Expansão da literatura do Cuanza-Sul

A iniciativa reforça a importância da cooperação entre escritores e agentes literários na valorização da produção literária nacional

Card da parceria para a expansão da literatura do Cuanza-Sul
Card da parceria para a expansão da literatura do Cuanza-Sul

Duas vozes femininas da literatura do Cuanza-Sul uniram esforços para fortalecer a presença dos livros angolanos além-fronteiras. Loid Portugal e Bereznick Rafael selaram uma parceria estratégica que visa impulsionar as vendas da mais recente obra de Bereznick, ‘A Flor sob o Sol Nascente‘, no mercado namibiano.

Atualmente residindo em Windhoek, Namíbia, Loid Portugal será a responsável por representar a autora e conduzir o processo de comercialização do livro naquele país vizinho, ampliando o alcance da literatura angolana para novos leitores. A iniciativa reforça a importância da cooperação entre escritores e agentes literários na valorização da produção literária nacional.

Bereznick Rafael, já com três obras publicadas, considera este último lançamento um marco na sua trajetória, consolidando sua posição no cenário literário angolano. A parceria surge como um passo fundamental para a internacionalização do seu trabalho e para o fortalecimento da literatura do Cuanza-Sul em outras geografias.

O acordo entre as duas escritoras evidencia o dinamismo da literatura angolana e a importância da cooperação para garantir que mais autores locais ganhem visibilidade fora do país.

Os leitores brasileiros poderão adquirir o livro pelo e-meio loidportugal42@gmail.com.

Capa do livro 'A Flor Sob o Sol Nascente', de Bereznick Rafael
Capa do livro ‘A Flor Sob o Sol Nascente’, de Bereznick Rafael

Sobre a autora

Bereznick Rafael
Bereznick Rafael

Bereznick Rafael é uma jovem escritora Angolana, nascida na cidade do Sumbe, província do Cuanza-Sul. Com mente de engenheira e alma de escritora, é formada em engenharia mecânica de sistemas automáticos pela Chuvash State University, na Rússia.

Apaixonada por artes desde que se entende por gente, a autora tem a escrita como forma de expressão e manifestação de liberdade. Acredita que a arte é vida e o seu ideal é melhorar o mundo através dela.

Bereznick é autora da obra literária ‘A Eulália’, um retrato sobre a natureza e consequências do abuso sexual em mulheres, e do livro digital ‘S.O.S da Alma’.

Com uma escrita leve, criativa e envolvente, a escritora procura, por meio de seus livros, chamar a atenção aos leitores para problemas sociais.

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Homenagem a Helio Rubens

Marcelo Augusto Paiva Pereira: ‘Homenagem a Helio Rubens’

Marcelo Paiva Pereira
Marcelo Paiva Pereira
Helio Rubens de Arruda e Miranda - Fundador do Jornal ROL
Helio Rubens de Arruda e Miranda – Fundador do Jornal ROL

Aos 07 de fevereiro de 2024 nosso mentor e amigo Hélio Rubens nos deixou, partiu para o Paraíso Celestial após oito décadas de vida terrena. Um grande jornalista, muito fez pela divulgação da cultura através da mídia, tanto impressa (ou real) quanto digital (ou virtual).

Quando a internet ainda engatinhava no Brasil – e no mundo – teve ele a iniciativa de criar o presente jornal, intitulado Jornal ROL – Região On Line, que ganhou corpo ao longo dos anos, tanto na quantidade de membros quanto na qualidade dos textos publicados.

O ROL é um jornal exclusivamente cultural e virtual, somente circula na internet, o número de páginas é ilimitado, aberto a todos os interessados e tem o escopo de facilitar a leitura e aquisição dos textos para difundir com mais abrangência os diversos temas abordados.

No ano passado (2024) completou 30 anos de publicação ininterrupta e com divulgação internacional, visitado e lido por pessoas de outros países, inclusive da Europa, interessadas nos temas publicados. Um ineditismo de sucesso, extrapolou as fronteiras nacionais e conquistou leitores além do Atlântico.

