Fidalgo
Pietro Costa: Poema ‘Fidalgo’
Dose cavalar a resvalar episódios de loucura
Pinote invulgar e que a toda vista se faz vistoso
Meu reverso por certo e minha arguta desventura
Por rotas sinuosas, pretende o laurel majestoso
Provido do dom de fazer uma criança gigante
No medo visto, vivido e redivivo, sem desviar
Testemunha de tantos sentimentos oscilantes
Em sua bela cela, eu parecia maior ao cavalgar
Saudades desse amigo precioso de infância
Das glórias e medalhas hauridas, das sofridas lesões
Então divido com vocês essa dadivosa lembrança
De nossas traquinagens, proezas, segredos, confusões
Um dia nos reencontraremos, nos verdejantes campos do céu
Para resgatar nossas viagens em direção ao infinito êxtase
Enquanto isso, danço versos “in memoriam”, prodigioso corcel
Tomando as rédeas do chamamento dessa inspiração recente
Pietro Costa