EU NINHO PARA POUSAR

Com ‘Eu Ninho Para Pousar’, primeiro livro de Pâmela Beatriz com lançamento presencial, a emoção foi o destaque

Capa do livro 'Eu Ninho Para Pousar', de Pâmela Beatriz
Capa do livro ‘Eu Ninho Para Pousar’, de Pâmela Beatriz, pelo Clube de Autores

No dia 21 de setembro a poetisa pernambucana Pâmela Beatriz lançou ‘EU NINHO PARA POUSAR‘, pelo Clube de Autores, e prefaciado pelo poeta baiano Manoel Hélio Alves, um dos criadores e mediadores do Sarau do Manoélio

Foi o primeiro lançamento presencial de Pâmela Beatriz, e ocorreu durante o Sarau do Manoélio, na Biblioteca do CEU Rosa da China, localizado na Rua Clara Petrela, 113 – Jd. São Roberto – São Paulo (SP), contando com a participação musical de Mano Scofield.

Um momento inesquecível

“Realmente, ainda não caiu a minha ficha desse momento glorioso, eu sou eternamente agradecida por viver isso tudo ao lado de pessoas inesquecíveis”, foram as primeiras palavras de Pâmela Beatriz, de 25 anos, diante do nascimento oficial do primeiro livro solo. Emocionada, e alegando faltar-lhe as palavras, Pâmela pareceu ter saído de um sonho, mas, voltando à realidade, reconheceu o próprio mérito durante os quatro anos de jornada literária.

Também reconhecendo as pessoas que a incentivaram, destacou: “Eu jamais vou esquecer de quem me estendeu a mão no passado para que eu pudesse viver o tempo presente e os que hoje seguram a minha mão para viver o que em breve virá para mim”.

EU NINHO PARA POUSAR‘, sob a visão de Pâmela, “é de uma responsabilidade imensa”, porém, a jovem poetisa confidencia: “Eu não sei mais viver sem escrever e publicar as minhas obras, não me vejo sem esse dom e sei que, com perseverança, posso ir além, sem esquecer dos que pavimentaram o meu caminho na literatura, e a esses sou eternamente grata”.

Sinopse

EU NINHO PARA POUSAR‘ originou-se através da ideia das ‘curtinhas’, projeto da coletiva literária Sarau poesia de esquina, por intermédio de Sara Vieira de Camargo (Pazsarinha), que no grupo de WhatsApp ‘Escola da Poesia‘, entre os meses de julho a agosto de 2024, motivou poetas/poetisas a escreverem poemas curtos de quatro até oito linhas.

Ao todo foram 30 dias, 30 palavras que 19 artistas escreveram em suas múltiplas inspirações e principalmente amor pela poesia, que os unem e os movem a viver.

A autora traz 31 obras inspiradas neste projeto, em que o leitor poderá captar um pouco da essência da alma de quem o criou, e em cuja obra poderá interagir com cada palavra que a autora escreveu e, assim, usar e ousar da sua imaginação e, quem sabe, se descobrir um artista das palavras.

Para o leitor que, certamente, já se identificou com o entusiasmo de Pâmela Beatriz, o livro poderá ser adquirido pelo saite do Clube de Autores: https://clubedeautores.com.br/books/search?where=books&what=Eu+ninho+para+pousar.

Preços:
R$ 46,19 reais – Físico na coloração preto e branco
R$69,29 reais – Físico na coloração colorido
E-book – R$27,35 reais

Sobre a autora

Pâmela Beatriz

Natural de Bezerros (PE), e atualmente residente em São Paulo, capital, Pâmela Beatriz é escritora, poetisa, romancista, contista e cordelista.

Começou a poetar em 2015 na escola em que cursava o 2° ano de ensino médio, e sua trajetória literária é admirável: 21 livros escritos, mais de 950 poemas, três cordéis, 10 livros publicados e 24 aprovações em Antologias.

É membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB e da Academia Hispano-Brasileña de Ciências, Letras y Artes – AHBLA, e Acadêmica Internacional da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes – FEBACLA.

