In(Quietude)

Resenha do livro In(Quietude), de Antônia Rainara

Capa do livro, In(Quietude), de Antônia Rainara
Capa do livro In(Quietude)

RESENHA

Um conto lindíssimo, com um tema muito forte: a perda de uma pessoa querida.

De uma forma muito sensível e consciente a autora nos coloca no cerne da situação por ela vivida, porém, de uma forma fictícia, para nos levar a uma reflexão sobre nossos sentimentos mais profundos em relação ao luto.

O choque da notícia, a negação, a aceitação e a saudade são abordadas com uma delicadeza ímpar.

Um conto lindo, que me emocionou demais!!

Eu super recomendo!

Leiam!

Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube

SINOPSE

Este conto é uma homenagem à minha avó, Enedina.

Dividido em cinco partes que narram os estágios do luto, ‘(In)Quietude’ traz superstições e costumes nordestinos, dedicando músicas tão nossas em cada capítulo.

“Porque memórias não morrem, a menos que alguém as esqueça.”

SOBRE A OBRA

Esta obra, escrita em menos de uma semana, é uma homenagem para Dona Enedina, a avó da autora.

Ela nos conta que normalmente se sentia insegura com relação as suas escritas, mas com essa história foi tudo muito certo e simples.

No conto, ela não nos traz a história real de sua família, as personagens são fictícias apesar de que os sentimentos são dela.

Antônia imaginou a realidade de uma família formada apenas por mulheres onde a avó, que é o pilar principal, se foi e como irão continuar a partir dali. As personagens não têm nome e nem descrições físicas na intenção de que qualquer um possa se identificar.

SOBRE A AUTORA

Imagem da Autora Antônia Rainara
Antônia Rainara

Antonia Rainara Oliveira Carvalho tem 21 anos, nascida em Sigefredo Pacheco, no Piauí.

Formada em Design Gráfico e trabalha como ilustradora.

Esse conto é sua única publicação até o momento.

OBRAS DA AUTORA

Capa do livro In(Quietude) de Antônia Rainara
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Resenhas da colunista Lee Oliveira




Estudantes da EMEF Coronel Esmédio realizam projeto ambiental

O projeto, intitulado ‘Meu quintal é maior do que o mundo’, inspirado em um poema de Manoel de Barros, visa transformar um espaço degradado da escola em uma área revitalizada

Projeto 'Meu quintal é maior do que o mundo' - Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro
Projeto ‘Meu quintal é maior do que o mundo’ – Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro

Os estudantes do 9º ano A da EMEF. Coronel Esmédio, de Porto Feliz (SP), estão desenvolvendo um projeto de intervenção ambiental dentro da escola. A iniciativa foi idealizada pelo professor de História Carlos Carvalho Cavalheiro e conta com a colaboração dos professores Claire Gonzales Bíscaro (Língua Portuguesa), Silvana de Oliveira Castelucci (Ciências) e Tobias Donizete dos Santos (Língua Inglesa).

O projeto, intitulado ‘Meu quintal é maior do que o mundo’, inspirado em um poema de Manoel de Barros, visa transformar um espaço degradado da escola em uma área revitalizada. O nome do projeto reflete a ideia de que ações locais, como cuidar de um quintal, podem ter impactos significativos em um contexto mais amplo.

Projeto 'Meu quintal é maior do que o mundo' - Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro
Projeto ‘Meu quintal é maior do que o mundo’ – Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro

A proposta surgiu durante a jornada ‘Juntos pela Educação 2024’, promovida pela empresa Smurfit Westrock, com coordenação técnica da equipe ENSINART e apoio da Secretaria de Educação. Juntos, professores e estudantes da EMEF. Coronel Esmédio identificaram a necessidade de uma intervenção ambiental em uma área que, originalmente planejada como um jardim, foi negligenciada por décadas e agora necessita de revitalização tanto em termos ambientais quanto paisagísticos. O projeto oferece uma oportunidade para colocar em prática os princípios de cidadania e senso crítico, conforme orientações das diretrizes educacionais.

Projeto 'Meu quintal é maior do que o mundo' - Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro
Projeto ‘Meu quintal é maior do que o mundo’ – Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro

No dia 5 de agosto, os alunos, acompanhados pelos professores Carlos Cavalheiro e Silvana Castelucci, realizaram uma visita de observação à área, registrando as não-conformidades presentes no local. A partir dessa visita, e com o suporte da professora Claire Bíscaro, os estudantes elaboraram o Relatório de Observação, documento essencial para a próxima etapa do projeto: a criação do plano de intervenção.

