Passarinhando

José Antonio Torres: Poema ‘Passarinhando’

José Antonio Torres
José Antonio Torres
Imagem criada por IA da Meta - 30 de julho de 2025, às 8:08 PM
Imagem criada por IA da Meta – 30 de julho de 2025,
às 8:08 PM

Passei em frente à tua casa e te vi na varanda…
Estavas com o olhar perdido, sabe-se lá onde.
Olhar de quem tem o coração partido,
Que procura encontrar ao longe,
Talvez, o amor perdido.

Não percebias o barulho dos carros passando…
Nem o movimento das pessoas circulando…
Tampouco o cantar dos pássaros nas árvores em frente. Nada!
Estavas imersa no vazio dos teus devaneios.

Quem teria machucado teu coração?
Que pensamentos povoam a tua cabecinha,
Para ficares assim, tão absorta?
Nada te despertava desse torpor…

Segui o meu caminho com o coração partido…
Uma mulher tão linda e meiga,
Que me inspirava o desejo de segurar a tua mão,
Estreitar-te num afetuoso abraço
E livrar-te desse sofrimento.

Ao final da tarde, retornei.
Ao passar novamente por tua casa, não te vi.
Aonde terias ido?
Ao encontro do amor perdido ou de um novo amor?

Nada posso fazer por ti,
A não ser cantar para espantar a tua tristeza.
Me sinto triste, mas impotente,
Pois sou apenas um passarinho.

José Antonio Torres

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Não chore

Denise Canova: Poema ‘Não chore’

Denise Canova

Não chore

Ele foi

Ele volta

Não vai encontrar outra melhor

Amor igual ao teu não há

Dama da Poesia

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Jairo Valio: 'Busquei as saudades'

Jairo Valio

Busquei as saudades

Meu coração inquieto estava triste diante de minha realidade.
Percebeu que me aquietei, não sorria, deixei até de sonhar.
Um dia percebi que queria dialogar, mesmo que fosse por sintonias.
Conhecia bem meu viver,
maneiras, costumes, até
minhas peraltices.
Astuto, sempre enaltecia o amor, as belezas de um sorriso, um entardecer sereno.
Amava a natureza e me encantava com o cantar dos passarinhos.
A Lua, minha confidente aparecia no horizonte e as estrelas se alegravam,
Piscavam, piscavam e as pequeninas pareciam criançinhas sapequinhas,
Até que a Constelação Cruzeiro do Sul mostrava as Três Marias ofuscantes,
E fascinado olhava que me entendiam, pois delas sempre fui confidente.
Meu coração foi se agitando, parecendo até entender minhas euforias,
Até que, num momento onde lágrimas rolaram, confidenciei meu silêncio:’
Tive meus momentos felizes num amor que um dia surgiu,
Inesperado num encontro fortuito, quase despretensioso,
Que foi evoluindo até se tornar um amor que jamais imaginei,
E as reciprocidades eram buquês de flores, sempre as mais perfumadas.
Até que percebi meu coração se aquietando e triste, entendeu meu silêncio,
Sabendo que aquele amor tão puro e doce, um dia cessou e minha namoradinha de sempre, hoje repousa no Céu.