Abismo

Virgínia Assunção: Poema ‘Abismo’

Virgínia Assunção
Virgínia Assunção
“Nos campos silentes, sob a terra úmida e fria, dormem jovens mulheres, cujas almas já se foram…”
Imagem gerada por Ia do Bing – 01de novembro de 2024, às 4:04 PM

Nos campos silentes, sob a terra úmida e fria,

dormem jovens mulheres, cujas almas já se foram,

cada túmulo, histórias de amores e dores

de corações vazios, sonhos que não mais afloram.

Elas esperaram por sussurros nas madrugadas,

sofrendo muitas vezes, uma vida de ausência

por mãos que nunca chegaram, por abraços adiados,

caminharam sozinhas por estradas de carência.

O vento acaricia as lápides com tristeza,

mas a morte, essa companheira que circunda

veio e tocou-lhes com crueldade a beleza

deixando-lhes em silêncio na terra profunda.

Oh, quantas lágrimas secaram antes de cair,

quantos olhares se perderam sem jamais sorrir,

e agora o túmulo guarda, com sua paz tão fria,

as bocas caladas, sem eco, sem riso, sem poesia.

Quão bom se o mundo lembrasse ao passar por ali,

dessas almas que partiram sem provar seu valor,

dessas flores que murcharam sem nunca se abrir,

dessas mulheres que morreram por falta de amor.

Virgínia Assunção

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Quanta riqueza desconhecida há em cada um de nós!

Lina Veira:

‘Quanta riqueza desconhecida há em cada um de nós!’

Lina Veira
Lina Veira
Imagem gerada por IA do Bing - 1 de novembro de 2024 às 12:41 PM
Imagem gerada por IA do Bing – 1 de novembro de 2024 às 12:41 PM

Na saga intelectual do povo grego, há uma história que enseja lições preciosas. Os deuses do Olimpo estavam preocupados com a evolução do homem por causa de seu intenso desenvolvimento, obtido pelo uso da inteligência. De forma como o homem aprendia sobre ele mesmo e sobre a natureza, poderia, em breve, alcançar os deuses imortais. Então, Zeus, senhor dos deuses do mundo vociferou: “Vamos reagir! Vamos esconder do homem o seu talento e ele jamais nos alcançará”. Mas onde esconder o talento do homem?

Poseidon deus dos mares, sugeriu que fosse escondido nas profundezas dos oceanos; Apolo, deus da luz no topo do Himalaia; Deméter, deusa da agricultura, nas areias movediças do Saara; Hefesto, deus do fogo nos magmas vulcânicos do Vesúvio. Ares, deus da guerra, sugeriu que o talento do homem fosse escondido no desfiladeiro das Termópilas.

Impávido, o poderoso Zeus levanta-se do trono e dá o veredito: “Nada disso! O melhor esconderijo para o talento do homem é no interior dele mesmo. Ele jamais há de procurar o talento que está dentro de si”.

(Texto da revista Linha Direta – fev. de 2015 – edição 203)

Nada no mundo se compara à persistência que gera o talento que cria o desafio da ação, de ser melhor na sua arte, na dança, de aprender música ou tocar um violão, por exemplo; atividades desenvolvidas pelo treino e dedicação. Dizem até ser uma aptidão incomum que, natural ou adquirida, leva alguém a fazer alguma coisa com maestria. Já pensou em quantos talentos você tem? Ou quanto outros podes desenvolver? Já pensou que o seu propósito de vida pode ser o que você quiser.

Tão lindo isso no homem, o despertar dos seus talentos na sua vivência social, as possibilidades. Logo, não é possível encontrar o talento sem possível desenvolvimento de nossas potencialidades. Falamos pouco, lemos quase nada…

E quantos talentos ainda escondidos são perdidos sem o desenvolvimento de estímulos e uma disciplina pessoal nas próprias escolas, em família, ou grupos de amigos? Quantos adultos crescem sem perceberem seus talentos? Acredite, nada é mais comum do que gente talentosa malsucedida, já dizia Calvin Coolidge. Estimule desde cedo as crianças, elogie e presenteie mais livros físicos em suas mãos. Talvez o motivo de tanta baixa autoestima, e indivíduos carentes apesar da boa educação.

