A força da amizade

Do sonho compartilhado nasce a literatura infantil

A força da Amizade
A força da amizade. A turma da Malu

A literatura infantil ganha ainda mais cor e sentido quando nasce da amizade e do sonho compartilhado.

É assim com Lucivânia Orlandi Palma e Mariléa Aparecida Castilho Bonilha, duas educadoras apaixonadas por histórias, que transformaram sua experiência em sala de aula em um projeto literário cheio de carinho e inclusão.

Lucivânia, que carrega um nome único escolhido pela avó, descobriu o poder da leitura ainda pequena, ouvindo as histórias contadas por sua professora Doroty.

Lucivânia e Mariléa
Lucivânia e Mariléa

Mais tarde, como alfabetizadora, percebeu que os livros tinham a força de encantar, ensinar e transformar.

Em 2022, lançou A Turma da Malu, voltado para alfabetização, e agora se aventura em seu primeiro livro de literatura infantil.

Mariléa encontrou nas estrelas e na natureza da Serra da Mantiqueira a inspiração para criar poemas e histórias.

Desde os tempos da escola rural, se encantou com o mundo mágico da leitura, dedicando-se depois à educação.

Formada em Magistério e Pedagogia, hoje é autora de obras que encantam crianças de todas as idades, sempre repletas de mensagens inspiradoras.

Da amizade entre as duas nasceu A Força da Amizade, livro que apresenta a história da chegada de Malu, uma menina cadeirante, a uma nova escola.

A narrativa revela como a turma se uniu, criou laços de amizade e abraçou o objetivo de arrecadar fundos para construir um parque inclusivo.

Mais do que um livro, a obra é um convite a celebrar a diversidade, a empatia e a beleza dos encontros.

Lucivânia e Mariléa mostram que a literatura infantil pode ser doce, divertida e, ao mesmo tempo, profundamente transformadora.

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A FORÇA DA AMIZADE. A TURMA DA MALU

SINOPSE

Mudar de escola pode ser um turbilhão de emoções, e para Malu não é diferente, ela teme não ser aceita por usar cadeira de rodas.

Ela se preocupa se os colegas vão querer brincar com ela ou tratá-la diferente.

No fundo, Malu só deseja fazer amigos e ser acolhida com carinho.

Nesta jornada, ela descobre que a nova escola pode trazer grandes oportunidades, amizades e aprendizado.

Assista à resenha do canal @oqueli no YouTube

OBRAS DAS AUTORAS

A força da amizade. A turma da Malu
A força da amizade. A turma da Malu

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Resenhas da colunista Lee Oliveira




Uva, vinho e amizade

Sergio Diniz da Costa: ‘Uva, vinho e amizade’

Sergio Diniz
Sergio Diniz
Imagem gerada pela IA do Bing - 07 de setembro de 2024 às 11: 50
Imagem gerada pela IA do Bing – 07 de setembro de 2024 às 11: 50

Rua Dr. Arthur Martins. Aproximadamente 13h00. Um policial militar de baixa estatura, magro, aparência sisuda e rosto marcado pelo tempo acena para que eu pare o carro. Rápida e instintivamente, confiro mentalmente documentos, equipamentos e as condições gerais do veículo. Tudo em ordem. Graças a Deus! Apesar do adiantado da hora para o almoço, acredito que seja apenas uma vistoria de rotina e, por essa razão, não perderei muito tempo. Todavia, por cautela, questiono o policial se cometi alguma infração de trânsito. Não, até então, não cometera nenhuma. Era de fato uma vistoria de rotina. Respirei aliviado. Até o momento em que o PM, ao examinar os documentos do carro, constatou que o licenciamento vencera há pouco tempo. Emudeci. Engasguei. Suei. Contabilizei a futura perda financeira, eventual apreensão do veículo etc. etc. etc.

