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O poder cognitivo
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo:
‘O poder cognitivo’
Na vida do ser humano, praticamente, tudo se adquire, tudo se perde ao longo de toda uma existência física. As sucessivas aquisições iniciam-se bem cedo na vida de cada pessoa: andar, falar, integrar-se, desenvolver-se física, espiritual e intelectualmente. Também a partir de uma determinada fase da existência da pessoa humana, na velhice, se vai perdendo, tudo o que se obteve, incluindo a própria vida.
A capacidade aquisitiva do intelecto, bem cedo começa a encontrar dificuldades, concretamente ao nível da memorização, ainda que, relativamente compensado pela faculdade da compreensão, com o resultado da experiência.
A fórmula é das mais simples: tudo o que nasce morre. Apesar de disso, há algumas aquisições que, de facto, só a doença e a morte (absoluta ou relativa) retiram ao homem.
Pode-se perder o emprego, os bens, os amigos, a família, a liberdade, qualquer que esta seja, mas o poder do conhecimento, esse, efetivamente, só algumas doenças e a morte é que o destrói.
Conhecer, em abstrato, com subjetividade, e em concreto, objetivamente, uma determinada área, domínio ou parcela da realidade é uma forma de “Poder”, para o bem e para o mal: “Conhecer é Poder”.
O homem nasce, aparentemente, ignorante e manter-se-ia nessa situação se todo um processo socializante não atuasse nele, com muitos dos seus agentes intervenientes e influentes: família, Igreja, escola, empresa, comunidade, comunicação social, entre outros.
A influência de cada agente socializador é diferente, sendo difícil avaliar qual o mais decisivo: qualitativa e quantitativamente, reconhecendo-se, porém, a Escola, através do sistema educativo, como fundamental para o exercício do poder intelectual e de realização concreta de projetos de vida real.
O conhecimento teórico aliado à prática, e/ou vice-versa, são os carris por onde circulará o comboio da vida, ainda que parcial, para o sucesso e para o bem-comum da humanidade.
Teoria e prática, bem utilizadas, sem preconceitos de uma ou de outra, devem coexistir no homem de poder, de contrário, não haverá poder, ou, então, este não é reconhecido pelos outros.
É, também, no poder cognitivo da pessoa humana que reside a sua supremacia.
Venade/Caminha – Portugal, 2024 Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
há um rio que passa no meio de minha cidade e os valados separa o meio lado da terra conhece bem solitude entre elas correm razão e sentidos
descortina ao centro cachoeira dançam águas bailando deparam-se faceiras com troncos semiamados pedras tão desoladas
ainda rolam pedras vivazes árvores margeando palco de amantes tenazes entrelaçados galhos se acasalam dão frutos
são salvos deleites juntos os provemos! águas poucas definha meio corpo seu no rio enquanto houver água deságua e não me afoga… serei correnteza desce cascata!
vivo em água que jorra até rolarem todas pedras da vida és meu rio claro correntezas em fúria e emoção deita na água coração alado
‘Organização, gestão do lar e mesa posta’ é a terceira coletânea de Cristina Barth como coautora
Apresentação
Eu vejo todo livro como um organismo vivo.
No seu livro “A Grande Magia”, Elisabeth Gilbert, que é autora best-seller, romancista, conta as histórias de inúmeros livros que pensou em escrever, não escreveu, e que depois foram escritos – exatamente como ela imaginou – por outros autores que ela sequer conhecia.
Antes mesmo dele nascer, quando ele ainda é uma ideia, o livro já é vivo e busca por autores para que ele seja escrito. Quando eu tive a ideia de organizar esta coautoria, antes mesmo de chamar a Débora Souza para se juntar a mim na sua organização, eu tive uma ideia dele.
Minha ideia é que ele fosse um conjunto de capítulos técnicos e práticos sobre o tema: organização, gestão do lar e mesa posta. Mas, o fato de que eu mesma sou uma pessoa que
necessita ler e aprender sobre esse tema, me fez pensar e buscar por uma pessoa que estivesse ao meu lado nesta jornada, porque eu me sentia um pouco incapaz de fazer isto
sozinha. Então, surgiu a ideia de convidar Débora para organizá-lo comigo.