Olhar o outro sem perceber sua luz, sua estrela, é possível para a maioria das pessoas vazias, frias e egoístas, num mundo rico de potencialidades talentosas, mas pobre de realizações, apoios, autoconfiança. Porém, será que toda estrela tem talento? A poetisa Helena Kolody diz: “Todos nós temos uma estrela, alguns fazem dela um sol e outros nem conseguem vê-la”.

Que estrela é sua?

  1. Pense nas coisas que mais gosta de fazer

  • Foque nas coisas que melhor sabe fazer

  • Observe quais são seus pontos fortes e fracos

Identifique assim seus talentos. Nisso está sua excelência.

O interessante de tudo é que você tomou uma providência de ler este texto até aqui. Agora, tens um desafio, um novo pensar.

E foi naquele dia 31 de outubro de 1917 – um belo dia de primavera que ela lançou seu primeiro livro. Em voz aguda e emocionada leu sua temática, e pensou: “Como a vida, de uma hora para outra, pode virar de cabeça pra baixo, ou melhor de cabeça para cima”.

Lina Veira

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Permito-me ser

Eliana Hoenhe: Poema ‘Permito-me ser’

Eliana Hoenhe Pereira
Eliana Hoenhe Pereira
Imagem gerada por IA do Bing
Imagem gerada por IA do Bing

Permito-me ser
Abro-me para o novo,
Saio da zona de conforto.
Navego na simplicidade
E mergulho na liberdade .
Permito-me simplesmente ser!
O amor, o sorriso ou uma flor.
Em meio à desafios do dia a dia.
Pauso para apreciar os caminhos.
Não existe forma ou fórmula
Tento equilibrar o coração com a razão
Buscando pelo autoconhecimento
Nem mais , nem menos!
Tudo no seu tempo
E vivo o momento.

Eliana Hoenhe

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A Dama

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘A Dama’

(Poesia sobre tela – Monalisa)

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
Monalisa - Imagem do Canva
Monalisa – Imagem do Canva

Cai a tarde,
e aos olhos despojados do ocaso,
um quadro desvela
uma discreta ponte em arcos,
a névoa no cume das montanhas,
e um rio em seu entorno vagueia
o olhar descortinando
sobre a imagem de uma mulher
braços encruzados,
cabelos ondulados
que se mistura à paisagem.

No desenho a face
a pintura mostra a ternura infinda
e sob o olhar sereno,
revela beleza num lampejo,
traduz arte e segredo.

Desse modo, a boca delineada
sorriso tímido enigmático
desmancha-se em doçura,
na expressão do saber desmedido.

No quadro a obra,
célebre retrato,
descreve a formosura,
na visão renascentista do dom,
e a magnitude de suas emoções
e ideias.

Enfim, no mundo do talento,
o padrão de beleza da musa
ao olhar artístico do pintor;
harmonia entre o ser humano
e a natureza,
retrata,
o ícone da arte e da humanidade.
A dama, esplêndida Monalisa!

Ceiça Rocha Cruz

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O homem contemporâneo na relação do eu-tu!

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo:

‘O homem contemporâneo na relação do eu-tu!’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo
Imagem gerada por IA do Bing –  31 de outubro de 2024
às 3:32 PM

O cidadão do mundo contemporâneo, inserido em determinada cultura, tem imensa dificuldade em escrever, assumir posições, defender princípios, ideias e valores, sobre matérias da natureza humana, sempre tão profunda, insondável e mística. Este homem, dito contemporâneo, por vezes, até se envergonha dos seus sentimentos e, muito pior, de chorar para não os demonstrar.

