Joelson Mora: ‘Sangue cor púrpura. Sistema circulatório’
O sangue é um dos componentes mais importantes do corpo humano, responsável por transportar nutrientes, oxigênio, e retirar resíduos metabólicos. Ele flui pelo sistema circulatório, nutrindo tecidos e mantendo o equilíbrio de diversas funções vitais. Vamos explorar sua composição, os diferentes tipos de sangue, as doenças relacionadas e como a atividade física influencia positivamente esse processo vital.
Composição do Sangue
O sangue é composto por quatro elementos principais:
1. Plasma: Parte líquida do sangue, constituindo cerca de 55%, e formado principalmente por água, proteínas, hormônios e eletrólitos.
2. Glóbulos Vermelhos (Hemácias): Responsáveis pelo transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos e dióxido de carbono de volta aos pulmões.
3. Glóbulos Brancos (Leucócitos): Defensores do sistema imunológico, combatem infecções e agentes patogênicos.
4. Plaquetas: Participam no processo de coagulação do sangue, evitando hemorragias em caso de ferimentos.
Tipos Sanguíneos
Existem quatro tipos principais de sangue, determinados pela presença ou ausência de antígenos A e B:
Tipo O: Não possui antígenos A nem B, sendo o doador universal.
Tipo A: Possui antígeno A e pode doar para tipos A e AB.
Tipo B: Possui antígeno B e pode doar para tipos B e AB.
Tipo AB: Possui ambos os antígenos e pode receber de todos os tipos, sendo o receptor universal.
Estima-se que, no Brasil, cerca de 45% da população tenha o tipo O, enquanto o tipo AB é o mais raro.
Doenças Relacionadas ao Sangue
Entre as doenças mais comuns relacionadas ao sangue, podemos destacar:
Anemia: Redução na quantidade de glóbulos vermelhos ou hemoglobina, prejudicando o transporte de oxigênio.
Hemofilia: Deficiência no processo de coagulação, que resulta em sangramentos excessivos.
Leucemia: Câncer no sangue, onde há uma produção descontrolada de glóbulos brancos imaturos.
Doença de Von Willebrand: Distúrbio que afeta a coagulação devido à deficiência ou disfunção de uma proteína essencial.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 2 bilhões de pessoas no mundo sofrem de anemia, sendo a deficiência de ferro a principal causa. No Brasil, estima-se que cerca de 20% das mulheres em idade fértil enfrentam esse problema. A hemofilia afeta cerca de 12.000 pessoas no país, enquanto a leucemia corresponde a aproximadamente 3% dos tipos de câncer diagnosticados no Brasil.
Exercícios Físicos e a Saúde do Sangue
A prática regular de exercícios físicos é uma das formas mais eficazes de melhorar a saúde sanguínea. Atividades aeróbicas, como caminhar, correr ou nadar, aumentam a produção de glóbulos vermelhos, melhorando a capacidade de oxigenação do corpo. Além disso, exercícios de força estimulam a circulação sanguínea e fortalecem o sistema cardiovascular, o que auxilia na prevenção de doenças como hipertensão e aterosclerose.
Benefícios dos Exercícios Físicos:
1. Melhora a circulação: O aumento da frequência cardíaca durante o exercício faz com que o sangue flua de maneira mais eficiente, beneficiando todos os órgãos.
2. Previne a formação de coágulos: A atividade física regular ajuda a manter a fluidez do sangue e prevenir o acúmulo de plaquetas.
3. Reduz o risco de doenças cardíacas: A prática de exercícios melhora os níveis de colesterol, reduz a pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares.
O sangue é vital para a manutenção da vida e, por isso, cuidar da saúde do sistema circulatório deve ser uma prioridade. A prática regular de exercícios físicos, aliada a uma dieta equilibrada e acompanhamento médico, pode prevenir muitas doenças sanguíneas e melhorar a qualidade de vida. Cuidar do nosso corpo é cuidar do nosso sangue, e, consequentemente, da nossa saúde como um todo.
