Queira querer-me

Zé Franco: Poema ‘Queira querer-me’

Zé Franco
Zé Franco
“… E amo-te, antes de cada querer meu”.

Quero-te, antes de cada Lua o céu
Quero-te, antes do pôr do Sol o mar
E amo-te, antes de cada querer meu.

Zé Franco

Contatos com o autor

Voltar

Facebook




Elo poético resiste e liberta

Ella Dominici: ‘Elo poético resiste e liberta’

Ella Dominici
Ella Dominici
"... e irei pulando as cordas e ponteiros do tempo..."
“… e irei pulando as cordas e ponteiros do tempo…”
Imagem criada pela IA do Bing

Amanhã sei que tudo será ontem
futuro não se vive, mas se inventa
em movimentos à liberdade

ela será pequena, do tamanho que minha alma
necessita, simples mas cultivada,
se puder, será inviolável ao amor da madrugada
a levantarei dos contos que me mentem
confiscam a esperança desta cidade

O miúdo se levantará precipitado
esquecendo de ser aleijado onde imagem
da mata sangrando será vencida

Poderá sonhar sem os mortos que apagam
os sonhos de mentira
Sairemos da cova do teto do mundo
O que tu vistes e provei, será coisa de não acontecer

Se puder então, acreditarei nos sonhos
afundadas resenhas em planos de painas.
Sim, desacreditarei do vil destino
e irei pulando as cordas e ponteiros do tempo
Inda sei que restará a mim olhar sem escamas
poesia do amanhã será menina

Dos campos de trincheiras e vales combatentes,
verei brotar um verde trevo de resiliência
Abandonarei espaços que me limitaram a independência,
na liberdade do pensar curando em versos as feridas,

dançarei o frevo e no abraço da cintura tua
Inventarei livre arbítrios memórias-Sol,
a transcender pela palavra que brilha e cintilante será
no entardecer da vida

Ella Dominici

Contatos com a autora

Voltar

Facebook




Perdemos o Rei da TV

Denise Canova: ‘Perdemos o Rei da TV’

Denise Canova
Denise Canova
Silvio Santos
Silvio Santos – From Wikimedia Commons, the free media repository

Perdemos o Rei da TV

Silvio Santos

Um dos ícones da

Comunicação

Brasil de luto

Poeta da TV

Dama da Poesia

Contato com a autora




Hosanna

Ismaél Wandalika: Poema ‘Hosanna’

Soldado Wandalika
Soldado Wandalika
"Hosana! A gente canta com destreza. Há um poema na alma que alimenta o estômago da criança"
Hosana! A gente canta com destreza Há um poema na alma que alimenta o estômago da criança
Imagem criada pela IA do Bing

Hoje
trago traços cruzando as corridas de um amanhã coberto de hosanas
Preso na garganta de quem canta com esperança o hino que embala as almas
Enche o imo de nostalgia.

Quedas vêm como fortaleza de cada força empreendida na forja.
Pois o porão rejuvenesce as batidas do peito
E Deus conta os passos de um Soldado para abençoar sua trilha.

Hosana! A gente canta com destreza
Há um poema na alma que alimenta o estômago da criança
A cruz está pesada
Então deixa a música tocar e teremos forças pela manhã.

No fundo, ouço gritos que esperam a certeza na ponte esquina,
O ontem acredita que o amanhã será diferente
Então, recriamos uma Lambada para lembrar as lágrimas do caminho que trilhou a nossa gente
Gente forte ! Gente que vence e não teme

Hosanna
Entoada na aurora do dia
Ativa no coração alegria para vida
A força dará asas a quem permanecer na pista
Dando toques para elevar a fasquia
Deus não esquece o esquema da benção para a menina de seus olhos.

Hosanna!

Soldado Wandalika

Contatos com o autor

Voltar

Facebook




In(Quietude)

Resenha do livro In(Quietude), de Antônia Rainara

Capa do livro, In(Quietude), de Antônia Rainara
Capa do livro In(Quietude)

RESENHA

Um conto lindíssimo, com um tema muito forte: a perda de uma pessoa querida.

De uma forma muito sensível e consciente a autora nos coloca no cerne da situação por ela vivida, porém, de uma forma fictícia, para nos levar a uma reflexão sobre nossos sentimentos mais profundos em relação ao luto.

