Única

Denise Canova: Poema ‘Única’

Denise Canova
Denise Canova
Imagem criada por IA no Bing – 06 de março de 2025, às 08:45 PM

Única

Mulher Maravilha

Sou eu

Enfrento cada batalha

E ganho

Única

Sou eu

Denise Canova

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Pétalas multicores

Pietro Costa: Poema ‘Pétalas multicores’

Pietro Costa
Pietro Costa
Imagem criada por IA no Bing – 05 de março de 2025,
às 10:59 PM

Campos de flores, jardins decantados,
Esboços, primor para a natureza,
Pinceladas e traços requintados,
Despem de modo sutil a beleza.

Monet, Renoir, cultores encantados,
Os canteiros são ornados na inteireza,
E aromas naturais, representados
Nas experiências de sutileza.

Rosas, lírios, girassóis fabulosos,
Cores e formas, um balé vibrante,
Orquestrado por versos anelosos.

E bem no botão da flor deslumbrante,
Avistam-se feitos miraculosos:
Cocriações de sonho exuberante.

Pietro Costa

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Que cidades foram construídas?

Marcelo Augusto Paiva Pereira: ‘Que cidades foram construídas?’

Marcelo Paiva Pereira
Marcelo Paiva Pereira
Imagem criada por IA no Bing, 05 de março de 2025,
às 10:13 PM

Os efeitos climáticos que têm submetido nossas cidades neste século serviram para refletir sobre as construídas desde o fim do século XIX, quando a ciência, a indústria e a tecnologia fizeram as sociedades crer no progresso da civilização, em prejuízo da sustentabilidade do meio ambiente natural. Abaixo seguem alguns comentários.

Da segunda metade do século XIX até o presente o progresso científico e tecnológico modificou o modo de vida das pessoas. A civilização se tornou industrial, contemporânea da elevada produção e comércio de bens de consumo dos quais o automóvel, criado na Alemanha em 1883 (ou 1884), foi popularizado por Henry Ford ao criar a linha de montagem (1907) e pôr os Estados Unidos sobre rodas.

Os projetos urbanos e arquitetônicos foram desenhados sob a influência do automóvel, que facilitava viagens a grandes distâncias. Amparadas pelo rodoviarismo, as cidades cresceram horizontalmente e removeram as vegetações em prol do progresso que o modernismo prometia.

Houve, entretanto, projetos em que o meio ambiente natural foi (mais) valorizado. Três exemplos são os das cidades-jardim (1898), de Ebenezer Howard, o de reforma do centro de Paris, chamado Plano Voisin (1925), de Le Corbusier e os das residências (1900-1939) de autoria de Frank Lloyd Wright.

Os projetos das cidades-jardim e do Plano Voisin acolheram o rodoviarismo, mas neste último as vias públicas e os edifícios, ambos erguidos sobre ‘pilotis’, favoreciam o crescimento da vegetação nos espaços que ocupava. Esses projetos, entretanto, foram pensados para integrar os habitantes da cidade com o campo para que tivessem mais contato com a natureza, cujos edifícios estariam nela envolvidos.

Aqueles edifícios são a versão modernista das antigas construções sobre palafitas, as quais surgiram para conter o avanço do nível das águas e marés sobre essas obras. Outra versão, menos onerosa, são edifícios erguidos sobre pilares, alternativos aos “pilotis”.

Nos projetos de Frank Lloyd Wright, os ambientes internos se comunicam com o externo para interagir as pessoas com a natureza (arquitetura orgânica). Foi ele pioneiro no conceito de identidade cultural e de sustentabilidade, acolhidos nos seus projetos residenciais (são exemplos o estilo ‘Prairie’ e a Frederick C. Robie House).

Conclusivamente, as construções sobre ‘pilotis’ ou pilares, as residências e outras obras, integradas à natureza local, poderiam acolher mais áreas verdes e minimizar os efeitos climáticos danosos às malhas urbanas. A sustentabilidade do meio ambiente natural estaria mais amparada. Daí a questão: sob a égide do modernismo, desde o final do século XIX, que cidades foram construídas?

Marcelo Augusto Paiva Pereira.

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Comenda Paladino da Educação Brasileira – Educador de Excelência

A Comenda será concedida pela FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes e consistirá na concessão de certificado e outorga da Medalha

Medalha referente à Comenda Paladino da Educação Brasileira - Educador de Excelência
Comenda Paladino da Educação Brasileira – Educador de Excelência

Por meio do Decreto Acadêmico 0228.002/2025 – FEBACLA, O Presidente da FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ACADÊMICOS DAS CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES – FEBACLA, no uso de suas atribuições regimentais e estatutárias, estabeleceu na data de 28/02/2025 a criação da COMENDA PALADINO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA – EDUCADOR DE EXCELÊNCIA.