E agora, José? (lembrei-me do belíssimo poema de Carlos Drummond de Andrade). E agora? As penas da lei, completou o meu juiz interior. Esperei, assim, a minha sentença. Porém, ela não veio. Não da forma como a letra fria do papel haveria de impor. Veio, ao contrário, por meio de uma admoestação, semelhante àquela dos pais para com os filhos, ou do mestre para com o aluno. E a multa? Surpreso, questionei sobre ela, pois, afinal, não é a sanção da lei que coíbe os homens para a prática das infrações? Esse não era, contudo, o pensamento daquele policial. Segundo sua filosofia de vida e de trabalho, há outras formas de educar e punir os homens. O guarda de trânsito, o policial militar ─ segundo ele ─, não tem uma rígida formação profissional para sair às ruas como aquele que detém um poder ilimitado, punindo qualquer um por qualquer infração; não, o rígido tempo de Academia é um tempo de aprendizagem, formação, educação; educação de si mesmo, para um difícil trabalho diante da comunidade.

Ouvi, surpreso e gratificado, as palavras daquele homem simples, que vestia um uniforme descolorido pela exposição diária a um sol inclemente e, somente naquele momento, e mais surpreso ainda, notei o seu sobrenome: VIDEIRA. Fiz-lhe, então, uma observação: videira é uma trepadeira e produz uva. E ele, certamente sabendo disso, arrematou: ─ uva passa, olhe as rugas do meu rosto… Não pude deixar de rir, diante de seu senso de humor. E entre alguns comentários sobre a vida, incluindo a importância da amizade, passamos alguns minutos conversando. Num determinado momento, ele, que não descurara o trânsito, interrompeu a conversa, e para exemplificar o papel orientador do policial, postou-se no meio da rua, com aquele semblante “severo” que eu conhecera minutos antes e determinou que outro veículo parasse; uma senhora dirigia sem o cinto de segurança. Com um simples (mas significativo) olhar, fez-lhe ver que ela se esquecera de algo importante; a motorista, com um sorriso constrangido, rapidamente colocou o equipamento de segurança. A seguir, foi-lhe liberada a passagem. E a senhora, com seu acompanhante, continuou seu trajeto; não antes de proferir (e também seu acompanhante) um sonoro e feliz “muito obrigado!”.

Videira me confidenciou, em seguida, que fizera muitos amigos, agindo dessa forma. Concordei com ele e, para confirmar suas palavras, disse-lhe que gostaria de lhe dar um presente. Imediatamente, ele recusou. Sosseguei-lhe o espírito: era apenas um livro de Direito de minha autoria que, de certa forma, por meio de uma argumentação mais altaneira, também falava de relacionamentos pautados no bom senso e na ética. Diante da explicação, ele aceitou o presente, comentando que, sempre que possível, no quartel acessava sites jurídicos.

Com a ideia do almoço já esquecida (e sem sentir falta dele), me despedi daquele policial, a princípio um estranho, de ar sisudo, mas, de repente, um novo amigo; um amigo que estaria diariamente naquele posto, orientando outros motoristas desatentos; um amigo de farda desbotada pelo sol, mas com ele resplandecendo em seu coração.

Ao continuar meu trajeto, refletindo sobre a conversa que tivera com Videira, lembrei-me de um pensamento do escritor escocês James Boswell: “Não podemos determinar o exato momento em que se forma uma amizade. Quando enchemos um recipiente gota a gota, chega um instante em que mais uma gota fá-lo transbordar. Assim nas relações humanas: as gentilezas se sucedem até que mais uma gentileza faz o coração transbordar de ternura”. Era um pensamento verdadeiro; de fato, naquele momento, meu coração transbordava de ternura e outro pensamento concluiu minhas reflexões: videira é uma planta que dá uvas, dá o vinho… e faz amigos.

Olhei pela última vez pelo retrovisor, para acenar para aquele novo amigo. E, por um instante, tive a impressão de que não o vi com uma farda, quepe e um coldre com um revólver, mas sim com um avental branco e um giz na mão, preenchendo na grande lousa daquela rua mensagens de amizade… para todos aqueles que as quisessem ler.

Sergio Diniz da Costa

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Florescer

Dorilda Almeida: Poema ‘Florescer’

Dorilda Almeida
Dorilda Almeida
Florescendo as sementes do amor
Imagem gerada com IA do Bing ∙ 5 de setembro de 2024 às 8:39 AM

Tudo que planta
Floresce
Se planta flores
Floresce
Rosas, dálias e margaridas
Para florir a nossa vida.

Tudo o que planta
Floresce
Se planta frutas
Floresce
Mangas, laranjas e melão
Para florescer a nossa alimentação

Tudo que planta
Floresce
Se planta amor
Floresce
Amizade, carinho e alegria
Para florear o nosso dia a dia

Floresça ande estiver plantada!
Deixe florescer as sementes de amor.

