numa provação que delineia um entendimento de si próprio como uma engrenagem a seu derredor. No neorealismo italiano, a abordagem focada na pessoa, realça o matiz dramático impresso pelo cenário; a trilogia dos apartamentos de Roman Polanski tem sua aura de morbidez e insânia a partir dos lúgubres prédios que atuam como pano de fundo, formando um exemplo de densidade quase palpável daquela interação. 

Na história do cinema nacional, o viés existencial a partir dessa abordagem foi tratado com peculiar sensibilidade nas obras de Walter Hugo Khouri, muitas vezes comparado ao sueco Ingmar Bergman

O espectro, repise-se, de coadjuvação do ambiente como uma ferramenta narrativa já foi utilizado belissimamente, inclusive com uma fotografia melancólica e azulada, no cult ‘Cidade Oculta’, (1986), no qual a urbe parece quase voluntariamente guiar as peças de sua engrenagem rumo ao clímax da ação. 

No filme ‘Estômago’, de 2007, Nonato, (João Miguel) é um migrante nordestino que chega à cidade de São Paulo como muitos outros desde a explosão industrial dos anos 50 e 60, onde descobre um talento nato pela culinária, inicialmente, trabalhando como cozinheiro em um bar, sendo então descoberto pelo dono de um renomado restaurante. Sua história é contada de forma não linear a partir de uma cela na prisão. 

O porquê de sua segregação e o percurso até seu derradeiro destino é intercalado pelo rememorar de descobertas na metrópole, incluindo um dúbio e idealizado relacionamento com a prostituta Íria, interpretada por Fabiula Nascimento.  O tom de ingenuidade e quase pureza de Nonato é aos poucos confrontado com as intempéries e conflitos morais e circunstanciais no meio urbano, sempre impassível a seus habitantes naturais assim como os radicados.

A expressão “pegar pelo estômago” parece ser bem explorada nesta produção brasileira que evidencia a todo instante os prazeres e deleites proporcionados por uma refeição bem preparada. Raimundo Nonato, o cozinheiro, nos deixa claro que sabe o que está fazendo. Suas habilidades no preparo das refeições aprendidas, inicialmente, nos fundos de um bar fazendo coxinhas e afins, foi ganhando cada vez mais requintes de cozinha internacional.

Raimundo conhece os ingredientes, sabe como combiná-los no prato, parece ter o poder nas mãos ao misturar os alimentos e fazer surgir preparos “dos deuses”, exalando odores agradáveis, estimulantes na textura e no visual. Cores, formas, disposição, vibração. A refeição é convidativa, provocante, aguça aos olhos e a boca, se faz desejante, tudo o que se quer é devorá-la.

Uma voracidade ardente, muito bem vivenciada pela prostituta Íria, o grande amor de Raimundo. Ela expressa erotismo e sedução através da comilança. A pulsão oral evidenciada pelas cenas de grande prazer envolvendo o devorar das refeições e o ser devorada no ato sexual.  Genuinamente, uma das pulsões que mais nos marca é a oral. Desde os primórdios do nascimento procuramos satisfazer a necessidade por alimento. Gradativamente, esta necessidade torna-se demanda de amor. Não buscamos apenas saciar a fome, o que desejamos mesmo é o toque da pele, o afago, o calor, o acalento, a segurança de estar sendo cuidado e mais, os regozijos que este momento proporciona para o corpo e para a mente. Raimundo Nonato “pega pelo estômago” a todos a sua volta. 

Ele conquista sabedoria, autonomia, ganhos financeiros melhores, e até arrisca um pedido de casamento a sua amada Íria que, através do cozinheiro, evidencia a boca enquanto zona erógena que a entorpece de prazer. Curiosamente, em alguns momentos do filme, o enquadramento parece focar em outro orifício. Seria algo provocativo do diretor ao sutilmente nos lembrar que “tudo que entra, sai?”. Afinal a analidade também é um fator discutível quando se trata de zonas erógenas, e, propositalmente ou não, tal provocação é induzida a cada foco de câmera, num rememorar conjunto dos “extremos do prazer” e a multitude de estímulos proporcionados pelo corpo e mente.

