Briosos egressos de seu amado torrão 150 anos de luta, no ímpeto do coração Apostaram tudo nas asas da esperança Fascínio ao vivenciar a inaudita dança
Arrivederci, Italia! Bem-vindo, Brasil
Na arte, na cultura, o perfil altaneiro E nas novas terras, um digno reduto Alicerçando-se a este solo brasileiro Enriquecendo-o em perfeito usufruto
Cultivo de uvas, produção de vinhos Fabricação de massas e de embutidos Ravioli, molho à bolonhesa, Arancino Os paladares em puro êxtase, sorrindo
Portadores de fé, virtude e coragem Lídimos anseios na vasta bagagem Conexão, traços fortes de amizade Propondo ideias, moldando cidades
Há charmosas colônias e comunidades No Rio Grande do Sul, Espírito Santo Também em São Paulo e Santa Catarina Integração, sentimento, força, encanto Valoroso legado para nossa identidade Festivais, tradições, herança forte e rica
O sistema sensorial desempenha um papel fundamental na nossa interação com o mundo externo, mas vai além de captar estímulos físicos — ele influencia diretamente nossa saúde mental e emocional. A forma como interpretamos esses estímulos impacta nossos sentimentos, pensamentos, ações e reações.
Órgãos Envolvidos e Morfologia
Os órgãos sensoriais captam sinais do ambiente e os enviam ao cérebro, que interpreta essas informações como imagens/visões, sons, cheiros, sabores e sensações táteis.
1. Olhos (Visão): A visão nos permite perceber o mundo em detalhes, influenciando diretamente nossas emoções. Um pôr-do-sol pode evocar calma, enquanto imagens de perigo podem gerar medo.
2. Ouvidos (Audição): Sons têm uma conexão profunda com emoções. Músicas podem trazer alegria ou nostalgia, enquanto sons altos e inesperados podem causar susto ou ansiedade.
3. Nariz (Olfato): O olfato está fortemente ligado à memória e às emoções. Um aroma familiar pode trazer de volta lembranças, enquanto cheiros desagradáveis podem provocar aversão.
4. Língua (Paladar): O paladar influencia nosso prazer em comer e é parte importante de nossas experiências sensoriais emocionais, como o conforto proporcionado por certos alimentos.
5. Pele (Tato): O tato não só nos protege, como também promove conexão emocional. O toque afetuoso pode proporcionar segurança e conforto, enquanto a ausência de toque pode gerar sentimentos de isolamento.
Cada estímulo sensorial desencadeia uma reação emocional ou mental. O sistema sensorial processa informações que moldam nossas percepções, o que, por sua vez, influencia nossos sentimentos e pensamentos.
Estímulos Visuais e Emoções: Cores, luzes e formas podem afetar diretamente o humor. Estudos mostram que cores mais quentes estão associadas a sensações de conforto e energia, enquanto tons frios podem induzir tranquilidade ou tristeza.
Sons e Estados Mentais: A música pode tanto acalmar quanto estimular a mente. Sons repetitivos ou muito altos podem causar estresse, enquanto melodias suaves favorecem o relaxamento.
Aromas e Memória Emocional: O olfato tem a capacidade única de ativar memórias antigas, muitas vezes associadas a fortes emoções. Isso pode ser tanto positivo quanto negativo, dependendo da experiência conectada ao cheiro.
Paladar e Bem-Estar: A alimentação emocional é um exemplo claro da conexão entre o paladar e a mente. Certos alimentos desencadeiam a liberação de hormônios de prazer, como a dopamina.
Toque e Segurança Emocional: O contato físico tem impacto direto nos níveis de oxitocina, um hormônio associado ao afeto e à confiança. A falta de toque, por outro lado, pode aumentar sentimentos de solidão.
