Sem rumo
Loide Afonso: Poema ‘Sem rumo’


às 15:05 PM
Sapatos
Nem sempre são confortáveis
Entendi isto
Quando experimentei descalçar
Caminhar
E me molhar
Senti
Um alívio na alma
Na pele
Nos dedos
Caminhei
Sem parar
Engatinhei
Mesmo quando
Tropecei
Andei, andei, andei
E nada
Nada
Nada senti
Omiti
Não cansei
Corri mais forte
Abrandei
Andei
Engatinhei
Eu disse engatinhei.
Loid Portugal