Embaixada Cultural Brasil-África

A posse de embaixadores culturais e membros correspondentes das entidades africanas é um reconhecimento da importância do intercâmbio cultural entre os dois continentes

Card da Embaixada Cultural Brasil-África
Card da Embaixada Cultural Brasil-África

A criação da Embaixada Cultural Brasil-África é um marco importante para o intercâmbio cultural entre os dois continentes. Idealizada pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia, sob a liderança do presidente Rogério Veiga, essa iniciativa visa fortalecer as ligações culturais entre o Brasil e os países de língua lusófona em África.

Com representações em Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, a Embaixada Cultural Brasil-África conta com a participação de artistas locais e líderes culturais que desempenham um papel fundamental na promoção da cultura e da arte africana no Brasil e vice-versa.

A posse de embaixadores culturais e membros correspondentes das entidades africanas é um reconhecimento da importância do intercâmbio cultural entre os dois continentes. É um privilégio para o Brasil ter como parceiros instituições como a Altas, Associação Literária de Tarrafal do Santiago de Cabo Verde – Presidida por Mário Loff, Academia de Artes, Letras e Músicas da África, Presidida por Edmar Leal em São Tomé e Príncipe, o NALLA – Núcleo Artístico e Literário de Luanda Presidido por Zé Franco, o Grupo Lankom, presidido por Paulo João Bico e Bruno Areno que nos realizou parceria com à Universidade Rovuma em Moçambique, lembtando que a maioria dessas instituições têm mais de uma década de existência em seus países de origem.

Essas parcerias são resultado de um trabalho contínuo de mais de cinco anos e demonstram o compromisso da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia em fortalecer as relações culturais entre os dois continentes. Com a reunião dessas confrarias africanas sob a administração cultural da Embaixada, estamos fortalecendo a cooperação e a troca de experiências artísticas e culturais.

A Embaixada Cultural Brasil-África é um exemplo de como a cultura pode ser um instrumento de aproximação e cooperação entre os povos. Estamos honrados em ter como parceiros esses líderes culturais africanos e em poder contribuir para a promoção da diversidade cultural e artística entre o Brasil e África.

Como fazer parte:

https://wa.me/message/JHL6OCC5EHNUF1

Ou WhatsApp 2299770-7189

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Dia do Educador

Zé Franco: ‘Dia do Educador’

Zé Franco - Arquivo pessoal
Zé Franco Arquivo pessoal
Arquivo pessoal do autor

“Educar é deixar-se um pouco no outro…”

Educar é deixar-se um pouco no outro… E importa, ao estimado educador, perceber como é que tem ficado em cada outro que educa. É para um mundo melhor que se quer? Vale a pena continuar? Perguntas que também me atravessam.

Se a terra está seca de pão, de sonhos, de futuro, e a educação parece uma semente teimosa, que a coragem seja um rio. Que a esperança respire. Que o amor permaneça. Não custa pouco arrancar um sorriso à fome, e não é simples cultivar valores de cultura, de vida humana, e o sentido de pátria, para que esta Terra, e este mundo, sejam um pouco aliviados de tantos fardos que hoje suportam.

FELIZ DIA DO EDUCADOR (22 de novembro, Angola)!

Com esse texto especial, Zé Franco homenageia os educadores, partilha pensamento sobre o ato de ensinar nos dias de hoje, particularmente em seu país natal, e comemora o dia do educador por meio da escrita.

Zé Franco

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Florescer e ser

Jacob Kapingala: Poema ‘Florescer e ser’

Logo da seção O Leitor Participa
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Esqueci toda a amargura,
E abracei a ternura.
Me desfiz da melancolia,
E deixei entrar a alegria.

Quero alcançar o amor…
Fazer dele meu eterno pódio.
Quero mostrar que ele tem mais valor,
Que toda a inveja, todo ódio.

Quero celebrar a vida.
Quiçá florescer e ser,
O suporte de uma criança protegida,
Que carrega a força de viver.

Far-me-ei num laboratório de felicidade,
Almejando ver florescer
No coração das pessoas, uma alacridade,
Que lhes vai fortalecer.

