Uma estranha no galinheiro
Clayton Alexandre Zocarato: ‘Uma estranha no galinheiro’


às 17:30 PM
Em um galinheiro qualquer, em torno de uma fazenda qualquer, comum a todas as outras, uma estranha ave adentra o recinto das galinhas.
Era muito grande para ser uma delas, e muito pequena para ser um avestruz.
Tinha um porte arquejante, pomposo e altivo.
As galinhas ficaram olhando curiosas ‘aquela’ estranha figura ‘bípede’ penosa, que adentrou em seu universo, mas não se atreveram a se pronunciar, ou fazer qualquer tipo de ruído.
A águia movimentou o pescoço para um lado, para o outro, e ficou ‘chocada’, com os olhares de julgamento recebido das galinhas.
O silêncio no galinheiro foi quebrado, com o bater de suas asas, que passou violentamente por entre a curta entrada detida entre o poleiro e o cocho de água, e que se perdeu no azul-celeste da madrugada.
Em terreiro que galinha cisca, águia não faz cria.
Clayton Alexandre Zocarato
Texto baseado no livro A águia e a Galinha, de Leonardo Boff, realizado na E. E. ‘Professor Mario Florence – Novo Horizonte – São Paulo, durante uma Orientação Técnica feita com professores da Sala de Leitura e Redação da Diretoria de Ensino de Catanduva–SP no dia 13/05/2025, sob supervisão da professora Aline Fernanda Lopes de Sousa.