Projeto 'Meu quintal é maior do que o mundo' - Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro
Projeto ‘Meu quintal é maior do que o mundo’ – Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro

Outro grupo de estudantes da mesma turma, sob a orientação do professor Tobias Donizete, está responsável pela pesquisa e captação de recursos para a execução do projeto. No dia 9 de agosto, esses estudantes se reuniram com o Secretário de Meio Ambiente, Fernando Cesar de Oliveira, na Casa do Empreendedor, onde também estiveram presentes o vereador Marcelo Tuani e o professor Tobias Donizete. Nessa reunião, a comissão escolar recebeu apoio técnico e incentivo para seguir adiante com o projeto “Meu Quintal é Maior que o Mundo”.

Projeto 'Meu quintal é maior do que o mundo' - Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro
Projeto ‘Meu quintal é maior do que o mundo’ – Foto enviada pelo prof. Carlos Carvalho Cavalheiro

A Equipe Gestora da Escola, composta pelo diretor Daniel Oliveira Piasentin, pela vice-diretora Fabiana Caroline Gutierrez Ruiz de Almeida, e pelas Coordenadoras Pedagógicas Elizabety Batoni Bragagnolo e Fabiana Carnelós, também manifestou total apoio à iniciativa, reforçando o compromisso da escola com a formação integral dos estudantes.

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O vazio

COLUNA PSICANÁLISE E COTIDIANO

Bruna Rosalem: ‘O vazio’

Bruna Rosalem
Bruna Rosalem
O vazio
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Vazio. Na definição do dicionário Houaiss: “Que não contém nada, apenar ar”. “Que falta fundamento, valor, substância, realidade.”. “Ausência de conteúdo, oco, vão.”. “Falta de saciedade, sentimento de insatisfação.”. Curiosamente, vazio também nomeia uma parte do boi, muito utilizada em churrascos, “o vazio da carne”.

Numa outra ótica bem diferente, temos o lugar de vazio do analista numa sessão de manejo psicanalítico. Aquele que faz semblante do morto, o que permite ao sujeito escutar-se em sua própria história.

Várias definições tentam significar esta palavra e trazer algum sentido. Nas ciências exatas, por exemplo, na Matemática, temos o conjunto vazio. Na Física, a ideia de vácuo, ou ainda, o espaço não ocupado por matéria.

Se utilizarmos vazio enquanto metáfora, teremos uma série de possibilidades em que esta palavra pode ser aplicada: “Estou me sentido vazia, oca por dentro, uma tristeza sem fim.”, “Meu estômago está vazio, sinto fome!”; “Acho que minha vida está vazia, não tenho sonhos, desejos, nem propósitos…”.

Paradoxalmente, a palavra vazio sugere ausência, mas ao colocá-la me cena, ela se presentifica. Anne Frank, adolescente alemã de origem judaica, vítima do Holocausto que ficou famosa pela publicação póstuma de seu diário, dizia: “Aquele vazio, aquele vazio enorme está sempre presente.”. Isso demonstra que não há como escapar desta sensação, certamente em algum momento de nossas vidas sentiremos este tal vazio que para cada sujeito se inscreve e se expressa de maneira singular.

Há ainda aquele sentimento de angústia que nos toma, entrecorta a carne, deixa o coração apertado, como uma espécie de ‘rombo’ no peito, um vazio na alma.

No luto, é muito comum sentir a sensação do nada, de oco. Perder alguém muito querido e amado deixa essa sensação, como se algum conteúdo fosse arrancado do corpo. É como ter a carne dilacerada, destruída, restando apenas buracos, lacunas.

A sensação de vazio muitas vezes pode tornar a existência insuportável. E por   mais que lutemos para ocupar este espaço em que ‘o nada’ existe (soa até contraditório), não há o que ser preenchido, já que o vazio enquanto metáfora, é uma tentativa de apalavrar a dor de sentir que algo perdeu o sentido, o brilho, o fervor, a excitação.

Consciente disso, é possível que o vazio se torne objeto de investigação para o sujeito abrir-se para o desconhecido, para o enigmático inconsciente com vistas a possíveis elaborações.

O vazio é um sentimento inevitável em nossa história, a questão é como lidaremos com algo tão presente e tão visceral. Precisaremos mergulhar pelas profundezas de suas raízes… quem sabe.

Bruna Rosalem

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Encontro de Comunicação e Cultura ocorrerá em setembro

O evento é gratuito e aberto a todos os interessados. Será emitido certificado de participação para os participantes e ouvintes

Card do Encontro de Comunicação e Cultura ocorrerá em setembro
Card do Encontro de Comunicação e Cultura ocorrerá em setembro

O Encontro de Pesquisadores em Comunicação e Cultura (EPECOM), organizado pelo corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura (PPGCC) da Universidade de Sorocaba (Uniso), ocorrerá este ano nos dias 23 e 24 de setembro com a presença de destacados pesquisadores e apresentação de trabalhos de pesquisa em andamento nas Universidades.