Certa vez Nonato ouve de seu chefe, dono do restaurante italiano onde trabalhava atualmente, que o filé mignon era como se fosse a nádega da mulher. A melhor parte para se comer. Enquanto ele descrevia este pedaço da carne, apontava a Nonato o lugar exato de onde retirar da peça do boi a verdadeira iguaria. Parece que esta informação fixou como tatuagem no imaginário de Nonato: carne, nádega, melhor parte.

O que acompanhamos nas cenas seguintes é a passagem da metáfora para a coisa em si: Nonato, literalmente, prepara a nádega de Íria como um prato principal.  Inconformado com o que presencia numa noite, após sua amada não lhe dar notícias, vê uma das portas do restaurante entreaberta e ao adentrar o local, depara-se com um cenário indigesto: Iria e seu chefe em pleno romance regado a vinhos e muita fartura. Além desta infeliz visão, a prostituta que dizia a Raimundo nunca beijar seus clientes, enlaça sua língua ao do chefe, parecendo torná-la também parte daquela refeição.

Nonato então ceifa a vida daqueles dois traidores nos brindando com a icônica cena na cozinha fritando a iguaria. Na prisão, o cozinheiro passa a fazer verdadeiros milagres com os parcos alimentos ofertados aos presidiários, além da sujidade e imundície do local onde eram servidos. Notadamente, pelas suas habilidades e conhecimentos culinários passa a ser requisitado pelos colegas, conquistando espaço e prestígio. Mais uma vez a máxima “pegos pelo estômago” entra em cena e Raimundo vai ganhando cada vez mais respeito e admiração. Só restava um feito para que o cozinheiro ganhasse sua estrela: eliminar a chefia. Quase uma reprise do que havia feito outrora. 

Em um banquete final preparado com muito cuidado e dedicação para os encarcerados, Raimundo Nonato coloca seu tempero especial pondo fim a quem o impedia de alcançar patamares maiores. Pelo estômago mata-se a fome, e também mata-se o corpo. O cozinheiro que antes só sabia fazer coxinhas, hoje desfruta, mesmo que nos limites da cadeia, de um peculiar sentimento de glória.  Sua expressão final é de plena satisfação, nos deixando pistas para novos preparos.

O título foi redescoberto pela disponibilização nas plataformas de streaming, que vem servindo inclusive à popularização de filmes então esquecidos ou não destacados de forma merecida quando de seu lançamento, tal como a era das videolocadoras propiciava projeção a fitas cujo sucesso não havia sido expressivo nos cinemas. Recentemente, de forma reversa, uma importante realização nacional recebeu também novos ares a partir de seu relançamento nos cinemas após processo de restauração, ‘A Hora da Estrela’, adaptado da obra de Clarisse Lispector.

Assim como o protagonista, o olhar não fenecido pela dureza da cidade, mas ainda mantido intocado pela dureza da vida sem oportunidades, apresenta ao espectador a história de Macabéa, que de forma similar, é tocada pela indiferença e aspereza da cidade grande, que oferta a promessa ilusória de um aparentemente “dar de mãos” como amoroso receptáculo, mas que cerra os olhos à sorte de seus integrantes. 

Tamanho o sucesso das reflexões paralelamente compostas à comicidade, que o longo ganha nova vida também com o lançamento da continuação, que estreia nos cinemas no dia 29 de agosto. Quais serão os novos sabores ou dissabores criados por Nonato?

Marcus Hemerly e Bruna Rosalem

Contatos com os autores

Marcus Hemerly

Bruna Rosalem




Incompatível com a Vida

Cartaz do filme 'Incompatível com a Vida' - Cineclube de Itu
Cartaz do filme ‘Incompatível com a Vida’ – Cineclube de Itu

‘Incompatível com a Vida’. Próximo filme que será exibido pelo Cineclube de Itu. Um filme sensível e polêmico da consagrada cineasta Eliza Capai

O Cineclube de Itu selecionou para sua próxima exibição um filme, extremamente sensível e polêmico, dirigido por Eliza Capai.

