Na era da tecnologia: seres humanos em amadurecimento’

Elaine dos Santos
‘Na era da tecnologia: seres humanos em amadurecimento’

Elaine dos Santos
Elaine dos Santos
Imagem criada por IA do Bing - 17 de junho de 2025, às 09:19 PM
Imagem criada por IA do Bing – 17 de junho de 2025, às 09:19 PM

Integro a geração ‘baby-boomer‘, nasci em 1964, devo reconhecer, assim, que o computador e a internet somente ingressaram na minha vida no final do século XX, entre 1999 e 2001.

Durante o mestrado, cursado justamente entre 1999 e 2001, um dos professores enviava-nos e-meios, íamos ao Centro de Processamento de Dados (CPD) da universidade, o material era copiado para um disquete, que era aberto em casa para que tivéssemos conhecimento do conteúdo.

Nos dias posteriores, com as tarefas resolvidas, geralmente, um sem-número de leituras – fiz mestrado em Literatura Brasileira -, regressávamos ao CPD para enviar a resposta, via e-meio.

Com o passar dos anos e o desenvolvimento das atividades profissionais, tornei-me, como costumo brincar, “rato de internet”, não há o que eu não leia, com o computador devidamente configurado para línguas estrangeiras de meu interesse.

Devo acrescer que, quando criança, as nossas pesquisas escolares eram feitas na biblioteca da própria escola, muito singela, e na famosa Enciclopédia Barsa, que o delegado de polícia emprestava para a meninada.

Para muitos idosos, não há como negar que o ritmo acelerado das inovações tecnológicas criou uma barreira que os impede de acompanhar as mudanças, dificultando a inserção digital.

Devo admitir que eu, por exemplo, detesto ‘smartphones’ e não oporia resistência se abolissem os inadequados e invasivos aplicativos de mensagem. Tudo bem, eu sou revisora de textos e preciso de concentração para trabalhar!!

Causou-me surpresa, no entanto, dias atrás, ao conversar com senhoras entre 80 e 90 anos, trocando ideias sobre o uso da inteligência artificial e as diferentes formas de uso que têm experimentado. Deduzi que há casos e casos. Se alguns enfrentam dificuldades para manusear aplicativos de banco, por exemplo, outros estão bem além.

Embora seja um tanto refratária aos aplicativos de mensagem, é forçoso reconhecer que eles evitam o isolamento social, o que, por outro lado, é uma marca da velhice, quando os filhos, os netos têm outros afazeres e a solidão se instala.

De minha parte, que não tenho filhos e netos, acostumei-me, desde muito cedo, com o benefício da leitura – além disso, sou revisora de textos e a leitura configura-se como um aprendizado diário.

A tecnologia novamente insere-se como um aparato importante. Para a revisão de textos, recebo-os via e-mail, reviso-os diante de um computador e, para divulgar o meu trabalho, faço uso de redes sociais. Sei que muitas pessoas optam pela leitura de obras literárias por intermédio de ‘e-books’, o que pode facilitar-lhes em função da capacidade visual (ou não).

Alternativa interessante apresentou-me uma agente de saúde: a mescla de um grupo de leitura ou uma roda de conversa, em que aqueles com maior facilidade para ler façam a leitura de um pequeno texto, que seja o desencadeador de uma conversa, de lembranças, de histórias.

Afinal, velhice não é apagamento, não é invisibilidade, mas um processo da vida em que a maioria dos que envelhecem têm experiências, histórias para socializar.

Profa. Dra. Elaine dos Santos

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Pirilampos

José Antonio Torres: Poema ‘Pirilampos’

José Antonio Torres
José Antonio Torres
Imagem criada por Ia do Bing – 17 de junho de 2025,
às 07:51 PM

Pontos de luz que vagueiam pela noite
E nos remetem ao encantamento;
Pequenos seres que parecem mascotes das fadas;
Amiguinhos que a Natureza abençoou com a luz.

Em noites sem luar,
E em locais com iluminação bruxuleante.
Lá estão eles com o seu bailar característico.
Acende aqui, apaga acolá.
E os pirilampos flutuam sua dança pelo ar.

Será que são os batedores das fadas,
Procurando alguém para com elas brincar?
Quem sabe o que esses amiguinhos luminosos desejam…
Podem estar apenas felizes a se amarem.

