Entre o meu amor que celebra e o meu país que chora

Paulo Siuves

‘Entre o meu amor que celebra e o meu país que chora’

Paulo Siuves
Paulo Siuves
magem criada por IA da GEmini - 05 de dezembro de 2025, às 14:10 PM
Imagem criada por IA da GEmini – 05 de dezembro de 2025,
às 14:10 PM

No primeiro dia de dezembro, minha casa acorda com uma alegria que não precisa de aviso nem preparo. É o aniversário da minha esposa. Desde que Delaine chegou, essa data acende uma luz diferente no nosso cotidiano, como se o dia viesse embalado em delicadeza própria. Ela sempre desperta achando que algo bom vai acontecer; e eu, mesmo sem prometer nada, quase sempre deixo acontecer.

 No dia seguinte, é a vez do aniversário da minha filha. E essa coincidência, que o calendário poderia ter distribuído de forma banal, virou um laço bonito entre elas. Já improvisamos mesas às pressas, comemoramos em dobro, rimos misturado, acendemos velas de aniversário que pareciam iluminar o mesmo sopro de alegria. Não foi o tempo que construiu isso. Foi a convivência. Foi a escolha. Foram os gestos que se reconhecem.

 Delaine entrou na vida das minhas filhas como quem chega com a alma aberta. Nunca quis ocupar o lugar de ninguém, nunca desejou disputar sombra nem afeto. Disse, desde o início, que não seria a madrasta má das histórias, que seria uma presença honesta. Alguém que acompanha, que orienta, que partilha. E Kenya e Kelly a acolheram com amizade verdadeira. Ver esse vínculo crescer é um privilégio silencioso. Há beleza em testemunhar três mulheres que não precisavam, mas escolheram construir cuidado.

 Tenho meus modos próprios de celebrar. Não gosto de um amor que vire protocolo, nem de transformar afeto em checklist anual. Mas Delaine sempre espera o café da manhã na cama. Às vezes eu levo, às vezes surpreendo de outro jeito. E essa espera diz mais sobre nós do que qualquer gesto planejado. Entre filhos, netos e a ausência que 2019 me deixou quando perdi minha mãe, minha família é tudo o que eu tenho. Tudo o que eu sou.

 Talvez por isso os acontecimentos desta semana tenham me atravessado com tanta força.

 Como compreender que uma simples linha de anzol seja suficiente para um homem atirar a própria esposa aos tubarões? E pior: como entender que ele faça isso duas vezes? Como aceitar que alguém arraste uma mulher pela Marginal Tietê como se ela fosse objeto? Ou que um influenciador, conhecido por ensinar ‘postura’, seja preso por agredir justamente a mulher com quem divide a casa?

 O que me assusta não é apenas a violência em si, mas a banalidade que a antecede. A rapidez com que a frustração vira ódio. A facilidade com que um cotidiano se transforma em risco. O instante em que um parceiro se converte em algoz. O amor que prometeu cuidar é o mesmo que tenta destruir. Não há lógica que dê conta disso. Não consigo imaginar nenhuma das mulheres da minha vida passando por algo semelhante. Só de supor, o pensamento se torna insuportável, porque ele dói antes mesmo de existir.

 Enquanto celebramos aniversários aqui em casa, os números do país contam outra história. Crescem as perseguições, a violência psicológica, as ameaças que antecedem o feminicídio. São estatísticas que parecem frias, mas ali estão registradas as horas que antecedem o tapa, o silêncio que precede o grito e o medo que anuncia o fim.

 E talvez seja exatamente aqui que os dois mundos se cruzem: o íntimo e o social.

 Porque amar as mulheres da minha família me obriga a olhar também para as que não têm quem as ampare, para as que convivem com o perigo dentro de casa e para as que talvez nem alcancem o próximo aniversário. Ser homem, para mim, nunca foi sinônimo de força física; é sinônimo de responsabilidade. Responsabilidade de não tolerar machismo, de não normalizar insultos, de criar filhos decentes, de apoiar autonomia e independência feminina. Proteção não é posse. É permitir que cada mulher caminhe com liberdade.

 No próximo ano, quando eu preparar o café da manhã para Delaine, seja na cama ou não, vou saber que o gesto carrega outra intenção. Não apenas celebrar sua vida, mas reafirmar que cada vida feminina merece continuidade. Em um país onde tantas mulheres não chegam ao dia seguinte, cada aniversário que comemoramos é também um manifesto silencioso. Que nenhuma mulher precise sobreviver para merecer o próprio amanhã. Porque, no fim das contas, garantir que ela amanheça viva é o mínimo que um país decente deveria entregar.

Paulo Siuves

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O despertar

SAÚDE INTEGRAL

Joelson Mora: ‘O despertar’

Joelson Mora
Joelson Mora
Imagem criada por IA do Bing em 25 de novembro de 2025, às 17:00 PM
Imagem criada por IA do Bing em 25 de novembro de 2025, às 17:00 PM

Alegria, felicidade, proteção divina, harmonia, plenitude, equilíbrio, sorte, fé, esperança, êxito e conquistas.

Palavras que parecem distantes umas das outras, mas que, na verdade, são fios do mesmo tecido: o tecido da vida integral.

Quando nos abrimos para a alegria, o corpo respira diferente.

Quando cultivamos a felicidade, a mente se organiza.

Quando confiamos na proteção divina, o espírito se fortalece.

Quando buscamos harmonia, plenitude e equilíbrio, começamos a nos alinhar por dentro, e isso transborda por fora.