Além desse, outro jornal criado por ele foi o Internet Jornal (I.J.), também virtual, mas de publicação limitada (reduzida) a poucas páginas, com diversos textos e temas, além de uma coluna social muito bem elaborada, que prestigiava pessoas de destaque na sociedade. Os temas culturais, entretanto, sempre estiveram presentes, assinados por membros do jornal ROL, sem que houvesse qualquer perda ou desvio de qualidade na produção daquele jornal.

Foram projetos de vida, de dedicação ao jornalismo e à constante preocupação com a divulgação da cultura. Ele sabia que a vida é vazia sem o substrato do conhecimento, o qual nunca deve ser contido nem tolhido por condutas sinistras. Difundir o conhecimento (ou a cultura) sempre foi fundamental para a formação do pensamento crítico, da consciência de pertencimento e das questões políticas que envolvem cada pessoa enquanto ser social e político.

Por fim, Helio Rubens foi um visionário, esteve à frente do seu tempo e conquistou seu espaço social e profissional com afinco, dedicação permanente na produção jornalística (e, por assim dizer, literária), que conquistou leitores e adeptos ao longo dos anos. Deixou para todos um legado mais valioso do que cremos, o Jornal ROL e a finalidade ininterrupta de transmitir a cultura a todos. Foi um grande jornalista e nos deixou um grande jornal, à altura dele e do que defendia. Nada a mais.

Marcelo Augusto Paiva Pereira

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A inteligência espiritual

Sergio Diniz da Costa: ‘A inteligência espiritual’

Sergio Diniz
Sergio Diniz
Imagem criada por IA do Bing - 13 de fevereiro de 2025 
às 11:20 PM
Imagem criada por IA do Bing – 13 de fevereiro de 2025
às 11:20 PM

A sociedade ocidental sempre priorizou a razão, entendida esta como “raciocínio que usamos para solucionar problemas lógicos”, como única forma de o ser humano apreender a realidade que o cerca. E de tal forma a razão foi entronizada que psicólogos desenvolveram testes para medir esse tipo de inteligência, classificando-o por graus, mais conhecido como Q.I. (Quociente de Inteligência). O Q.I. indicaria as habilidades ou talentos de uma pessoa e, desta forma, quanto mais alto o índice, maior seria a sua inteligência.

Alguns pensadores ocidentais, incluindo cientistas, no entanto, intuíram outro patamar dentro do campo da inteligência. Na memorável obra O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry filosofava que “é com o coração que se vê corretamente; o essencial é invisível aos olhos”. Einstein afirmou com convicção: “A imaginação é mais importante do que o conhecimento”; e indo mais além, chegou à conclusão que “o homem erudito é um descobridor de fatos que já existem – mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ele faz existir”.

Em meados da década de 1990, o psicólogo americano Daniel Goleman, PhD da Universidade de Harvard, trouxe a público pesquisas realizadas por numerosos neurocientistas e psicólogos, que detectaram uma nova modalidade de inteligência, à qual denominaram de inteligência emocional (QE). O QE “dá-nos percepção de nossos sentimentos e dos sentimentos dos outros. Dá-nos empatia, compaixão, motivação e capacidade de reagir apropriadamente à dor e ao prazer. Conforme observou Goleman, o QE constitui requisito básico para emprego efetivo do QI”. A teoria da inteligência emocional, portanto, redefiniu o que é ser inteligente.

Nos estertores do século XX, as pesquisas sobre o comportamento humano avançaram ainda mais, a ponto de se falar de um terceiro quociente, que pode descrever totalmente a inteligência humana. Trata-se do Quociente Espiritual, ou QS (Spiritual Quocient). Segundo os estudiosos dessa nova faceta da inteligência, por meio do QS, “abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor”; é “a inteligência com a qual podemos pôr nossos atos e nossa vida em um contexto mais amplo, mais rico, mais gerador de sentido, a inteligência com a qual podemos avaliar que um curso de ação ou caminho na vida faz mais sentido do que outro.