Sua luz pode ser a exaltação de sua alegria
Ao encontrarem uma parceira.
Quem saberá?
Não sei.
Só sei que estão lá, felizes a nos encantar.

José Antonio Torres

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Na Terra da Asa Branca

Virgínia assunção:

‘Na Terra da Asa Branca- Uma bricolagem literária com Luiz Gonzaga’

Virgínia Assunção
Virgínia Assunção
Imagem criada por IA do Bing - 16 de junho de 2025,  às 18:20 PM
Imagem criada por IA do Bing – 16 de junho de 2025,
às 18:20 PM

Naquela tarde, quando “a asa branca bateu asas do sertão”, seu Luiz já sabia: era dia de arrastar o pé. A sanfona gemia no canto da sala, chamando feito menino pidão. E lá vinha ele, chapéu de couro, olhar matuto e um sorriso que dizia mais que mil palavras: “Olha pro céu, meu amor, vê como ele está lindo…”

A vizinhança já se ajuntava na frente da casa. Dona Maria vinha rindo com o vestido de chita novo, florido, toda faceira:
— Hoje tem forró, seu Luiz?
— Tem sim, sinhá! “Simbora, sanfoneiro, bota o fole pra chiar!” Vem cá cintura fina, cintura de pilão, porque tá é danado de bom.“

E assim começava a festança. No terreiro, o pó da estrada dançava com o povo. “Qui nem giló” era só no prato, porque tristeza ali não entrava. Até a moça mais enfezadinha, aquela da cidade grande, soltou um “eu só quero um xodó, que alegre o meu viver”, e foi logo rodando com Zé da Cacimba.

“Respeita Januário!” — gritou alguém, quando o sanfoneiro tentou improvisar demais. O velho Januário, pai de Luiz, só olhou e sorriu de canto, como quem diz:
“Esse menino vai longe…”

E foi.

No meio da dança, Luiz contava causos, misturando histórias com versos:
“Seu doutor, uma esmola pra um homem que é são…”
“Mas seu Luiz, isso é música ou apelo?”
— “É só verdade, compade.”

O sanfoneiro mudou o tom e puxou um baião:
— “Eu vou mostrar pra vocês como se dança o baião… meu amor não vá simbora,
fique mais um bucadinho, vamo dançar mais um tiquinho?
E não é que até o padre entrou na roda, de batina e tudo?

A Lua subia no céu de festa, e o povo cantava junto: — “A vida do viajante é andar por esse mundo de meu Deus…” Mas ali ninguém queria partir. Cada música era um abraço. Cada riso, um retrato de um
Brasil que dança mesmo com a dor no coração, ao som do rei do baião… tem pena d’eu…

Teve menino cantando “Xote das meninas”, teve vó que se lembrou do tempo em que dançava “Assum Preto” agarradinha.
— “Lá vai a marruá…” — gritou um dos netos, correndo com o cachorro atrás.

O forró seguia firme, sem hora pra acabar. “O que me enche o coração é o olhar
dessa moreninha, meus amô!“
Até que seu Luiz, cansado de tanto fole e suor, sentou
na cadeira de palha e disse:
“Oia eu aqui de novo…”
— “Vai embora não, seu Luiz!”
— “Mas já? Ainda tem “Pau de Arara”
pra cantar!

E assim, entre um xote e um chamego, “um se deita em meu cangote”, um “pedi pra São João antigo trazer mais alegria, tinha tanta poesia, amor e animação”, no São João do passado, a noite virou poesia viva. Seu Luiz sorria, e no seu sorriso cabia o sertão inteiro — com seca, com festa, com fé.

Na despedida, ele ainda cantou baixinho:
— “Se a gente lembra só por lembrar do amor que a gente um dia perdeu…”
E o povo respondeu em coro:
— “Saudade inté que assim é bom, pro cabra se convencer que é feliz sem saber…”

Foi-se a festa, mas ficou no ar o cheiro do baião, o som do fole e a certeza de que, enquanto houver sanfona e o coração de um nordestino batendo, Luiz Gonzaga nunca vai embora de verdade.