A exibição gratuita acontecerá no dia 21 deste mês, uma sexta-feira,  às 20h00 no Confrades Bar que fica na Rua Padre Bartolomeu Tadei, 47 – Itu/centro.     

Sobre o filme:
O filme de teor autobiográfico, relata a experiência de Eliza quando começou a filmar sua própria gravidez, na época a ideia era filmar cenas do cotidiano de sua experiência da maternidade junto com seu companheiro.

Foto de João Pina
Foto de João Pina

A direção inicial do filme toma outro rumo, quando na 14. semana, recebe o diagnóstico de uma má formação fetal, tornando o bebê incompatível com a vida, sendo aconselhada pelos médicos a interromper a gravidez. Isto foi legalmente possível porque Eliza morava em Portugal, onde a lei sobre o aborto foi descriminalizada em 2007.

Para enfrentar sua dor, Eliza passa a conversar e filmar outras mulheres que passaram por situações semelhantes.

O filme questiona a problemática das políticas públicas relacionada a interrupção legalizada da gravidez e as lacunas no preparo dos profissionais de saúde para lidar com casos assim.

Passando pelos diversos conflitos das mulheres que enfrentam esta situação e, as implicações dos variados pontos de vista, nos levando a refletir profundamente sobre percepções da vida, morte e direitos.

Frame do filme 'Incompatível com a Vida'. Foto divulgação
Frame de ‘Incompatível com a Vida 2023. Imagem divulgação saite

Premiação:

O filme lançado em 2023 foi escolhido como vencedor da Competição Brasileira de Longas ou Médias-Metragens no festival de cinema “É tudo verdade”.

Segundo a opinião do júri  – “Pela coragem de mergulhar de maneira pessoal e poética num tema delicado e urgente, trazendo à luz a realidade de muitas mulheres e a urgência da discussão sobre os direitos reprodutivos no Brasil.”

A diretora Eliza Capai. Foto divulgação
A diretora Eliza Capai. Foto divulgação

Sobre a diretora Eliza Capai

Eliza, documentarista de carreira consolidada e respeitada, fez filmes de diferentes abordagens, sempre voltados para questões sociais e de gêneros.

O seu filme “Tão Longe é Aqui” percorre diversos países do continente Africano contando a história das mulheres que habitam este lugares tão diferentes de nossa realidade.

Entre outros vale destacar também o documentário “Espero tua (re)volta” marcado pela mobilização política dos estudantes do ensino médio.

Estes dois documentários, “Tão Longe é Aqui” e “Espero tua (re)volta”, já passaram pelas telas do Cineclube de Itu.

Sobre o evento:

O evento é uma contrapartida do projeto contemplado pela Lei de fomento ao setor audiovisual de apoio a cineclubes, através do edital 08/2023 – chamamento público 182/2023 promovido pela Secretaria de Cultura e Patrimônio Histórico de Itu subsidiado pela Secretaria de Cultura do Estado de SP.

Nota da prefeitura:

A Prefeitura da Estância Turística de Itu esclarece que, esta é uma obra independente, resultante do processo de seleção do Edital n. 182/2023, nos termos da Lei Complementar n. 195/2022 (Paulo Gustavo), do Decreto Federal n. 11.525/2023 (Paulo Gustavo) e do Decreto Federal (Fomento Cultural) n. 11.453/2023. Portanto, o conteúdo, opiniões emitidas e expressas nesta obra audiovisual são de exclusiva responsabilidade dos autores e não representam o poder público municipal.