“O QS permite que seres humanos sejam criativos, mudem as regras, alterem situações. O Quociente Espiritual (QS) é a fundação necessária para o funcionamento eficiente do QI e do QE. É a nossa inteligência final. (…) O QS dá-nos a capacidade de escolher. Dá-nos senso moral, a capacidade de temperar normas rígidas com compreensão e compaixão e igual capacidade de saber quando a compaixão e a compreensão chegaram a seus limites. Usamos o QS para lutar com questões acerca do bem e do mal, e imaginar possibilidades irrealizadas – sonhar, aspirar, nos erguermos da lama. (…) Nós o usamos para lidar com problemas existenciais – problemas em que nos sentimos pessoalmente num impasse, na armadilha de nossos velhos hábitos, nas neuroses, ou quando temos problemas com doença ou sofrimento. O QS nos torna conscientes de que temos problemas existenciais e nos dá meios para resolvê-los – ou pelo menos para encontrar paz no trato com eles. E nos dá um sentido ‘profundo do que significam as lutas da vida”.

Segundo a física e filósofa Danah Zohar, “As indicações de um QS altamente desenvolvido incluem: capacidade de ser flexível, grau elevado de autopercepção e capacidade de enfrentar e usar o sofrimento, capacidade de enfrentar e transcender a dor, capacidade de ser inspirado por visão e valores, relutância em causar dano desnecessário, tendência para ver as conexões entre coisas diversas (ser ‘holístico’), tendência acentuada para fazer perguntas do tipo ‘Por quê? Ou ‘O que aconteceria se…’ e procurar respostas ‘fundamentais’ e ser o que os psicólogos denominam de ‘independente do campo – isto é, possuir capacidade de trabalhar contra convenções”.

A mesma autora ensina a maneira pela qual podemos aprimorar o QS: “De modo geral, podemos aprimorar nosso QS passando a usar mais o processo terciário – a tendência de perguntar por que, procurar conexões entre coisas, trazer para a superfície as suposições que vimos fazendo sobre o sentido por trás e no âmago das coisas, tornando-nos mais reflexivos, estendendo-nos um pouco mais além de nós mesmos, assumindo responsabilidade, tornando-nos mais conscientes, mais honestos conosco mesmos e mais corajosos”.

Sergio Diniz da Costa

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Intriga

Clayton Alexandre Zocarato: Poema ‘Intriga’

Clayton Alexandre Zocarato
Clayton A. Zocarato
Imagem criada por IA do Bing – 12 de fevereiro de 2025
às 17:18 PM

Uma intriga

Fez uma bela barriga

Durante momentos

De suor e frio intenso

Muito furor

Sem nenhum indolor

Gerando dor

Clayton Alexandre Zocarato

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Paixão

Ismaél Wandalika: Poema ‘Paixão’

Soldado Wandalika
Soldado Wandalika
Imagem criada por IA do Bing - 12 de fevereiro de 2025
 às 16:58 PM
Imagem criada por IA do Bing – 12 de fevereiro de 2025
às 16:58 PM

Expresso no silêncio
Ritmos entoados pela guitarra da alma
Um pensamento sincronizado na beleza que espelha o teu meigo sorriso
E as tuas palavras amenas da tua psique extraída.
Com estes versos
Nadando o meu intrínseco
Tento decifrar o teu olhar enigmático e compreender a razão
Quando uma flecha ataca o coração.
Na nitidez do dia
Um sonho renasce
Por trás do monte Everest
Emerjo no abscôndito de canção
Tentando compreender a razão
Da flecha que acertou o meu coração.

Soldado Wandalika

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Reflexões e realidades em contos

 Trasmonte, um olhar sensível sobre as disparidades sociais

Capa do livro Trasmonte Contos Contidos
Trasmonte Contos Contidos

O ESCRITOR E SUA OBRA

Silvio Antônio de Almeida, natural de Guaratinguetá, São Paulo, completará 65 anos no próximo julho, sendo um veterano da radiologia médica, com 45 anos dedicados à profissão.

Silvio AnTõnio de Almeida
Silvio Antônio de Almeida

Suas mãos, que ao longo de décadas ajudaram a diagnosticar e compreender o corpo humano, agora se voltam para um novo projeto: a literatura.

Em seu segundo livro, ele apresenta não apenas uma obra de ficção, mas um olhar crítico e sensível sobre as disparidades sociais que ainda perpetuam a desigualdade e a opressão.