‘A culpabilidade no ensino: um labirinto sem saída’
Em tempos de café e conversas, a culpa parece ser o tempero favorito que adicionamos ao nosso cotidiano educacional. Ao vermos alunos a lutar com habilidades que não foram consolidadas nas classes anteriores, é comum atribuirmos a responsabilidade aos outros. Os olhares voltam-se para os professores das classes passadas, aos pais que supostamente falharam em acompanhar seus filhos, ou até mesmo aos próprios alunos, que, por sua vez, são, frequentemente, rotulados como desinteressados, por não se dedicaram como deviam.
No entanto, ao focarmos nossa energia em apontar dedos, não perdemos de vista o mais importante? Como professores, não seria mais eficaz trabalhar com o conteúdo da classe actual, enquanto, simultaneamente, reforçamos as competências que deveriam ter sido consolidadas no passado? Afinal, o problema não é novo, e as respostas baseadas na culpabilização raramente produzem soluções que transformam a prática pedagógica.
Entretanto, como bem aponta Leandro Karnal em seu livro “Conversas com um jovem professor”, essa busca incessante por culpados apenas perpetua um ciclo vicioso que, ao invés de contribuir para a solução, torna-se um labirinto sem saída. A educação não pode ser reduzida a um jogo de apontar dedos; ao contrário, deve ser um espaço de construção conjunta, onde todos, educadores, alunos e pais, têm papéis activos e responsáveis.
É fácil afirmar que o professor de Língua Portuguesa é o único responsável pela dificuldade de leitura e escrita dos alunos. Essa visão, no entanto, ignora o facto de que o uso e a prática da língua atravessa todas as disciplinas escolares e contextos sociais, e não apenas nas aulas de Português. O mesmo se aplica à Matemática. Quando um aluno não domina as operações básicas no domínio dos números naturais, a culpa recai sobre o professor de Matemática, como se o uso dos números fosse uma habilidade restrita a essa disciplina. Essa perspectiva é redutora e desconsidera a responsabilidade compartilhada que todos têm na formação do aluno.
Luís Filipe Pondê, ao reflectir sobre o papel da educação, lembra-nos que a educação é um processo contínuo e multifacetado, onde cada etapa se conecta com a seguinte. Em vez de de focarmos no que não foi aprendido, poderíamos redireccionar nosso olhar para a construção do conhecimento actual, integrando conteúdos programáticos do presente com aqueles que não foram consolidados no passado. Isso não significa deixar de diagnosticar problemas; pelo contrário, diagnosticar é fundamental. Porém, a verdadeira sabedoria reside em encontrar formas de sanar essas lacunas, ao mesmo tempo que se avança nos conteúdos do programa.
Em vez de fixar a culpa, que tal cultivar um ambiente de aprendizado colaborativo? A educação deve ser um espaço onde a troca de saberes e experiências entre alunos e professores é valorizada. Ao invés de nos perdermos em discussões sobre quem falhou, podemos focar no que podemos fazer juntos para melhorar a situação.
Assim, ao olharmos para nossos alunos, que não possuem algumas competências essenciais, que possamos nos perguntar: como podemos ajudá-los a se desenvolver? O verdadeiro desafio não é encontrar culpados, mas, sim, construir um caminho que os leve ao conhecimento. Afinal, errar é humano, e aprender, também. Que possamos, portanto, seguir juntos nessa jornada, construindo um futuro onde a educação seja, acima de tudo, um acto de amor e responsabilidade compartilhada.