É difícil compreender esta época atual, terceira década do século XXI, porque o homem, cada vez mais, se distancia do seu ponto referencial, do seu arquétipo, do mistério divino, enfim, irremediavelmente se vem afastando do ponto “Ómega”, deixando, por vezes, de ser homem, para ser máquina, instrumento, veículo de projetos individuais e egocêntricos.

Este homem contemporâneo torna-se, entretanto, um objeto, utilizado indiscriminadamente, mesmo que essa utilização signifique a sua própria eliminação física, quantas vezes, ainda, na sua fase embrionária, para satisfação de: alegadas normas sociais de pseudo-bem-estar; seleção dos ditos mais perfeitos; alívio material dos seus próprios progenitores. Que mais se poderá saber? Homem que, eventualmente, é menos pessoa, e mais objeto!

Apesar de tudo, este mundo contemporâneo, não será assim tão mau! Não haverá tantas desgraças ou, pelo menos, não haverá só desgraças. O espaço ideal para se alterar o que deve ser alterado, o tempo oportuno para mudar o que deve ser mudado, ainda será uma esperança para os menos pessimistas.

É possível implementar uma nova postura mental de estar na vida. A pessoa humana tem uma palavra a dizer, pode orientar a sua existencialidade a partir princípios, de valores e sentimentos fundamentais que marcam e diferenciam a sua condição privilegiada, neste espaço ecuménico.

Deixe-se à imaginação, ao livre arbítrio de cada um, as soluções que em seu entender julgue melhores, para a plena realização do homem enquanto pessoa; oiçam-se todos os que pensam possuir uma alegada “verdade”; sigam-se aqueles que, não tendo soluções, não sendo detentores da verdade, continuam, porém, caminhando, convencidos que um dia encontrarão o ponto máximo referencial e justificativo das suas próprias existências.

Nesta reflexão procurar-se-á situar, enumerar e interpretar os aspetos que parecem relevar da leitura da obra de NIETZSCHE, “O Anticristo” e que poderão estar, ou não, na linha axiológico-religiosa que, num setor muito alargado se defende, ainda que, na atualidade, seja difícil, por vezes incómodo, e até “perigoso”, assumir a apologia de uma conduta, de uma ideia, de um valor ou de um sentimento, contrários à “oportunidade estabelecida”.

Apesar de tudo, há que correr riscos, aceitar serena e humildemente as críticas, respeitar os princípios dos outros, para que eles acreditem nos nossos, e possam vir a observá-los, na medida do possível. Defender-se-á, portanto, uma postura dialógica do “EU-TU”, sem complexos, com firmeza e tolerância, guiados pelos valores da justiça e da paz universais.

Venade/Caminha – Portugal, 2024
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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A escuridão e o medo ao luar

Clayton Alexandre Zocarato: ‘A escuridão e o medo ao luar’

Clayton Alexandre Zocarato
Clayton A. Zocarato
Criador de Imagens no Bing – Da plataforma DALL·E 3

O garoto nasceu cercado de todos os mimos possíveis e impossíveis, pois era muito frágil em sua saúde.

Era herdeiro de um vasto império latifundiário e industrial, e, provavelmente, quando chegasse à fase adulta não se lembraria de que muitas pessoas trabalharam por debaixo dos panos, para manter toda a sua pompa e vida mansa, ao longo de décadas

Nasceu em uma noite de grande luminosidade da Lua, quando ela estava mais próxima da Terra, porém seus pais místicos como poucos ofereceram à rainha da noite celestial seu filho, como uma forma de um estranho culto para que assim viesse a proteger das armadilhas do destino, e também sua integridade física e mental.

A escuridão de um mundo de ambição  que o cercava por todos os lados, e seus pais como bons idólatras do dinheiro, culminaram astutamente o juramento e dar sua proteção aos raios lunares,  mas  quando o primogênito atingiu certa idade, praticamente deixaram a Lua de lado, o que fez com que o grande astro gerasse uma fúria enorme em castigá-los por tamanha afronta e audácia, em invocar seus poderes e depois jogá-la praticamente de lado, isso iria custar muito caro para aquela família.

