Elo poético resiste e liberta

Ella Dominici: ‘Elo poético resiste e liberta’

Ella Dominici
Ella Dominici
"... e irei pulando as cordas e ponteiros do tempo..."
“… e irei pulando as cordas e ponteiros do tempo…”
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Amanhã sei que tudo será ontem
futuro não se vive, mas se inventa
em movimentos à liberdade

ela será pequena, do tamanho que minha alma
necessita, simples mas cultivada,
se puder, será inviolável ao amor da madrugada
a levantarei dos contos que me mentem
confiscam a esperança desta cidade

O miúdo se levantará precipitado
esquecendo de ser aleijado onde imagem
da mata sangrando será vencida

Poderá sonhar sem os mortos que apagam
os sonhos de mentira
Sairemos da cova do teto do mundo
O que tu vistes e provei, será coisa de não acontecer

Se puder então, acreditarei nos sonhos
afundadas resenhas em planos de painas.
Sim, desacreditarei do vil destino
e irei pulando as cordas e ponteiros do tempo
Inda sei que restará a mim olhar sem escamas
poesia do amanhã será menina

Dos campos de trincheiras e vales combatentes,
verei brotar um verde trevo de resiliência
Abandonarei espaços que me limitaram a independência,
na liberdade do pensar curando em versos as feridas,

dançarei o frevo e no abraço da cintura tua
Inventarei livre arbítrios memórias-Sol,
a transcender pela palavra que brilha e cintilante será
no entardecer da vida

Ella Dominici

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Corro atrás do tempo

Nilton da Rocha: Poema ‘Corro atrás do tempo’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
“No amanhecer tão belo e apressado, corro atrás do tempo, não posso ser tardado
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No amanhecer tão belo e apressado,
Corro atrás do tempo, não posso ser tardado,
O amanhã não cessa, impõe-se com vigor,
Tenho pressa de viver, não há tempo a perder, só amor.

Deságua em versos rápidos o fluxo da existência,
Sem saber ao certo a próxima sentença,
Lágrimas caem como poesia não escrita,
Em cada chão, uma história aflita.

O vate profetiza o amor que a prende,
Em um destino entrelaçado que se estende,
Os olhos marejam, as mãos seguram a dor,
A espera se alonga, mas o amanhã traz vigor.

Monotonia vencida apenas pela emoção austera,
Uma espera longa, mas não passageira,
O dia se vai, o Sol não se atrasou,
No ciclo implacável do tempo, o amor se firmou.

Nilton da Rocha

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Sem rumo

Ivete Rosa de Sousa: Poema ‘Sem rumo’

Ivete Rosa de Souza
Ivete Rosa de Souza
A humanidade sem rumo
A humanidade sem rumo
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Para aonde caminhas oh! humanidade?
Passados tantos séculos, de dores e tropeços
Por que és tão imatura, e a tua insanidade
Encerra os teus anseios e recomeços?
Ainda és ingênua acreditando no futuro?
Causando guerras, vivendo no escuro
Anunciando a destruição, derrota dos tolos

És apenas corpo e mente, tão somente
Infelizes almas, que não reconhecem o presente
Que é a vida que habita dentro de ti.
Onde está o amor, a união, a esperança?
O doce idílio dos sonhos e conquistas?
Se andas a flanar, incorrigível na ignorância
Na derrocada final de tua existência.
Procuras em atos violentos tua glória?
Com ingratidão, levas ao exílio concórdia
O que esperas que aconteça no amanhã?
Aonde não mais existir vida neste planeta
Letal futuro sem esperança
Queres existir?

Desarmas teus anseios, curas as feridas
Encontra em teu seio o entendimento
Mostra as flores, esquece o tormento
De ser dependente da ganância
Leva o amor, o respeito verdadeiro
Aos teus iguais, encontrando a paz.

Ivete Rosa de Souza

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