O evento – anual, em âmbito nacional; bienal, em âmbito internacional – ocorre desde 2007 e reúne pesquisadores interessados em refletir sobre questões comunicacionais e culturais.

O EPECOM recebe trabalhos resultantes de pesquisas finalizadas ou em andamento nos níveis de graduação – Iniciação Científica e TCC – e de pós-graduação – mestrado, doutorado, pós-doutorado e professores-pesquisadores. Os trabalhos aprovados pela comissão organizadora, que conta com docentes do PPGCC na sua composição, são apresentados nos Oito Grupos de Trabalhos (GTs), correlatos aos grupos de pesquisa que compõem o PPGCC.

A cada ano, o EPECOM traz uma temática que norteia as mesas de abertura e de encerramento do evento e tem por objetivo explorar aspectos do universo da pesquisa em comunicação e cultura, em consonância com a área de concentração e as linhas de pesquisa do PPGCC. A temática também pode servir de inspiração para os expositores de trabalho que participam dos GTs, assim, comunicações em diálogo com o tema eleito para a edição são bem-vindas. Neste ano o tema será Educação Midiática e terá como referência os trabalhos desenvolvidos por David Buckingham.

O XVIII EPECOM terá abertura no dia 23 de setembro, às 9 horas. A partir das 9h30 ocorrerá a palestra “Literacias de Mídia e Informação”, ministrada pela Profa. Dra. Brasilina Passareli, Diretora da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo.

Já às 10h30 ocorrerá a palestra da Profa. Dra. Gabriela Borges, da Universidade de Algarve (Portugal) que discorrerá sobre “A Literacia mediática no campo da comunicação”. No período da tarde ocorrerá a apresentação de trabalhos e o lançamento de livros.

No dia 24, a partir das 9 horas acontecerá a Mesa Redonda com o tema “Mídia e Violência contra a Mulher”, com a mediação da Profa. Dra. Luciana Coutinho Pagliarini de Souza. Em seguida, o evento será encerrado com as palestras de Ana Elisa Viviani, com o tema “O espectador do sofrimento e a distância nas imagens midiáticas”; e Márcio Zanetti Negrini com “Figurações audiovisuais das emoções como denúncia da violência”.

O evento é gratuito e aberto a todos os interessados. Será emitido certificado de participação para os participantes e ouvintes. Interessados em submeter artigos para o EPECOM, especialmente com o tema Educação e Mídia, poderão fazê-lo até o dia 20 de agosto por meio da página do evento: https://uniso.br/evento/epecom-2024

Os artigos submetidos ao EPECOM e ao EPECOM Jr. aprovados são selecionados para compor os Anais do encontro, que, a partir de 2017, são apresentados em versão digital no site do PPGCC da Uniso.
O EPECOM é sempre realizado no final de setembro, e a chamada de trabalhos é aberta no primeiro semestre, entre fevereiro e março de cada ano. Todas as datas e a programação completa ficam disponíveis aos interessados com antecedência, no site da Universidade de Sorocaba.

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Versos de consolo para Vinhedo

Denise Canova: ‘Versos de consolo para Vinhedo’

Denise Canova
Denise Canova
Versos de consolo para Vinhedo.
Versos de consolo para Vinhedo.
Imagem criada pela IA do Bing

Versos de consolo

Para Vinhedo

Supere essa tragédia

62 mortes

62 anjos no Céu

Versos de consolo

Supere com fé.

Dama da Poesia

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Asas partidas

Pietro Costa: Poema ‘Asas partidas’

Pietro Costa
Pietro Costa
Um dragão no Hades, sendo perseguido pelas Erínias
Imagem criada pela IA do Bing

Aos confins do mundo
Em luta
Incessante
Um dragão soturno
Na busca
Insone
Atormentado pelas cinzas
Pelo sangue

As chamas hauridas
Pelo forte desgosto
Na marcada poesia
A ferro e a fogo
Enfileirando vítimas

De tantas idas a Hades
Temidas falésias da alma
Odiar é tudo o que sabe
O frenesi das batalhas

Refém das paixões aladas
Relegado ao desterro
Perseguido pelas Erínias
Infaustas
O Sol não chega à vista:
Põe-se em pesadelos

Pietro Costa

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Invadi o seu silêncio

Eliana Hoenhe Pereira: ‘Invadi o seu silêncio’

Eliana Hoenhe Pereira
Eliana Hoenhe Pereira
“Invadi o seu silêncio para tentar poupar seu sofrimento…”

Invadi o seu silêncio 

para tentar poupar seu sofrimento, 

A fim de que não se sentisse sufocado 

e nem mesmo com os sonhos aprisionados.

para que as lágrimas não

transbordassem

E o Sol adentrasse.

Deixei a janela aberta 

Com ar de liberdade 

para que um novo olhar despertasse 

E nos mais profundos sentimentos tocasse.

Eliana Hoenhe Pereira

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