SERVIÇO:

Exibição do Cineclube de Itu

Filme:      Incompatível com a Vida

Data:       21 de junho (sexta)

Horário:   20h00

Faixa etária recomendada: Acima de 14 anos

Duração: 92 minutos

Local:  Confrades Bar

End.: Rua Padre Bartolomeu Tadei, 47 – Itu/centro     

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13 Sentimentos

13 Sentimentos ganha teaser oficial com cenas inéditas

Cena do filme '13 Sentimentos'
Cena do filme ’13 Sentimentos’

Materiais: https://drive.google.com/drive/folders/1lk4QizD77ZvNdGqM22QK9ITzjGcwYPuD
Trailer: https://youtu.be/_8HvVd5hpbY?si=2yFIe9TbJg017jCV

Com direção de Daniel Ribeiro, 13 Sentimentos está disponível nos cinemas de todo o Brasil

Sucesso de público e crítica, representante do Brasil ao Oscar de Melhor Filme Internacional e vencedor do Prêmio Teddy no Festival de Berlim, “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” foi capaz de atingir inúmeras audiências com a sua história romântica e juvenil entre dois garotos durante os seus despertares sexuais. 10 anos depois, Daniel Ribeiro retorna ao formato de longa-metragem com 13 SENTIMENTOS, que já está disponível exclusivamente nos cinemas em todo o Brasil. Com distribuição da Vitrine Filmes, a obra é uma produção Lacuna Filmes, Claraluz Filmes, Canal Brasil e Telecine.

O filme é protagonizado por João, interpretado por Artur Volpi, um jovem cineasta que termina um relacionamento de 10 anos, mas que mantém uma amizade próxima com o ex-namorado. A busca por um novo amor leva João, um rapaz que prioriza laços afetivos, a conhecer Vitor (Michel Joelsas), por quem se apaixona à primeira vista. Aos poucos, o cineasta vai tentando controlar o relacionamento entre os dois, como se fosse um filme que estivesse construindo.

Daniel Ribeiro parte de uma experiência bastante pessoal, inspirando-se no fim de seu relacionamento com o também diretor Rafael Gomes, cujo longa “45 Dias Sem Você” (2018) é o retrato ficcional dos sentimentos que vivenciou após o término com o ex-companheiro. A resposta de Daniel vem agora com 13 SENTIMENTOS que, ao lado de “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, compõe uma trilogia sobre os sentimentos e relacionamentos, que será encerrada com “Amanda e Caio”, sobre um casal transgênero interpretado por Alice Marcone e Gabriel Lodi.

O roteiro foi escrito bem depois de todo o processo de superação da separação. Eu já tinha processado todos os sentimentos e compreendido quais caminhos eu percorri para estar aberto para uma nova relação. Eu percebo que gosto de escrever sobre minhas experiências com um olhar mais completo de como elas aconteceram.”

Em 13 SENTIMENTOS, o cineasta aponta que o escapismo é um dos temas caros ao cinema e, nesse sentido, a arte também serve como um mediador disso. João vai utilizar o fato de ser roteirista para criar uma versão da sua vida que seja perfeita. 

Eu acredito que escrever um roteiro e fazer um filme sobre minhas experiências é uma forma de compreender melhor meus sentimentos, e neste filme isso foi transferido para o personagem João, que também passa a escrever um roteiro onde ele pode transformar as partes da realidade que o desagradam, reviver cenas do passado como ele gostaria de ter vivido e reescrever os finais para serem mais felizes. Muitas pessoas aproveitam a experiência de assistir a um filme de ficção como um espelho da própria vida e, consequentemente, compreender melhor os próprios sentimentos, compartilhando-os secreta e intimamente com os personagens dos filmes. 13 SENTIMENTOS, de alguma maneira, aborda essa ideia de buscar uma fuga nas histórias ficcionais, mas também lembra que uma hora precisamos enfrentar a realidade.

Outro elemento importante dentro do filme são as redes sociais como forma de conexão entre as pessoas no mundo contemporâneo. “Não tem como fugir de celulares, mensagens e redes sociais quando se faz um filme sobre relações humanas em 2024. Por outro lado, eu não queria que a gente ficasse vendo tela de celular nem mensagens sendo escritas na imagem. Dessa forma, tivemos que ser criativos em traduzir para o cinema as interações via celular, a exemplo de como vemos um longo diálogo entre duas pessoas que estão conversando em um aplicativo de relacionamento. A outra solução foi sempre trazer para o diálogo aquilo que os personagens estavam vendo no celular, deixando para o espectador imaginar o que os personagens estão vendo.”