Mídias sociais: Instagram e YouTube

Imagens do lançamento

Público presente ao lançamento
Público presente ao lançamento

Sarau de lançamento na Biblioteca do CEU Rosa da China,
Sarau de lançamento na Biblioteca do CEU Rosa da China,

Pâmela Beatriz declamando
Obras da autora – Biblioteca do CEU Rosa da China,

Livros de Pâmela Beatriz
Livros de Pâmela Beatriz

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Não há escolha

Resenha do livro ‘Não há escolha’, de Antônio Carlos Tavares de Oliveira, pela Editora Frutificando

Capa do livro ‘Não há escolha’

RESENHA

Em plena ditadura militar, Paulo e Glória se conheceram e se apaixonam.

Foi amor à primeira vista.

Porém, além de ser uma época de muita truculência política, ainda haviam outros fatores, muito mais perigosos, que colocariam em risco este amor.

Um romance incrível, com muitas reviravoltas e um final sensacional.

Uma época muito triste da história nacional, mas que Antônio suaviza a narrativa com um história de amor forte e inspiradora.

Leiam!!!

Eu amei!!

Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube

SINOPSE

Um drama envolvente que remonta ao tempo sombrio da ditadura militar brasileira, entre os anos de 1964 e 1985, e suas revelações na era democrática em 2008.

O que a repressão fez com pessoas comuns que apenas queriam um lugar ao Sol na nossa sociedade?

Um torturador.

Uma vingança.

Uma verdade a ser revelada.

SOBRE A OBRA

Antônio é um apaixonado por História.

Este fato o motivou a escrever este livro, focado neste período da ditadura militar brasileira, que este ano completou 60 anos de seu início.

Ao lembrar de como o país estava e como ele conseguiu se encaminhar para redemocratização, a história de amor entre Paulo e Glória surgiu em sua mente.


“Escrever para mim é sempre um prazer e pesquisar os fatos históricos para situar meus enredos é extremamente gratificante. “

Antônio Carlos Tavares de Oliveira


SOBRE O AUTOR

Antônio Carlos Tavares de Oliveira

Antônio Carlos Tavares de Oliveira é brasileiro, carioca e tem 60 anos, advogado e formado na licenciatura em História.

Define-se como um apaixonado pelo passado, grato pelo presente, esperançoso pelo futuro e é um grande entusiasta da literatura nacional.

Autor que se apropria de fatos históricos para criar ficções baseadas na esperança e no amor.

REDES SOCIAIS DO AUTOR

OBRAS DO AUTOR

Quadrilogia “A escuridão se ilumina”, de Antônio Carlos Tavares de Oliveira
Quadrilogia “A escuridão se ilumina”

Capa do livro O  ar de Berlim, de Antônio Carlos Tavares de Oliveira
O ar de Berlim

Capa do livro ) sol Reluzente, de Antônio Carlos Tavares de Oliveira
O sol reluzente

Capa do livro Não hà escolha de Antonio Carlos Tavares de Oliveira .
Não há escolha

ONDE ENCONTRAR


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Resenhas da colunista Lee Oliveira




De Luanda (Angola) para o Jornal ROL, Fidel Fernando!

Fidel Fernando traz para o Jornal Cultural ROL as letras pujantes educacionais e literárias de Angola!

Fidel Fernando
Fidel Fernando

Fidel Fernando (António José Fidel Fernando) reside em Luanda (Angola).

Academicamente, é licenciado em Ciências da Educação, no curso de Ensino da Língua Portuguesa, pelo Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED/Luanda), onde concluiu sua formação em 2018.

Antes disso, obteve o título de técnico médio em educação, na especialidade de Língua Portuguesa, pelo Instituto Médio Normal de Educação Marista (IMNE-Marista/Luanda), em 2013.

Profissionalmente, atua como professor de Língua Portuguesa, dedicando-se à formação e ao desenvolvimento de habilidades múltiplas nos seus educandos.

Além das suas funções docentes, exerce a atividade de consultor linguístico e revisor de texto, contribuindo para a clareza e precisão na comunicação escrita em diversos contextos. Tornou-se colunista do Jornal Pungo a Ndongo, onde compartilha semanalmente sua visão sobre temas atuais ligados à educação e à língua.

Fidel Fernando inicia a jornada ROLiana com o artigo ‘A arte de ensinar além das preferências’ uma importante reflexão sobre a figura do professor no processo educacional.