“Na Academia de Letras do Brasil, Seccional Uberaba-MG, as palavras dançam como estrelas, tecendo a cultura e iluminando o caminho do saber e da alma”.Magna Aspásia Fontenelle
No dia 7 de julho de 2024, a Academia de Letras do Brasil Seccional Uberaba (ALB/Uberaba), cuja mantenedora é a Academia de Letras do Brasil-Primeira Academia Mundial da Ordem de Platão, fundada e presidida pelo escritor imortal Dr. Mário Carabajal, Ph.D, celebrou seis anos de trajetória dedicada à promoção da literatura e da cultura, tanto na região quanto no Brasil e no mundo. Desde sua fundação em 2018, a instituição tem se destacado por seu papel fundamental na valorização de escritores e na realização de eventos culturais, artísticos e literários.
A comemoração incluiu uma série de atividades, como palestras, apresentações de obras literárias e um coquetel, que proporcionaram um espaço para a união de membros, amigos e admiradores da literatura. A presidente da ALB/Uberaba, Magna Aspásia Fontenelle, ressaltou a importância desse marco: “Celebrar seis anos é celebrar a cultura e o conhecimento. Estamos comprometidos em incentivar a leitura e a produção cultural, literária e artística em nossa cidade em diversos estados brasileiros com a representação de nossos acadêmicos correspondentes e no exterior por meio da magia da tradução.
Desde sua fundação, a ALB/Uberaba tem promovido diversas iniciativas, como concursos literários, mostras culturais, exposições artísticas, oficinas e encontros com autores. Além disso, a academia publica coletâneas em parceria com a Akademia Alternativa Pegasiane, da Albânia, reunindo as vozes de escritores da região e do exterior. A instituição também colabora com outras entidades culturais, tanto nacionais quanto internacionais, ampliando seu alcance e fortalecendo laços entre diferentes segmentos da literatura mundial.
O evento de aniversário representou uma oportunidade para reconhecer as conquistas da ALB/Uberaba e vislumbrar novos projetos que visam enriquecer a cena literária local, nacional e internacional. Com uma programação diversificada, a celebração promete ser um espaço de reflexão e compartilhamento de ideias, reafirmando o compromisso da academia com a cultura e a educação.
Celebrar o legado que a ALB/Uberaba construiu ao longo desses seis anos reforça a importância da literatura na formação de uma sociedade mais crítica e criativa. Complementando as festividades do 6º aniversário da ALB/Uberaba, a instituição foi agraciada com um outdoor oferecido pelo confrade imortal Reginaldo Pereira, em Bom Jardim, MA, o qual agradecemos pela deferência.
Na Academia de Letras, um abrigo de saber, Em Uberaba, Minas, floresce o bem viver. Com canetas e ideias, tecem a realidade, Palavras que se elevam, em busca da verdade.
Mestres da palavra, guardiães da cultura, Cultivam a tradição com firme bravura. Entre risos e versos, compartilham emoção, No coração do Brasil, pulsa a criação.
Reuniões e debates, um caloroso abrigo,
Cada membro é um farol, um amigo.
Literatura e arte, em harmonia dançam, Na seccional de Uberaba, os sonhos se lançam.
Do passado ao presente, uma história a contar, Na tinta e no papel, a alma a se revelar. Na ALB/Uberaba-MGs, um legado a brilhar, Um patrimônio vivo, que nunca há de cessar.
Na beira do salto o assalto no assombro do fato me escondo em feira de asfalto me compro erário me açoita, escombros no rasto o presságio, tributo vislumbro o vestígio do antigo na eira do encalço, faceira se moca da vida trincheira boleia de beijos de terra no espaço lajeado das telhas
Desterra e o salto ao alto é sem disfarçar recalcado na área batida se firma tridente em mãos no arrimo levantar pó ao vento limpando debulhar o trigo malhado, livres detritos não escapa do fogo, a palha na beira do ar se espalha no pulo do bom menino o beijo, o trigo, Orgulho
(Poema escrito para o livro ‘Fale, criança! Uma proposta de mediação infantil’, de Adriana Rocha Leite e Élcio Mário Pinto – Sorocaba/SP: Scortecci Editora, 2014)