Com o passar dos anos, a criança foi se tornando um belo e esbelto jovem que, assim como seus progenitores, não tinha a menor tangência em sublinhar uma ética que viesse a se compadecer de empatia pelos mais necessitados, sempre os tratando  com zombaria e altivez, e o que importava era somente usufruir de todo o potencial de capital que viria a herdar de seus pais abastados.

“Passava por seus empregados e servos, sem conter a mínima dignidade de respeito por  cada um deles não tendo a  menor formalidade de afeto possível, sempre se reerguendo em um pedestal de arrogância e indiferença o orquestrava a zelar individualmente como uma melodia de orgulho pujante,  que o universo estava sempre contendo uma pré-disposição a saciar todos os seus desejos mais banais.

Mal sabia ele que sua guardiã astronômica estava se olho em todos os seus atos.

Certa  noite, começou a sofrer com pesadelos terríveis, como sendo que alguma coisa ou criatura vinha a sufocá-lo, tirando toda sua energia, fazendo, assim, com que acordasse com uma cara de poucos amigos, devido à insônia de várias noites seguidas.

Isso foi se transformando em uma grande fobia, o que o levava ao desespero toda vez que a noite caia.

Nenhum calmante ou receita poderia vir acalmá-lo, mesmo com toda a fragrância entorpecente que se seguia dos mais potentes remédios tarjas pretas, e que assim viessem até a causar uma grande alucinação, fazendo com que não mais conseguisse distinguir do que era realidade ou fruto de suas neuroses, causada pela falta de sono e em não conseguir dormir.

Passou por alguns renomados terapeutas, e em todos sempre relatava que via uma imagem redonda branca perante a escuridão, com um ar  amedrontador, de que em algum momento aquele estranho corpo sustentado no ar de uma raiva estridente  iria devorá-lo sem nenhum tipo de piedade ou clemência.

Uma imagem redonda branca e gigantesca que causava temor, perante as trevas da noite, que para ele parecia nunca ter fim.

Seu medo crescia sucessivamente, fazendo-o cair em um isolamento sombrio, praticamente vivendo no seu mundo particular, dentro do seu quarto repleto de toda pompa, mas que não tinha nenhum agrado que o fizesse assim tentar ser igual aos outros garotos de sua idade.

A sua razão estava sendo entorpecida pelo medo, o que fazia que seus pais entrassem em um profundo desespero, pois não sabiam mais que tipo de atitude tomar com o filho.

Estaria de fato enlouquecendo? Sofrendo de algum tipo de esquizofrenia? Algum tipo de feitiço teria sido feito contra ele, como uma forma de se vingar da sua família que vivia em uma  prepotente vontade de poder alucinante, não importando em ceder as piores atrocidades possíveis para se manter no seu pedestal de glória.

As coisas estavam piorando bastante para o jovem, que praticamente era herdeiro de um vasto império.

E sempre falava de um ser enorme e branco que habitava seu quarto, como que iluminando seus piores pesadelos, deixando um rastro de destruição da sua racionalidade e não havendo brechas para que se, pudesse entender, quais eram seus temores, pois diante de tanto a medo, a afasia começou a ser sua companheira diária.

As terapias e visitas médicas foram muitas, mas diante de polivalentes medicinais formas de tentar trazer sua mente para realidade, o que chamou a atenção de muitos psiquiatras foi a descrição dessa estranha imagem redonda, que sempre se tornava mais reluzente nas noites de lua cheia, e era descrita sempre pelo demente jovem.

Isso bastou para que o casal percebesse o terrível erro que havia cometido, diante as suas práticas ocultas e pagãs de batismo.

Tinham oferecido o batismo da criança para irmã Lua, e diante a grande alegria da chegada do filho tão desejado, o haviam deixado ela de lado, e agora ela estava enfurecida e procurando vingança.