Porém, vivo como é, você tem em mãos um livro diferente do que idealizei inicialmente. À medida que recebia os textos das coautoras fui percebendo que minha ideia inicial não se
sustentaria com os textos que estava lendo. Como Viktor Frankl afirma sobre os seres humanos, no seu livro “Em Busca de Sentido”, também afirmei, sobre este livro, “em última análise, o ser humano decide se cede às condicionantes, ou se lhes resiste”.
Sua ideia inicial era uma condicionante, mas suas autoras estavam como que resistentes à ideia original, dizendo: o livro quer nascer diferente, vamos resistir a essa condicionante. Era o próprio livro nos dizendo como realmente desejava nascer: espiritual, repleto de vida e histórias emocionantes, regado a lágrimas de alegria, memórias e suor. Belo. Mas, com pitadas de técnica, tem até receita de broa. Prático. Vivo.
Você tem nas suas mãos um livro, uma obra, um organismo vivo que, certamente, ganhará outra cor, cheiro e sabor ao ser lido e vivido por você. Aproveite, você tem diante dos seus olhos um organismo vivo, como uma fonte, da qual jorram rios de águas vivas e cristalinas.
Com carinho,
VIVIANE VEIGA TÁVORA
Sinopse
Você tem nas suas mãos um livro, uma obra, um organismo vivo escrito e vivido a muitas mãos que, certamente, ganhará outra cor, cheiro e sabor ao ser lido e vivido por você. São histórias, dicas, testemunhos, modelos práticos para edificar sua vida e lhe inspirar a organizar e fazer gestão do seu lar, bem como convidar sua família para as refeições à mesa.
Serviço
Livro: Organização, gestão do lar e mesa posta
Editora: Literatura Superpoderosa
Organizadoras: Viviane Veiga Távora e Débora Souza
ISBN: 978-65-983101-9-6
Número de páginas: 150
Preço: R$ 59,90 (livro físico) e R$ 49,90 (livro digital)
Datas do lançamento:
Presencial: 23 de novembro, às 14h, em Alphaville (lançamento fechado)
On-line: dezembro, via YouTube (data ainda a definir).
Sobre Cristina Barth
Olá, eu sou Cristina – esposa do Kersten, mãe da Talissa, do Evandro e da Anny, e avó da Celine. Moro em Zurique, Suíça.
Atuo com amor e profissionalismo como terapeuta familiar e individual, direcionado à reconexão e equilíbrio nas relações, promovendo acolhimento e harmonia para a família e para o indivíduo também.
Além desta, sou coautora de mais dois livros: ‘Tempo de se Amar: mulheres reais e suas histórias de superação por meio do autoconhecimento’ e ‘Caminhos para Superação: como pessoas comuns se tornaram extraordinárias’.
Para saber mais sobre mim e meu trabalho acesse o meu meu e-meio: cristina.s.barth@gmail.com e visite minhas redes sociais:
Resenha do livro ‘A força dos ipês: mais que uma reparação’, de Sônia Santé, pelo Grupo Editorial Caravana
RESENHA
Um livro com narrativas potentes e poderosas sobre amor, ancestralidade e resgate do passado.
Ambientado em uma fazenda do século XIX, Sônia nos brinda com uma história de amor, onde familia, sacrifícios e muita esperança permeiam esta narrativa cativante.
Histórias entrelaçadas pelo destino em uma paisagem incrível de Minas Gerais.
Este livro lindo foi habilitado para o Prêmio Carolina Maria de Jesus, um dos mais consagrados do país.
Leiam, vocês vão se emocionar!!
Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube
SINOPSE
“Tormentos e torturas ficarão no passado. Aqui não será lugar de chicote e nem de submissos, e os troncos serão os dos ipês, que sustentam galhos e flores coloridas e delicadas”.
Força e Resistência representam os ipês, e é o que se espera de cada integrante da família Ponte.
Num passado recente, um ato impulsivo da jovem Aruna acarretou amarguras e incertezas para essa família.
Doug, um homem atormentado que desconhece as suas raízes, se deixou envolver pela jovem, e, ao reencontrá-la, vislumbra a sua vingança.
Amina, uma artesã das palavras, é contratada para escrever a história de Aruna e Doug.