Card da Comenda Paladino da Educação Brasileira - Educador de Excelência
Card da Comenda Paladino da Educação Brasileira – Educador de Excelência

A COMENDA PALADINO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA – EDUCADOR DE EXCELÊNCIA, será concedida a professores e educadores aposentados ou em efetivo exercício do magistério, professores de Educação Infantil, do Ensino Fundamental do Ensino Médio e do Ensino Superior, professores assistentes, professores de componentes curriculares, professores que apoiam o aprendizado de pessoas com deficiência, diretores de escola, coordenadores pedagógicos, vice-diretores, orientadores educacionais, psicopedagogos, Educadores Sociais, Educadores Infantis, especialistas em tecnologia educacional, formadores de profissionais, conselheiros estudantis e Educadores Religiosos, com objetivo de reconhecer e valorizar os esforços dos Educadores Brasileiros, distinguindo trajetórias acadêmicas de elevado mérito na educação.

A Comenda será concedida pela FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes e consistirá na concessão de certificado e outorga da Medalha.

Solicite o Edital:

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Nossos carnavais passados

Verônica Moreira: Crônica ‘Nossos carnavais passados’

Verônica Moreira
Verônica Moreira
No centro, Conceição Imaculada da Silva Moreira, mãe da autora
No centro, Conceição Imaculada da Silva Moreira,
mãe da autora

Era o período do Carnaval em Caratinga. Eu sempre gostei dessa festa popular, mas tinha certa aversão a me fantasiar. Talvez porque nunca pudesse escolher minha própria fantasia. E, infelizmente, meus pais eram fãs de maquiagem, algo que eu não suportava! Às vezes, até apreciava as fantasias que escolhiam para mim, porém detestava essa ideia de usar a tal maquiagem. Todo Carnaval era uma verdadeira peça de teatro: lá íamos nós, agradando a todos, mas não a nós mesmos. Eu, apenas uma menininha, de cabelos compridos e pernas finas, desfilando por horas na Avenida Catarina Cimini, onde aconteciam os desfiles.

Minha mãe adorava desfilar, e eu achava incríveis os vestidos que ela usava, cada ano com um modelo diferente, porém todos luxuosos, com lantejoulas e pedras. Alguns eram enfeitados apenas com penas de ganso, e como eram maravilhosos!

Acredito que, no último desfile da Mangueira em Caratinga, minha mãe vestiu uma fantasia e saiu como destaque na ala das baianas, e eu ficava encantada com o entusiasmo dos meus pais. No entanto, esse desfile teve um significado especial para nós, irmãos, e vou explicar o motivo…

Naquela época, a população de Caratinga era muito animada, e tínhamos um vizinho que era mestre da escola de samba, localizado na conhecida Rua dos Cavacos. Por algum motivo que ainda gostaria de descobrir, a rua recebeu esse apelido. Sinto-me mais curiosa do que nunca. Talvez, somente agora, ao escrever sobre os carnavais da minha cidade, perceba a importância de conhecer a história de cada rua, cada cidade e praça da nossa região.

Mas, continuando, esse vizinho era conhecido como Manga e era responsável pela direção das escolas de samba em Caratinga. Não sei se esse nome era um apelido ou seu verdadeiro nome, mas ele fazia um trabalho incrível e homenageava personalidades da nossa cidade.

Conceição Imaculada da Silva Moreira
Conceição Imaculada da Silva Moreira

Ele era um talentoso sambista, cantor e compositor responsável por interpretar as músicas entoadas em nossos carnavais. Durante um momento do samba, apresentado com entusiasmo pela bateria da escola e brilhantemente vocalizado por nosso amado Manga, uma bela homenagem foi feita a Ziraldo Alves Pinto e João Caetano do Nascimento. Deixo aqui registrado um trecho dessa maravilhosa composição:

“João Caetano do Nascimento
Revive seu tempo de glória,
Partiu para a eternidade,
E o seu nome aqui ficou oh, oh, oh, oh…
Em nossa escola de samba, este é o tema que o poeta inspirou.”
Oh, oh, oh, oh, oh, oh…

“Ah, Ziraldo Alves Pinto, um personagem que enaltece o Carnaval.”

Esses trechos de músicas encantadoras e inspiradas eram tocados com maestria pelas escolas de samba naquela época.

É sempre gratificante relembrar nossa cultura, e é por isso que destaco esse fragmento de canção, pois, naquele tempo, o Carnaval não era, ao menos em minha opinião, essa confusão que presenciamos hoje em dia nas grandes cidades.