Dorilda Almeida

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Soneto para Paulo

Virgínia Assunção: ‘Soneto para Paulo’

Virgínia Assunção
Virgínia Assunção
O médico, acadêmico e querido amigo Paulo Amado Oliveira

Paulo, amado amigo e tão querido,
Neste dia, meu coração declama,
Este poema, pois celebra contigo
Mais um ano da tua bela trama.

Nossa amizade em nós se fez alento,
Fez-se laço forte, doce e verdadeiro,
Nosso afeto é mais que um simples vento,
É semente; flores nas mãos do jardineiro.

Neste teu dia, te desejo alegria, alegria…
Que o amor te envolva em cada instante,
E a felicidade seja sempre tua guia.

Feliz aniversário, amigo constante,
Que a vida te sorria em harmonia,
E a luz do teu ser sempre nos encante.

Virgínia Assunção

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Um olhar sobre as Olimpíadas

SAÚDE INTEGRAL E O ESPORTE

Joelson Mora: ‘Um olhar sobre as Olimpíadas’

Joelson Mora
Joelson Mora
Olimpíadas
Imagem criada pela IA do Bing 29 de julho de 2024 às 2:27 PM

A saúde integral é um conceito que engloba não apenas o bem-estar físico, mas também o mental, emocional, social e espiritual. Dentro desse contexto, o esporte desempenha um papel fundamental ao promover um estilo de vida ativo. Um dos maiores eventos esportivos do mundo, os Jogos Olímpicos, exemplificam o poder do esporte em unir nações e inspirar indivíduos a superarem seus limites. 

As Olimpíadas têm sua origem na Grécia Antiga e eram realizadas em homenagem aos deuses do Olimpo. Após uma longa interrupção, os Jogos Olímpicos modernos foram reestabelecidos em 1896, em Atenas, por iniciativa do Barão Pierre de Coubertin. Desde então, as Olimpíadas se tornaram um símbolo de paz, amizade e espírito esportivo, reunindo atletas de todo o mundo para competir em diversas modalidades.

O espírito esportivo é um dos pilares fundamentais das Olimpíadas. Ele representa a ética e a moral no esporte, incentivando o respeito mútuo, a camaradagem e a competição justa. Esse espírito é refletido no juramento olímpico, no qual os atletas prometem competir de maneira justa e respeitar as regras. O espírito esportivo transcende a vitória e a derrota, destacando a importância do esforço, da perseverança e do respeito entre os competidores.

O Brasil tem uma rica história de participação nos Jogos Olímpicos. A primeira participação brasileira ocorreu nos Jogos de Antuérpia/Bélgica em 1920. Desde então, o país tem sido um competidor constante, destacando-se em diversas modalidades, como o atletismo, judô, vôlei e futebol. Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 foram um marco histórico, sendo a primeira vez que o evento foi realizado na América do Sul. O Brasil teve um desempenho impressionante, conquistando 19 medalhas, incluindo 7 de ouro.

O Brasil possui vários atletas que deixaram sua marca na história olímpica. Entre eles, destaca-se Adhemar Ferreira da Silva, que ganhou duas medalhas de ouro no salto triplo (1952 e 1956), e Torben Grael, com cinco medalhas na vela. Outro ícone é Robert Scheidt, que também conquistou cinco medalhas na vela. O recordista de medalhas do Brasil é Isaquias Queiroz, com quatro medalhas na canoagem, sendo uma de ouro.

As Olimpíadas de Paris 2024 são aguardadas com grande expectativa. Será a terceira vez que Paris sediará os Jogos, após 1900 e 1924. A competição promete ser inovadora, com novos esportes e um foco na sustentabilidade. Para o Brasil, a expectativa é continuar seu crescimento no quadro de medalhas e destacar-se em modalidades tradicionais, bem como em novas áreas. Atletas como Rebeca Andrade na ginástica artística e Isaquias Queiroz na canoagem são grandes esperanças para a conquista de medalhas.