Jacob Kapingala

Jacob Kapingala
Jacob Kapingala

Jacob Kapingala, 28, é natural da província de Huambo (Angola) e reside em Luanda. Estudou Pedagogia na Escola Missionária do Verbo Divino (Santa Madalena) e atualmente exerce a função de professor do ensino primário.

É escritor e poeta, com participação em algumas antologias e revistas literárias do Brasil e de Portugal.

Teve o desejo de colocar em um papel aquilo que pensava somente em 2018, ano em que escreveu seus primeiros poemas. Porém, foi somente em 2019 que passou a se dedicar de corpo e alma à poesia.

É académico da CILA – Confraria Internacional de Literatura e Arte, da ABMLP – Academia Biblioteca Mundial de Letras y Poesía e da Academia Virtual dos Poetas da Língua Portuguesa.

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Virada Nerd 2025

Um dos eventos mais aguardados do calendário nerd vai rolar em todo o Brasil e na lanchonete mais nerd de Alumínio (SP)

Card do Toko Burger & Fun
Card do Toko Burger & Fun

A contagem regressiva começou! Vem aí a Virada Nerd 2025 e o Dia do Quadrinho Grátis — um fim de semana inteiro de cultura pop, HQs, games, filmes, séries e muuuita diversão!

🗓 Dias 22 e 23 de novembro

⏰ Das 12h às 22h

📍 Toco Burgers & Fun – Alumínio/SP

🎟 Entrada gratuita!

🧙‍♂️ Vai ter mesas de RPG, card games boardgames, desafios retrô games, quiz nerd com prêmios, artists alley com ilustradores da região, cosplayers, flash tattoo, lojinha geek e o nosso Geek Café ☕🍔

E o melhor: nossa lanchonete vai estar aberta durante todo o evento com o melhor burger squad da galáxia!

Um dos eventos mais aguardados do calendário nerd, idealizado pela @DevirBrasil, vai rolar em todo o país — e claro, aqui na lanchonete mais nerd da cidade!

A Toco Burgers & Fun é uma lanchonete com temática geek e nerd localizada na cidade de Aluminio (Rua Floriano Vieira, 582- Jardim Progresso).

Reconhecido nacionalmente como ilustrador, de super-heróis, o sorocabano Edélcio Ipanema participará como convidado
Reconhecido nacionalmente como ilustrador, de super-heróis, o sorocabano Edélcio Ipanema participará como convidado

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Mulheres de São Paulo

Ella Dominici

‘Mulheres de São Paulo – Incandescentes e Femininas’

Ella Dominici
Ella Dominici
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Elas — são fogo que anda nas ruas, com passos que o caos insinua.
Têm lava nas veias, vertente acesa, derretem o medo com delicadeza.

Elas são vulcões silenciosos, ferros e flores, ritos e gozos.
Do concreto fazem chão fértil, do pranto — um hino desperto e sutil.

No aço da pressa, germinam ternura, carregam nos ombros a própria estrutura.
São brasa e perfume, são dor e canção, fermentam o mundo em seu coração.

Quando o sistema as tenta conter, elas respondem com o poder
de jorrar incandescência pura, fertilizando o que o tempo cura.

Elas são o grito contido da terra, o verso que rompe a guerra.
São gestação do amanhã, poesia em corpo de afã.

Mulheres de São Paulo — brasas, na labareda que abraça as casas.
Lavam o caos com seu brilho maduro, e fazem do fogo — o fértil futuro.

Ella Domnici

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Claroescuro

Clayton Alexandre Zocarato: Poema ‘Claroescuro’

Clayton Alexandre Zocarato
Clayton A. Zocarato
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Imagem criada por IA do Grok

Ardente

é a língua secreta da sombra

que lambe o avesso das horas,

um estalo vermelho no silêncio,

um grito que se esconde atrás das paredes do peito

como um desejo com medo do próprio nome.

Ardente é a memória que ainda transpira,

aquele ponto cego entre o inconsciente e o quase

onde Eros afia as unhas

e fica esperando,

numa espécie de coxia da alma,

por um lapso,

por uma brecha,

por um tropeço emocional

onde possa nascer.