Virgínia Assunção




Insignificante

Evani Rocha: Conto: ‘Insignificante’

Evani Rocha
Evani Rocha
Imagem criada por IA do Gencraft - 16 de junho de 2025, às 10:20 PM
Imagem criada por IA do Gencraft – 16 de junho de 2025,
às 10:20 PM

Sobre a mesa os cotovelos magros, e as mãos com seus dedos longos e finos apoiando o queixo… Era uma mesa de madeira lisa, dura, silenciosa. Os lábios cerrados também eram silenciosos. Os olhos parados ao longe, no abandono daquele rosto esguio cruelmente insignificante. Quem se importa com a dor da infância? Se já é gente grande, com dores tão imensas, e tão distante daquelas? O horizonte parece um caminho para as nuvens, mas não são nuvens dessas brancas que se diz como algodão. Elas têm cores: alaranjadas, acinzentadas, violetas e carmim… O quadro da parede retrata uma casinha solitária em frente a uma montanha nua, sem árvores, sem rios… Talvez aqueles pontinhos verdes sejam cactáceas, para resistir ao tamanho daquele sol!

O vento sopra o pó da estrada de terras que vai embora serpenteando o vale. A mesa também é insignificante. Não menos que todas as preces do fim das tardes, a se repetirem dia após dia… os pensamentos caóticos lhe cansam a paciência. Esperar dói! Dói muito, talvez pela incerteza. O quadro está torto, exposto, na parede de adobe. Que importa um quadro torto, se a vida também é torta!? Se pudesse arrumaria o quadro na parede, e colocaria nele pelo menos uma arvorezinha ao lado da casa…
Se pudesse, tiraria as curvas do caminho de terra e deixaria que ele entrasse céu adentro, até às nuvens…

Se pudesse, não pensaria mais, deitaria na cama desarrumada, puxaria o cobertor e fecharia os olhos. Esticaria os braços frágeis com suas mãos magras e seus dedos longos. Lá fora na varanda ficaria a mesa dura e silenciosa para sempre, a olhar um horizonte tão distante a mudar de cores todos os dias. Insignificante, cruelmente insignificante.

Evani Rocha

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Mindfulness

SAÚDE INTEGRAL

Joelson Mora

Mindfulness:
A Arte da Presença e o Caminho para o Equilíbrio Emocional’

Joelson Mora
Joelson Mora
Imagem criada por IA do Bing - 15 de junho de 2025, às 11:00 PM
Imagem criada por IA do Bing – 15 de junho de 2025,
às 11:00 PM

Vivemos em um mundo de estímulos constantes: notificações, prazos, cobranças e preocupações nos sequestram mentalmente do presente. Resultado? Uma sociedade emocionalmente exausta, com altos índices de estresse, ansiedade e depressão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior prevalência de transtornos de ansiedade no mundo e um dos que mais sofre com depressão na América Latina.

Diante dessa realidade, um termo tem ganhado força tanto no campo da ciência quanto no universo do autoconhecimento: Mindfulness, ou em português, Atenção Plena.

O Mindfulness tem suas raízes nas tradições contemplativas orientais, principalmente no Budismo. No entanto, a prática foi adaptada para o contexto ocidental na década de 1970 pelo professor Jon Kabat-Zinn, fundador da Clínica de Redução de Estresse da Universidade de Massachusetts. Kabat-Zinn desenvolveu o Programa de Redução de Estresse Baseado em Mindfulness (MBSR), com o objetivo de oferecer uma abordagem laica, acessível e cientificamente validada.

Desde então, a ciência tem confirmado, com centenas de estudos, os benefícios físicos, emocionais e cognitivos dessa prática.

Mindfulness é a capacidade de estar plenamente presente agora, com atenção, sem julgamentos e com aceitação. É perceber o que está acontecendo dentro de você (pensamentos, emoções, sensações corporais) e ao seu redor, com uma atitude de curiosidade e gentileza.

Jon Kabat-Zinn define Mindfulness como:

“Estar consciente, agora, de forma intencional e sem julgamentos.”

Estudos publicados em revistas como a JAMA Internal Medicine, Psychosomatic Medicine e Nature Reviews Neuroscience mostram que a prática regular de Mindfulness pode:

Reduzir níveis de cortisol (o hormônio do estresse)

Melhorar a qualidade do sono

Diminuir sintomas de ansiedade e depressão

Aumentar a capacidade de foco e atenção

Fortalecer o sistema imunológico

Melhorar o controle emocional

Reduzir a reatividade emocional em situações de conflito

Promover maior clareza na tomada de decisões

Cada vez mais, empresas ao redor do mundo têm adotado programas de Mindfulness como estratégia para reduzir o absenteísmo, melhorar a produtividade e promover o bem-estar dos colaboradores.