Distúrbios sensoriais não afetam apenas o corpo, mas também a mente:
Síndrome de Burnout e Sensibilidade aos Estímulos: Pessoas com burnout frequentemente relatam uma sensibilidade aumentada a luzes e sons. Isso ocorre porque o sistema nervoso está sobrecarregado, intensificando a percepção sensorial.
Ansiedade e Distúrbios Auditivos: Ruídos excessivos ou inesperados podem desencadear ou agravar crises de ansiedade. Pessoas com transtornos de ansiedade muitas vezes apresentam hipersensibilidade a sons.
Depressão e Alteração do Paladar: A depressão pode alterar a percepção do paladar, fazendo com que alimentos pareçam sem sabor. Isso está ligado à baixa liberação de neurotransmissores, como a serotonina.
A Importância da Atividade Física para o Equilíbrio Sensorial e Mental
A prática regular de exercícios físicos não apenas melhora a saúde física, mas também é essencial para a saúde mental e emocional. A atividade física regula a resposta do corpo aos estímulos sensoriais e equilibra as emoções.
1. Redução do Estresse e Melhor Capacidade de Processamento Sensorial: Exercícios ajudam a liberar endorfinas, que reduzem o estresse e melhoram a capacidade do cérebro de processar estímulos de maneira mais equilibrada, diminuindo a hipersensibilidade a sons ou luzes.
2. Melhora da Qualidade do Sono e Descanso Sensorial: Atividades físicas regulares contribuem para um sono mais profundo e reparador, essencial para a recuperação do sistema nervoso, que inclui os receptores sensoriais.
3. Equilíbrio Emocional e Estímulos Sensorial Positivos: A prática de exercícios libera hormônios como a dopamina e a serotonina, que estão diretamente relacionados ao prazer e bem-estar, influenciando positivamente a maneira como percebemos estímulos sensoriais.
4. Mindfulness e Propriocepção: Atividades físicas como ioga e pilates promovem a conscientização do corpo e aumentam a propriocepção, que melhora a conexão entre mente e corpo, favorecendo a interpretação positiva dos estímulos sensoriais.
No Brasil, um estudo do Instituto de Psiquiatria da USP indica que 30% da população adulta sofre de algum tipo de transtorno de ansiedade, muitos dos quais exacerbados por hipersensibilidades sensoriais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em nível global, cerca de 280 milhões de pessoas sofrem de depressão, o que frequentemente envolve alterações sensoriais, como perda de interesse em estímulos agradáveis (sons, sabores, toques).
O sistema sensorial está profundamente interligado à nossa saúde emocional e mental. A forma como reagimos aos estímulos do ambiente influencia nossos sentimentos e pensamentos, e manter um equilíbrio saudável envolve cuidar tanto do corpo quanto da mente. A atividade física regular não apenas preserva o funcionamento saudável dos órgãos sensoriais, mas também oferece benefícios cruciais para o bem-estar mental, ajudando-nos a responder melhor aos estímulos do mundo ao nosso redor de forma equilibrada e positiva.
‘Leitura e escrita: Fundamentos do verdadeiro sentido do ensino da língua portuguesa’
As actividades de leitura e escrita são, sem dúvida, pilares fundamentais no processo de ensino e aprendizagem nas salas de aula. No entanto, é alarmante perceber que, ano após ano, mesmo após repetidos esforços, alguns alunos da 7ª a 9ª classe ainda enfrentam grandes dificuldades em escrever narrativas coerentes e significativas. E, quando se trata de leitura, a situação não é menos alarmante, já que muitos alunos mal conseguem listar cinco títulos de obras lidas e discutidas nas aulas durante o 1º Ciclo do Ensino Secundário. Essa realidade leva-nos a reflectir sobre o papel da leitura e da escrita na formação integral dos alunos, especialmente num país onde a Língua Portuguesa é, cumulativamente, língua veicular e disciplina curricular.