Na tecitura de imprevisibilidade, do aleatório e do fortuito, esse enredo se entrelaça aos acontecimentos da sua própria vida.
Decisões os transformarão.
Revelações os conduzirão.
Mas para onde o (re)encontro os transportará?
SOBRE A OBRA
Em seu livro físico, “A força dos ipês: mais que uma reparação”, Sônia recorre às vozes dos antepassados de uma fazenda do século XIX, no interior de Minas Gerais e a resiliência dos ipês se entrelaçam em uma narrativa de amor, resistência e reparação, que conecta gerações e revela emoções profundas que moldam nossas identidades.
A ideia de escrever este romance surgiu do desejo de Sônia em se reconectar com suas raízes e seu primitivismo.
Sua inspiração veio de sua historicidade, dos sentimentos, do que viveu, e, acima de tudo, do desejo de fazer ressoar as vozes ancestrais.
Daí surge este romance regional contemporâneo que se passa numa fazenda do século XIX; que por sua vez, foi cenário de açoites, submissões e de reparações no passado.
As narrativas foram permeadas pelos valores, costumes e a oralidade mineira, associadas aos elementos figurativos da cultura africana e a natureza, representada pelos ipês.
SOBRE A AUTORA
Sônia Aparecida dos Santos Pereira é mineira, nascida em linda e histórica cidade de Mariana, primeira cidade de Minas Gerais. Vive atualmente em Belo Horizonte.
Formada em Pedagogia e doutora em Educação, após a aposentadoria mergulha de corpo e alma no universo literário e escreve romances, contos e poesias.
Sônia escreve de forma simples para que suas narrativas possam ser compreendidas por todos. Tem cinco romances publicadas como e-books na Amazon, alguns contos em duas antologias e poesias que divulga em suas redes sociais.
Adoro escrever, viajar, ficar com os meus familiares, tomar banho de cachoeira, ler, orar, saborear a comida mineira e experimentar outros sabores. Acredito no poder das palavras para empoderar as pessoas, em especial aquelas que vivem na invisibilidade. Busco pavimentar o meu percurso literário com encantamentos, sonhos e representações. Assim, escrevo para tocar a alma dos leitores: minhas palavras encantam e minhas histórias transformam.
‘O reconhecimento que não alimenta professores, trabalho e dignidade’
A cada início de um ano lectivo, as escolas privadas, com as devidas excepções evidentemente, apresentam suas novas tabelas de propinas. Os custos para os pais sobem e, com eles, a promessa de uma educação de qualidade que justifique o valor pago. Mas, pergunto: onde está a melhoria na vida dos professores, aqueles que sustentam, diariamente, essa promessa?
É triste constatar que, enquanto as mensalidades aumentam, o salário do professor não acompanha esse crescimento. Muitos passam por 5 ou 6 turmas por dia, moldando mentes e preparando futuros, mas seu rendimento não equivale sequer à mensalidade de dois alunos. É uma falta de sensibilidade por parte de algumas instituições, uma miopia que ignora a realidade daqueles que são a espinha dorsal de todo o processo educativo.
Nelson Rodrigues, sempre crítico e sagaz, recorda-nos de que certos brios não se alimentam apenas de palmas e boas palavras; exigem um salário condigno e três refeições. E como discordar? O que vale ser aclamado como ‘Professora/r do Ano‘, se esse reconhecimento vem apenas em forma de um certificado cheio de belas palavras? O professor precisa de condições reais e dignas, que o façam sentir que seu trabalho é valorizado de verdade, além dos elogios.
Feedback é importante, claro. Sentir-se reconhecido motiva, mas elogios não pagam as contas. Se a instituição cresce, os professores também deveriam crescer com ela. No entanto, parece que vivemos um ciclo perverso, onde os donos de algumas escolas prosperam e os professores mal sobrevivem. Essa ideia romântica de que “Educação é coisa do coração” pode até tocar algumas almas, mas o coração bate descompassadamente quando o bolso está vazio e as despesas são maiores que o salário. Quantos professores, sem condições, tem de deixar seus filhos com fome enquanto veem seus alunos, da mesma idade, a levar para a escola sanduíches recheados, sumos naturais e outras delícias? O coração dói, e Santo Expedito, nessa hora, é invocado na esperança de dias melhores. Mas, a pergunta persiste: “Quando os índices de motivação dos professores estão baixos, é possível manter a qualidade do ensino ?” Sabemos todos que não.
