Pai: saudade infinita!

Dorilda Almeida: Poema ‘Pai: saudade infinita!’

Dorilda Almeida
Dorilda Almeida
Pai, uma figura amorosa e protetora
Imagem criada pela IA do Bing - 02 de agosto de 2024, às 13:48 P
Pai, uma figura amorosa e protetora
Imagem criada pela IA do Bing – 02 de agosto de 2024, às 13:48 PM

Ah! Como é bom
Ter um pai!
Os pulmões enchem de ar
O peito quer se arrebentar
Só de pensar em meu pai.
Meu coração enche de paz!
Meu pai
Não deu brinquedos do mundo
Mas deu colo e amor profundo
Liberdade me ensinou a conquistar
Amoroso ele era
Feliz com a vida e com a família
Amor era o que mais sentia
Por isso tudo fazia na vida
Era só alegria

Como é bom ter um pai
Para ensinar a andar
A falar e a amar!

Dorilda Almeida

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Alma brasileira!

Sandra Albuquerque: Poema ‘Alma Brasileira!’

Sandra Albuquerque
Sandra Albuquerque
Imagem criada pela IA do Bing – 02 de agosto de 2024, às 10:50 AM

Brasil!
Nação brasileira
Com seus encantos
Das belas praias, rios
Cachoeiras e mares
Que desaguam
Em peles bronzeadas
Morenas Mulatas
Pretas
Sim!
Pretas e por que não?
Sabemos que está terra é mestiça
Digna de aplausos e rimas
E ainda há néscios
Querendo contestar.
O lugar de alguém
Com a pele preta
Não merece um tronco
Com chibata e rancor
Mas sim, um pódio
Nos lugares mais altos
Que a sociedade já viu
E quem discorda
Não conhece a história
Do nosso Brasil.
É da baiana formosa
Do Nordestino que luta
Do Rio de Janeiro
A Terra da Preta Empoderada
Merece destaque
Em todas as partes
Em qualquer escalão.
O menosprezo é ódio
E quem sabe inveja
Da beleza da pele
Que eu aplaudo de pé.
Que o racismo acabe
Não me perdoe os insensíveis
Porque falo a verdade
Porque conheço a História.
E em toda a beleza
Que a natureza expõe
Se os senhores de engenho
Aqui voltassem
Talvez, jamais seriam patrões.
Porque aqui
A África existe
Bem dentro de nós
Pois somos mergulhados nela.
Somos guerreiros
E precisamos aceitar
Que a pele preta é um tesouro.
Não adianta menosprezar.

Comendadora Poetisa Sandra Albuquerque
(Rio de Janeiro, 01/08 /2024)

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Moto taxista

Soldado Wandalika: Poema ‘Moto taxista’

Uma homenagem aos motoboys!

Soldado Wandalika
Soldado Wandalika
Imagem criada por IA do Bing -  1 de agosto de 2024 às 11:20 AM
Imagem criada por IA do Bing –  1 de agosto de 2024 às 11:20 AM

Desfecho uma paragem
Comendo as madrugadas dos meus sonhos
Pela manhã do meu esforço matabixo
Parece batota contar as entranhas dos golos
Na barriga do estômago

Ir e ir a manhã me espera
Reservada de metal
Os dias crescem
E a maldade diminui
Mais uma roda de metal

O mambo aqui é duro para valer
Bumbamos pela fé
Vezes confundidos com delinquentes
Acalmamos o espírito e seguimos mais uma jornada

Ânimo para cima
Reviramos o clima
Firmes na placa
Entramos nesta pista
Que alimenta o biva

Soldado Wandalika

Glossário

Matabixo. Almoço
Batota. Mentira
Golos. Acertar o alvo
Mambo. No poema, situação, assunto
Bumbamos. Trabalhamos
Biva. Casa

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Grito silencioso

Irene da Rocha: Poema ‘Grito silencioso’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
"Queria desenhar-te, um só e único sentir, teu arrepio em meu toque..."
“Queria desenhar-te, um só e único sentir,
teu arrepio em meu toque…”
Imagem criada pela IA do Bing – 31 de julho de 2024 às 3:50 PM

Eu sou assim,
Com a voz calada,
No silêncio profundo,
Meu amor é jornada.

Grito nas linhas,
Sussurros a dançar,
O que meu coração
Deseja gritar.

Ecos nas palavras,
Poemas a brotar,
Nos versos secretos,
Meu grito a se revelar.

Queria desenhar-te,
Um só e único sentir,
Teu arrepio em meu toque,
Na dança do porvir.

Molhar-te de amor,
Deixando o perfume,
Em cada lembrança,
Que o tempo há de registrar!

Incrível é a essência,
De um amor a fluir,
Cada pensamento em ti,
Faz meu ser reviver.

Por isso, ao lembrar,
Com carinho a ressoar,
Leva contigo este aviso,
Te amo, estou sempre a gritar!

Irene da Rocha

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No Quadro do ROL, as letras cearenses de Lina Veira!

Engenheira Sanitária e Ambiental, escritora, cronista, contista e romancista: as várias faces de Lina Veira!