Em seu livro repleto de reflexões, Silvio se inspira nas experiências da infância, nos reflexos da realidade política e nas dores de uma sociedade que insiste em marginalizar os menos favorecidos.

Ao longo de suas páginas, ele aborda as desigualdades sociais, revisitando uma visão crua, mas necessária, das feridas que ainda teimam em sangrar. As palavras que compõem seus contos são duras, porém imprescindíveis.

A realidade que ele descreve é muitas vezes difícil de encarar: um retrato de miséria, de sofrimento, e de um Brasil que, embora evolua, carrega em si um legado de injustiças.

Diferente do seu primeiro livro, onde havia um resgate emocional, das mais profundas lembranças de sua infância, muito bem vivida, este livro não se limita a simples narrativas, mas se transforma em uma reflexão profunda sobre os caminhos que a sociedade vem trilhando.

A crítica é evidente quando ele expõe a imensidão das diferenças sociais, contrastando com a ideia distorcida do que são os valores de convivência.

Os personagens de seus contos vivem o medo, o isolamento e a desconfiança. Há uma constante sensação de que o outro é uma ameaça iminente, como se todos estivessem armados exageradamente, prontos para se defender.

Contudo, essa dureza também é um convite à mudança.

O autor aponta para a necessidade de um novo paradigma, de uma forma mais humana de viver em sociedade. Ele acredita que é possível criar um caminho, baseado no compartilhamento, na compreensão e no respeito.

Seu livro é uma convocação para a reflexão, um pedido silencioso para que a sociedade repense suas prioridades e, quem sabe, construa um futuro mais justo e equilibrado.

As palavras de Silvio Antônio de Almeida, em sua crueza e intensidade, são um grito por transformação. Um grito que ecoa não apenas nas páginas do livro, mas no coração de todos aqueles dispostos a ouvir as verdades que não podem mais ser ignoradas.

RESENHA

Os contos deste livro nos levam a Serra da Mantiqueira, num vilarejo de um povo ligado à natureza, suas histórias, lendas e conexões com o ecossistema.

Os contos se entrelaçam, nos levando a profundas reflexões sobre o meio ambiente, a união das pessoas para o bem comum, a ambição e a miséria.

Mesmo nas lendas este livro traz um olhar mais profundo e cotidiano.

Reflexões profundas e necessárias para todos.

Assista à resenha do canal @oqueli no YouTube

SINOPSE

Trasmonte é uma coletânea cujos contos se entrelaçam como as raízes de uma figueira imponente, formando uma teia intricada de narrativas interconectadas.

Cada conto, como uma raiz, contribui para a complexidade desta árvore de narrativas, explorando os diferentes aspectos da destruição da natureza, das disparidades sociais e das misérias humanas, configurando uma denúncia que precisa ser escutada com atenção, na ação imediata do tempo que urge sem rodeios.

À medida que os personagens de um conto emergem, suas histórias se entrelaçam, organicamente, com as vidas delineadas nos contos vizinhos, criando uma rede de relações e significados.

Trasmonte não é apenas testemunha da degradação do meio ambiente e das desigualdades, também oferece uma visão multifacetada das experiências humanas diante destas adversidades.

Neste universo literário entrelaçado, as raízes representam os fios invisíveis que conectam as histórias, transmitindo a essência compartilhada da condição humana, diante dos desafios impostos pela destruição ambiental e pelas disparidades sociais.

Trasmonte convida os leitores a explorarem não apenas os contos individuais, mas uma tapeçaria complexa em que as histórias se nutrem, mutuamente, criando um panorama completo e reflexivo das buscas de harmonia social.

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Capa do Livro 'Culinária Literária'
Capa do Livro ‘Culinária Literária’

Trasmonte Contos Contidos
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Resenhas da colunista Lee Oliveira




Eu olho

Denise Canova: Poema ‘Eu olho’

Denise Canova
Denise Canova
Imagem criada por IA do Bing – 11 de fevereiro de 2025
às 21:32 PM

Eu olho

Não saio do lugar

Frustra

Só de olhar

Nasci para viver

Viver como você

Dama da Poesia

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