Música, vibração e o corpo
SAÚDE INTEGRAL
Joelson Mora: ‘Música, vibração e o corpo’


A música sempre esteve presente na história da humanidade, seja como expressão cultural, ferramenta de conexão espiritual ou meio de regulação emocional. No entanto, seus efeitos vão muito além da arte: a vibração do som tem impacto direto sobre o corpo e o inconsciente, influenciando desde a frequência cardíaca até como processamos emoções e memórias.
Cada som é uma onda vibracional que se propaga pelo ar e interage com nosso corpo. Estudos demonstram que diferentes frequências sonoras podem influenciar nosso sistema nervoso, ativando respostas fisiológicas como a liberação de dopamina, a regulação do ritmo cardíaco e a redução da tensão muscular. Sons graves tendem a gerar uma sensação de aterramento, enquanto frequências mais agudas podem estimular estados de alerta.
Nosso cérebro processa a música de maneira complexa, ativando regiões relacionadas à memória e à emoção, como o hipocampo e a amígdala. Isso explica por que algumas canções despertam lembranças específicas ou influenciam nosso humor instantaneamente. Além disso, a música pode ser usada terapeuticamente para tratar transtornos como ansiedade e depressão, pois auxilia na regulação do sistema nervoso autônomo.
Pesquisas mostram que determinadas frequências sonoras podem induzir estados alterados de consciência. As batidas binaurais, por exemplo, são utilizadas para estimular ondas cerebrais alfa e teta, associadas ao relaxamento profundo e à meditação. Frequências de 432 Hz e 528 Hz são frequentemente associadas a um estado de harmonia e bem-estar.
Culturas antigas sempre atribuíram à música um papel espiritual. Cantares gregorianos, mantras indianos e instrumentos xamânicos têm sido utilizados ao longo dos séculos para promover estados de cura e elevação espiritual. No judaísmo, por exemplo, o som do shofar é util sddsizado como um chamado à reflexão e renovação.
A musicoterapia é uma área em crescimento que utiliza a música para reabilitação e melhoria da saúde mental. Estudos comprovam que melodias harmônicas ajudam pacientes com Alzheimer a resgatar memórias CCO e a melhorar a cognição. A
Além disso, ritmos específicos podem melhorar a coordenação motora em pacientes com Parkinson.
A música e a vibração transcendem a audição, alcançando nosso corpo e mente de forma profunda. Seja por meio de efeitos fisiológicos, estimulação da memória emocional ou influência espiritual, os sons são uma ferramenta poderosa para o equilíbrio e a saúde integral. Incorporar a música conscientemente em nossa rotina pode ser uma estratégia eficaz para bem-estar e autoconhecimento.
Joelson Mora