Sobre escrever…

Lina Veira: Poema ‘Sobre escrever…’

Lina Veira
Lina Veira
Imagem do Canva

A poesia sopra dentro de mim
Excita e despe minha alma
Um poeta não tem pele – escrevi

Toda arte de escrever é inicialmente SUOR
Trabalho e exercício criativo
Uma vantagem pessoal
Um brinde estratégico da vida
Um escritor está sempre concentrado
Esperando
Esperando
Esperando como uma meditação mindfulness
A qualquer momento chegará uma inspiração
Selecione, relacione, organize

A escrita precisa de massagens nas costas, nas mãos
De rodas de amigos
De trilhas de pedras
Do confronto das ideias
Do abismo representativo que assola
Da agitação dos braços e do coração.

Quanta tensão em cima do muro
Respira a escrita ofegante
Suando, suando
E lembra do muro que caiu na década de 80
Dos heróis que morreram de overdose
Dos inimigos no poder

Lembra que continuamos
Desiguais na fisionomia, na cor e raça
Mas Iguais nos sonhos como aquele garoto que queria mudar o mundo
Como mercadorias, nas prateleiras da vida, acumuladas, ou fechadas em arquivos retalhadas em pirâmides
Porque escrever é como qualquer outro trabalho
composto por erros e acertos, estudos e técnicas
Onde muita coisa genial é mal desenvolvida e muita ideia ruim é bem aproveitada.
Onde cada um defende seu ponto de vista, sua ideia formada, seu vexame, sua escrita nascida
E ainda perguntam se o processo da escrita é inspiração ou técnica

Lina VEIRA
16.11.24

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Deixe-me sangrar

Ivete Rosa de Souza: Poema ‘Deixe-me sangrar’

Ivete Rosa de Souza
Ivete Rosa de Souza
Imagem gerada por IA do Bing - 17 de outubro de 2024
às 1:31 PM
Imagem gerada por IA do Bing – 17 de outubro de 2024 às 1:31 PM

Não diga nada enquanto eu estiver sangrando

Enquanto meu corpo desfalece, minha alma vive

Deixe-me sangrar, todas as feridas do tempo que não  amei

O sangue da insensatez, da fúria, do ciúme

Que nada me deram somente desilusão

Deixe-me sangrar os sonhos perdidos,

Por entre os dedos esquecidos em minhas mãos

Se sou louca por deixar fluir, o sangue derradeiro

Não sabe dos pesadelos, das incertezas

Nem mesmo das dores e das injustiças

Deixe-me sangrar o tempo perdido,  esquecido, descabido

Que a sua presença levou, e sua ausência secou

Que se torne apenas poças de lágrimas e sangue

Que me deram por escolha sangrar até o  fim.

Ivete Rosa de Souza

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O céu toca o mar

José Antonio Torres: Poema ‘O céu toca o mar’

José Antonio Torres
José Antonio Torres
"... o céu toca o mar no horizonte..."
Imagem gerada por IA do Bing - 15 de outubro de 2024 às 5:21 PM
“… o céu toca o mar no horizonte…”
Imagem gerada por IA do Bing – 15 de outubro de 2024 às 5:21 PM

A beleza dos sentimentos;
Os relacionamentos intensos e vividos;
Os rios que tocam as margens;
A chuva que toca o solo
Para irrigá-lo e fazer germinar as flores;
Os olhares que se tocam;
Mãos que se tocam e entrelaçam;
Lábios que se tocam,
Suave ou ardentemente;
Enamorados que se tocam através do sentimento;
Música que toca a alma.
Assim como o céu toca o mar no horizonte,
Você me tocou com o seu amor.

José Antonio Torres

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Palavras sufocadas

José Antonio Torres: Poema ‘Palavras sufocadas’

José Antonio Torres
José Antonio Torres
É imperioso quebrar essa corrente que nos oprime
“É imperioso quebrar essa corrente que nos oprime”

Quantas vezes o peito parece sufocar;
A mente confusa em profundo torvelinho;
A angústia tomar conta da alma;
Nada fazer sentido;
Sensação de afastamento de nós mesmos;
Dicotomia corpo e espírito;
Tristeza… descontentamento… prostração;
Sentimentos presos que precisam eclodir;
Afastamento… tristeza e solidão;
Tudo parece incompreensível e vazio;
A necessidade de se expressar se impõe;
É imperioso quebrar essa corrente que nos oprime;
Adoecemos com palavras sufocadas.

José Antonio Torres

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Aldravia (3)

Pietro Costa: Aldravia (3)

Pietro Costa
Pietro Costa
Imagem gerada pela IA do Bing - 16 de setembro de 2024
 às 20:07 PM
Imagem gerada pela IA do Bing – 16 de setembro de 2024
às 20:07 PM

erudito
popular
enlace 
alma
sonora 
nação

Pietro Costa

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Meu pensamento

Irene da Rocha: Poema ‘Meu pensamento’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
"... creio nos milagres da ciência, na cura das nossas dores..."
Imagem gerada pela IA do Bing - 12 de setembro de 2024 
às 03:16 PM
“… creio nos milagres da ciência, na cura das nossas dores…”
Imagem gerada pela IA do Bing – 12 de setembro de 2024
às 03:16 PM

Eu sou aquela mulher,
Que o tempo ensinou a ser,
A vida, em suas tramas,
Ensinou-me a renascer.

A amar cada instante,
A lutar com dignidade,
A recomeçar na derrota,
Com fé e com vontade.

Renunciei ao negativo,
A palavras que ferem a alma,
Acredito nos valores humanos
E busco sempre a calma.

Ser otimista é meu lema,
Uma força que ilumina,
Liga a família humana
Em luz que nunca termina.

Creio na solidariedade,
Na superação dos erros,
E nas angústias do presente,
Que se tornam novos cerros.

Acredito no amor eterno,
Exalto o seu idealismo;
Confiança e generosidade
São parte deste ritmo.

Creio nos milagres da ciência,
Na cura das nossas dores,
E na profilaxia do futuro,
Que apagará os temores.

Aprendi que é melhor lutar
Do que buscar o fácil;
Acreditar é a essência,
E a esperança, um verdadeiro laço.

Pois sou aquela mulher
Que transforma o aprendizado
Em luz e amor na vida,
Em cada passo dado.

Irene da Rocha

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A janela

Ivete Rosa de Souza: Poema ‘A janela’

Ivete Rosa de Souza
Ivete Rosa de Souza
“…Por ora eu só agradeço os versos que ela empresta…”
Imagem criada pela IA do Bing

Através dos vidros da janela

Vejo o tempo passar

Pássaros vêm bem perto

Bater as asas e cantar

 Quem dera que minha alma

Também pudesse ver e sentir

A chama do amor sem receios 

Deixar que a dor exilada

 aqui não pudesse existir

Minha alma agora cansada

Dorme sem a claridade

De saber como viver

Por ora eu só agradeço

Os versos que ela empresta

Nesses momentos e poder ver

                                                                 A janela da minha alma

Se rendendo ao alvorecer.

Ivete Rosa de Sousa

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