Encantamento

José Antonio Torres: Poema ‘Encantamento’

José Antonio Torres
José Antonio Torres
Imagem criada por IA do Bing – 10 de dezembro de 2025, às 7:42 PM

A música suave…
O multiaroma de um jardim florido
onde desabrocha a mais linda flor.
O som das ondas quebrando na praia…
A brisa do mar fluindo pelo ar…
Você!

Nesse microcosmo, o mundo lá fora não existe.
Nada mais importa.
Nesse ambiente que transpira amor,
nada pode macular essa atmosfera.
Nada existe além disso.
Nem pessoas, nem problemas… nada!
O mundo resume-se a este momento de puro encantamento.

Você é a representação da mais perfeita flor;
Delicada, perfumada, sedosa e linda.
A entonação da tua voz é doce e melodiosa.
Lembra o som das ondas a me embalar.
O teu caminhar suave parece flutuar sem o chão tocar.
A brisa do mar, impregnando o ambiente,
me faz sentir a tua respiração.

Traduz a beleza e a força da Natureza.
Amar, ser amada e cultuada, preciosa flor.
Vieste para encantar e dar sentido à vida.
Esse é o teor da tua existência.

José Antonio Torres

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Dia do Educador

Zé Franco: ‘Dia do Educador’

Zé Franco - Arquivo pessoal
Zé Franco Arquivo pessoal
Arquivo pessoal do autor

“Educar é deixar-se um pouco no outro…”

Educar é deixar-se um pouco no outro… E importa, ao estimado educador, perceber como é que tem ficado em cada outro que educa. É para um mundo melhor que se quer? Vale a pena continuar? Perguntas que também me atravessam.

Se a terra está seca de pão, de sonhos, de futuro, e a educação parece uma semente teimosa, que a coragem seja um rio. Que a esperança respire. Que o amor permaneça. Não custa pouco arrancar um sorriso à fome, e não é simples cultivar valores de cultura, de vida humana, e o sentido de pátria, para que esta Terra, e este mundo, sejam um pouco aliviados de tantos fardos que hoje suportam.

FELIZ DIA DO EDUCADOR (22 de novembro, Angola)!

Com esse texto especial, Zé Franco homenageia os educadores, partilha pensamento sobre o ato de ensinar nos dias de hoje, particularmente em seu país natal, e comemora o dia do educador por meio da escrita.

Zé Franco

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Vamos nos amar

Osvaldo Manuel Alberto: ‘Vamos nos amar’

Osvaldo Manuel Alberto
Osvaldo Manuel Alberto
Imagem criada por IA do Grok
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Vamos nos amar.
Vamos nos amar para que a vergonha tenha vergonha de nos envergonhar

Vamos nos amar para que as lutas sejam colectivas e tornem-se mais fáceis de vencer.

Vamos nos amar para que a soberba diminua e a petulância se esvazie, para compreender que tudo é vaidade.

Vamos nos amar para que não precisemos de justificar nada, para que a empatia e a solidariedade não sejam objectos das redes sociais motivados por likes, que sejam naturais e refrescantes como a brisa do mar no entardecer.

Vamos nos amar. Vamos nos amar para que a ciência se torne comum ao senso de todos os meros mortais, para que a pedra não pese sobre nós em forma de julgamento.

Vamos nos amar para que na presença ou na ausência os corações continuem verdejantes como a floricultura bem tratada.

Vamos nos amar para sentir menos dor, para ter paz, diluir qualquer peso que possa abalar a estrutura de uma consciência.

Vamos nos amar para que nem a dor, nem a doença e nem a morte possa importunar a criação dos nossos filhos. Mesmo quando o cerne é o corpo, em nada adianta proteger a carne quando o coração está em pedaços.

Vamos nos amar. Vamos nos amar para juntos ultrapassarmos as intempéries calamitosas deste sistema, para juntos combatermos as armadilhas do passarinheiro. Para que a amizade perdure no tempo nessa caminhada efémera.

Vamos nos amar para evitar o empobrecimento da alma e o embrutecer do coração.

Vamos nos amar. Vamos nos amar para não nos procurarmos quando já não é possível nos preocuparmos. Para evitar que morramos em vida. Para que a morte não signifique o fim, mas, tão somente, a etapa necessária que todos os seres viventes passarão.

Vamos nos amar. Vamos nos amar para que ainda que um de nós parta, parta seguro de que ficará a saudade, as lembranças positivas e que nenhum peso abale a estrutura de uma consciência costurada pelo amor.

Vamos nos amar para demostrar segurança, não porque é desejo dos outros, mas porque o comando interno assim está programado.

Vamos nos amar para dar de beber quem tem sede, para criar uma barreira intransponível e ouvir os gritos do silêncio!

Osvaldo Manuel Alberto

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Borboletas

Verônica Moreira: Poema ‘Borboletas’

Verônica Moreira
Verônica Moreira
Imagem criada por IA da Meta
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As borboletas me lembram a liberdade, as cores da vida, o amor.

O pousar das borboletas, seja onde for, faz-me lembrar lugares simples, porém encantados.

Borboletas lembram-me
canções românticas e o movimento das águas de um lago calmo no campo.

Elas fazem-me lembrar a dança dos cisnes
e o frescor da manhã que acaricia levemente suas plumas.

Ah, as borboletas!
Elas me lembram você —
dos beijos que ficaram
batendo asas em minha boca.

Quanta beleza havia em nós!
Quantas borboletas dançavam no estômago
enquanto o amor era livre.