Sim! A Lua queria literalmente devorar e levar seu menino, e também como sendo uma forma par lembrar para tosco casal, que eles não representam nada diante o poder dos astros e da natureza.

Os pais do garoto demoraram a perceberem tal falha,  e que estavam diante de uma força muito maior, do que poderiam imaginar, e para assim conseguir o seu perdão, somente com algum ato bem grandioso alcançariam estarem em um sublime sentimento de redenção a  conseguirem  terem alguma paz, diante as formas sombrias com que seu guru celestial o estavam tratando.

O garoto sentia-se cada vez mais medo, de ficar sozinho quando as trevas davam suas caras, e assim a luz da lua iluminava todo o seu aposento, se apresentando como um leão pronto para dar bote em sua caça, e nada poderia fazê-la  ficar longe, com o pavor daquela luz branca, que a cada instante estava cada vez mais próxima e não pouparia nenhum tipo de esforço para tê-lo para sempre junto as suas nuanças espaciais.

E assim, seu medo foi se transformando em crises de ansiedades, que já estavam caminhando para um ritmo frenético de psicose, e o desejo de acabar, como todo aquele sofrimento de não conseguir dormir, estava o deixando mais e  mais agotado* fisicamente..

Até mesmo durante o dia a escuridão e o medo, estavam o acompanhando a cada momento, e a cada instante, não importando o quanto pudesse fingir  negar tal situação, ou para qual local desejasse ir, a tentativa de esquecimento feito para a Lua, teria um sabor de vingança cruel e sórdido e nada a deteria.

Os pais estavam desesperados, recorreram a todo tipo de reza, oração, padre, pastor, pai de santo, médium, mas nada parecia diminuir a fúria do grande astro.

O garoto ficou em um desespero atônito, a escuridão da luz demoníaca da lua, além de causar pavor, agora tanto seu corpo, como sua alma, seria uma forma a lembrar de que toda promessa deve ser cumprida, e que se deve pensar antes de prometer qualquer coisa seja quem for, ao qual ser, for.

E assim se deu.

O menino em certa madrugada não amanheceu para ver o brilho do Sol, mas estava bem saliente com uma elevada concentração de neurolépticos e  psicofármacos do lado da sua cama, que o deixaram finalmente em  um sono profundo, que ninguém  mais poderia tirá-lo do seu além-túmulo.

Nem a Lua, e nem os pais conseguiram segurar aquela bela criatura para si, toda via o grande astro da noite  nasce todo dia, em todas as partes do mundo.

Já os pais mergulharam na escuridão, de não poderem mais ter a luz da criação e geração de algum  infante, pois ambos eram inférteis é só conseguiram terem um filho através de uma  barriga de aluguel muito bem paga.

A Lua continuou com sua luz na escuridão, já os pais mergulharam no sombrio silêncio de conter somente o medo e o temor de sempre recordar do filho, que se perdeu em meio ao iluminar das suas  falsas promessas de felicidade e candura, sendo sugado por um terror constante e incessante, pelo  selene* de fel cruel e sem nenhum pudor, causando muita dor, com muito  pouco amor.

*Selene – Lua, em Grego antigo

*Agotado – Em espanhol, esgotado

Clayton Alexandre Zocarato

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Reza

Loide Afonso: Poema ‘Reza’

Loide Portugal
Loid Portugal
Imagem gerada por IA do Bing - 31 de outubro de 2024 às 12:10 PM
Imagem gerada por IA do Bing – 31 de outubro de 2024 às 12:10 PM

Oi
Pai
Buda
Alá
Jeová

Sei que
Não tenho sido
Uma boa filha

Que tenho esquecido
Fugido
Fingido

Eu sei bem, o que não sido também

Muitas vezes
Perdi a cabeça
Fui lá
E fiz
como uma eterna aprendiz

E nessa hora
Agora
Caí na minha
Própria armadilha

Buda
Eu peço perdão

Alá, obrigada

Jeová, sinto muito

Pai, te amo.

Loid Portugal

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