Uma coisa que não me trazia alegria alguma era o fato de sermos obrigados a usar maquiagem. Meu pai, um tanto exagerado, insistia em pintar os sete filhos e, por ser bem branca, eu me sentia uma bruxa, com bochechas vermelhas e uma boca maior do que a do personagem Nazareno, da Escolinha do Professor Raimundo. Não era fácil, sinceramente.

A fantasia até era agradável; no último Carnaval, me vestiram como bailarina, com minha irmã mais nova. Éramos muito empolgadas na avenida, mas, assim que meus pais se afastavam, eu rapidamente removia toda aquela maquiagem, sempre fiz assim: deixava que fizessem, mas, assim que viravam as costas, eu tirava tudo. Pelo menos eu podia fazer isso. Não me esqueço do tanto que aguentávamos ficar sambando até o final da avenida e quando chegávamos no final, a sensação era de exaustão, misturado com satisfação, os pés até calejados e a bexiga em tempo de estourar.

O pior era com meus irmãos mais velhos, que, além de terem que usar maquiagem para representar personagens, também precisavam sambar sobre os carros alegóricos. Todos observavam e admiravam as magníficas fantasias, mas, nos rostos dos meus irmãos, a decepção era evidente. Não pelas fantasias, mas por terem o rosto coberto por uma maquiagem que os fazia se parecerem muito com os personagens que representavam: Adão e Eva, e São Jorge, o guerreiro.

Os carnavais em Caratinga, sem dúvida, eram os melhores. Eles me despertam uma mistura de saudade e decepção, devido às detestáveis maquiagens que éramos obrigados a usar. Mas era uma celebração que verdadeiramente representava a cultura da nossa região e do Brasil.

Hoje em dia, com as distorcidas formas de comemorar os eventos populares, nossa cultura, que sempre foi tão rica, não deveria estar ameaçada como vemos agora. Festas tão belas, celebradas com alegria e prazer, tornaram-se uma ocasião de desordem, imoralidade e desvalorização das nossas raízes. Que pena!

Verônica Moreira

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Gotas no Atlântico

Paulo Siuves: Poema ‘Gotas no Atlântico’

Paulo Siuves
Paulo Siuves
Imagem criada por IA no Bing - 1º de março de 2025, 
às 18:26 PM
Imagem criada por IA no Bing – 1º de março de 2025,
às 18:26 PM

Nasce mulher, alma ao vento,
Carrega o peso do tormento.
Promessas de igualdade, dança mentida,
Futuro que tropeça em memória perdida.

Feminicídio ecoa no silêncio da madrugada,
Enquanto os silêncios sangram na calçada.
A cultura do estupro ronda a cada esquina,
Sorrisos quebrados, voz que nunca se aninha.

Salário menor, esforço maior,
Lágrimas contidas, luta sem clamor.
A gota no Atlântico grita e persiste,
Mesmo quando a justiça se esconde e resiste.

Avanços surgem, mas como passos de formiga,
A corrente aperta, a liberdade castiga.
Mulheres são águias presas no ar,
Lutando para quebrar o laço a gritar.

Por suas irmãs ergue-se o protesto,
Simples nas palavras, mas firme, manifesto.
Não há corrente que resista ao grito,
De quem transforma a dor em esforço infinito.

Paulo Siuves

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A Baronesinha Vai à Escola

Você é um escritor visionário, um contador de histórias encantador ou um poeta inspirador?

Card do projeto 'A Baronesinha Vai à Escola'
Card do projeto ‘A Baronesinha Vai à Escola’

Se você é um escritor visionário, um contador de histórias encantador ou um poeta inspirador, então se prepare para uma aventura única! O Sítio do Pica-pau Amarelo, em Taubaté (SP), lança um convite especial para se juntar ao projeto ‘A Baronesinha Vai à Escola‘.

Sobre o Projeto
Nossa missão é levar literatura de qualidade para as salas de aula, inspirando jovens leitores e educadores. Seu texto será transformado em um material educativo inovador, com ilustrações para colorir, tornando a aprendizagem uma experiência divertida e interativa.

Regulamento
Tema: Livre (microcontos, fábulas, poesias).

Tamanho do texto: 1 lauda em A5 (Times 12). Textos acima de 2 laudas terão cobrança extra.

Biografia e foto: Envie uma foto e biografia (máximo 5 linhas) para divulgação.

• Benefícios:
– Seu texto será levado para escolas.

– Exposição da sua participação no evento no Sítio do Pica-pau Amarelo.

– Certificado digital de participação.

• Taxa de adesão: Possibilidade de pagamento em 2 parcelas e no cartão de crédito.

Como Participar
Para mais informações e inscrições, entre em contato:
(21) 99364-5607
https://wa.me/message/JHL6OCC5EHNUF1

Aguardamos sua participação! 

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