Eva, mãe
Edna Froede: Poema ‘Eva, mãe’
Nas asas do tempo ela surge,
escolhida, ungida:
Eva, aquela que leva a vida.
Privilégio divino em sua sina,
trilhar caminhos onde a luz se avista e ensina.
Da sua semente, um dia, brotaria,
o Unigênito, Filho de Deus, trazendo-nos plena alegria.
No presente, Ele se faz, o Primogênito,
reunindo-nos em laços fraternos, em comunhão,
tornando-se nosso irmão.
Como Eva, tantas mães são chamadas,
a cumprir a nobre missão materna.
Conhecer um vislumbre do amor divino,
neste ato sublime de gerar uma vida e, através dela,
sentir-se plena e eterna.
Amor ou dor, escolha ou acaso,
elas trazem à luz, um ser em princípio, enigmático.
Responsáveis por nutrir e cuidar,
com o fogo sagrado do amor maternal,
não medem esforços para livrá-lo de todo o mal.
Sentem o filho como extensão de si,
projeção de sonhos e aspirações.
Tudo fazem para que ele floresça,
em valores sólidos, sua essência enraizada,
sempre saudável, cresça.
E seguem além, buscando seu sucesso,
na trilha da vida, compartilhando o peso.
Choram suas dores, regozijam-se em suas glórias.
Mães, o próprio Paraíso na dor e na alegria,
na presença, ou na falta,
nostalgia.
Feliz dia das mães, a todas, em especial,
à minha, Marlene Domingues Torquato da Silva,
que como uma estrela guia, brilha,
neste vasto céu da maternidade, minha mãe querida e abençoada, daqui, até a Eternidade!
Edna Froede