O desprezo existe

Lina Veira: Artigo ‘O desprezo existe’

Lina Veira
Lina Veira
Imagem criada pelo Canva, com texto por Lina Veira
Imagem criada pelo Canva, com texto por Lina Veira

Não se engane: o desprezo existe e  algumas pessoas merecem. A ciência confirma: Existem pessoas desprezíveis sim! Até então eram traços emocionais. Mas psicólogos da Universidade da Califórnia desenvolveram um teste de personalidade, que conclui não ser possível ao certo definir o que faz uma pessoa ser desprezível, mas confirmam que tendem a ser indivíduos de baixa autoestima e alta ansiedade. Mais uma vez, o equilíbrio espiritual em falta. Mais uma vez a baixa autoestima fonte de muitos males e vitimismos pessoais.

Talvez aquele amigo de um amigo, pessoas com atitudes e palavras desagradáveis, que fazem questão de diminuir os que estão a sua volta, de diminuir você, indivíduos que têm a mente perversa e insensível, que revira os olhos, é sarcástico (a) e suas atitudes não possuem sentimentos bons. Espalham o mal.

Ah, LINA, mas uma cristã não pode desprezar alguém? Como assim? Creio que seja necessário até economizar desprezo devido ao grande número de necessitados entre nós. Vamos deixar de ser bobos. Fazer a sua parte como cristã, cidadã… não é você permitir que lhe façam mal continuamente.

Olhe para JESUS, ele condenou os hipócritas fariseus, expulsou os vendilhões do templo e nos ensinou a bater o pó das sandálias em lugares que não eram bem recebidos. Ele também se irritou, mas tinha um propósito maior. Tudo foi um ato de amor sim, de respeito e zelo à casa e templo do Senhor, a toda humanidade, um ato de amor a Ele, que é Deus.
E pensei… E você, e eu ? que ato de amor estamos nos dando, promovendo? Vamos pensar sem fanatismos religiosos:  o que preciso expulsar na minha vida ainda neste ano de 2025? Isso inclui pessoas! Isso é amor próprio e bem estar. “Há males que só se curam com desprezo.” E até lembrei de um caso em família. Quem não tem?

São Tomás de Aquino  alertava para o cuidado do excesso no meio familiar. Cada um de nós tem em si  tendências perigosas que facilmente podem levar a erro, ao pior em uma relação. O mérito está na luta e resistência que se oferece ao mal. Sejamos do bem. Escolha fazer e falar o bem.

Lina Veira

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O que dizer?

José Antonio Torres: Poema ‘O que dizer?’

José Antonio Torres
José Antonio Torres
Imagem criada por IA do Bing - 1º de julho de 2025, às 08:36 PM
Imagem criada por IA do Bing – 1º de julho de 2025,
às 08:36 PM

Quantas vezes diante de você
Eu não soube o que dizer e me calei.
A voz ficava presa, os pensamentos confusos.
Não conseguia organizá-los e me abrir para você.

Quando chegava perto de você,
Meu coração, cheio de amor,
Disparava de ansiedade,
Feito um louco alucinado.

Quantas vezes ensaiei o que precisava falar,
Mas na hora em que a encontrava,
Tal e qual um menino assustado, me perguntava: E agora, o que dizer?
Tanto tempo desperdiçado por insegurança.

Depois de muito sofrer com essa angústia,
Entendi que essa atitude precisava mudar.
O destino engendrou um acaso.
Será mesmo?

Sem qualquer planejamento,
Nos encontramos e começamos a conversar.
Não sei se o fato de não haver a ansiedade de um encontro marcado,
Me fez relaxar.

A conversa fluiu e você pegou a minha mão.
Um gesto casual.
Nesse momento, apertei firmemente a sua mão e disse: ‘a amo!’
Saiu assim, leve, fácil… cheio de ternura.

Quase desfaleci quando você,
Com um sorriso doce,
E, olhando no fundo dos meus olhos, falou:
‘Eu também! Sempre desejei ouvir isso de você’.

Como somos tolos.
A vida é tão mais simples do que imaginamos…
Quanto tempo perdemos por medo de abrir o coração.
Quantos momentos de felicidade deixamos de vivenciar…
Ambos desejávamos a mesma coisa.
Um não falava, e o outro só precisava ouvir.

José Antonio Torres

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A harmonia integrada da mente

SAÚDE INTEGRAL

Joelson Mora: ‘A harmonia integrada da mente’

Joelson Mora
Joelson Mora
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

A saúde integral é uma abordagem holística que considera o bem-estar físico, emocional, mental e espiritual do indivíduo. Trata-se de entender que a saúde não é apenas a ausência de doença, mas um estado de completo bem-estar que envolve diversos aspectos da vida. Quando não estamos bem, é fundamental reconhecer e lidar com nossos sentimentos, emoções, pensamentos e sentidos, que são as janelas para estímulos e sensações. 

Os sentimentos e as emoções são respostas internas a experiências externas e internas. Sentimentos como tristeza, alegria, raiva e medo são naturais e desempenham um papel importantissimo na nossa saúde integral. Quando estamos em desequilíbrio emocional, nosso corpo e mente sofrem.

O primeiro passo para lidar com sentimentos e emoções é reconhecê-los e aceitá-los. Ignorar ou suprimir emoções pode levar a problemas mais graves, como ansiedade e depressão. Práticas como mindfulness e meditação ajudam na conscientização emocional, permitindo que aceitemos nossas emoções sem julgamento.

É essencial expressar nossos sentimentos de maneira saudável. Conversar com amigos, familiares ou terapeutas pode proporcionar alívio e um resgate de identidade. A arte, a escrita e outras formas de expressão criativa também são poderosas ferramentas para processar emoções.