A arte de ensinar além das preferências

Imagem gerada com IA do Bing ∙ 20 de setembro de 2024 às 7:23 PM

Como professores, somos, muitas vezes, confrontados com a realidade de que nossas preferências podem influenciar a maneira como ministramos nossas aulas. No entanto, esse gosto não pode, de maneira alguma, nos impedir de abordar conteúdos que não nos agradam. Isso seria um desserviço aos nossos alunos e à nossa profissão.

Infelizmente, constatamos, com uma tristeza muito entristecedora (sim, o pleonasmo é intencional), que alguns professores preferem aprofundar-se em temas que lhes são mais confortáveis, negligenciando outros que são igualmente importantes para a formação integral dos estudantes. Em relação à disciplina de Língua Inglesa, sem querer meter-se em cuecas largas, um exemplo comum de que estamos recordados é a preferência por se ensinar verbos ʻto beʼ ou ʻto doʼ durante semanas, enquanto outros conteúdos essenciais do currículo ficam relegados a segundo plano.

Compreenderíamos, em certa medida, se essa escolha fosse feita com o intuito de preencher lacunas de aprendizagem dos alunos em determinado conteúdo. No entanto, mesmo nesses casos, o professor tem a responsabilidade de retomar os conteúdos programáticos, garantindo que todos os objectivos da disciplina sejam alcançados. Não se trata apenas de ensinar o que gostamos, mas de assegurar que os alunos tenham uma formação completa e equilibrada.

Imagine uma turma que tem dificuldades com o uso correcto da vírgula. Se o professor, por qualquer razão, não gosta de ensinar pontuação ou não se sente seguro nesse conteúdo, o mais sensato seria buscar superação nesse campo, preparando-se para ministrar a aula de forma eficaz. Outra alternativa seria realizar um intercâmbio de saberes, convidando um colega com mais afinidade ao tema para conduzir a aula. Essa atitude não apenas demonstra humildade e compromisso científico, mas também motiva os alunos. Afinal, uma nova voz na sala de aula pode ser um estímulo valioso para a aprendizagem.

Fidel Fernando

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Saudosismo daquelas gentes e pássaros

Ella Dominici: ‘Saudosismo daquelas gentes e pássaros’

Ella Dominici
Ella Dominici
Imagem gerada com IA do Bing ∙ 14 de setembro de 2024 às 3:12 PM
Imagem gerada com IA do Bing ∙ 14 de setembro de 2024
às 3:12 PM

Saudade tanta atingira os passarinhos
viram queimados outros, a fogo,
rastros deixados lembrariam atos
fúnebres
Àqueles que alçaram
lindo porte e cores, ou ainda cantigas das árvores amigas,
cotidianas sombras às galhardas danças ?

O que cantam estes olentes sentimentos
de saudades dos oboés em odes?
o que falta aos pequeninos emplumados
no sereno amanhecer,
marchando pisadelas em folhas de rasgos
do amarelo outonar do ser ?

“Saí-bicudo”
louvou em celeste hino norte à sul.

em caminhada sabiás aos longo
do retorno anunciado,
admiráveis cantores dizendo palavras versos
e algum grito nos leves estros

ao som de assobio afinado, fogem
do peito-pássaro-poeta-apaixonado,
deixando vozes de amor à vida em seu voo,

às altas virtudes enverga-se meigo ninho
ouvindo falas pios aos ventos mágicos,
passarinhas em seus mimos e carinhos

Constelando-se estrela erguida
que tudo lembrará à selva
no passado-pássaro-pensamento
passarinhando em Gonçalves,

Dias cintila asas de antes
e madrigais momentos galanteios,
Onde sonho, devaneio ido,
ainda gorjeia um chorinho:
Saudades!

