No caminho do verso, incerto eu sigo, Nas asas do devaneio, meu abrigo. Com nobreza e gentileza, a palavra se alça, Elegante, clássica, em cada frase que enlaça.
Não sou alicerce perene, mas o salto incerto, Desmorono lentamente, num eterno concerto. Levo a ruína que se sente, em cada passo, Tornando pó, num ritual, o meu espaço.
Não me abraço à escrita libertina, nem à sina, Na eloquente falta de harmonia, a ruína. Não me destino a um paraíso de fantasia, Mas rimando, pela melodia, encontro a poesia.
Assim, nas palavras vãs, anonimato enfeito, No ritmo da rima, o meu canto perfeito.