Borboletas me envolvem,
elas me emocionam,
e é sempre primavera
quando borboletas me trazem você.

Verônica Moreira

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Paradoxos

SAÚDE INTEGRAL

Joelson Mora

‘Paradoxos: o encontro entre opostos que nos cura’

Joelson Mora
Joelson Mora
Imagem criada por IA do Bing em27 de outubro de 2025, às 7:30 PM
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Vivemos cercados de paradoxos, e neles, muitas vezes, está o segredo do equilíbrio.

Queremos paz, mas resistimos ao silêncio. Buscamos força, mas fugimos da vulnerabilidade. Desejamos amor, mas tememos nos despir das armaduras. A vida, em sua essência, é uma dança entre contradições que se completam.

Na saúde integral, compreender o paradoxo é fundamental.

Não há corpo forte sem pausa, nem mente tranquila sem desafio. É no contraste entre o esforço e o descanso, o fazer e o ser, que o bem-estar floresce.

Assim como o coração precisa contrair e relaxar para manter a vida pulsando, nós também precisamos aprender a alternar entre o movimento e a entrega.

O paradoxo do cuidar

Para cuidar do outro, primeiro é preciso cuidar de si.

Muitos profissionais, pais e líderes se doam até o esgotamento, acreditando que amor é sinônimo de renúncia. Mas o autocuidado não é egoísmo, é base.

Quem se respeita, se alimenta bem, respira, dorme, movimenta o corpo e silencia a mente, cria um ambiente interno fértil, capaz de irradiar saúde para o meio familiar e o ambiente de trabalho.

O paradoxo do controle

Controlar tudo é perder o controle.

Na busca por segurança, muitas vezes nos tornamos rígidos, fechados ao imprevisto, e a vida é feita justamente de incertezas.

Na saúde integral, aprender a fluir é tão importante quanto ter disciplina. Há dias em que o treino é pesado, e há dias em que o corpo pede leveza.

Saber ouvir esses sinais é sabedoria em movimento.

O paradoxo da presença

Estar presente exige desacelerar.

Vivemos conectados ao que virá ou ao que já foi, e esquecemos que o agora é o único tempo real onde a vida acontece.

Um simples café, um abraço, um pôr do sol, são terapias silenciosas quando vividas com atenção plena.

Desacelerar não é parar: é respirar para continuar com consciência.

Faça pausas conscientes no trabalho: um minuto de respiração muda o ritmo mental.

Escolha uma refeição do dia para ser vivida com calma, sem celular.

Caminhe observando o entorno, e não apenas o destino.

Exercite o corpo com gratidão, não como punição.

Antes de dormir, agradeça pelo que foi possível, e aceite o que não foi.

Essas práticas simples revelam o poder dos paradoxos:

descansar para produzir melhor, soltar para ganhar força, calar para escutar, e cuidar de si para cuidar do mundo.

A saúde integral é o caminho do meio, o ponto onde os opostos deixam de lutar e começam a cooperar.

No equilíbrio entre corpo, mente e espírito, descobrimos que o verdadeiro bem-estar não é ausência de conflito, mas harmonia entre contradições.

“A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.”

(2 Coríntios 12:9)

E é nesse aparente paradoxo divino que aprendemos: a força da vida se manifesta justamente quando aceitamos nossa humanidade.

Joelson Mora

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Chama do amor

Nilton da Rocha: Poema ‘Chama do amor’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
Imagem criada pela IA do Grok
Imagem criada pela IA do Grok

Amor é chama oculta em madrugada,
um sopro que queima e não se vê,
é dor serena, doce e disfarçada,
ferida aberta que insiste em viver.

É ter no peito a paz e a tempestade,
querer distância e, ainda assim, buscar,
é carregar o peso da saudade
e nela, em silêncio, se encontrar.

É se render à força de um desejo,
mesmo sabendo o risco da ilusão,
é dar a vida inteira num só beijo,
e receber do nada a perdição.

Mas se é tormento e graça em uma só cor,
que mistério rege, em nós, tal favor,
se o próprio coração chama de dor
o que os lábios pronunciam como amor?

Nilton da Costa

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Indomável

José Antonio Torres: ‘Indomável’

José Antonio Torres
José Antonio Torres
Imagem criada por IA do Grok

O amor é um sentimento curioso e Inigualável.

Apesar de ser aquele que engloba os sentimentos mais nobres, nos causa uma certa estranheza em determinados momentos.

Ele provoca alegria intensa, mas também inquietude e dor.

Transmuta tudo em beleza, mas pode transformar momentos em algo sem cor.

Transborda de felicidade ao gerar uma luz intensa de paz, mas arde dolorido nos momentos de decepção.

Ao mesmo tempo em que é harmonia, pode-se tornar um mar revolto de emoções conflitantes.

Proporciona total entrega, mas não permite ser dominado.

Ele enxerga, mas, ao mesmo tempo, não vê.

Nos cega completamente, colocando uma venda sobre os olhos da alma e nos fazendo perder o rumo.

Ignora os dissabores que podem extingui-lo aos poucos e se refaz, na esperança de ser infinito.

Ele nos conduz por caminhos desconhecidos, onde não temos controle sobre nós mesmos e nem da direção a seguir.

Qual barco sobre as ondas impetuosas sob a força dos ventos, ele nos faz navegar ao sabor das marés.

Quem tiver a pretensão de contê-lo, se verá perdido e impotente diante de sua força.

Ele é Indomável!

O amor não aceita diretrizes, pois governa a si mesmo.

José Antonio Torres

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