Ella Dominici

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Primaveril

Sandra Albuquerque: Poema ‘Primaveril’

Sandra Albuquerque
Imagem gerada com a IA do Bing ∙ 21 de setembro de 2024 
às 8:34 AM
Gerado com IA ∙ 21 de setembro de 2024 às 8:34 AM

É manhã
Ainda sonhando com a noite enluarada
E o céu estrelado
Sinto os primeiros raios solares
Refletindo em meus lençóis.
E ouço os cânticos singelos dos pássaros
E o ciciar das cigarras.
Espreguiço-me lentamente
Enquanto da cama me levanto.
E sobre a camisola branca
Coloco o meu roupão de seda
Vou até a sacada.
Caminho até a varanda
Sento-me na espreguiçadeira.
Olho o céu azul,
E as ondas que batem nas pedras indefesas
misturando-se à areia suave e límpida.
A brisa que leve soa
Traz o aroma das flores
De todas as cores
Dos jardins dali:
Margaridas, girassóis
Sempre-vivas, rosas, acácias e camélias
Papoulas e ipês.
Que paisagem encantadora!
As folhas aplaudem
Os beija-flores
Enfeitam o ambiente
Em um tom primaveril .

Comendadora Poetisa Sandra Albuquerque
Rio de Janeiro,19 de setembro de 2024

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Educação para a cultura da responsabilidade

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo:

‘Educação para a cultura da responsabilidade’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo
Educação para a cultura da responsabilidade
Imagem gerada com IA do Bing ∙ 19 de setembro de 2024
às 8:37 AM

Um projeto de cooperação, independentemente da qualidade em que as partes intervêm, implica uma total disponibilização para colaborar, responsável e eficazmente, nas áreas previamente acordadas, e rigorosamente apoiadas pelas instituições e/ou pelos indivíduos, particularmente considerados. 

Nesse sentido, a implementação de uma instrução para uma cultura da responsabilidade técnica, social, ética e moral, a partir das gerações mais novas, e ao nível dos ensinos médio e superior, parece ser uma medida oportuna e exequível, para o que se requerem pessoas entusiasmadas, apoiadas e disponíveis para se empenharem, se possível, a tempo inteiro, em projetos de cooperação internacional, seja no quadro oficial dos Governos, das Empresas, das Associações, das Organizações Não-Governamentais e/ou dos particulares.

São necessárias pessoas que estejam dispostas para a cooperação, numa atitude de trabalho permanente, sem preocupações de idade, nem de estatutos, sabendo desfrutar da existência, um dia de cada vez na vida, que é gratuitamente oferecida: «Trabalhar como se a vida fosse eterna, viver como se fossemos morrer amanhã, eis um lema dos mais nobres e generosos, mas igualmente um lema realista, porque a realidade é esta, nós somos uma doação, como obra e vida, e só podemos ser fiéis a nós mesmos se continuarmos a ser a doação que somos pelas nossas origens.» (MENDONÇA, 1996:156). 

Igualmente a partir da família e da escola, uma cultura da responsabilidade é uma tarefa para a qual os encarregados de educação, educadores, professores e formadores devem estar bem preparados, não só em conhecimentos específicos, como também nas boas-práticas diárias.

 Comprometimento implica liberdade, na medida em que cada pessoa só pode ser responsabilizada pelos atos que livremente pratica, nem de outro modo se compreenderia. 

Por isso, educar para uma cultura da responsabilidade, aciona um processo de cooperação, de parceria, de liberdade, entre as partes, logo, a cooperação, no seu sentido mais amplo, no quadro institucional, entre nações, instituições, associações e particulares, deve realizar-se com pessoas responsavelmente livres e livremente responsáveis.

 Com efeito: «Responsabilidade é reconhecimento da autoria e aceitação das consequências de seus atos. São manifestações de responsabilidade assumir intensa, plena e voluntariamente suas decisões, responder leal e corajosamente pelos seus cometimentos, prestar contas dos encargos ou obrigações, sofrer críticas, defender direitos inerentes ao merecimento. A educação do senso de responsabilidade é tarefa heróica, pois exige autoridade e maturidade dos educadores.» (SCHMIDT, 1967:14).

BIBLIOGRAFIA

MENDONÇA, Eduardo Prado de, (1996). O Mundo Precisa de Filosofia, 11ª edição, Rio de Janeiro RJ: Agir Editora,

SCHMIDT, Maria Junqueira, (1967). Educar para a Responsabilidade, 4ª edição, Rio de Janeiro RJ: Livraria Agir Editora.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal 

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Vai-se o anel ficam os dedos

Sergio Diniz da Costa:

“Vai-se o anel e ficam os dedos” ou “Vão-se os anéis e ficam os dedos”? Eis a questão!’