As Olimpíadas são mais do que uma competição esportiva; elas são uma celebração da humanidade, da saúde integral e do espírito esportivo. A participação do Brasil nos Jogos Olímpicos tem sido marcada por conquistas e superações, refletindo o potencial do esporte em transformar vidas e unir nações. Com as Olimpíadas de Paris 2024 a esperança é de que novos recordes sejam quebrados e novos heróis sejam celebrados, inspirando futuras gerações a perseguirem a excelência esportiva e a saúde integral.

Joelson Mora

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O poder da amizade

SAÚDE INTEGRAL

Joelson Mora:

‘O Poder da amizade e das trilhas na natureza ao nascer do Sol’

Joelson Mora
Joelson Mora
"O Poder da amizade e das trilhas na natureza ao nascer do Sol, arte digital"
‘O poder da amizade e das trilhas na natureza ao nascer do Sol, arte digital’
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

A saúde integral vai além da ausência de doenças, envolvendo aspectos físicos, mentais/emocionais e espirituais do ser humano. Nesse contexto, a importância dos relacionamentos de amizade e a conexão com a natureza são fundamentais para uma vida plena e equilibrada. Aqui vamos buscar elementos que contribuem para a saúde integral e como atividades como fazer uma trilha e ver o nascer do Sol no alto de uma montanha podem promover bem-estar e uma profunda conexão com o Criador.

Amizades verdadeiras são pilares importantes para a saúde integral. Estudos mostram que manter relações saudáveis pode reduzir o estresse, aumentar a sensação de felicidade e até prolongar a vida. Amigos oferecem apoio emocional, promovem a autoestima e proporcionam um senso de pertencimento. Essas conexões são essenciais para o equilíbrio emocional, ajudando a enfrentar desafios e a celebrar conquistas.

A natureza tem um poder curativo e restaurador, promovendo a saúde integral de várias formas:

1. Redução do Estresse: Estar em ambientes naturais reduz os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, promovendo uma sensação de calma e relaxamento.

2. Aumento da Vitalidade: Atividades ao ar livre, como caminhadas, aumentam a energia e reduzem a fadiga.

3. Melhora da Saúde Mental: O contato com a natureza diminui os sintomas de depressão e ansiedade, promovendo um estado de bem-estar.

4. Conexão Espiritual: A contemplação da natureza pode proporcionar momentos de meditação e uma conexão mais profunda com o Criador, proporcionando o autoconhecimento de propósito e espiritualidade.

Realizar uma trilha até o topo de uma montanha para assistir ao nascer do Sol é uma experiência que combina exercício físico, desafio mental, conexão social e espiritualidade.

Caminhar em trilhas é uma excelente forma de exercício, melhorando a saúde cardiovascular, fortalecendo músculos e ossos, e contribuindo para a manutenção de um peso saudável. O esforço físico necessário para subir uma montanha também libera endorfina, conhecida como hormônio da felicidade, que promove uma sensação de bem-estar e satisfação.

A caminhada até o topo de uma montanha representa um desafio mental, exigindo foco, determinação e superação de limites pessoais. Enfrentar e vencer esses desafios fortalece a resiliência e a confiança, que são essenciais para a saúde mental.

Fazer uma trilha com amigos fortalece os laços de amizade e cria memórias compartilhadas, que são importantes para o bem-estar emocional. A cooperação e o apoio mútuo durante a caminhada também promovem um senso de comunidade e pertencimento, e chegar ao topo de uma montanha para assistir ao nascer do sol é uma experiência transcendental. A beleza e a majestade da natureza despertam um senso de maravilhamento e gratidão, promovendo uma conexão profunda com o Criador. Esse momento de contemplação oferece uma oportunidade para reflexão e meditação como já mencionei, renovando o espírito e fortalecendo a fé.

Lembrando que fé nada tem em conceito com denominações religiosas, mas é a certeza dentro de casa um de nós de que vamos receber aquilo que tanto esperamos e é a prova de que existem coisas que não podemos ver.

Relacionamentos de amizade e a conexão com a natureza são componentes essenciais para alcançar essa harmonia.  Essas experiências são essenciais para uma vida equilibrada e plena.

