À Olavo Bilac: Um tributo poético
Edna Froede: ‘À Olavo Bilac: Um tributo poético’
Em dezembro de um Rio outrora esplendor,
nasceu um poeta, de alma e fervor:
Olavo Bilac, a quem rendemos louvor,
Príncipe dos Poetas, em versos de amor.
Seu primeiro livro, ‘Poesias’, flor de outono,
em 1888 trouxe ao mundo o tom ameno,
do parnasianismo, mestre sereno,
mas com o coração, ao público, um trono.
De escolar inspetor e jornalista ousado,
criticou Floriano, o governo ditatorial,
e na prisão conheceu o frio e o agrado,
mas manteve firme o vernáculo inspirado.
Fundador da Academia, a cadeira honrou,
escreveu o Hino, à Bandeira elevou,
nacionalismo e serviço, com fervor pregou,
e no coração do Brasil seu legado ficou.
Boêmio e romântico, sua vida intrigava,
noivo de Amélia, amor que o destino negava,
a desilusão em poesia transbordava,
um rigor formal que o perfeccionismo alçava.
Seus versos fluem, como estrelas a brilhar,
na Via Láctea, a inspiração a buscar,
‘Ouvir Estrelas’, o amor a ensinar,
pois só quem ama pode as estrelas escutar.
Bilac, em tuas linhas o Brasil encantou,
e até hoje teu nome em ouro ficou.
Teu espírito, nos poemas, sempre reinou,
e eternamente, no coração do povo se instalou.
Edna Froede