Sergio Diniz
Sergio Diniz
Criador de Imagens no Bing. Da plataforma DALL·E 3

Na semana passada*, publiquei neste jornal a crônica ‘Os óculos dos poetas’. E, nela, citei este provérbio português: “Vai-se o anel, ficam os dedos”.

         Um ‘amigo’ meu, e ex-colega da Faculdade de Direito, e com o qual há um bom não me correspondia ─ ou melhor, ele, em relação a mim ─, resolveu agora, por telefone, promover um ’contato imediato de 3.º grau’, entretanto, não para me abduzir, evidentemente, pois que ele ─ até prova em contrário ─ é da Terra mesmo.

         A reaproximação também não foi motivada por uma súbita ou mesmo antiga saudade, porém, para comentar que minha crônica ─ apesar de interessante ─ continha um erro de citação. E frisou isso com tanta ênfase, que fiquei imaginando se não seria um ‘erro de excitação’!

         Segundo referido amigo, o provérbio correto é: “Vão-se os anéis e ficam os dedos”! Aliás, em sabendo que, atualmente, além de escritor e poeta, também sou revisor de livros, concluiu que o que ocorreu foi, simplesmente, uma falta de revisão, da minha parte mesmo.

         Ouvi, atentamente, as observações e, em primeiríssimo lugar, perguntei como ele estava, e igualmente a família; se ainda estava trabalhando no mesmo escritório de advocacia e outras coisas mais, pois, afinal de contas, fazia um século que nós conversamos pela última vez. Minto! Exagero meu! Fazia apenas quatro anos.

         Tive, então, que defender minha ‘poli position literária’, afinal de contas, sou um recente colunista de um jornal idôneo.

         E, nessa defesa, informei-o que, ao escrever a crônica e fazer a citação, havia feito uma consulta prévia a um grande amigo meu, esclarecedor de todas as minhas dúvidas: Mr. Google! E ele me informou que o adágio correto realmente é: “Vão-se os anéis e ficam os dedos”.

Na crônica, contudo, ─ esclareci ─, optei pelo uso do singular. E justifiquei a opção! Afinal de contas, para alguém roubar um anel (a ponto de até se levar o dedo junto), este deve ser muito valioso. Isso, evidentemente, se o criminoso tiver algum pedigree, porque, se for um pé de chinelo qualquer, leva até um de R$ 1,99…

         Os tempos, entretanto ─ aduzi ─, financeiramente falando, estão difíceis para todo mundo e, por esse e outros motivos, mais violentos, e, excepcionando a hipótese de exibição de joias caríssimas em festas chiques, ninguém fica ‘dando sopa’ pelas ruas com bens caríssimos.

         Por esta lógica simplérrima, mas real, defendi que minha opção não malferiria os olhos ou os ouvidos de ninguém.

         Aliás, já que estávamos falando de ‘provérbios’, fi-lo lembrar de uma das nossas aulas de Redação Forense, na qual estudamos o célebre discurso Oração aos Moços, do mais célebre ainda, o grande mestre Rui Barbosa. E este, ao justificar sua ausência à cerimônia de formatura dos alunos do curso de Direito, da Turma de 1921, da qual era o paraninfo, escreveu uma das mais belas peças de oratória de que se tem conhecimento, e, nesta, declina vários sinônimos de ‘provérbio’, a saber: além do próprio provérbio, adágio, anexim, prolóquio.

         Portanto, terminei minha defesa perante esse amigo, justificando o porquê da minha decisão em citar o tal prolóquio no singular, todavia, ressaltando a altíssima importância dos anexins.

         Ele, do outro lado da linha ─ tive essa impressão ─, pareceu-me um tanto quanto consternado comigo, mas, suspirando fundo, desejou-me ‘tudo de bom’ e, antes de desligar, me informou ─ animadíssimo! ─, que, nestas eleições, estava se candidatando a vereador.

         E que contava comigo ─ evidentemente!

         Eu também lhe desejei ‘tudo de bom’, incluindo o ‘sucesso na futura carreira!’

         Ao desligar o telefone, porém, lembrei-me do famoso Cometa de Haley, que passa por aqui somente a cada 76 anos.

         Alguns amigos também poderiam fazer o mesmo!

* Crônicas publicadas no Jornal ROL em 6 e 13 de maio de 2016.

Sergio Diniz da Costa

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