Lina Veira
Lina Veira

Lina Veira, como é mais conhecida na área literária Maria Andrelina Oliveira BentoLina Veira, natural de Fortaleza (CE), é formada em Engenharia Sanitária e Ambiental, escritora, cronista, contista e romancista.  

Tem projetos literários no Instagram, como Sábado com Poesia, saraus on-line e presenciais, feiras de livros, lançamentos e divulgação de autores na sua região.

É autora dos livros ‘Um de meus Olhares’, Editora Motres, que explora questões profundamente humanas e deixa a utilidade da motivação e desapego, influenciando homens e mulheres e ‘Outras Flores se Abrem’, pela mesma editora, um livro altamente feminino, que deixa uma proposta calma e consciente do reinventar-se, e marca sua trajetória na escrita, deixando suas crônicas e versos como instrumento de liberdade.

É coautora em algumas revistas e coletâneas literárias.

Lina Veira, que acredita que “Tudo tem a hora certa e o seu tempo”, ingressa nas Letras ROLianas com a crônica ‘No ônibus’.

No ônibus

Ilustração de Lina Veira
Ilustração de Lina Veira

Tudo tem a hora certa e o seu tempo.

O ônibus só demora para quem chega cedo no ponto. 

Para ver poesia na vida, basta abrir os olhos e estar disposto a observar o divino entre nós. 

Passo o cartão e a mensagem ‘liberado’ me condicionam a buscar um lugar para sentar-se.

O som da catraca é o único agora sem assédio nos últimos dias, que relaxa minha mente no mergulhar dos pensamentos, enquanto o trocador realiza a cobrança das tarifas e repassa o troco, prestando informações e observando os passageiros do veículo. 

Ele tem sua importância e não deveria ser trocado por catracas eletrônicas. Sem saber da vida e história de cada um dentro do ônibus vejo que estamos ilhados sobre um asfalto frio e acelerado, alimentando um ciclo vicioso de abrir o celular, colocar fones no ouvido e se tornar rapidamente um estúpido humano sem permitir o despertar da inteligência, do conhecer e amar. 

– Moço

– Desculpe, não ouvi, estava com fones. 

Lembrei das tantas idas e vindas do tempo de Universidade, o nascer e pôr do sol, meu sair e chegar em casa. 

A vida é passageira(o). Mas você precisa pegar o ônibus certo. Toda janela se despede de nós, enquanto outros sobem e descem, ou nos fazem companhia até a próxima parada, sem o interesse da inteligência e vontade de viver, de conviver. Procuro relaxar um pouco entre estranhos olhares, irritados rostos sem lucidez, com uma imagem visual enraizada nas suas preocupações, sonhos, dores e paixões. 

– Onde anda a poesia na vida dessas pessoas? 

O trocador ali sentado, é um   intelecto passivo que representa a paciência com certo entusiasmo sem muito a dizer para o destino de cada um. 

A vida é circulante na despedida e na chegada, no barulho da chuva e dos carros que aceleram o coração com o silêncio de passageiros já acima da capacidade do veículo.

O trocador avisa:

– Tem gente na porta motorista. Enquanto a vida lá fora disfarça o tédio e muitas solidões, eu observo as ações humanas e concluo: nem todas são humanas 

Ali sentada, tenho o melhor tempo para permanecer em mim, lembrar e pensar em você, debruçada nas duas bolsas que sempre carrego, como se fosse tudo que tenho na vida para viver: meu colo.

 Na   realidade inerente e peculiar do sentir o sentido de tudo que tem um sentido sem fazer sentido, os destinos mudam a vida de muitos que estão dispostos a entrar no ônibus, mas ser mais inteligente e humano nas suas relações é um convite. 

– Conecte-se com a vida real. 

Lina Veira

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Dor

Denise Canova: Poema ‘Dor’

Denise Canova
Denise Canova
Gerado com IA ∙ 31 de julho de 2024 às 1:18 PM
Imagem gerada com IA do Bing ∙ 31 de julho de 2024
às 1:18 PM

Dor

Solidão

Dor

Choro

A alma chora

Dama da Poesia

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Há tanto mar entre nós

Evani Rocha: Poema ‘Há tanto mar entre nós’

Evani Rocha
Evani Rocha
Imagem criada pela IA do Gencraft

Há tanto mar entre nós
E muito céu a nos tocar
Os pés não sentem o chão
Acho que estamos a voar

As águas são cachoeiras
Translúcidas a borbulhar
Da boca nada é dito
Tudo fala o olhar

Há tanto mar entre nós
Estamos a mergulhar
Entre algas e corais
Entre os laços e os nós

O corpo é imensidão
Feito para explorar
Nas palmas leves das mãos
No jeitinho de tocar

Os cabelos misturados
Desde as raízes às pontas
Entre cachos, caracóis
Entre pele e lençóis

Sobre meandros e vales
Sobre escarpas e veredas
Os olhos e bocas calam
Pra sentir a sutileza

Há muito mar entre nós
E muitos nós a nos prender
Por dentro todos os sóis
Por fora um rio a correr!

Evani Rocha

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