O choque da notícia, a negação, a aceitação e a saudade são abordadas com uma delicadeza ímpar.

Um conto lindo, que me emocionou demais!!

Eu super recomendo!

Leiam!

Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube

SINOPSE

Este conto é uma homenagem à minha avó, Enedina.

Dividido em cinco partes que narram os estágios do luto, ‘(In)Quietude’ traz superstições e costumes nordestinos, dedicando músicas tão nossas em cada capítulo.

“Porque memórias não morrem, a menos que alguém as esqueça.”

SOBRE A OBRA

Esta obra, escrita em menos de uma semana, é uma homenagem para Dona Enedina, a avó da autora.

Ela nos conta que normalmente se sentia insegura com relação as suas escritas, mas com essa história foi tudo muito certo e simples.

No conto, ela não nos traz a história real de sua família, as personagens são fictícias apesar de que os sentimentos são dela.

Antônia imaginou a realidade de uma família formada apenas por mulheres onde a avó, que é o pilar principal, se foi e como irão continuar a partir dali. As personagens não têm nome e nem descrições físicas na intenção de que qualquer um possa se identificar.

SOBRE A AUTORA

Imagem da Autora Antônia Rainara
Antônia Rainara

Antonia Rainara Oliveira Carvalho tem 21 anos, nascida em Sigefredo Pacheco, no Piauí.

Formada em Design Gráfico e trabalha como ilustradora.

Esse conto é sua única publicação até o momento.

OBRAS DA AUTORA

Capa do livro In(Quietude) de Antônia Rainara
Capa do livro In(Quietude)

ONDE COMPRAR


Página Inicial

Resenhas da colunista Lee Oliveira




Estudantes da EMEF Coronel Esmédio realizam projeto ambiental

O projeto, intitulado ‘Meu quintal é maior do que o mundo’, inspirado em um poema de Manoel de Barros, visa transformar um espaço degradado da escola em uma área revitalizada

Projeto 'Meu quintal é maior do que o mundo' - Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro
Projeto ‘Meu quintal é maior do que o mundo’ – Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro

Os estudantes do 9º ano A da EMEF. Coronel Esmédio, de Porto Feliz (SP), estão desenvolvendo um projeto de intervenção ambiental dentro da escola. A iniciativa foi idealizada pelo professor de História Carlos Carvalho Cavalheiro e conta com a colaboração dos professores Claire Gonzales Bíscaro (Língua Portuguesa), Silvana de Oliveira Castelucci (Ciências) e Tobias Donizete dos Santos (Língua Inglesa).

O projeto, intitulado ‘Meu quintal é maior do que o mundo’, inspirado em um poema de Manoel de Barros, visa transformar um espaço degradado da escola em uma área revitalizada. O nome do projeto reflete a ideia de que ações locais, como cuidar de um quintal, podem ter impactos significativos em um contexto mais amplo.

Projeto 'Meu quintal é maior do que o mundo' - Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro
Projeto ‘Meu quintal é maior do que o mundo’ – Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro

A proposta surgiu durante a jornada ‘Juntos pela Educação 2024’, promovida pela empresa Smurfit Westrock, com coordenação técnica da equipe ENSINART e apoio da Secretaria de Educação. Juntos, professores e estudantes da EMEF. Coronel Esmédio identificaram a necessidade de uma intervenção ambiental em uma área que, originalmente planejada como um jardim, foi negligenciada por décadas e agora necessita de revitalização tanto em termos ambientais quanto paisagísticos. O projeto oferece uma oportunidade para colocar em prática os princípios de cidadania e senso crítico, conforme orientações das diretrizes educacionais.

Projeto 'Meu quintal é maior do que o mundo' - Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro
Projeto ‘Meu quintal é maior do que o mundo’ – Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro

No dia 5 de agosto, os alunos, acompanhados pelos professores Carlos Cavalheiro e Silvana Castelucci, realizaram uma visita de observação à área, registrando as não-conformidades presentes no local. A partir dessa visita, e com o suporte da professora Claire Bíscaro, os estudantes elaboraram o Relatório de Observação, documento essencial para a próxima etapa do projeto: a criação do plano de intervenção.