Como professores, observamos esse cenário com crescente apreensão. Enquanto a gramática tem o seu lugar e importância indiscutíveis, não podemos negligenciar a prática da leitura e da escrita. Afinal, de que adianta o aluno dominar regras gramaticais se não consegue aplicá-las de forma criativa e contextualizada nas suas produções textuais?
Reconhecemos que os professores têm a responsabilidade de cumprir um programa previamente estabelecido pelas autoridades educativas. Contudo, devemos questionar: qual o valor de correr para cumprir um programa se conteúdos essenciais não são plenamente explorados e assimilados pelos alunos? Ainda, será que os professores conseguem distinguir os conteúdos secundários dos essenciais para a formação dos alunos? E, mais importante, será que conhecem os objectivos da disciplina para a classe que lecionam?
Muitos educadores podem não distinguir os conteúdos principais dos secundários nos seus programas, bem como desconhecerem os objectivos da disciplina para a classe que leccionam, o que leva a uma abordagem superficial de temas que exigem uma atenção mais detalhada. Um exemplo claro é o ensino do texto narrativo. Não basta ditar conceitos e características, como se essa repetição exaustiva fosse suficiente para garantir a compreensão e a habilidade dos alunos. Na realidade, a mera memorização de informações sem uma prática significativa transforma o ensino em um processo estéril. O desafio é grande: como ensinar algo que já se tornou tão entediante para os alunos?
A resposta pode estar na adopção de uma abordagem mais interativa e social, como a teoria sócio-interacionista da linguagem, defendida por autores como Vygotsky e Bakhtin. Essa perspectiva propõe que o ensino da língua deve ser uma experiência rica em interação, onde se valorizam não apenas as competências técnicas, mas também o desenvolvimento emocional e social dos educandos. Assim, em vez de impor o conteúdo, por que não começar com uma avaliação diagnóstica que revele o que os alunos já sabem sobre o texto narrativo?
A partir daí, podemos desafiar os alunos em actividades práticas, tais como a produção de narrativas a partir de imagens ou a continuação de histórias iniciadas por outros. O desenvolvimento dessa tarefa pode ocorrer em jeito de trabalho em dupla. Afinal, o que um aluno escreve em conjunto com seu colega torna-se uma base sólida para que ele possa, eventualmente, escrever de maneira autónoma posteriormente.
Essas práticas não apenas incentivam a criatividade, mas também promovem a interação entre os alunos, permitindo que compartilhem visões do mundo, valores e conhecimentos. Ao aprender em grupo, os alunos desenvolvem habilidades que vão muito além da sala de aula, como a capacidade de comunicação, trabalho em equipa e inteligência emocional. Em síntese, a aula transforma-se num espaço de aprendizagem significativa.
Por fim, é importante ressaltar que o texto é o ponto de partida e de chegada de todo o ensino da língua. Autores renomados, como Geraldi, Antunes, Marcushi e Possenti, reforçam essa visão ao destacar que a leitura, a escrita e a interpretação são elementos cruciais no desenvolvimento linguístico dos alunos. Por isso, temos de adoptar abordagens alternativas que façam do ensino da produção textual um processo verdadeiramente producente.
Em jeito de conclusão, é urgente deixarmos para trás as antigas propostas de redacção escolar que não estimulam a criatividade dos nossos alunos. Ao invés de propostas repetitivas e desestimulantes, como “Fale sobre as suas férias”, que não incentivam a criatividade e não consideram o género textual, tampouco o público-alvo, devemos buscar formas que realmente engajem os alunos, instigando-os a escrever e a ler de facto.
Eu nunca saberei sobre você Mais do que o nada que sei hoje. Mas foi uma dolorosa surpresa, Triste incerteza e confusão. Não te vi, nem senti Não sei se ao menos amor eu nutri Mas se foi, escapou sem ao menos eu saber que o tinha As lágrimas não me contam se são de alívio ou tristeza Mas quando o coração aperta, Nada mais interessa. Sem saber o que pensar, sufoco na falta de clareza Quem ou o que era você, Eu nunca irei saber.