Filmado em 2023, Ribeiro ressalta que “era um momento em que pessoas LGBT+ estavam voltando a respirar aliviadas depois de um período sombrio, de tensão e insegurança sobre o futuro. Acho que o filme traz esse sentimento de esperança, de um Brasil em que a diversidade é possível, onde todos podem viver sem medo de ser quem são.”

Além do registro de uma contemporaneidade onde muitas dinâmicas são ditadas pela tecnologia, 13 SENTIMENTOS é também um filme que retrata a busca do amor, um sentimento tão universal, do ponto de vista de um personagem gay, trazendo pra telas a diversidade de experiências humanas e a pluralidade dos relacionamentos homoafetivos de uma forma em que todo público consegue se enxergar e se relacionar.

O elenco de 13 SENTIMENTOS, assim como as personagens, prima pela diversidade, um traço característico dos filmes de Ribeiro, e inclui nomes da nova geração de atores e atrizes que se destacam no cinema e televisão brasileira. Volpi é conhecido por seu papel em “Segunda Chamada”. Michel Joelsas se destacou em “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” e “Que Horas Ela Volta?”. Marcos Oli, que faz Chico, ganhou reconhecimento em “Malhação” e “As Five”. Julianna Gerais, interpretando Alice, é lembrada por “Todxs Nós”. Igor Cosso, como Leo, atuou em “Malhação” e “Salve-se Quem Puder “. Cleomacio Inácio (Martin) é conhecido pelo musical “Tatuagem” e a peça “A Herança”. Já Sidney Santiago (Hugo) ganhou destaque em “Rensga Hits!” e “Segunda Chamada”.

Na equipe artística, o longa conta com direção de fotografia de Pablo Escajedo (“O Guri”), montagem de Cristian Chinen (“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”), direção de arte do estreante João Vitor Lage e a trilha sonora de Arthur Decloedt (“Coisa Mais Linda”, “La Parle”). A produção do longa é assinada por Daniel Ribeiro, Diana Almeida (“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, “Veríssimo”) e Fernando Sapelli (“Raquel 1:1”, “La Parle”).

O longa 13 SENTIMENTOS receberá apoio do Projeto Paradiso, que faz parte do programa Brasil no Mundo, de apoio à participação de filmes e séries de ficção brasileiros em grandes festivais e mercados mundo afora.

Teaser oficial do filme ’13 Sentimentos’

Teaser oficial do filme ’13 Sentimentos’

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Terra de Ciganos

Terra de Ciganos, de Naji Sidki, será exibido no
16° Festival In-Edit BRASIL

Com direção de Naji Sidki, filme está presente na competição nacional do festival internacional do documentário musical

Cartaz do filme ‘Terra de Ciganos’

Terra de Ciganos, de Naji Sidki, produzido pela Veríssimo Produções, foi selecionado para a competição nacional do 16° Festival Internacional do Documentário Musical, que acontecerá do dia 12 a 23 de junho, em São Paulo. O filme acompanha com um olhar especial a busca pela preservação das tradições ciganas em meio a integração à sociedade brasileira. Considerado um road movie musical cigano, o documentário acompanha famílias de músicos ciganos, suas artes, adversidades e tradições.

O diretor Naji Sidki conta que o In Edit é uma ótima janela para a obra: “estrear Terra de Ciganos na Mostra Competitiva do In Edit é ver o filme encontrar seu lugar. Sua primeira exibição será em um festival internacional de documentários musicais, um espaço cujo principal diálogo é universal – a música – e isso é muito gratificante”.

O filme retrata o povo cigano em uma viagem pelas diversas paisagens deste país gigante, buscando os poucos remanescentes da comunidade que ainda moram em barracas, que mantém sua língua e modo de vida tradicional. Através de músicos ciganos, o longa faz uma viagem por essa cultura enigmática e resiliente.