Ardente é o eco do que nunca se tocou,

mas insiste em pulsar

como se o corpo fosse um sonho

e o sonho fosse um corpo

— ambos pedindo tradução.

Freud chamaria isso de retorno do recalcado;

eu chamo de incêndio suave.

Uma combustão lenta,

quase elegante,

um fogo que não devora,

mas murmura.

Um fogo que olha para você

pelos corredores internos

e diz, sem dizer:

eu ainda estou aqui.”

Ardente é a culpa com perfume de absolvição,

a fantasia que se veste de metáfora,

o desejo que se analisa no divã do espelho

enquanto troca piscadelas com o Id

e acenos discretos com o Superego.

O Ego, coitado,

só observa, suando.

Porque o ardente não é moral —

é estrutural.

É um sussurro pré-conceito.

Um querer que não pediu licença.

É o fogo que nasce onde a palavra falha,

onde a boca esquece,

onde o corpo inventa um novo idioma

feito de cutucões simbólicos,

de vibrações silenciosas,

de códigos que só quem já ardeu entende.

Ardente

é o labirinto sem Minotauro,

onde o monstro é você mesmo,

mas com máscara de neblina

e perfume de quase-amor.

É um corredor psíquico

onde os sonhos caminham nus

e as lembranças vestem roupões de fumaça.

Ardente é o desejo adulto

que ainda dança com fantasmas antigos,

como quem tece no escuro

um bordado de sombras

para cobrir cicatrizes que não doem mais,

mas insistem em brilhar.

É o toque que não acontece,

mas acontece dentro.

Uma fricção metafórica,

um roçar de ideias,

um erotismo conceitual,

um convite hermético

que faz o coração arregalar a pupila.

Na psicanálise, isso seria pulsão deslocada;

no meu vocabulário, é labareda discreta.

Ardente é a chama que filosofa.

Que pergunta:

“E se o desejo for só um mapa do que falta?”

Que responde:

“Então eu sou geografia inacabada.”

E que conclui:

“Ótimo!

Só o que é inacabado pode continuar crescendo.”

No fundo, ardente é uma palavra esfomeada,

querendo devorar significados

como quem beija com sede,

mas sem encostar os lábios.

É um simbolismo que arrepia.

Um afeto que se esconde atrás do sofá da psique

e pula em você quando você menos espera.

Ardente é o sonho acordado

que se debate na sua garganta

pedindo para virar poema,

mas sempre escapa,

sempre escapa,

— até o dia em que você se cansa

e o escreve assim mesmo,

críptico,

surreal,

pulsional,

quase indecente,

mas absolutamente verdadeiro.

Porque ardente é isso:

essa fronteira vermelha

entre a metáfora e o corpo,

entre o que se sente e o que se admite,

entre o que se deseja e o que se confessa.

E se no fim das contas,

a palavra arde porque quer ser pele,

e a pele arde porque quer ser palavra,

então eu digo sem culpa:

Ardente sou eu.

Ardente é você.

Ardente é tudo o que a gente não ousou viver —

mas viveu por dentro.

Clayton Alexandre Zocarato

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Ao sol

Irene da Rocha: Poema ‘Ao sol’

Irene da Rocha
Irene da rocha
Imagem criada por IA do Grok
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O sol desperta em manso tom de alegria,
Beija a terra em doce encanto que irradia;
O orvalho sobe, e a névoa, vaga, se esvazia,
Enquanto a vida abre as portas do seu dia.

Nasce o abraço em lume puro e verdadeiro,
Risos bordando o ar num brilho alvissareiro;
Corações pulsam juntos, num só candeeiro,
Sagrado o tempo de amar no mundo inteiro.

A luz derrama sua dança abençoada,
Folhas cintilam pela trilha iluminada,
E os pássaros cantam na manhã dourada.

O céu se abre num gesto amplo e divino,
Sopro de Deus embala o sonho peregrino;
E a alma floresce ao teu calor, destino.

Irene da Rocha

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