Fundo do poço
Loide Afonso: Poema ‘Fundo do poço’
Sabias que hoje não preguei o olho
A noite toda?
Não? Pois não, né?
Como ias saber?
Como saberias, se
Não conheces
A dor
O medo
A raiva
Autossabotagem
Pavor
Como é que vais saber
Se não sentes
Mentes que
Sentes
Ontem
Foi por pouco
Eu quase
Sucumbi
Morri
Desisti
Sabes que mais?
Não vou sumir
Vou me abrir
E rasgar
Meu peito
Pra tu saíres
Andares
Ou correres um pouco
Seu gordo!
Loid Portugal