Um estudo da Harvard Business Review mostra que líderes e equipes que praticam Mindfulness regularmente são mais resilientes, criativos e menos propensos ao burnout.

Além disso, o estado de presença promovido pelo Mindfulness aumenta o nível de atenção e foco durante as atividades laborais, contribuindo diretamente para a prevenção de acidentes de trabalho. Em ambientes com riscos operacionais, como indústrias, hospitais e setores logísticos, manter a mente no presente pode fazer a diferença entre segurança e perigo.

Estar atento ao que se faz, perceber os sinais do corpo e do ambiente e tomar decisões com clareza são habilidades que salvam vidas e protegem a saúde física e emocional dos trabalhadores.

Um levantamento da American Psychological Association (APA) aponta que apenas 10 minutos diários de práticas de Atenção Plena já são suficientes para gerar mudanças significativas no cérebro, especialmente nas áreas responsáveis pela regulação emocional.

Muitas pessoas pensam que é preciso horas de meditação em posição de lótus para praticar Mindfulness. Isso é um mito! A beleza da Atenção Plena está justamente na sua simplicidade e aplicabilidade na rotina.

Aqui estão algumas formas práticas de começar hoje mesmo:

1. Respiração Consciente (1 a 3 minutos)

Feche os olhos (ou mantenha um olhar suave), inspire profundamente pelo nariz, sinta o ar enchendo os pulmões e expire lentamente pela boca. Concentre-se apenas na respiração. Se a mente divagar, gentilmente traga a atenção de volta.

2. Escaneamento Corporal

Antes de dormir ou ao acordar, faça um “check-in” no corpo. Traga a atenção da cabeça aos pés, observando cada região. Perceba tensões, calor, frio ou formigamento. Isso ajuda a reduzir o estresse físico e emocional.

3. Alimentação Consciente

Durante uma refeição, desligue o celular e observe as cores, os aromas, a textura e o sabor dos alimentos. Mastigue devagar, percebendo cada detalhe. Isso ajuda na digestão e na conexão corpo-mente.

4. Caminhada Mindful

Ao andar, preste atenção aos passos, ao contato dos pés com o chão, à respiração e aos sons ao redor. Uma simples ida até o portão de casa pode se tornar uma meditação em movimento.

5. R.A.I.N: Técnica de Gerenciamento Emocional

Uma técnica muito usada no Mindfulness é o método RAIN, ótimo para momentos de emoções intensas:

R – Reconheça o que está sentindo

A – Aceite a emoção sem julgá-la

I – Investigue o que essa emoção está dizendo (qual a necessidade por trás dela?)

N – Não se identifique com a emoção (ela é uma experiência passageira, não quem você é)

Mindfulness não é apenas uma técnica. É um estilo de vida. É um convite diário para desacelerar, respirar fundo e escolher respostas mais conscientes, em vez de reações automáticas.

Que tal começar agora? Feche os olhos por alguns segundos. Inspire. Expire. Sinta o momento presente. Lembre-se: o passado já foi, o futuro ainda virá. O único tempo real é o agora.

Seu corpo, sua mente e suas emoções agradecem.

Joelson Mora




De poeta para poeta

As cores poéticas do bardo equatoriano Humberto Napoleón Varela Robalino!

Marta Oliveri
Marta Oliveri
Humberto Napoleón Varela Robalino. Foto da página do poeta no Facebook

No vasto mapa poético universal, existem diferentes espécies de poetas. Há poetas do decoro, poetas da formalidade e do preciosismo. Há poetas da emoção pura, poetas do esteticismo e poetas do excesso. Há também poetas com um toque de selva, poetas que mergulham nas profundezas da condição humana. A esta última espécie pertencem os grandes e amados poetas, como César Vallejo e Humberto Varela Robalino. Esses poetas têm a capacidade de tocar as fibras mais profundas do ser humano e falar de vida e morte, de luta e esperança. É assim que os poemas de Humberto Varela Robalino se expressam a partir da territorialidade ameaçada, da dor da guerra, num grito universal. Como ele nos diz em seu poema ‘Grito do Primeiro Grito‘:

Homens e mulheres do mundo, venham a mim
à antiga Síria, agora convertida em matadouro,
um rastro arrepiante de sangue, Cemitério,
ossuário de corpos tenros
Venham às portas de Aleppo, cidade amada
Chora por ela até te esgotares, até te esgotares
Até que a cinza fedorenta
de tantos bombardeios
escorra pelo Muro das Lamentações
Chora em solidão por tua ausência coletiva
Uma ausência desajeitada, cega, surda, muda
Ao menos mantém a honra das lágrimas
Até que apareça o primeiro rubor da vergonha

E continua:

Homens e mulheres do mundo reunidos
Em volta do berço com os fios da chuva seminal
Costuram as vísceras, essas epidermes
Atam esses ossos como brinquedos quebrados
Remontam a vida
E lá terás teus filhos chorando em seu primeiro choro
Pai, mãe, por que nos abandonaste?


Grito del Primer Grito


Hombres y mujeres del mundo, venid a mí

a la Siria milenaria ahora convertida en matadero,
reguero de sangre, escalofriante, cementerio,
osario de cuerpos tiernos
venid a las puertas de Alepo ciudad amada
lloradla hasta el primer cansancio hasta el cansancio
hasta que la ceniza pestilente

de tantos bombardeos
corra escape por el muro de las lamentaciones

llorad en la soledad vuestra colectiva ausencia
ausencia torpe, ciega, sorda, muda
al menos mantened el honor del llanto
hasta que aparezca el primer rubor de la vergüenza

Y continúa:

Hombres y mujeres del mundo reunidos
alrededor de la cuna con los hilos de la lluvia seminal
cosed las vísceras, esas epidermis
atad esos huesos como juguetes rotos
armad otra vez la vida
y ahí tendréis a vuestros hijos clamando en su primer llanto
padre, madre, ¿por qué nos has abandonado?

Humberto Napoleón Varela Robalino. Foto da página do poeta no Facebook

E também podemos ver no poema ‘Criação‘ como, de forma sintética, mas com uma profunda visão existencial, ele expressa o mistério da criação. É assim:

A voz falou do nada e Ele disse:
Haja luz, e com ela, o homem.
Não era a lama, mas a pérola gota,
lenta, morna, que explodiu de alegria
sobre a orquídea.

Criación

Habló la voz desde la nada y dijo:
hágase la luz y con ella el hombre
no fue el barro fue la gota perlada
lenta tibia que explotó la alegría
sobre la orquídea

Não é de se estranhar que o poeta equatoriano Humberto Varela Robalino tenha sido declarado o maior poeta do século XX pela Academia Brasileira de Letras, visto que sua mensagem é um legado para toda a humanidade, sem descurar as profundas raízes latino-americanas de suas palavras e em consonância com seu compromisso com seu tempo e com o homem contemporâneo.

Biografia de Humberto Napoleón

Humberto Napoleón Varela Robalino é natural de Tulcán, capital de Carchi, pertencente à Zona Região Norte do Equador, localizado nos Andes do Equador, na fronteira com a Colômbia, e atualmente reside em Quito, capital equatoriana.

Foi professor na Universidade Tecnológica Equinocial e Universidade Internacional do Equador; Presidente do Núcleo da Casa da Cultura ‘Benjamín Carrión’ – Nucleo del Carchi por 2 períodos; é membro da Sociedade de Escritores do Equador; membro da Casa da Representação Internacional do Poeta Peruano de Quito; membro fundador do Grupo ‘Caminos’ da subsidiária de Tulcán, que então presidiu; membro da Academia Virtual Internacional de Poesia, Artes e Filosofia – AVIPAF; vice-presidente Internacional da Academia Poética Brasileira (2016); Embaixador para o Mundo no Equador da Câmara Internacional de Escritores e Artistas CIESTAR (2020); Membro da Academia Internacional da União e do Mérito Literário (2020) e, agora, colaborador oficial do Jornal Cultural ROL. Além disso, é membro de várias instituições e organizações literárias internacionais.

Suas obras foram comentadas, analisadas e traduzidas em revistas e jornais especializados do Brasil, do Egito e de várias capitais latino-americanas.

Foi convidado pela Editora Dunken para a Feira Internacional do Livro de Buenos Aires 2019 para assinar o livro para Dos Voces.