O excesso de trabalho, a pressão por cumprimento de prazos e as tarefas que consomem os fins de semana corrigir provas, lançar notas, planificar aulastornam-se cada vez mais insustentáveis. O que acontece, então? Perdemos professores e, com eles, a qualidade do ensino. Em conversas de corredores — sim, são diálogos dos corredores apenas, porque as instituições, quase sempre, nunca têm nas suas agendas de reunião o item “aumento de salário” —, ouvimos as razões: condições salariais desumanas, promessas de aumento salarial que não se concretizam e, muitas vezes, atrasos no pagamento.
Esse ciclo precisa ser quebrado. Não basta apenas romantizar o esforço do professor, como faz a frase: “Educação é Coisa do coração”. Não, a educação não é só coisa do coração, mas também do estômago, do corpo e da mente. Afinal, o coração precisa de combustível para bater.
No seu livro “Professor, você não é um coitadinho”, Hamilton Werneck lembra-nos da importância de valorizar a profissão docente. Ser professor não é uma sentença de pobreza ou de resignação, mas um chamado que merece remuneração justa. Do mesmo modo, Paulo Freire apontava para a necessidade de revertermos o paradigma da desvalorização da educação, não só em termos financeiros, mas também de respeito ao papel transformador dos docentes na sociedade.
A verdade é que a educação, tão essencial para a construção de uma sociedade forte e justa, não pode ser sustentada por profissionais desmotivados e mal pagos. Se queremos um futuro melhor para nossos filhos, temos, antes de tudo, de garantir um presente condigno para seus professores. Afinal, como bem disse Rubem Alves, “Ensinar é um exercício de imortalidade”. E a imortalidade merece, no mínimo, respeito e uma remuneração que faça jus ao seu valor.
Que a valorização dos professores deixe de ser um tema apenas de discursos e crónicas — à semelhança desta que está a ler — e passe a ser realidade. Afinal, educar não é só um acto de amor. É também um trabalho que merece ser bem pago.
Dois amigos conversavam despretensiosamente no bar do senhor Joaquim.
O início do bate-papo foi sobre o trabalho, mas depois da sexta garrafa de cerveja a conversa mudou de tom.
— É…o mundo já não é mais o mesmo. — disse Junior, meio desiludido, enquanto observava as pessoas que passavam pela frente do bar.
— Por que tu diz isso? — perguntou seu Barbosa com a boca mole de tanto cervejar.
— Porque onde o homem põe a mão as coisas saem do natural. — disse o bêbado, filosofando.
— Tu levou chifre ou caiu da cama para ficar, assim, de miolo mole?
—Nenhuma coisa, nem outra. A realidade é que as coisas não são mais como eram. Até os convites são diferentes.
— Não te avisaram que as coisas evoluem? — perguntou seu Barbosa, tentando tirar cerveja da garrafa vazia.
— Acredita que o Zé do Cachorrão me convidou para almoçar na casa dele e me deu para comer sanduiche de metro?
— Não estava bom?
— Estava; mas eu havia me preparado para comer comida, não lanche.
— Lanche não é comida?! Não seja ingrato; tu, pelo menos, comeu sem pagar.
— É.. as coisas estão muito diferentes — continuou o bêbado, olhando para o horizonte, com saudades do passado — a batata-doce, não é doce; o milho, é transgênico; o leite é de amêndoa; a manteiga é de milho, o pão, de aveia; o café, é de cevada, a muçarela, de castanha de caju… Assim fica difícil ser natural. — disse o decepcionado.
— Junior, bebe mais um pouco de cerveja para limpar teu fígado que hoje tu tá muito azedo. — disse seu Barbosa, pedindo a conta.
— Nem a amizade é a mesma… — disse Junior, fixando sobre o amigo o olhar julgador.
— Por que tu tá me dizendo isso?
— Porque desde que somos amigos você nunca me convidou para almoçar na sua casa.
— Nunca te convidei porque só janto. — disse ele encerrando a conversa.