Uma voz chorosa

Verônica Moreira: ‘Uma voz chorosa’

Verônica Moreira
"Como não sentir, se tudo em mim são emoções transcendentais, sentimentos que nem eu mesma sei decifrar..."
Como não sentir, se tudo em mim são emoções transcendentais, sentimentos que nem eu mesma sei decifrar…”
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Dentro de mim, uma voz chorosa ecoa.

Sinto o coração queimar no peito, urge expor o que vai na alma!

Lá no íntimo, essa voz lacrimosa clama por alívio.

Permita-me entoar meus versos, dissimular minha angústia nas entrelinhas.

Mesmo que minha poesia pareça assombrosa…

É preciso escrever com rapidez, pois minha aflição corre como água de cachoeira e devo levá-la até a margem, onde certamente encontrarei refúgio.

Como não sentir, se tudo em mim são emoções transcendentais, sentimentos que nem eu mesma sei decifrar, um emaranhado de sensações!

Eruptivas explosões, terremotos poéticos, chama ardente no coração que me consome por inteira, deixando-me em cinzas, à beira de um rio plácido e sereno.

Afinal, afogar-me em amor é a única maneira de prolongar a existência por mais um instante?

Deixe-me afogar meus sentimentos. Talvez não seja amor.

Verônica Moreira.

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Diagnóstico de amor infindo

Verônica Moreira: poema ‘Diagnóstico de Amor Infindo’

Verônica Moreira
Verônica Moreira

Se pensas conhecer minha dor 
Dê-me o alívio que preciso 
Não me digas que sente muito 
Apenas me cura se te for possível.  

Minha dor parece pequena
Porque ninguém conhece a causa 
Se pensas que é tão minúscula
Não há razão para eu explicá-la. 

Não me perguntes onde doí
Pois nem eu mesma sei ao certo 
Às vezes parece ser na alma 
Às vezes tudo por completo. 

Dói os olhos e a boca 
As pernas, braços, coração 
Dói demais toda saudade 
Que traz de volta o que foi bom. 

Mas não poderei explicar 
O tamanho da dor que sinto 
Pré-diagnóstico de especialista 
Diz que se trata de um amor infindo. 

Verônica Moreira 

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