‘“A compreensão da arte envolve, além do concreto – letra e sua tradução -a abstração dos sentimentos e, incluído na programação do In Edit, o povo brasileiro de etnia cigana encontra lugar onde hastear sua bandeira e se apresentar”, explica Naji.

Sessões TERRA DE CIGANOS

Domingo, 16 Junho 2024 | 18:00 – CINESESC – preço dos ingressos R$ 10,00 cada

R. Augusta, 2075 – Cerqueira César, São Paulo – SP, 01413-000

Terça-Feira, 18 Junho 2024 | 18:00 – Spcine Olido – gratuito

Av. São João, 473 – Centro Histórico de São Paulo, São Paulo – SP, 01036-000

Domingo, 23 Junho 2024 | 16:00 – CINEMATECA BRASILEIRA – gratuito

Largo Sen. Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino, São Paulo – SP, 04021-070

Sinopse

O Brasil é o lar da terceira maior população cigana do mundo, com aproximadamente 800 mil membros. O diretor Naji Sidki explora a vida de várias comunidades ciganas pelo país, mostrando como preservam suas tradições enquanto se integram à sociedade brasileira, com um olhar especial para os desdobramentos na música.

FICHA TÉCNICA:

Terra de Ciganos Brasil | 2024 | 90’

Produtora: Veríssimo Produções

País: Brasil

Ano: 2024

Duração do filme: 90′

Direção: Naji Sidki

Produção Executiva: Kátia Coelho

Gerente Financeira: Vânia Brandão

Roteiro: Kátia Coelho e Naji Sidki

Pesquisa: Kátia Coelho e Naji Sidki

Diretor de Produção: Farid Tavares

Produtor Nordeste: Guilherme Cesar

Assistente de Direção: Ananda Guimarães

Direção de Fotografia: Naji Sidki

Operador de Câmera: Naji Sidki

Operador de Drone: Emerson Pena e Roseane Romão

Correção de Cor: José Francisco Neto

Montagem: Daniel Souza

Som direto: Olivia Hernández Fernández

Desenho de Som: Tide Borges, Pedro Martins, Daniel Souza e Ariel Henrique

Consultores Ciganos: Nicolas e Ingrid Ramanush

Músicos: Vitsa Ramanush: Nicolas Ramanush, Ingrid Ramanush, Buda Nascimento, Denis Rudah e Rogerio Loebel / Breno Cigano / Ronaldo Carlos / Batista Cigano e Erasmo Ferraz / Ferreirinha e Dodó / Fabiano e Bruno Cigano

Personagens: Islaine Confessor/Gláubia Cristina/ as crianças Tareq/Laila e Medeiros/ As calins Tata, Sara e Mara/ Carlos e Floriano/ Léo e Rosana Lima (Circo Big Brother) Acampamento de Carneiros (Alagoas) Pedro Leopoldo (Minas Gerais)

Produtoras Associados: DotCine / Coelho Filmes e Mistral

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Embaúba Play

Confira os destaques da semana na Embaúba Play: filmes de Felipe M. Bragança!

Filme “Tragam-me a Cabeça de Carmen M.”
Filme “Tragam-me a Cabeça de Carmen M.”

‘Não Devore Meu Coração’ e ‘Traga-me a Cabeça de Carmen M’ estão disponíveis na Embaúba Play

Nesta semana, a Embaúba Play apresenta dois filmes imperdíveis do diretor Felipe M. Bragança. Carla Maia, curadora da Embaúba Play, ressalta: “Os dois filmes, apresentados juntos, atestam a versatilidade do diretor e sua recusa em fazer concessões a saídas fáceis ou fórmulas padronizadas de narrativa. Seu trabalho, bastante original, aposta no experimentalismo e na sensibilidade e inteligência do espectador, que é convidado a criar seus próprios sentidos a partir do que vê e escuta em tela.”