Projeto 'Meu quintal é maior do que o mundo' - Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro
Projeto ‘Meu quintal é maior do que o mundo’ – Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro

Outro grupo de estudantes da mesma turma, sob a orientação do professor Tobias Donizete, está responsável pela pesquisa e captação de recursos para a execução do projeto. No dia 9 de agosto, esses estudantes se reuniram com o Secretário de Meio Ambiente, Fernando Cesar de Oliveira, na Casa do Empreendedor, onde também estiveram presentes o vereador Marcelo Tuani e o professor Tobias Donizete. Nessa reunião, a comissão escolar recebeu apoio técnico e incentivo para seguir adiante com o projeto “Meu Quintal é Maior que o Mundo”.

Projeto 'Meu quintal é maior do que o mundo' - Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro
Projeto ‘Meu quintal é maior do que o mundo’ – Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro

A Equipe Gestora da Escola, composta pelo diretor Daniel Oliveira Piasentin, pela vice-diretora Fabiana Caroline Gutierrez Ruiz de Almeida, e pelas Coordenadoras Pedagógicas Elizabety Batoni Bragagnolo e Fabiana Carnelós, também manifestou total apoio à iniciativa, reforçando o compromisso da escola com a formação integral dos estudantes.

Voltar

Facebook




O vazio

COLUNA PSICANÁLISE E COTIDIANO

Bruna Rosalem: ‘O vazio’

Bruna Rosalem
Bruna Rosalem
O vazio
Imagem criada pela IA do Bing

Vazio. Na definição do dicionário Houaiss: “Que não contém nada, apenar ar”. “Que falta fundamento, valor, substância, realidade.”. “Ausência de conteúdo, oco, vão.”. “Falta de saciedade, sentimento de insatisfação.”. Curiosamente, vazio também nomeia uma parte do boi, muito utilizada em churrascos, “o vazio da carne”.

Numa outra ótica bem diferente, temos o lugar de vazio do analista numa sessão de manejo psicanalítico. Aquele que faz semblante do morto, o que permite ao sujeito escutar-se em sua própria história.

Várias definições tentam significar esta palavra e trazer algum sentido. Nas ciências exatas, por exemplo, na Matemática, temos o conjunto vazio. Na Física, a ideia de vácuo, ou ainda, o espaço não ocupado por matéria.

Se utilizarmos vazio enquanto metáfora, teremos uma série de possibilidades em que esta palavra pode ser aplicada: “Estou me sentido vazia, oca por dentro, uma tristeza sem fim.”, “Meu estômago está vazio, sinto fome!”; “Acho que minha vida está vazia, não tenho sonhos, desejos, nem propósitos…”.

Paradoxalmente, a palavra vazio sugere ausência, mas ao colocá-la me cena, ela se presentifica. Anne Frank, adolescente alemã de origem judaica, vítima do Holocausto que ficou famosa pela publicação póstuma de seu diário, dizia: “Aquele vazio, aquele vazio enorme está sempre presente.”. Isso demonstra que não há como escapar desta sensação, certamente em algum momento de nossas vidas sentiremos este tal vazio que para cada sujeito se inscreve e se expressa de maneira singular.

Há ainda aquele sentimento de angústia que nos toma, entrecorta a carne, deixa o coração apertado, como uma espécie de ‘rombo’ no peito, um vazio na alma.

No luto, é muito comum sentir a sensação do nada, de oco. Perder alguém muito querido e amado deixa essa sensação, como se algum conteúdo fosse arrancado do corpo. É como ter a carne dilacerada, destruída, restando apenas buracos, lacunas.

A sensação de vazio muitas vezes pode tornar a existência insuportável. E por   mais que lutemos para ocupar este espaço em que ‘o nada’ existe (soa até contraditório), não há o que ser preenchido, já que o vazio enquanto metáfora, é uma tentativa de apalavrar a dor de sentir que algo perdeu o sentido, o brilho, o fervor, a excitação.

Consciente disso, é possível que o vazio se torne objeto de investigação para o sujeito abrir-se para o desconhecido, para o enigmático inconsciente com vistas a possíveis elaborações.

O vazio é um sentimento inevitável em nossa história, a questão é como lidaremos com algo tão presente e tão visceral. Precisaremos mergulhar pelas profundezas de suas raízes… quem sabe.

Bruna Rosalem

Contatos com a autora

Voltar

Facebook