Publicou seu primeiro livro de Poesia ‘Gray Circumstance’, em 1973. Seus livros mais recentes são: Singuantes (Poesia 2010; A Noite da Coruja em 40 Dias (2014) Uruguai; Sex Sentido (Coautor Poesia 2014) Uruguai; Letras Ecuatorianas 1 (Poesia em coautoria em 2014) Uruguai; El fadigue que nos Une (publicação online aBrace 2015); Letras Ecuatorianas 2 (Poesia em coautoria em 2016) Uruguai; A Dos Voces (Editorial Dunken 2018) Argentina, escrito com Marta Oliveri; Poesia do Bigode umedecido em vinho (Sangre editora 2019) Brasil; Pieladentro (2019 Editorial Lord Byron Ediciones) Madrid – Espanha.

Marta Oliveri

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Além da Vida, Viver

‘Além da Vida, Viver’ estreia temporada no Teatro Vannucci, prometendo emoção e reflexão universal

Cartaz do espetáculo 'Além da Vida, Viver'
Cartaz do espetáculo ‘Além da Vida, Viver’
Cena do espetáculo 'Além da Vida, Viver'
Cena do espetáculo ‘Além da Vida, Viver’

O aclamado espetáculo ‘Além da Vida, Viver‘, que tem emocionado plateias por onde passa, anuncia sua temporada de sucesso no Rio de Janeiro no tradicional Teatro Vannucci, localizado no Shopping da Gávea. A peça estará em cartaz todas as quartas-feiras do mês de julho, convidando o público carioca a uma jornada de sensibilidade e profundas reflexões sobre a vida e a continuidade.

Conhecido por seu histórico de acolher produções que buscam aprofundar temas existenciais, incluindo diversas peças com temática espírita, o Teatro Vannucci é o cenário ideal para ‘Além da Vida, Viver‘. A obra se destaca por transcender rótulos, oferecendo uma mensagem universal que toca o coração e a alma de pessoas de todas as religiões e até mesmo de quem se declara ateu. A beleza de sua narrativa reside na capacidade de falar sobre a força inabalável do amor, que é infinito e ultrapassa as barreiras dos mundos físico e espiritual.

No palco, a emoção é entregue por talentos que dão vida a essa sensível história. A jovem atriz Alice Hemery traz sua sensibilidade e entrega artística para construir personagens que ressoam com a plateia, transmitindo nuances que emocionam a cada cena. Ao seu lado, Victor Meirelles, além de atuar com profundidade, também assina o roteiro ao lado de Paty Fonte. O roteiro conduz o público por uma jornada de descobertas e sentimentos, onde cada palavra e cena toca o espectador de forma única. Juntos, Paty e Victor criaram um enredo que explora a delicadeza dos laços afetivos e a força do espírito humano.

Cena do espetáculo 'Além da Vida, Viver'
Cena do espetáculo ‘Além da Vida, Viver’

Além da Vida, Viver‘ tem recebido calorosos aplausos e depoimentos emocionados de um público diversificado, como o da pequena menina de 4 anos que, com sua pureza, compreendeu a superação e a esperança transmitidas no palco, e a sensibilidade de jovens que se deixaram tocar. Figuras de grande relevância também endossam a mensagem, como o renomado ator Gustavo Falcão, que se rendeu à emoção do espetáculo, atestando sua qualidade artística e seu profundo impacto emocional, e da Dra. Barbara Pires, diretora da Associação Médica Espírita (AME).

A peça não apenas emociona, mas provoca uma reflexão sobre os laços que nos unem e a perenidade da existência. É um convite para vivenciar uma experiência artística que acalma a alma e ilumina o entendimento sobre a vida em sua plenitude.

Serviço

Espetáculo: Além da Vida, É Viver!

Local: Teatro Vannucci – Shopping da Gávea (Rua Marquês de São Vicente, 52 – Gávea – Rio de Janeiro (RJ). 

Temporada: Todas as quartas-feiras de julho de 2025. 

Horário: 19h.

Ingressos: Vendas na bilheteria do teatro (somente em dinheiro) e online via Sympla  Entre R$ 40,00 (promocional) e  R$ 100,00 (inteira).

Classificação Indicativa: 10 anos.

Duração: 60 minutos.

Não perca a oportunidade de se conectar com essa história de amor e esperança que tem transformado corações. 

Instagram: @alemdavidaeviver 

Teaser:

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