E é nesse alinhamento que a sorte deixa de ser acaso e passa a ser consequência.

Que a fé ganha forma, a certeza de que vamos receber aquilo que tanto esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver.E nessa dimensão invisível, a fé se torna escudo que nos protege, guardando nossos sentimentos, nossas decisões e nosso caminho.

Que a esperança encontra morada.

Que o êxito se transforma em jornada e não apenas em chegada.

Que as conquistas deixam de ser externas e passam a nascer primeiro no coração.

A vida integral nos chama para esse despertar.

Um despertar que não acontece de uma vez, mas em pequenos atos:

uma respiração consciente, um passo a mais na atividade física, um descanso intencional, um alimento que nutre de verdade, uma pausa que te reconecta, uma oração que te realinha, um gesto de gratidão que ilumina o caminho.

E assim,  pouco a pouco, dia após dia, você se torna templo, trilha e testemunho.

Se torna aquilo que ensina.

Se torna saúde em movimento.

Hoje, eu o convido: desperte o que já existe dentro de você.

A alegria que você busca.

A plenitude que você deseja.

A fé que o sustenta.

O equilíbrio que lhe devolve o rumo.

As conquistas que já estão sendo formadas no seu interior.

Comece agora. Comece com o que você tem.

A saúde integral não é um destino, é uma escolha, e você pode fazê-la hoje.

Joelson Mora

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Ao sol

Irene da Rocha: Poema ‘Ao sol’

Irene da Rocha
Irene da rocha
Imagem criada por IA do Grok
Imagem criada por IA do Grok

O sol desperta em manso tom de alegria,
Beija a terra em doce encanto que irradia;
O orvalho sobe, e a névoa, vaga, se esvazia,
Enquanto a vida abre as portas do seu dia.

Nasce o abraço em lume puro e verdadeiro,
Risos bordando o ar num brilho alvissareiro;
Corações pulsam juntos, num só candeeiro,
Sagrado o tempo de amar no mundo inteiro.

A luz derrama sua dança abençoada,
Folhas cintilam pela trilha iluminada,
E os pássaros cantam na manhã dourada.

O céu se abre num gesto amplo e divino,
Sopro de Deus embala o sonho peregrino;
E a alma floresce ao teu calor, destino.

Irene da Rocha

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A noite parece não ter fim…

Nilton da Rocha: ‘A noite parece não ter fim…’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
Umagem criada por IA do Grok

Há momentos na vida em que a noite parece não ter fim. O silêncio pesa, as lágrimas se tornam companheiras e a esperança parece distante, como uma estrela escondida pelas nuvens. Mas é exatamente nesse instante — quando o escuro se torna mais denso — que a promessa divina sussurra ao coração: “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.”

Essa frase, tão antiga e ao mesmo tempo tão atual, fala da certeza de que nenhuma dor é eterna. O sofrimento tem hora marcada para ir embora, e a alegria sempre encontra o caminho de volta. A noite, por mais longa que pareça, é apenas um intervalo — uma pausa necessária para que o amanhecer brilhe ainda mais.

A vida é feita desses ciclos: o pranto que limpa, a esperança que renasce, o sol que retorna para aquecer o que antes parecia frio. Deus, em Sua sabedoria, nos concede o tempo da escuridão não como castigo, mas como aprendizado. É na noite que aprendemos a valorizar a luz.

E assim seguimos. Cada novo dia é uma chance de recomeçar, de enxugar as lágrimas e abrir as janelas da alma para o primeiro raio de sol. Porque, depois de toda noite — por mais triste que tenha sido — sempre haverá uma manhã esperando para sorrir com a gente.

Nilton da Rocha

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Natureza instintiva

Dorilda Almeida: Poema ‘Natureza instintiva’

Dorilda Almeida
Dorilda Almeida
Imagem criada por IA da Meta

O sol nascente na primavera
Contente!

Pássaros cantando
Animais saindo dos seus esconderijos
Jardins floridos e sorrindo em cores reais
Brisa boa
Amor à vista
Saúde, alegria
Vida feliz!

Calma, silêncio
É o que se quer
Amar, amar, amar…
Ser feliz!

Nos jardins
Vínculo concreto com a natureza
Com a vida – morte – vida
É uma doação
Uma retirada
Fertilidade
Viver.

Dorilda Almeida

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Pai: saudade infinita!

Dorilda Almeida: ‘Pai: saudade infinita!’

Dorilda Almeida
Dorilda Almeida
Imagem criada por IA do Bing – 09 de agosto de 2025, às 22:39 PM

Ah! Como é bom
Ter um pai
Os pulmões enchem de ar
O peito quer se arrebentar
Só de pensar em meu pai.
Meu coração enche de paz!
Meu pai
Não deu brinquedos do mundo
Mas deu colo e amor profundo
Liberdade me ensinou a conquistar
Amoroso ele era
Feliz com a vida e com a família
Amor era o que mais sentia
Por isso tudo fazia na vida
Era só alegria

Como é bom ter um pai
Para ensinar a andar
A falar e a amar!

Dorilda Almeida

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Bom dia, julho!

Denise Canova: Poema ‘Bom dia, julho!

Denise Canova
Denise Canova
Imagem criada por IA do Bing – 02 de julho de 2025,
às 13:08 PM

Bom dia, julho!

Bem-vindo

Com rosas

E alegrias poéticas

Julho alegre

Dama da Poesia

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