Joelson Mora

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Obra infantil enfoca a cultura indígena

‘Histórias baseadas em aldeias reais’ reflete sobre a importância da terra e dos valores éticos

Capa do livro 'Histórias de aldeias reais', de Marlete Cardoso
Capa do livro ‘Histórias de aldeias reais’, de Marlete Cardoso

A PAULUS Editora apresenta a obra infantil ‘História baseada em aldeias reais‘, escrita pela catarinense Marlete Cardoso com ilustrações de Wanessa Ribeiro. Trata-se um livro rico em memórias, vivências e aprendizados dos povos indígenas e, que proclama o amor à terra e o valor das pequenas coisas, como a aproximação, o abraço, a amizade e a consciência que gera vida e fraternidade entre os povos de diferentes culturas. 

No enredo, a autora traz a história do pequeno indígena Lucas Karaí, um menino guarani, e Rafael, um garoto que visita uma escola indígena e descobre o valor da amizade e a importância da valorização e preservação da terra. Entre as abordagens, estão questões ligadas à liderança, amizade, generosidade, preservação ambiental, doação e ajuda ao próximo.

Nesta perspectiva, a obra pretende refletir a questão dos povos indígenas a partir dos experimentos vivenciados pela autora Marlete Cardoso em aldeias reais localizadas no estado de Santa Catarina (SC). Por meio da vivência da autora junto às comunidades indígenas, o livro chama a atenção para os problemas que atingem o cotidiano desses povos.

Em “História baseada em aldeias reais”, os povos originários ganham voz e vez, por meio de uma autora extremamente comprometida com a causa indígena. Além disso, as ilustrações de Wanessa Ribeiro dão vida a essa história com cores vibrantes e traços que descrevem o dia a dia dos povos indígenas. Vale ressaltar que Wanessa é descendente indígena Guarani, e a autora Marlete, indigenista membro da Pastoral indigenista da diocese de Santa Catarina (SC). 

Entre as competências trabalhadas na obra, estão o conhecimento geral sobre os povos indígenas, o incentivo ao pensamento crítico e criativo; repertório cultural; empatia; cooperação, responsabilidade e cidadania. O livro é indicado como dica de leitura para as turmas do fundamental I e II, professores, bibliotecários e demais pessoas interessadas no tema. 

Em suma, os pequenos e grandes leitores terão em mãos um livro delicado e de extrema importância que deseja suscitar reflexões acerca das comunidades tradicionais e povos originários e, também, questões que tratam do cuidado com a Casa Comum.

Marlete Cardoso é catarinense, nascida em Itajaí, e reside em Joinville desde menina. Na adolescência, foi impedida de estudar, entretanto, segundo ela, nada impede um sonho bem sonhado que cresce mais do que capim no verão. Ser professora e escritora povoou o seu mundo até se tornar realidade. Acredita que a educação guarda a transformadora semente da nova terra, uma terra sem males, pela qual indígenas e juruás anseiam. A isso, Marlete dedica a sua vida. Desde 2016 tornou-se indigenista, e passou a fazer parte da Pastoral Indigenista da Diocese, onde realiza visitas frequentes e de onde partiram muitas de suas experiências que são relatadas nesta história. Alguns livros publicados: Coração guarani, lenda indígena sobre a criação dos animais (2016); Macacos na teia (2019); Eu sou uma pessoa (2020); Filhos do caminho (2023).

Wanessa Ribeiro é ilustradora autodidata, nasceu na zona norte do Rio de Janeiro e possui descendência guarani. Começou na arte digital durante a pandemia, criando livrinhos em parceria com escritores e comunidades para arrecadar recursos. Em suas obras, gosta de explorar a fauna e a flora originárias de Abya Yala, nossa Mãe Terra, nosso território-continente (muito antes de denominarem “América”). Mesclando animais e plantas em suas composições, busca deixar evidente que os corpos humanos são parte da natureza, e que a saúde do corpo e a saúde do planeta são uma única coisa. Entre autorretratos e telas, resgata as memórias e raízes que foram apagadas, com aquarelados multicoloridos e traços expressivos; mistura desenhos usando papel e técnicas digitais. Gosta de criar tipografias (como a da capa deste livro), estampas e ilustrações que exaltam a beleza originária.

FICHA TÉCNICA

Título: História baseada em aldeias reais

Autora: Marlete Cardoso

Ilustrações: Wanessa Ribeiro

Coleção: Saber Cuidar

Acabamento: Brochura

Páginas: 40

Dimensão: (AXC) 27,50 x 21,00

Área de interesse: Infantil

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