Não perca a oportunidade de assistir, no conforto da sua casa, ao primeiro longa-metragem solo do diretor, “Não Devore Meu Coração” (2017), baseado no livro “Curvas do Rio Sujo” (2003) de Joca Reiners Terron. O filme, ambientado na fronteira do Brasil com o Paraguai, teve sua estreia mundial no Festival de Cinema de Sundance e passou por importantes festivais.

Filme “Não Devore Meu Coração”

Materiais Imprensa
https://drive.google.com/drive/folders/1i6y09hPnKM21us03Vp-5RPC5a97U54JP?usp=sharing

Sinopse – Não Devore Meu Coração

Uma fábula sobre o amor, a violência e as memórias na fronteira entre o Brasil e o Paraguay. Joca é um garoto brasileiro de 13 anos que está apaixonado por Basano, uma garota paraguaia indígena. Para conseguir conquistar o seu amor, Joca vai ter que enfrentar o passado de violência de uma região marcada pela guerra e encarar os segredos de seu irmão mais velho, Fernando, membro de uma gangue de motoqueiros da região.
Ficha Técnica

Direção: Felipe Bragança

Roteiro: Felipe M. Bragança

Fotografia: Glauco Firpo

Direção de arte: Dina Salem Levy

Figurino: Ana Carolina Lopes

Montagem: Jon Kadoksa

Já em ‘Traga-me a Cabeça de Carmem M.’ (2019), Ana, uma atriz portuguesa, chega ao Brasil para se preparar para seu próximo papel como Carmen Miranda. Durante o processo, ela enfrenta uma crise de identidade nacional, desafiada por sua exigente e enigmática diretora. O longa é dirigido em parceria com Catarina Wallenstein, que também dá vida à protagonista do filme.

Filme “Tragam-me a Cabeça de Carmen M.”
Filme “Tragam-me a Cabeça de Carmen M.”

Materiais Imprensa
https://drive.google.com/drive/folders/1_ddCxUCh4TjAmPxiSVq1gjveWUJQZOf9?usp=sharing

Sinopse – Tragam-me a Cabeça de Carmen M

Ana, uma atriz portuguesa, vem ao Rio de Janeiro e mergulha no pesadelo cultural brasileiro atual, enquanto procura viver Carmen Miranda em um misterioso longa-metragem dirigido por uma diretora fantasma.
Ficha Técnica

Direção e roteiro: Felipe Bragança e Catarina Wallenstein

Produção: Duas Mariola Filmes e Cavideo

Elenco: Catarina Wallenstien, Helena Ignez, Marcos Sacramento, Lux Négre, Luiz Alfredo Montenegro, Priscila Lima, Higor Campagnaro

EMBAÚBA PLAY é uma plataforma especializada em cinema brasileiro contemporâneo, que organiza e facilita o acesso aos longas, médias e curtas, a partir de um recorte curatorial.

Outra particularidade do serviço é que o aluguel será avulso, assim não será necessário fazer uma assinatura fixa. O valor dos longas-metragens  é menos que 10 reais (1,50 dólar) e os filmes podem ser vistos em até 72 horas.

A plataforma conta com mais de 550 títulos, trazendo obras de nomes de ponta do cinema independente nacional, como Adirley Queirós, Affonso Uchôa, André Novais Oliveira, Bruno Safadi, Felipe Bragança, Gabriel Mascaro, Guto Parente, Helena Ignez, Juliana Rojas, Kleber Mendonça Filho, Leonardo Mouramateus, Marcelo Caetano, Marcelo Pedroso, Marco Dutra, Marília Rocha, Maya Da-Rin, Paula Gaitán, Renata Pinheiro, Rodrigo de Oliveira, Sandra Kogut e Thiago Mendonça.

Traz também filmes de cineastas que se destacam pelos seus trabalhos em curta metragem, como Ana Carolina Soares, Fábio Leal, Distruktor, Karen Akerman, Marcellvs, Marco Antônio Pereira, Marcos Curvelo, Rafael Urban, Sávio Leite e Thais Fujinaga.A Embaúba Play é um projeto realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo.

Acesse a Embaúba Play pelo site http://embaubaplay.com/

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