Os pensamentos têm um impacto profundo no nosso bem-estar. Padrões de pensamentos negativos, como ruminação e catastrofização, podem agravar o estresse e a ansiedade. A saúde integral envolve cultivar uma mentalidade positiva e resiliente.

A reestruturação cognitiva como técnica da terapia cognitivo-comportamental ajuda a identificar e alterar pensamentos distorcidos. Ao desafiar crenças negativas e substituí-las por pensamentos mais equilibrados, podemos melhorar nossa saúde mental.

A prática da atenção plena ou mindfulness nos ensina a observar nossos pensamentos sem nos apegarmos a eles. Isso pode reduzir o impacto de pensamentos negativos e aumentar a capacidade de foco e clareza mental.

Nossos sentidos – visão, audição, olfato, paladar e tato – são portas de entrada para estímulos e sensações que podem afetar nosso bem-estar. Estimular positivamente nossos sentidos pode promover relaxamento e felicidade.

Criar ambientes que estimulem positivamente nossos sentidos é fundamental. Isso inclui espaços limpos, organizados, com iluminação adequada e sons agradáveis. Aromaterapia, música relaxante e contato com a natureza são exemplos de como podemos utilizar nossos sentidos para promover bem-estar. Praticar a atenção plena aos estímulos sensoriais pode aumentar a nossa percepção e prazer nas experiências diárias. Saborear uma refeição, sentir a textura de um tecido ou ouvir atentamente uma melodia são formas de nos conectar com o presente e reduzir o estresse.

O estado de bem-estar integral é alcançado quando há uma harmonia entre corpo, mente e espírito. Isso requer uma abordagem proativa e consciente em diversas áreas da vida.

Autocuidado:Práticas regulares de autocuidado, como alimentação equilibrada, exercícios físicos, sono adequado e hobbies, são fundamentais. Autocuidado não é egoísmo, mas uma necessidade para manter a saúde integral.

Conexões Sociais: Relacionamentos saudáveis e suporte social são essenciais. Sentir-se conectado aos outros promove sentimentos de pertencimento e segurança emocional.

Propósito e Espiritualidade:Ter um senso de propósito e praticar a espiritualidade, seja por meio da fé, meditação ou outros meios, pode trazer um profundo senso de paz e realização.

A saúde integral é uma jornada contínua de autoconhecimento e cuidado. Entender e gerenciar nossos sentimentos, emoções, pensamentos e sentidos são passos essenciais para viver uma vida equilibrada e satisfatória. Ao cultivar uma abordagem holística e proativa, podemos alcançar um estado de bem-estar completo, integrando corpo, mente e espírito de forma harmoniosa.

Joelson Mora

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Neurocientista explica porque a pandemia causa ansiedade nas crianças

“Durante a pandemia, as crianças podem ficar mais ansiosas, podem se sentir tristes, por estarem distantes dos coleguinhas, de alguns familiares queridos, ou por terem de passar tanto tempo dentro de casa, reclusas.” (Nicolas Cesar)

O estresse decorrente do cenário atual, tem um impacto profundo no desenvolvimento das crianças, afetando diretamente nas funções do sistema executivo do cérebro, responsável por controlar as emoções, pensamentos e ações na vida social, intelectual e afetiva.

Segundo o neurocientista Nicolas Cesar, as crianças ainda não têm plenamente desenvolvido o córtex pré-frontal, região do cérebro crucial para o monitoramento e ajuste das respostas emocionais, como os adultos, por isso não entendem com clareza o que todos estão vivendo, tornando-se mais influenciadas pelas emoções, especialmente as negativas, que deixam marcas profundas em suas mentes.

Ao vivenciar dificuldades frequentes ou prolongadas em confinamento, como falta de socialização, pobreza extrema impossibilitando uma alimentação adequada, luto e exposição à violência abuso físico ou emocional, acontece o aumento da liberação de cortisol e adrenalina, provocando a curto prazo, preocupação excessiva, transtorno do sono, piora na imunidade, desconforto, dores de cabeça, agitação e irritabilidade.

“Durante a pandemia, as crianças podem ficar mais ansiosas, podem se sentir tristes, por estarem distantes dos coleguinhas, de alguns familiares queridos, ou por terem de passar tanto tempo dentro de casa, reclusas. Além disso, podem ficar irritadiças, pois não compreendem direito o que é a frustração e porque se sentem assim. Em casos mais graves, como diante da perda de um ente querido, podem ficar até mesmo traumatizadas. Por outro lado, a presença dos pais pode, em um ambiente acolhedor para a criança, fazer toda a diferença”, diz Nicolas.

Geralmente os transtornos mentais ocorrem a partir de uma interação entre a genética e as experiências de vida da criança, por serem mais sensíveis a essas situações de vulnerabilidade, caso não estejam vivendo em um ambiente saudável, rico em afeto e atenção, podem desencadear episódios de ansiedade e depressão. Os traumas adquiridos durante a pandemia, pode impactar os pequenos no futuro, em sua vida pessoal e profissional.

Para saber mais sobre o neurocientista Nicolas Cesar, acesse o Instagram: @nicaolasneuro

Sobre Nicolas Cesar
Formado em Ciência e Tecnologia, e Neurociência, palestrante, autor do livro “Neurociente – Por que algumas pessoas são mais felizes que outras”, professor dos cursos online “Neurociência no dia a dia” e “Neuroeducação”.

Também do curso acadêmico de Pós-Graduação em Neurolearning.

Atualmente participa de uma de linha de pesquisa em percepção de tempo no Laboratório de Cognição Humana da UFABC